Especificidades da Gestão Hospitalar Carolina Palace Cardoso Residente de Administração – HU/UFJF [email protected] SETORES DO HOSPITAL – divisões dos processos de trabalho • Faturamento •Contratualização •Suprimentos •Compras •Financeiro •Hotelaria •Comunicação Faturamento O Faturamento é o setor responsável pela emissão de relatórios gerados a partir do fechamento dos prontuários de alta ou óbitos dos pacientes, efetuando o lançamento de todos os gastos com medicamentos, materiais, diárias (hotelaria e nutrição), procedimentos, exames, honorários médicos e de outros profissionais. Os relatórios são encaminhados ao municipal para efetuar o pagamento dos serviços prestados. Contratualização Contratação dos Serviços de Saúde: “Contratação é o ato ou efeito de contratar; é o acordo estabelecido entre o gestor e o prestador que entre si transferem direito ou se sujeitam a uma obrigação”. CONASS (2007, P. 65) • A contratualização municipal é estabelecida entre o Gestor municipal do SUS e o representante legal do hospital, que estabelecem metas quantitativas e qualitativas que visem o aprimoramento do processo de atenção à saúde e de gestão hospitalar, formalizado por meio de um contrato/convênio. • O Hospital deve estar articulado com a Atenção Básica de Saúde, com a demanda organizada por meio de fluxos regulados e definidos pelos gestores; • A contratualização estadual no Hospital Universitário acontece por meio do Centro Viva Vida de Referência Secundária (CVVRS), que é um programa contratado via Município de Juiz de Fora para atendimento na área de saúde da criança, saúde da mulher e da saúde do homem. • Há cumprimento de metas (tanto em consultas tanto em exames) para que haja o repasse financeiro. Caso as metas não sejam atingidas, o repasse financeiro é feito proporcional ao que foi realizado. • Este contrato/convênio é composto por duas partes indissociáveis que será acompanhado e avaliado pela Comissão de Acompanhamento do Contrato. • “Atualmente, toda a rede de prestação de serviços do SUS está sob responsabilidade de estados e alguns municípios e a participação do Ministério da Saúde é de apoio técnico e de repasse dos recursos para o custeio das ações assistenciais.” CONASS, 2007 Suprimentos/Compras • Padronização de materiais • Identificação do recurso a ser utilizado • Compras por meio de licitações (pregão) • Compras emergenciais – Fundação de apoio • Logística (almoxarifado, farmácia laboratório e demais setores) Financeiro Financeiro Captação de recursos Orçamentação Convênios Programas Pro-Hosp Viva Vida Contas a pagar Empenho de notas Hotelaria Hotelaria • Recepção • Segurança • Lavanderia/ Rouparia • Nutrição • Limpeza Normas específicas para o setor conforme Manual da CCIH, baseado na legislação Deve seguir o Programa de Gerenciamento de Resíduos Comunicação • A comunicação está diretamente relacionada com a qualidade. • Para que o sistema de comunicação funcione adequadamente, alguns itens devem ser considerados: – Busca de informações em fontes confiáveis; – Troca de informações com o ambiente; – Transformação das reclamações em instrumentos na medição e melhora da satisfação dos clientes internos e externos. Comunicação Interna • Instrumentos: quadros de aviso, site institucional, e-mails, memorandos; • É fundamental que a comunicação também seja utilizada para potencializar a força humana; • Amplia a visão do empregado, dando-lhe um conhecimento sistêmico do processo; • Os colaboradores são os melhores “porta-vozes” da instituição. Comunicação Externa • Deve-se selecionar canais eficientes de comunicação. Existem dois tipos amplos: – Impessoais: que conduzem mensagens sem contato ou interação pessoal. Incluem a mídia e eventos. – Pessoais: envolve pessoas comunicando-se diretamente entre si, seja por telefone, correio, e mail e pessoalmente. • Imagem institucional • Marketing Problemas de Comunicação • Excesso de informação; • Falta de envolvimento e participação das pessoas; • Pouco trabalho em equipe; • Dificuldade em adaptar a mensagem aos diferentes perfis de ouvintes; • Falhas na comunicação; • Inconsistência das mensagens. O Marketing no setor saúde Marketing é tão básico que não pode ser considerado uma função isolada. É o negócio inteiro, cujo resultado final depende do ponto de vista do cliente. Neste foco, o composto de marketing é uma integração de 4 A’s: Análise, Adaptação, Ativação e Avaliação. Peter Drucker Análise • O gestor deve identificar necessidades e melhorias na organização, como: – Alteração do número de leitos, se for o caso; – Serviços (novos procedimentos); – Exames específicos; – Dimensionamento de pessoal e necessidades conforme especialidade; • Detectar o potencial mercado e a atuação da concorrência; • Levantar opinião dos potenciais usuários sobre a qualidade dos serviços prestados. Adaptação • Adaptação às necessidades de mercado, envolvendo: – Layout – Instalações – Equipamentos – Imagem e nome da instituição – Preço/custo – Serviços e garantias aos pacientes. Avaliação • Também conhecida como auditoria. • Corresponde à avaliação dos resultados alcançados em conformidade com os recursos alocados e com a legislação vigente. Gestão participativa • Diretrizes: – Construção de um pacto entre gestores e Conselhos de Saúde nas esferas municipal, estadual e nacional voltado ao desenvolvimento de ações para apoio e fortalecimento do controle social, garantindo a estrutura física adequada e os recursos necessários para o funcionamento dos conselhos – Desenvolvimento de mecanismos de difusão de informações a partir de amplo trabalho de comunicação social com os diferentes meios existentes, visando informar a população sobre os Conselhos de Saúde, seu papel, sua composição, suas bases de representação e sua importância decisiva para a legitimação das políticas de saúde e do SUS. – Criação de Legislação em Defesa do Cidadão Usuário do SUS a partir do desenvolvimento de amplo processo de discussão com a sociedade e com o Poder Legislativo. Desenvolvimento de um processo de monitoramento do controle social no país, incluindo a realização de estudos e levantamentos que permitam conhecer as condições da ação do controle social da saúde no Brasil e a criação de uma rede articulada de conselhos. Adoção e implementação de uma política de informação e comunicação entre os Conselhos de Saúde articulada ao âmbito local, regional e nacional, ampliando o diálogo destes com o governo, favorecendo a qualificação da participação popular nos processos de formulação e definição de políticas e programas de saúde. Definição e implementação de uma política nacional de Ouvidoria do SUS, de forma a organizar e apoiar as estruturas de escuta ao cidadão usuário do SUS nas três esferas de governo. Esta política deve ampliar os canais de relação e participação de escuta ao cidadão, modificar o caráter, a eficiência e o funcionamento das ouvidorias que, além de estarem voltadas para a resolução pronta dos problemas denunciados, sejam também geradoras de informações para apoio e qualificação da gestão em saúde. Diferentes participantes: no mínimo, alinhados: – Médicos – Políticos – Mídia – Hospitais – Paciente – Fornecedores – Gestores – Reguladores Reflexão... “ Desafio para o gestor do sistema saúde” Definir as estratégias a médio e longo prazo dos objetivos e compromissos (onde chegar e com que recursos) da gestão. O que se espera: Tomadas de decisão responsáveis e justificadas.