Política Idade Moderna Maquiavel • Elitista democrata, amigo das leis; republicano e mestre dos príncipes. • Vivei na prática a luta do poder. • Nascido em Florença na Itália, inserido no contexto do Renascimento. • Era o mais alto funcionário desde 1498 da segunda Chanceleria de Florença (Órgão máximo de administração republicana). • Possui o título de Secretário, o que detém e manipula os segredos do Estado. • Viveu em um período em que sob a influência da família Médici, Florença estava sendo a décadas governada por Soderini. • Mas perde suas funções com a queda, em 1512, do governo republicano • Foi um dos raros autores a construir sua teoria política da combinação de experiência com a coisa pública, • Mais a observação da político, do governo republicano. A Itália vivida por Maquiavel: • falta de instabilidade política, • dividida em principados e repúblicas • cada um possui sua própria milícia. O PRÍNCIPE Virtú e fortuna • Para descrever a ação do príncipe, Maquiavel usa a noção de virtú e fortuna. • Virtú: qualidade que capacita o homem a realizar grandes obras e provocar mudanças na história; • Não se trata do príncipe da moral cristã bom e justo, mas o que tem capacidade de conquistar e manter o poder. • Fortuna: o acaso, a ocasião, o curso da história, o destino cego, a fatalismo. • Para agir, o príncipe não deve deixar escapar a fortuna, a ocasião oportuna. Controvérsias • Dedicado a Lourenço de Médici, O Príncipe provocou inúmeras interpretações e controvérsias. • Parece defender o imoralismo e absolutismo. • Levou ao mito do maquiavelismo (maquiavélico= pessoas sem escrúpulos). • “Os fins justificam os meio” – frase nunca foi dita por ele. • No século XVIII, Rousseau defende o florentino ao afirmar que a obra é uma sátira. • A intenção de Maquiavel seria desmascarar as práticas despóticas, ao ensinar o povo a se defender dos tiranos. • Pois escreve uma segunda obra denominada “Comentários sobre a primeira década de Tito Lívio” onde desenvolve ideias republicanas. • Atualmente essa visão é rejeitada. • As duas obras são interpretadas como uma análise de duas circunstâncias diferentes da ação política: • 1º momento representado pela ação do príncipe o poder deve ser conquistado e mantido; • Depois alcançada a estabilidade é possível a instalação do governo republicano. Ética e política • Causando escândalo e rejeição ao fazer a reavaliação das relações entre ética e política. • De um lado defende a moral laica, de base naturalista, diferente da moral cristã; • Por outro, estabelece autonomia política negando a autoridade das questões morais. • Sua ética analisa as ações não em função da hierarquia interna de valores, mas em vista das conseqüências; • Não se trata de amoralismo, mas de nova moral centrada no critério do que é útil à comunidade; Príncipe