FACULDADE DE EDUCAÇÃO SÃO LUÍS PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE UM CENTRO DE APOIO PSICOLÓGICO E EDUCACIONAL AOS ESTUDANTES DE GRADUAÇÃO Valéria Aparecida Chechia Luciane Mialich Scadelai JABOTICABAL - SP 2004 APRESENTAÇÃO Através dos problemas vivenciados dentro da Instituição como Professora de Psicologia da Educação, algumas vezes me sinto impotente diante dos conflitos gerados com o desempenho acadêmico universitário que considero de âmbito emocional, social e político. Por um lado, devido aos motivos emocionais das queixas dos alunos ainda que em sala de aula, relativas ao processo de aprendizagem, adaptação e mesmo a problemas particulares que invadem os alunos e os impedem de atingirem um sucesso acadêmico, e ainda, por outro, à dificuldade de adequação ao ritmo do estudo universitário. É necessário ir além de aconselhamentos apressados e prematuros: é primordial conhecer e acompanhar os alunos com problemas, frente ao desempenho acadêmico universitário. Acompanhar psicológica e educacionalmente, significa dispor aos alunos uma possibilidade de pensarem e construírem uma percepção saudável acerca de si mesmo e do ensino universitário. Isto só é possível através de um atendimento especializado, que parece então poder fornecer formas de o aluno conhecer a relação psicoeducacional, contida no cotidiano escolar. Esse atendimento especializado pretende atender a alunos matriculados em todos os cursos da Instituição e acompanhá-los frente aos problemas formais da educação: o sucesso e o insucesso acadêmico. Portanto, visa a buscar uma forma de pensar, e quem sabe conhecer algo muito importante na pessoa do aluno: o seu envolvimento no contexto universitário. Durante os dez anos de atuação na Instituição, o meu trabalho esteve sempre permeado por uma quantidade de alunos com queixas escolares ou de aprendizagem e também de alunos que, às vezes, já vinham apresentando sucesso escolar, mas algum tipo de problema emocional transformava suas vidas escolares. O que percebo nessa realidade como psicóloga, é que os alunos parecem saber muito pouco sobre a vida escolar universitária. Não somente em relação ao conteúdo estudado, mas, mais profundamente, a respeito de si mesmos, como pessoas. Muitos são os alunos que parecem desconhecer seus sonhos e seus desejos, e por isso mesmo, não entendem a mudança do aluno do Ensino Médio, para o Ensino Superior. Esta é uma das razões pelas quais acredito que o CAPE poderá contribuir para reflexões e possíveis percepções das representações sociais dos alunos sobre o seu desempenho acadêmico. Este projeto se destina, sobretudo, a orientar alunos no campo da Psicologia e da Educação, sem, sobretudo, ter a intenção clínica, uma vez que projeto desse tipo vem gradualmente assumindo uma importância cada vez maior nas Universidades Públicas. No processo educativo dentro da Instituição, percebo que, para alguns alunos, é frustrante organizar um trabalho, desenvolver um seminário ou realizar provas, por exemplo. A preocupação nesses tipos de atividade é quase sempre permeada de instabilidade emocional. Será que esses alunos são incompetentes mesmo? O que leva os alunos a se afastarem cada vez mais de situações que são pertencentes ao cotidiano escolar ? Quais os efeitos da história de vida escolar dos alunos presentes, hoje, no desempenho universitário? Este projeto tem reflexo profundo no desempenho acadêmico. Propõe que os alunos possam tomar contato com problemas reais da vida acadêmica, e oferecer-lhes, em primeiro lugar, recursos que os ajudem no desempenho de sua atividade educativa; e, em segundo, a compreensão da intersubjetividade entre aluno-professor-disciplina, em situação escolar que resulta de um complexo conjunto de influências psicológicas, sociais, formais e informais. O fundamento do trabalho do CAPE se situará na tarefa educativa, na confiança, na aceitação e na compreensão dos conflitos dos alunos, para que os mesmos se sintam capazes de desenvolvimento pessoal e se encaminhem para a auto-realização. Enfim, faz-se necessário compreender, conhecer e acompanhar a vida acadêmica dos alunos universitários. Percebo que este projeto é fruto do questionamento dos dois papéis profissionais vividos por mim: como psicóloga clínica e como professora universitária, num esforço para que não se deixe tudo como está, pois percebo que os alunos necessitam de indicações sobre como se orientar na vida acadêmica universitária, que dará como fruto a sua vida profissional. Então, parecem precisar de meios para resolver seus conflitos e, com isso estaremos estreitando as relações e as comunicações entre alunos e Instituição. INTRODUÇÃO O ser humano só vivencia de forma consciente e perceptível suas aprendizagens e experiências se for livre. Sulami Pereira Brito O aluno pode tornar-se ansioso e preso a conflitos à medida que, espontaneamente, se deixa levar pela pressão socioeducacional. Esse processo de conflito implica uma crescente transformação das experiências vividas, a qual afasta o aluno de suas vivências e experiências que ocorrem cotidianamente, dificultando seu desenvolvimento acadêmico, facultando-lhe ingressar num processo de insucesso escolar, que pode levá-lo a uma alienação. Segundo Rego e Carvalho (2002), alienar significa adquirir um conhecimento que é do outro, sem questionamentos ou reflexão. Alienar é, portanto, transferir para outro, o domínio de pensamento, e tornar alheio a pensamento e conhecimento singular. Neste caso, o aluno deixa de pensar aquilo que lhe é de direito, e prende-se a um comportamento alienado, de pensar o que todo mundo pensa; com isso, pode passar a viver uma vida acadêmica que não é sua, e sim de outros que o fizeram acreditar na sua incapacidade ou capacidade. O tema sobre apoio a estudantes do Ensino Superior tem sido tratado nos últimos tempos sob um enfoque multidisciplinar: psicológico, social e pedagógico. Instituições Públicas, como a Universidade de São Paulo, Campus de Ribeirão Preto, possui o CAEP (Centro de Apoio Educacional e Psicológico), que atende a universitários de todos os cursos, principalmente estudantes do curso de Medicina. Através de contatos com psicólogas e psicopedagogas que atuam em centros de apoio, pudemos observar a importância do mesmo na condução de um desempenho acadêmico saudável. Desta forma, entende-se que o estudante alcança mais efetivamente o desempenho acadêmico, desenvolvendo comportamentos cada vez mais satisfatórios e mais ajustados a todas as situações escolares de que participa, descobrindo sua autenticidade de ser, para interagir diretamente com as exigências e expectativas da Instituição. Os fenômenos emocionais, como ansiedade, rejeição e sentimentos de fracasso, são atitudes que podem ser formadas dentro do contexto escolar. O ambiente universitário, atualmente, parece ser um contexto gerador de fatores desencadeantes de estresse ansiedade. De um certo ponto de vista, as experiências do estudante universitário são permeadas por diversos desafios, que vão desde o seu ingresso em novo contexto educacional até a tarefa de assumir, gradualmente, o papel profissional que lhe confere o curso que escolheu. Essas experiências assumem significados particulares a cada estudante, mas, ao mesmo tempo, assumem significados comuns que vão além das individualidades. Por exemplo, as situações de aprendizagem, no Ensino Superior, apresentam diferenças significativas em relação à que teve no Ensino Médio. Assim, é comum, no Ensino Médio, o aluno ter conteúdos já elaborados e às vezes até apostilados, o que, no Ensino Superior não ocorre. O aluno tem de, a partir de textos científicos ou livros, produzir suas reflexões e identificar, nestes materiais, aquilo que realmente é importante para o seu aprendizado ( FERNANDEZ E CIANFLONE, 1991). Também a aprendizagem conta com o fator da motivação. Um aluno só aprende significativamente os conhecimentos e informações que sente compatíveis com seus ideais e propósitos, que favoreçam seu crescimento como pessoa. Isso significa dizer que muitos alunos de Ensino Superior Noturno de Instituições particulares vêm para o curso como opção social e não como opção pessoal, ou seja, muitos acabam escolhendo o curso que podem pagar e não o curso que gostariam de fazer. Devido a esse fato, é muito comum ocorrer o fenômeno da desmotivação: o aluno não encontra nos conteúdos das disciplinas a realização de seus ideais. Desta forma, se está novamente diante de um aluno em conflito, pois a desmotivação não deixa de ser um dos fatores mais presentes no insucesso acadêmico. Pensando nisso, ainda que possamos ter brilhantes professores, isso somente não é condição necessária para que esse aluno desenvolva uma excelente aprendizagem. Ainda na perspectiva de aprendizagem, Almondes e Araujo (2000) relata que o sono é tratado como descanso natural do ser humano, mas que a falta dele pode ocasionar variados transtornos, inclusive pode ser fator desencadeante de desequilíbrios de aprendizagem. Assim, observa-se que alunos do Ensinos Superior noturno podem demonstrar esse tipo de problema. Situações como ter de acordar muito cedo para trabalhar e dormir muito tarde devido a distância que os mesmos têm de percorrer entre a cidade onde mora e a cidade onde estuda, pode trazer como conseqüência estados de sonolência em sala de aula, aspecto que acaba afetando sua atenção e percepção frente à explicação do conteúdo da disciplina. Essas experiências decorrentes de situações socioeducacionais, pois, são produzidas devido principalmente à situação econômica do aluno, que o impede de apenas estudar sem ter de trabalhar durante o dia, podendo originar a falta de disponibilidade do aluno para realizar tarefas acadêmicas de rotina. De certa forma, o aluno acaba vivenciando um grande conflito: se deixa o trabalho, não encontra condições para pagar a faculdade; se deixa de cumprir as tarefas rotineiras, fica sem condições de ser aprovado. Esse dilema é um dos mais freqüentes entre alunos de Ensino Superior particular; o aluno bloqueado por esse conflito, não emitirá satisfatoriamente situações eficientes de aprendizagem significativa. Num país onde se tem valorizado tanto o Ensino Superior e onde ele tem sido a chave para a promoção pessoal e o crescimento da sociedade, parece ser um paradoxo curioso e lastimável observar que muitos alunos que iniciam uma Faculdade, podem encontrar nela o fenômeno da incapacidade de aprender, adaptar-se a um novo contexto e concluir um curso no qual possa sentir-se realizado. A questão é: por que tantos alunos se deparam atualmente com tanta dificuldade? Alguns porque se sentem entediados. Outros porque estão emocionalmente abalados, uma outra parte porque não conseguem pagar, e ainda, muitos outros porque, simplesmente não conseguem suportar os fracassos e os sentimentos de baixa autoestima e autovalorização, que surgem com baixo rendimento acadêmico. Esse tipo de aluno, quando não se evade, acaba permanecendo na faculdade, mas sofrendo interiormente e sem alarde. Assim, eventualmente, se graduam para uma sociedade competitiva, que não só exige um nível razoável de competência, mas também um certo grau de confiança na capacidade de exercer a profissão. Neste momento, parece então que o aluno, agora profissional, vai ficar à margem daquilo que a sociedade pleiteia. Convencidas da importância de se realizar algo em prol desses alunos é que algumas universidades já têm implantado serviços de apoio, tanto psicológico como educacional, aos alunos de Ensino Superior, que acima de tudo, irão além de alunos, pois se tornarão profissionais dentro de áreas específicas. Trabalhos dessa natureza já existem em instituições como: "Escola Paulista de Medicina; Universidade Federal do Rio de Janeiro; Universidade de São Paulo, Campus de Ribeirão Preto" ( Fernandez e Cianflone, 1991). Examinando estudos realizados por essas Instituições, observa-se que as necessidades dos alunos são específicas no que concerne ao tipo de contexto institucional, mas semelhantes ao que diz respeito às dificuldade dos alunos. JUSTIFICATIVA Através de reflexões e revisões sobre serviços de apoio ao estudante universitário, observa-se a importância da implantação de um centro de apoio nesta Instituição. Pelo que foi refletido junto ao Grupo de Estudos e Pesquisa em Sociodrama Educacional (GEPESED), do Departamento de Psicologia e Educação, da Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Ribeirão Preto- USP, o Centro de Apoio Psicológico e Educacional, poderá trazer importantes auxílios tanto para o corpo discente como para o docente, em vários níveis de envolvimento, como também expansão em projetos de pesquisas. Os alunos com problemas de ordem cognitiva e/ou emocional poderão ser atendidos com especificidades e, de certa forma, a Instituição estará preocupada não só com a formação profissional do aluno, mas também com a pessoa do aluno como cidadão brasileiro. O que se pretende com a implantação desse serviço é demonstrar que a Instituição também avança e investe em novas abordagens, com propósito da educação superior. Desta forma, a implantação é compreensiva tanto no âmbito educacional, como no social. Surgiu esse interesse em nós porque o que se pretende a partir dessas compressões, é poder atender à necessidade do aluno frente à vida acadêmica e o seu desempenho, no momento escolar e, futuramente, profissional. Assim, a Instituição pode também ser considerada importante pela transmissão de um patrimônio cultural e por poder oferecer condições socioeducacionais aos seus alunos. Esse serviço permite ao aluno apreender as relações singulares e particulares de diferentes configurações de relações entre o aluno e a Instituição. OBJETIVOS De acordo com a justificativa acima, a implantação do Centro de Apoio Psicológico e Educacional tem como objetivo geral auxiliar os alunos com dificuldades cognitivas e/ou emocionais com necessidade de apoio psicológico e educacional, de todos os cursos desta Instituição. OBJETIVOS ESPECÍFICOS 1. Propor atividades que forneçam apoio psicológico e pedagógico aos alunos, visando a promoção do equilíbrio emocional e à minimização de dificuldades e crises relacionadas ao processo de aprendizagem e à vida universitária. Anexo1 2. Promover estudos e pesquisas objetivando a caracterização psicológica pedagógica, da Instituição, de forma a permitir a fundamentação do trabalho e a reflexão sobre o papel educacional e formador da Instituição. 3. Organizar um serviço de documentação relativo aos estudos e atividades realizados, de forma a favorecer a continuidade do trabalho e a proposição de projetos de pesquisa na área. 4. Dar ênfase à atividade de atuação preventiva junto aos alunos, dentro de uma abordagem grupal: Sociodrama Educacional, tendo como referência o GEPESED (Grupo de Estudos e Pesquisa em Sociodrama Educacional) do Departamento de Psicologia e Educação da Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, com orientação e supervisão do Prof. Dr. Antônio dos Santos Andrade, do Departamento de Psicologia e Educação da FFCLRP, Universidade de São Paulo. 5. Desenvolver grupos de estudos reflexivos junto aos alunos de diferentes cursos, visando à interação professor-aluno, aluno-disciplina, aluno-aluno, sob a supervisão do Prof. Dr. Antônio dos Santos Andrade, do Departamento de Psicologia e Educação da FFCLRP, Universidade de São Paulo. COMPOSIÇÃO EQUIPE TÉCNICA* 1 Psicólogo com formação em clínica, com registro no conselho Regional de Psicologia, e formação em Licenciatura. 1 Pedagogo com Especialização em Psicopedagogia * 1 PSICÓLOGO - Valéria Aparecida Chechia - CRP 24717-06 - Licenciatura 1986, Psicóloga Clínica - 1986 até atual; Mestre em Psicologia, pela USP - Ribeirão Preto; Docente da Faculdade de Educação São Luís - 1994 até atual; Membro do Grupo de Estudos e Pesquisa em Sociodrama Educacional (GEPESED) Departamento de Psicologia e Educação da FFCLRP- USP - Universidade de São Paulo. * 1 PEDAGOGO - Luciane Mialich Scadelai - Pedagoga pela Faculdade de Educação São Luís; Psicopedagoga Clínica pela Universidade de Franca; Membro do Grupo de Estudos e Pesquisa em Sociodrama Educacional (GEPESED) - Departamento de Psicologia e Educação da FFCLRP - Universidade de São Paulo. APOIO ADMINISTRATIVO 1 Secretária Para a consecução dos objetivos, o Centro contará com dois setores: - Setor de Psicologia - Setor de Educação SETOR DE PSICOLOGIA Terá as seguintes atribuições: 1. Desenvolvimento de estudos e pesquisas visando psicossocial e psicopedagógica da população discente. 1 Proposta de Atividades à caracterização 2. Planejamento e execução de programas de apoio psicopedagógico, em conjunto com o pedagogo. 3. Orientação psicológica através de técnicas de psicoterapia breve de apoio. 4. Orientação a professores da Instituição, no que se refere à assistência psicológica e pedagógica ao aluno. 5. Orientação e encaminhamento de casos em que houver necessidade de atendimento não abrangido pelo serviço. 6. Participação no planejamento da recepção aos ingressantes, em conjunto com o centro acadêmico. 7. Participação na promoção de eventos, tais como palestras e grupos de discussão que envolvam a respectiva área de especialidade. 8. Supervisão de estagiários da Pedagogia e Psicopedagogia. SETOR DE EDUCAÇÃO Terá as seguintes atribuições: 1. Assessoria pedagógica a docentes da Instituição. 2. Orientação pedagógica individual ao aluno. 3. Orientação a professores da Instituição no que se refere à assistência psicopedagógica ao aluno. 4. Planejamento e execução de programas de apoio pedagógico em conjunto com o psicólogo. 5. Orientação e encaminhamento de casos em que houver necessidade de atendimentos não abrangidos pelo serviço. 6. Participação no planejamento e organização da recepção aos alunos ingressantes em conjunto com o Setor de Psicologia. 7. Participação, em colaboração com o psicólogo, das atividades desenvolvidas pelo Setor de Psicologia. COORDENAÇÃO O serviço deverá ser coordenado por psicólogo com registro no Conselho Regional de Psicologia, em dia com suas obrigações. Será responsável pela implantação, desenvolvimento administrativo e avaliação do serviço. É de sua responsabilidade acompanhar o regimento interno do Centro em anexo2. 2 Modelo do Regimento Interno do Centro de Apoio Psicológico e Educacional Apoio administrativo: SECRETÁRIA Consiste na execução de atividades relacionadas com o expediente normal do Centro, mantendo Sigilo absoluto e estritamente reservado aos assuntos tratados pelo Centro. Desempenhar tarefas elementares rotineiras, a saber: digitar, arquivar, carimbar, copiar, etc., e mais especificamente: 1. Responsabilizar-se pela expedição de comunicações internas e externas. 2. Organizar e manter atualizados fichários e/ou arquivos. 3. Colaborar nos rascunhos de ofícios, cartas e outros documentos. 4. Providenciar a aquisição e a reposição de materiais específicos necessários para a realização das atividades dos setores. 5. Efetuar a pauta e convocar os interessados para reuniões. 6. Secretariar as reuniões ordinárias e extraordinárias, responsabilizando-se pela lavratura das respectivas atas. 7. Recepcionar as pessoas que procuram o Centro, prestando-lhes informações de rotina e efetuando agendamentos, se necessário. 8. Digitar correspondências, relatórios e outros documentos, dando andamento adequado às atividades. 9. Providenciar cópias de documentos. GRUPO DE CONSULTORES O grupo deverá ser formado por seis docentes. Os membros do grupo de Consultores serão indicados pelo coordenador do Centro, sendo que, pelo menos, 50% deverão ter vínculo efetivo com a Instituição e 10 anos de experiência no Ensino Superior. O mandato dos membros do Grupo de Consultores será de um ano, permitida a recondução. Os membros do grupo de consultores não deverão receber honorários para a prestação de serviço, haja vista que serão professores que, eventualmente, serão convocados para a discussão e decisão de assuntos referentes às atividades desenvolvidas pelo Centro. LOCAL O Centro de Apoio Psicológico e Pedagógico deverá ser instalado em local que preserve a exposição do aluno. Ou seja, num local em que o aluno não se intimide em procurar o serviço. Necessita-se de: Uma sala de pequeno tamanho para a recepção. Uma sala de pequeno tamanho para o atendimento psicológico. Uma sala de tamanho médio para o atendimento em grupo. RECURSOS MATERIAIS Uma mesa com cadeira para recepção. Uma mesa e três cadeiras para o atendimento psicológico. Uma mesa retangular ou circular com 4 ou 6 cadeiras para atendimento em grupo. Um computador . Um arquivo com chaves para arquivar fichas de atendimentos. Um ramal telefônico. Um armário para guardar materiais que serão utilizados no serviço. VINCULAÇÃO O Centro deverá estar vinculado à Coordenação Acadêmica, não sendo permitido vínculo direto com a Coordenação de Cursos. CUSTO A manutenção da equipe técnica deverá estar vinculada ao recebimento completo de valor hora/aula correspondente à titulação, exceto ao serviço de secretária, a quem será atribuído o valor correspondente à função. O serviço ao aluno é gratuito. FUNCIONAMENTO Inicialmente, o serviço será oferecido no período noturno. A demanda poderá ser espontânea do aluno, como também por orientação de coordenadores de cursos e professores. CRITÉRIO DE DIVULGAÇÃO As atividades do CAPE deverão ser divulgadas em sala de aula pela Equipe Técnica e também através de boletins informativos. REFERÊNCIAS ALMONDES, K.; ARAÚJO, J.F. de . Padrão do ciclo sono-vigília e sua relação com a ansiedade em estudantes universitários. Estud. psico. Natal, jan/abr., vol. 8, no. 1, p.3743, 2003. FERNANDEZ, J. M.; CIANFLONE, A. R. L. O núcleo de apoio psicopedagógico da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP. Medicina, Ribeirão Preto, vol. 24, no. 2, p. 122-127, abr/jun., 1991. REGO, A.; CARVALHO, T. Motivos de sucesso, afiliação e poder: evidência confirmatória do constructo. Psic.: Teor. e Pesq., jan./abr., vol.18, no.1, p.17-26, 2002. ANEXO 1 PROPOSTAS INICIAIS DE ATIVIDADES DESENVOLVIDAS PELO CENTRO DE APOIO PSICOLÓGICO E EDUCACIONAL (CAPE) - Centro de Apoio Educacional e Psicológico (CAEP) - 2004 - Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - Universidade de São Paulo ATIVIDADES APOIO PSICOLÓGICO APOIO EDUCACIONAL OPERACIONALIZAÇÃO Público alvo: alunos de todos os cursos da Instituição Periodicidade: 1 vez por semana - 50min Técnica: Psicoterapia Breve de apoio Modalidade: Individual Público alvo: alunos de todos os cursos da Instituição Periodicidade: 1 vez por semana - 45min Enfoque: psicopedagógico, técnicas de aprendizagem e dificuldades acadêmicas Modalidade: Individual ou grupal GRUPOS FACILITADORES DE APRENDIZAGEM: Visa a atuar como mediador do processo de aprendizado, contribuindo para instrumentalização dos alunos em relação à aquisição do conhecimento além, de permitir a construção do perfil psicossocial dos mesmos. Público alvo: alunos de todos os cursos da Instituição Periodicidade: 1 vez por semana - 1h semanal Técnica: Técnicas de Aprendizagem - Sociodrama Educacional GRUPOS DE DISCUSSÃO PEDAGÓGICA: Busca estimular o estudo e a discussão de questões pedagógicas Público alvo: (inicialmente os novos docentes) Enfoque: métodos de ensino; processo ensino aprendizagem; relação professor-aluno; ética na sala de aula Periodicidade: Mensal GRUPOS REFLEXIVOS SOBRE O PAPEL PROFISSIONAL: Desenvolvimento de grupos reflexivos na abordagem Sociodramática desenvolvida pelo Grupo de Pesquisa em Sociodrama Educacional. Público alvo: alunos de todos os cursos da Instituição Grupos temáticos: o papel profissional, escolha da habilitação, o desenvolvimento do papel profissional, o trabalho em equipe multiprofissional Periodicidade: Mensal CARACTERIZAÇÃO PSICOSSOCIAL DA POPULAÇÃO DISCENTE DA INSTITUIÇÃO ÁLCOOL ENTRE ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS Público alvo: alunos de todos os cursos da Instituição. Abertura de Campo de estágio (Alunos de Pedagogia) Levantamento de aspectos psicológicos e psicoeducacionais que norteiam as escolhas profissionais do referidos cursos de graduação. Público Alvo: todos os alunos de graduação Rastreamento sobre o uso de álcool Através dos resultados obtidos podem se elaborar-se propostas de trabalho visando à prevenção e intervenção, se necessário, quanto ao uso de álcool entre estudantes. ANEXO 2 MODELO DO REGIMENTO INTERNO DO CENTRO DE APOIO PSICOLÓGICO E EDUCACIONAL (CAPE) DA FACULDADE DE EDUCAÇÃO SÃO LUÍS DOS OBJETIVOS Artigo 1º - As atividades do CAPE destinam-se a todos os alunos e docentes da Faculdade de Educação São Luís de Jaboticabal-SP. Tem como objetivos: A. O desenvolvimento de estudos e projetos com a finalidade de oferecer subsídios para o aprimoramento do ensino nesta Instituição. B. O desenvolvimento de atividades de suporte psicológico e pedagógico aos alunos de graduação de todos os cursos oferecidos na Instituição. Artigo 2º - É vedado aos membros da Equipe Técnica do CAPE a participação em comissões de sindicância e em atividades periciais, e a elaboração de laudos psicológicos. DAS ATRIBUIÇÕES DOS SETORES DE PSICOLOGIA E EDUCAÇÃO Artigo 3º - Para a consecução dos objetivos propostos, o CAPE contará com dois setores de Psicologia e Educação. Artigo 4º - O Setor de Psicologia terá as seguintes atribuições: A. Desenvolvimento de estudos e pesquisas visando à caracterização psicossocial e psicopedagógica da população discente. B. Planejamento e execução de programas de apoio psicopedagógico, em conjunto com o pedagogo. C. Orientação psicológica através de técnicas de psicoterapia breve de apoio. D. Orientação a professores da Instituição, no que se refere à assistência psicológica e pedagógica ao aluno. E. Assessoria a docentes e coordenadores de cursos. F. Orientação e encaminhamento de casos em que houver necessidade de atendimento não abrangido pelo serviço. G. Participação no planejamento da recepção aos ingressantes, em conjunto com o centro acadêmico. H. Participação na promoção de eventos, tais como palestras e grupos de discussão que envolvam a respectiva área de especialidade. I. Supervisão de estagiários da Pedagogia e Psicopedagogia. Artigo 5º - O Setor de Educação terá as seguintes atribuições: A. Assessoria pedagógica a docentes da Instituição. B. Orientação pedagógica individual ao aluno. C. Orientação a professores da Instituição, no que se refere à assistência psicopedagógica ao aluno. D. Planejamento e execução de programas de apoio pedagógico em conjunto com o psicólogo. E. Orientação e encaminhamento de casos em que houver necessidade de atendimentos não abrangidos pelo serviço. F. Participação no planejamento e organização da recepção aos alunos ingressantes em conjunto com o Setor de Psicologia. G. Participação, em colaboração com o psicólogo, das atividades desenvolvidas pelo Setor de Psicologia. Artigo 6º - É vedado aos membros da Equipe Técnica o envolvimento em problemas de alunos de ordem Financeira, Administrativa e Pessoais/Acadêmicas. DA COMPOSIÇÃO Artigo 7º - O CAPE contará com uma Equipe Técnica permanente, composta por profissionais das áreas de Psicologia e Pedagogia. Artigo 8º - O CAPE contará com funcionário de apoio administrativo próprio. Artigo 9º - Todos os profissionais do CAPE serão contratados pela Faculdade de Educação São Luís. Artigo 10 - A Equipe Técnica será assessorada por um Grupo de Consultores. DO GRUPO DE CONSULTORES Artigo 11 - O grupo de consultores será constituído por seis membros do corpo docente da Faculdade. Parágrafo 1º - Os membros consultores serão indicados pela Coordenação do CAPE. Parágrafo 2º - O mandato dos membros do Grupo de Consultores será de 1 ano com possibilidade de recondução. DA COORDENAÇÃO Artigo 12 - A Coordenação terá as seguintes atribuições: Parágrafo 1º - Traçar diretrizes para a atuação do CAPE. - Supervisionar as atividades do CAPE. - Deliberar sobre solicitações encaminhadas ao CAPE. - Coordenar as reuniões do CAPE. Parágrafo 2º - Indicar os docentes que irão compor o Grupo de Consultores. Parágrafo 3º - O coordenador está subordinado à Coordenação Acadêmica Geral. DA ADMINISTRAÇÃO Artigo 13 - O Cape está subordinado à Coordenação Acadêmica Geral. Artigo 14 - Os casos omissos não previstos neste regimento serão resolvidos pela Coordenação Acadêmica, ouvido a Coordenação do CAPE. ANEXO 3 MODELO DE FICHA DO ALUNO CURSO:_________________________________________SÉRIE________TURMA______ NOME DO ALUNO__________________________________________________________ FILIAÇÃO MÃE____________________________________________________________________ ENDEREÇO R_________________________________, NO._______BAIRRO____________ CIDADE_________________CEP_____________ESTADO___________FONE___________ CELULAR__________________ E-MAIL ________________________________________ HORÁRIO DE ATENDIMENTO___________________________________________________ SETOR DE ATENDIMENTO ( ) PSICOLOGIA ( ) EDUCAÇÃO JABOTICABAL, ___, ________________, DE 2004 _____________________________________ NOME DO PROFISSIONAL Encaminhamento : ( ) Espontâneo ( _________________________ ASSINATURA ) Indicação *Em caso de indicação : Nome do Docente______________________________________ Curso: ________________________________________________ Disciplina:_____________________________________________