Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS Laboratório de Transformação Mecânica - LdTM Prof. Dr.-Ing. Lirio Schaeffer Medição de Força para Supervisão do Processo de Forjamento Arno Richter Porto Alegre: Centro de Tecnologia - CT 1/20 Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS Laboratório de Transformação Mecânica - LdTM Prof. Dr.-Ing. Lirio Schaeffer Conteúdo: 1. Introdução Medição em processos de fabricação: PORQUE ? 2. Medição de diferentes grandezas físcas 2.1 Força 2.1.1 Extensometria (Strain Gauges) 2.1.2 A ponte de Wheatstone 2.1.3 Células de carga 2.2 Deslocamento 3. Supervisão de processos Arno Richter Conteúdo 2/20 Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS Laboratório de Transformação Mecânica - LdTM Prof. Dr.-Ing. Lirio Schaeffer Medição em Processos de Fabricação: PORQUE ? • Indústria / Produção: - otimização de processos existentes, - obter os esforços p/ escolha de máquinas ferramenta, - planejamento de processos novos; • Indústria / Manutenção de Qualidade: - supervisão de processos; • Pesquisa: - pesquisa básica, - verficar resultados de cálculos. Arno Richter 1. Introdução 3/20 Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS Laboratório de Transformação Mecânica - LdTM Prof. Dr.-Ing. Lirio Schaeffer A partir do ponto de vista da medição existem três grupos principais de grandezas físicas: • grandezas que podem ser medidas através da simples comparação com uma escala ou um padrão simples: comprimento: metro, ângulo: transferidor, peso: comparação com padrões; • grandezas que podem ser medidas somente através da observação e avaliação dos efeitos deles: intensidade de corrente: amperímetro, temperatura: termômetro; • e grandezas que exigem o uso te equipamentos especiais: tempo: relôgio. Arno Richter 2. Medição de diferentes grandezas físcas / 2.1 Força 4/20 Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS Laboratório de Transformação Mecânica - LdTM Prof. Dr.-Ing. Lirio Schaeffer A força é uma grandeza física que não pode ser medida através de compação com uma escala. A medição da força é realizada através da observação e avaliação da deformação de corpos elásticos. Os equipamentos mais simples são baseados na deformação de molas que são equipadas com escalas. Medições em máquinas e outros equipamentos são efetuadas com células de carga a base de extensômetros (inglês: strain gauges). Este método de medição é chamado extensometria. O extensômetro é um condutor elétrico que é fixado na superfície do corpo que será deformado. Com a deformação o extensômetro se deforma também, o que causa uma alteração de sua resistência à passagem de corrente. Arno Richter 2.1 Força 5/20 Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS Laboratório de Transformação Mecânica - LdTM Prof. Dr.-Ing. Lirio Schaeffer Esta aleração da resistência depende do sentido da deformação e do material do condutor. A fórmula geral para a resistência de um condutor elétrico é: l R A com: R l A resistência, resistividade, comprimento e área da secção. Nesta fórmula é visivel que qualquer alteração do comprimento do condutor necessáriamente causa um aumento da resistência. Arno Richter 2.1.1 Extensometria 6/20 Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS Laboratório de Transformação Mecânica - LdTM Prof. Dr.-Ing. Lirio Schaeffer Considerando o fato que as deformações elásticas nas superfícies de corpos metálicos são muito pequenas (até 0,2%) é visível que as alterações da resistência elétrica dos extensômetros também são muito pequenas. Por isso é muito difícil medir/avaliar estas alterações. A medição p.ex. com um multímetro é totalmente impossível! Extensômetros são construídos de modo que o condutor é fixado em vários laços para aumentar o comprimento dele. Isto aumenta o valor absoluto da alteração da resistência dele. O valor relativo da alteração da resistencia dele pode ser influenciado através da escolha do material para os condutores. Arno Richter 2.1.1 Extensometria 7/20 Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS Laboratório de Transformação Mecânica - LdTM Prof. Dr.-Ing. Lirio Schaeffer a) substrato isolante b) condutor c) contatos para ligação d) comprimento do condutor Arno Richter 2.1.1 Extensometria 8/20 Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS Laboratório de Transformação Mecânica - LdTM Prof. Dr.-Ing. Lirio Schaeffer Os condutores de extensômetros modernos são produzidas a partir de lâminas metálicas. São montados entre duas folhas de plástico para facilitar o manuseio. Arno Richter 2.1.1 Extensometria 9/20 Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS Laboratório de Transformação Mecânica - LdTM Prof. Dr.-Ing. Lirio Schaeffer O material do condutor também tem influência. Os materiais mais utilizados são constantã, NiCr e platina. (constantã é uma liga de 57% de cobre e 43% de níquel) material constantã NiCr platina resistividade 0,48 0,111 fator k 1,8 ... 2,2 2,1 ... 2,4 3,5 ... 3,9 Arno Richter 2.1.1 Extensometria 10/20 Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS Laboratório de Transformação Mecânica - LdTM Prof. Dr.-Ing. Lirio Schaeffer R1, R2, R3 e R4: resistências da ponte preferencialmente R1 = R2 = R3 = R4 ue: tensão de entrada, tensão de alimentação ua: tensão de saída Arno Richter 2.1.2 A ponte de Wheatstone 11/20 Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS Laboratório de Transformação Mecânica - LdTM Prof. Dr.-Ing. Lirio Schaeffer ua u1 u4 R1 u1 ue R1 R2 R4 u4 ue R3 R4 R1 R4 ua ue R1 R2 R3 R4 R1 R3 R2 R4 ua R1 R4 ue R1 R2 R3 R4 ( R1 R2 ) ( R3 R4 ) Arno Richter 2.1.2 A ponte de Wheatstone 12/20 Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS Laboratório de Transformação Mecânica - LdTM Prof. Dr.-Ing. Lirio Schaeffer Condições para equilíbrio (ua = 0): R1 R2 R3 R4 ou R1 R4 R2 R3 As alterações das resitências são muito pequenas em comaparação com os valores das resistências: R R ua 1 R1 R2 R3 R4 ue 4 R1 R2 R3 R4 Arno Richter 2.1.2 A ponte de Wheatstone 13/20 Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS Laboratório de Transformação Mecânica - LdTM Prof. Dr.-Ing. Lirio Schaeffer Assim é possível relacionar a deformação do strain gauge com a alteração da resistência introduzindo o fator k. Ri k i Ri Conforme as necessidades da aplicação são usadas pontes com um, dois, três ou quatro strain gauges. A ponte com quatro strain gauges ativos é chamada “ponte completa”. Ela ofereçe mais vantagens devido à eliminação de erros causados por variações de temperatura ou por efeitos de flexão. Células de carga preferencialmente são executados em forma de uma ponte completa. Arno Richter 2.1.2 A ponte de Wheatstone 14/20 Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS Laboratório de Transformação Mecânica - LdTM Prof. Dr.-Ing. Lirio Schaeffer Arno Richter 2.1.2 A ponte de Wheatstone 15/20 Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS Laboratório de Transformação Mecânica - LdTM Prof. Dr.-Ing. Lirio Schaeffer Arno Richter 2.1.2 A ponte de Wheatstone 16/20 Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS Laboratório de Transformação Mecânica - LdTM Prof. Dr.-Ing. Lirio Schaeffer Uma célula de carga é um corpo elástico de aço ferramenta temperado no qual os extensômetros são aplicados. As dimensões deste corpo são escolhidos de forma que ele sofre uma deformação máxima de 0,1% (para evitar a plastificação do corpo e dos extensômetros). Arno Richter 2.1.3 Células de carga 17/20 Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS Laboratório de Transformação Mecânica - LdTM Prof. Dr.-Ing. Lirio Schaeffer Em muitas processos é importante ter um sinal de referência. Isto pode ser o tempo, o deslocamento da ferramenta ou ó ângulo do eixo de manivela da prensa (caso trata uma prensa mecânica). S u R u0 O deslocamento linear pode ser medido com um sensor em forma de um potenciômetro linear. Uma grande variedade destes equipamentos encontra-se no mercado. Vantagens destes sensores são a linearidade da curva característica e o baixo custo. Arno Richter 2.2 Deslocamento 18/20 Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS Laboratório de Transformação Mecânica - LdTM Prof. Dr.-Ing. Lirio Schaeffer unidade central sensor de deslocamento erro aviso tela 8 teclas amplificador conversor A punção D matriz amplificador conversor µP interface impressora processador amplificador externo A amplificador célula de carga D comando da prensa prensa 3. Supervisão de processos 19/20 Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS Laboratório de Transformação Mecânica - LdTM Prof. Dr.-Ing. Lirio Schaeffer Arno Richter 3. Supervisão de processos 20/20