Interacções Medicamentosas

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Faculdade de Medicina da
Universidade de Coimbra
Bioquímica II
SO 12
INTERACÇÕES
MEDICAMENTOSAS
Exemplo baseado no álcool
OBJECTIVOS
 Definir
o que são xenobióticos.
 Descrever
o metabolismo dos xenobióticos.
 Compreender
 Descrever
o metabolismo do álcool.
 Compreender
álcool.
as interacções medicamentosas.
o modo de interacção com o
OBJECTIVOS
 Definir
o que são xenobióticos.
 Descrever
o metabolismo dos xenobióticos.
 Compreender
 Descrever
o metabolismo do álcool.
 Compreender
álcool.
as interacções medicamentosas.
o modo de interacção com o
XENOBIÓTICOS
(GK XENOS)
Compostos
estranhos ao
organismo
http://media.canada.com/gallery/posted
/0508pesticide.jpg
Medicamentos
Drogas
Toxinas
Pesticidas
Insecticidas
Aditivos alimentares
Poluentes
PCBs
http://laranjalimao.files.wordpress.com/2008
/04/rotulo.png
OBJECTIVOS
 Definir
o que são xenobióticos.
 Descrever
o metabolismo dos
xenobióticos.
 Compreender
 Descrever
o metabolismo do álcool.
 Compreender
álcool.
as interacções medicamentosas.
o modo de interacção com o
METABOLISMO DOS XENOBIÓTICOS
1 — Absorção
2 — Distribuição
3 — Biotransformação
4 — Excreção
Fase I — Hidroxilação/Oxidação/Redução
Fase II — Conjugação
• Ocorrem maioritariamente no fígado.
FASE I
Catalisada por citocromos P450.
Citocromo P450
http://www.medicinageriatrica.com.br/wpcontent/uploads/2008/05/citocromo1.jpg
• Hemoproteínas que catalisam reacções de monooxidação
(monooxigenases);
• Existem 57 isoformas, agrupadas em 18 famílias e 41
subfamílias;
• 40% dos cit. P450 que metabolizam xenobióticos são
polimórficos.
• Microssomais (RE), mitocondriais (MIM) e citoplasmáticos.
• Substratos são, geralmente, lipofílicos.
FASE I
LISKA, DeAnn; The Detoxification Enzyme Systems; Alternative Medicine Review; vol. 3; Nº
3; 1998.
FASE I
R-H + O2 + NADPH + H+
Cit. P450
R-OH + H2O + NADP+
↑ polaridade
↑ hidrossolubilidade
http://www.dqb.fc.ul.pt/cup/44324/aula8.htm.
FASE II
• Os metabolitos hidroxilados (fase I) são conjugados com
moléculas como:
↑ hidrossolubilidade
Bílis
Urina
Fezes
LISKA, DeAnn; The Detoxification Enzyme Systems; Alternative Medicine
Review; vol. 3; Nº 3; 1998.
OBJECTIVOS
 Definir
o que são xenobióticos.
 Descrever
o metabolismo dos xenobióticos.
 Compreender
as interacções
medicamentosas.
 Descrever
o metabolismo do álcool.
 Compreender
álcool.
o modo de interacção com o
Classificação
das Interacções Medicamentosas
Farmacocinéticas
um fármaco altera a
velocidade/extensão de uma
das fases de metabolização de
outro
um fármaco altera os efeitos
Farmacodinâmicas desejados do agonista, no
mesmo receptor ou enzima
De efeito
dois ou mais fármacos
produzem sinergias ou
antagonismos, sem alterar
farmacocinética ou
farmacodinâmica
Farmacêuticas
ocorrem nos recipientes
(garrafa de soro, seringa),
antes da administração
INTERACÇÕES MEDICAMENTOSAS
X
CYP
metabolito de X
Excreção
Se X2, também metabolizado por CYP, COMPETE com X:
X
X2
CYP
↓ metabolito de X
↓ Excreção
Toxicidade
de X
INTERACÇÕES MEDICAMENTOSAS
Se X2 é um INDUTOR de CYP…
X
↑ CYP
↑ metabolito de X
↑ Excreção
Toxicidade do
metabolito de
X
Se X2 é um INIBIDOR de CYP…
X
↓ CYP
↓ metabolito de X
↓ Excreção
Toxicidade de
X
MECANISMO DE INDUÇÃO
E ainda…
• receptor PXR;
• receptor CAR.
Mecanismo de indução de P-450 através do receptor Ah
http://www.marvial.oi.com.br/engqui/topicos/quimbiol10.html
INTERACÇÕES MEDICAMENTOSAS
Exemplos
X
Varfarina
(anticoagulante)
X2
CYP
Fenobarbital
CYP2C9
(antiepiléptico)
Rifampicina
(antituberculoso)
Etinilestradiol
CYP3A4
Carbamazepina
(contraceptivo)
(anticonvulsionante)
Ciclosporina
(imunomodulador)
Terfenadina
(anti-histamínico)
Interacção
Fenobarbital ↑ CYP2C9
↑ metabolismo varfarina
Rifampicina ↑ CYP3A4
Carbamazepina ↑ CYP3A4
Risco de gravidez
CYP3A4
Rifampicina ↑ CYP3A4
(rejeição do transplante)
Itraconazol ↓ CYP3A4
(toxicidade da ciclosporina)
Eritromicina
CYP3A4
(antibacteriano)
Eritromicina ↓ CYP3A4
↓ efeito terapêutico
(Fexofenadina)
Toxicidade da Terfenadina
Rifampicina
Itraconazol
(antifúngico)
INTERACÇÕES MEDICAMENTOSAS
Exemplos
CYP
Substratos
Indutores
Inibidores
1A2
Paracetamol
Teofilina
Tamoxifeno
Varfarina
Clomipramina
Naproxeno
(Tabaco)
Omeprazol
(Repolho)
(Brócolos)
Fluvoxamina
Ciprofloxacina
Flutamida
3A4
Paracetamol
Ciclosporina
Diazepam
Eritromicina
Rifampicina
Carbamazepina
Corticosteróides
Fenitoína
Fluconazol
Cetoconazol
Ciprofloxacina
Prontuário terapêutico on-line
OBJECTIVOS
 Definir
o que são xenobióticos.
 Descrever
o metabolismo dos xenobióticos.
 Compreender
 Descrever
o metabolismo do álcool.
 Compreender
álcool.
as interacções medicamentosas.
o modo de interacção com o
METABOLISMO DO ÁLCOOL
•Pequena molécula com grande capacidade de interacção;
•Absorção pela mucosa (<5%) e entrada para a corrente sanguínea;
•Metabolismo hepático (>90%) e excreção renal e respiratório (<10%).
http://www.niaaa.nih.gov/NR/rdonlyres/01860B5E-8534-46EB-B7A500827517E65C/0/29_4_pathways.gif
OBJECTIVOS
 Definir
o que são xenobióticos.
 Descrever
o metabolismo dos xenobióticos.
 Compreender
 Descrever
as interacções medicamentosas.
o metabolismo do álcool.
 Compreender
o álcool.
o modo de interacção com
INTERACÇÃO COM O ÁLCOOL
Consumidor agudo
Na PRESENÇA de álcool…
X
álcool
CYP
↓ metabolito de X
↓ Excreção
Toxicidade
de X
Na AUSÊNCIA de álcool…
X
CYP
metabolito de X
Excreção
INTERACÇÃO COM O ÁLCOOL
Consumidor crónico
Na PRESENÇA de álcool…
X
álcool
CYP
↓ metabolito de X
↓ Excreção
Toxicidade
de X
Na AUSÊNCIA de álcool…
X
↑ CYP
↑ metabolito de X
↑ Excreção
Toxicidade do
metabolito de
X
INTERACÇÃO COM O ÁLCOOL
Paracetamol
N-acetilbenzoquinoneimina
(NABQI)
Toxicidade
Permite uso
terapêutico de
etanol em caso de
intoxicação com
paracetamol.
http://www.dqb.fc.ul.pt/cup/44324/aula11.htm
▲ alcoolismo
crónico
▼ álcool
INTERACÇÃO COM O ÁLCOOL
Dissulfiram
Terapia de aversão para alcoolismo crónico
↑ Toxicidade
do etanol e do
acetaldeído
▼ Agriões
http://www.niaaa.nih.gov/NR/rdonlyres/01860B5E-8534-46EB-B7A500827517E65C/0/29_4_pathways.gif
▲ Tabaco
CONCLUSÃO


O conhecimento das vias metabólicas dos xenobióticos
permite compreender de que forma se processam as
interacções medicamentosas, importante na previsão de
possíveis efeitos indesejados e potencialmente perigosos.
No entanto, é importante ter presente diferentes factores
que tornam os efeitos imprevisíveis, como os
polimorfismos, a dose, a exposição a poluentes
ambientais…
BIBLIOGRAFIA
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Cytochromes P450 and Nitric Oxide Synthases; Wiley-Liss; 2006.
Robert K. Murray et al.; Harper’s Illustrated Biochemistry, 26 th edition: 53. Metabolism of
Xenobiotics; Lange Medical Books, McGraw-Hill; 2003.
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http://www.dqb.fc.ul.pt/cup/44324/aula11.htm (25.03.2010).
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http://www.dqb.fc.ul.pt/cup/44324/aula16.htm (25.03.2010).
http://www.dqb.fc.ul.pt/cup/44324/aula17.htm (25.03.2010).
http://www.marvial.oi.com.br/engqui/topicos/quimbiol10.html (10.03.2010).
http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/multimedia/paginacartilha/docs/intMed.pdf (15.04.2010).
http://www.infarmed.pt/prontuario/frameprimeiracapitulos.html (15.04.2010).
Aulas teóricas de Bioquímica II, FMUC.
FIM
Gratos pela atenção!
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