de crédito - Universidade do Minho

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ECONOMIA BANCÁRIA
Unidades 5 e 8 : Avaliação do Risco de Crédito
Economia Bancária - MEMBF
EEG – Universidade do Minho
Objectivos das unidades 5 e 8
Sensibilizar para a importância da avaliação cuidada do risco
de crédito, sendo uma forma de gestão preventiva do risco;
Desenvolver formas de analisar os factores que afectam a
tomada de decisão no âmbito da análise dos riscos da
concessão e controlo de crédito;
Recolher e seleccionar a informação relevante para cada caso
específico de concessão de crédito.
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EEG – Universidade do Minho
Assuntos
A FUNÇÃO DO CRÉDITO
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS SOBRE CRÉDITO
A ANÁLISE DO CRÉDITO
O PROCESSO DE ANÁLISE DO CRÉDITO A PARTICULARES
O PROCESSO DE ANÁLISE DO CRÉDITO A EMPRESAS
Economia Bancária - MEMBF
EEG – Universidade do Minho
Agenda
A FUNÇÃO DO CRÉDITO
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS SOBRE CRÉDITO
A ANÁLISE DO CRÉDITO
O PROCESSO DE ANÁLISE DO CRÉDITO A PARTICULARES
O PROCESSO DE ANÁLISE DO CRÉDITO A EMPRESAS
Economia Bancária - MEMBF
EEG – Universidade do Minho
A FUNÇÃO DO CRÉDITO
Fonte : Comissão das Comunidades Europeias (2000, p.13)
Objectivos dos bancos
Objectivos das PMEs
Gerir os riscos dos créditos concedidos
de forma a evitar perdas.
Obter um financiamento sem restrições,
de forma a obter flexibilidade em todas
as actividades da empresa
Dar uma grande prioridade ao valor
criado para os accionistas do banco, no
cumprimento dos seus objectivos
estratégicos de crescimento,
produtividade e rendibilidade.
Obter o financiamento e o suporte
necessários para criar e desenvolver
uma empresa, torná-la próspera e
assegurar um rendimento satisfatório
para os seus sócios/accionistas e
colaboradores.
Dividir a estrutura em unidades e fileiras
autónomas, a fim de maximizar a
produtividade, o rendimento e a
contribuição de cada um, em prol dos
Encontrar fontes únicas para os
conjuntos de produtos e serviços
personalizados e completos, a fim de
melhorar os resultados da empresa.
benefícios
.
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A FUNÇÃO DO CRÉDITO
(Interesses dos bancos e das PME) Fonte : Comissão das Comunidades
Objectivos
Objectivos das PMEs
Europeias
(2000, p.13)dos bancos
Reorganizar a rede de agências e limitar
os serviços de fraca margem, a fim de
reduzir os custos e melhorar a
rendibilidade (no curto prazo).
Ter acesso máximo a empréstimos e
serviços.
Rotação de funções dos colaboradores
do banco, em função dos planos de carreira e
Intensificar a interacção personalizada
com os vários segmentos de clientes, a
fim de reduzir o deficit de informação e
instalar uma confiança recíproca.
de imperativos de flexibilidade
.
Colocação da informática ao serviço de
numerosos aspectos das actividades
bancárias, como a determinação da
contribuição dos clientes em função dos
benefícios recebidos, a avaliação de
riscos e a distribuição de produtos
(banca virtual)
Criar e manter relacionamentos
pessoais com a gestão da agência
bancária, a fim de assegurar que as
decisões relativas aos empréstimos
tenham em conta as competências e as
características do responsável da
empresa.
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EEG – Universidade do Minho
Agenda
A FUNÇÃO DO CRÉDITO
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS SOBRE CRÉDITO
A ANÁLISE DO CRÉDITO
O PROCESSO DE ANÁLISE DO CRÉDITO A PARTICULARES
O PROCESSO DE ANÁLISE DO CRÉDITO A EMPRESAS
Economia Bancária - MEMBF
EEG – Universidade do Minho
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS SOBRE CRÉDITO
As condições de crédito
Modalidades de operações de crédito
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Elementos definidores do crédito bancário
FINALIDADE
aplicação
MONTANTE
verba/valor emprestado
RISCO
capacidade
PRAZO
tempo
JURO
margem
GARANTIA
confiança
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PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS SOBRE CRÉDITO
As condições de crédito
Modalidades de operações de crédito
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Modalidades das operações de crédito
- entidade devedora;
- fase do ciclo produtivo;
- prazo da operação;
- tipo de garantias;
- desembolso ou não de fundos.
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Agenda
A FUNÇÃO DO CRÉDITO
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS SOBRE CRÉDITO
A ANÁLISE DO CRÉDITO
O PROCESSO DE ANÁLISE DO CRÉDITO A PARTICULARES
O PROCESSO DE ANÁLISE DO CRÉDITO A EMPRESAS
Economia Bancária - MEMBF
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A subjectividade da análise de crédito
Assimetria de informação:
O potencial devedor sabe mais acerca de si próprio que
o banco
Incerteza quanto à evolução do meio envolvente
Selecção Adversa => Racionamento de Crédito
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A ANÁLISE DO CRÉDITO
O processo de preparação e aprovação do crédito
(e seu controlo)
Os cuidados a ter na preparação do crédito:
O tipo de informação a obter do cliente
Os C’s do crédito
A avaliação do risco do crédito
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A ANÁLISE DO CRÉDITO
O processo de preparação e aprovação do crédito
(e seu controlo)
Os cuidados a ter na preparação do crédito:
O tipo de informação a obter do cliente;
Os C’s do crédito
A avaliação do risco do crédito
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Os cuidados a ter no processo do crédito bancário:
o tipo de informação a obter:
• Problema Fundamental:
Contabilidade é História, ficção ou ambas! ... Mas ...
• Crédito de Curto-Prazo
– Análise da situação das Necessidades de Fundo Maneio
(NFM )/ Financiamentos
– Reputação / Relacionamento
• Crédito de Longo-Prazo
– Análise Estratégica e do Mercado
– Análise de Cash-flows
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Informação a obter
• Confirmação de património da empresa e sócios;
• Visitas às instalações do cliente;
• Informações comerciais junto de outros bancos;
• Manter um
adequado conhecimento da praça;
• Contacto com outras entidades c/ relacionamento com a
empresa
(clientes, fornecedores, associações ligadas ao sector ...).
• Consulta de imprensa especializada e/ou local e
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dados sectoriais.
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Outra informação a obter
• Informação de teor economico-financeiro não declarada;
• Informação sobre ligações a
outras empresas;
• Comportamento histórico do cliente e sócios na empresa (se existir);
• Evolução do histórico das contas de depósitos;
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A ANÁLISE DO CRÉDITO
O processo de preparação e aprovação do crédito
(e seu controlo)
Os cuidados a ter na preparação do crédito:
O papel do gestor de crédito;
O tipo de informação a obter do cliente;
Os C’s do crédito
A avaliação do risco do crédito
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Os C’s do crédito
No meio de tanta informação, perante
uma diversidade tão vasta de casos e
atendendo à sempre necessária rapidez
de análise, como realizar uma avaliação
considerada correcta?
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Os C’s do crédito
Character
(determinação do proponente em honrar os seus
compromissos)
Capacity
(competência profissional/empresarial do proponente)
Capital
(fontes e uso dos recursos que evidenciam a situação
económico financeira do proponente)
Conditions
(factores externos e macroeconómicos do proponente
e as características do empréstimo solicitado)
Collateral
(activos dados em garantia)
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Outros C’s do crédito
Um sexto “C”
•
Conglomerado
“Cs” modernos de crédito (Blatt):
•
Consistência
(escolha e gestão do alvo correcto do mercado)
•
Comunicação
(correcta e ágil obtenção e análise de informações )
•
Controle
(acompanhamento, gestão e administração do crédito
concedido)
(cont.)
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Outros C’s do crédito
Novos “Cs” de crédito (Blatt):
• Concorrência
(nível da competitividade do proponente)
• Custos
(boa gestão de custos)
• Caixa
(fluxos de caixa como uma importante medida da
viabilidade de uma empresa)
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Métodos para avaliar o risco do crédito:
1) Método de análise da ficha de crédito
2) Método do credit scoring
3) Método da notação de risco
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Métodos para avaliar o risco do crédito:
1) Método de análise da ficha de crédito:
Consiste na atribuição de valores aos parâmetros anteriores (e aos
inúmeros factores que cada um destes inclui) para emitir um
parecer sobre determinada operação de concessão de crédito. A
cada factor emite-se um valor subjectivo - "positivo" ou "negativo".
Se, no final, o número de factores com classificações positivas for
superior ao dos negativos, então o parecer tenderá a ser favorável à
concessão de crédito.
Economia Bancária - MEMBF
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Métodos para avaliar o risco do crédito:
2) Método do credit scoring:
Através da ponderação de vários factores - idade, profissão, renda,
actividade profissional, património, tipo de residência, etc. -,
classifica os clientes em duas categorias:
Bons pagadores - os que, potencialmente, têm condições para
honrar as obrigações o empréstimo obtido.
Maus pagadores - os que, potencialmente, não reúnem as
condições para cumprir as obrigações do crédito.
Economia Bancária - MEMBF
EEG – Universidade do Minho
Métodos para avaliar o risco do crédito:
3) Método da notação de risco:
Metodologia que avalia uma série de factores, atribuindo uma nota a
cada um deles e, posteriormente, uma nota final ao conjunto destes
factores analisados.
Com base nesta nota final é atribuído um risk rating, ou seja, uma
classificação para o risco, que determina o valor (risco de crédito)
que a empresa financiadora dará ao tomador do crédito.
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Agenda
A FUNÇÃO DO CRÉDITO
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS SOBRE CRÉDITO
A ANÁLISE DO CRÉDITO
O PROCESSO DE ANÁLISE DO CRÉDITO A PARTICULARES
O PROCESSO DE ANÁLISE DO CRÉDITO A EMPRESAS
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O PROCESSO DE ANÁLISE DO CRÉDITO A PARTICULARES
O mercado de particulares
A avaliação do risco: credit scoring
Economia Bancária - MEMBF
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O mercado de particulares
Ciclo de vida dos indivíduos vs rendimento:
0 – 16: muito baixo / baixo: ofertas e semanadas;
17-23: médio/baixo - mesada / 1ºemprego;
24-28: médio - 1º emprego (full-time)
29-35: médio/elevado – carreira em progressão
36-45: elevado - carreira em progressão (boa analise de risco)
46-55: elevado – carreira em estagnação
56-65: médio/elevado – redução de benefícios e/ou reforma antecipada
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O mercado de particulares
Ciclo de vida dos indivíduos vs rendimento:
ATENÇÃO AOS PONTOS DE DESCONTINUIDADE:
-
1º emprego;
-
Compra de casa;
-
Casamento;
-
Independência dos filhos;
-
Reforma
ATENÇÃO AOS GASTOS IMPLICÍTOS
Economia Bancária - MEMBF
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O crédito a particulares
Ciclo vida dos indivíduos vs rendimento
Grau
fidelização
do ponto de vista do banco
Recursos
captados
Aplicações financeiras
Reforço
Cartões
Cross-selling
Conta Ordenado Domiciliação desp. periódicas
Cross-selling
(Seguros)
Crédito Habitação
Entrada
DO
abertura
conta
perda de cliente
perda de cliente
menos provável
Economia
Bancária
muito
provável - MEMBF
Tem po
perda de cliente
pouco provável
DO
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O crédito a particulares
Problemas gerais:
–
–
–
–
–
Solvabilidade das famílias
Dispersão dos factores de risco
Avaliação dos documentos
Instabilidade da origem dos cash-flows
Recuperação de garantias
Economia Bancária - MEMBF
EEG – Universidade do Minho
O PROCESSO DE ANÁLISE DO CRÉDITO A PARTICULARES
O mercado de particulares
A avaliação do risco: credit scoring
Economia Bancária - MEMBF
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AVALIAÇÃO DO CRÉDITO
• Factores fundamentais:
– Idoneidade / Reputação
– Capacidade de pagamento
– Garantia - real; aval;
• Factores de risco:
– Desemprego
– Fraude
– Capacidade deEconomia
execução
da garantia
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Análise tradicional:
- procedimento moroso;
(inadequado para muitas operações)
- não garante homogeneidade decisória;
- sujeita a variações de humor dos decisores;
- tem uma forte componente subjectiva
Economia Bancária - MEMBF
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Crédito scoring:
(instrumento de apoio à decisão, com base estatística)
- identifica as características do indivíduo
- idade,
- sit familiar,
- profissão,
- antiguidade no trabalho e residência
- garante homogeneidade decisória;
- imune a variações de humor dos decisores.
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CRÉDITO AO CONSUMO
esquema de análise:
•
Dados da operação
•
Dados pessoais
•
Dados profissionais
•
Dados económicos
•
Relacionamento com o banco
scoring
posição credora das contas: actual e evolução…
outros depositos e AF
domiciliação de salários
experiência de crédito
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A avaliação do risco: o credit-scoring
PRINCIPAIS ETAPAS
 Definição de bons e maus pagadores;
 Análise da amostra;
 Análise discriminante:
identificar as variáveis preditivas no sentido de classificar
os clientes como bons ou maus pagadores
 Regressão linear: para corrigir os efeitos de correlação
 Distribuição do score
(exemplo)
Economia
Bancária - MEMBF
EEG – Universidade do Minho
Qual a pontuação limite para aceitar (ou recusar)?
Nota obtida
Nº de Bons
Nº de Maus
50
0
5
100
27
7
150
63
10
200
135
19
250
180
19
300
153
15
350
144
15
400
54
5
450
54
5
500
28
0
Total
900
100
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EEG – Universidade do Minho
Sabendo que o banco lucra 1 €ur por cada bom cliente e perde 5 €ur por cada
mau cliente, qual a pontuação óptima?
Ser aceite com nota: Benefício
=
Ganho
-
Perda
50
- 25
0x1=0
5x5=25
100
-8
27x1=27
7x5=35
150
13
63x1=63
10x5=50
200
40
135
95
250
85
180
95
300
78
153
75
350
69
144
75
400
29
54
25
450
29
54
25
500
28
28
0
Economia Bancária - MEMBF
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CRÉDITO AO CONSUMO - classes de risco:
GRUPO I
(melhor)
DESTINO
GRUPO
II
GRUPO
III
GRUPO IV
(pior)
Bens 1ª
necessidade
Frigorifico
Maq lavar
Automoveis
novos;
Mobiliario
Obras na casa
Artigos de
decoração
Obras na 2ª
habitação
Equip escritorio
Peles
Jóias
Veiculos usados
Mais de 55
anos
De 41 a 55
anos
De 26 a 40
anos
De 18 a 25
anos
ANTIGUIDA
DE EMPREGO
Mais de 5
anos
De 3 a 5
anos
De 1 a 2 anos
Até 1 ano
ACTIVIDADE
Alto cargo
Técnico
Administrati
vo
Op
especializad
o
Transportes
Out Prof
liberais
Comércio
Serviços
Op Indif
IDADE
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Agenda
A FUNÇÃO DO CRÉDITO
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS SOBRE CRÉDITO
A ANÁLISE DO CRÉDITO
O PROCESSO DE ANÁLISE DO CRÉDITO A PARTICULARES
O PROCESSO DE ANÁLISE DO CRÉDITO A EMPRESAS
Economia Bancária - MEMBF
EEG – Universidade do Minho
Peso do Crédito (%)
• Particulares
2007
55,5
2008
55,0
2009
53,35
Empresas
2007
44,5
2008
45,0
2009
46,65
EEG – Universidade do Minho
O PROCESSO DE ANÁLISE DO CRÉDITO A EMPRESAS
Elementos-chave da análise de crédito:
As fontes de reembolso:
CF op / refinanc / alienação activos / liquidação empresa;
Os riscos envolvidos:
macroeconomicos + sectoriais + empresa + gestão.
A análise qualitativa: a gestão, a industria e a estratégia
empresarial;
A análise quantitativa: técnicas fundamentais de análise financeira;
A avaliação do risco: a notação de risco
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EEG – Universidade do Minho
Elementos-chave da análise de crédito:
as fontes de reembolso
CASH-FLOW
OPERACIONAL
Fundos gerados pela actividade normal da
empresa no âmbito da actividade de
exploração
REFINANCIAMENT
O
Substituição do crédito por outro prestado
por outra instituição de crédito, ou
aumento capital
AQUISIÇÃO DA
EMPRESA CLIENTE
POR OUTRA
EMPRESA
Reembolso do crédito por recurso ao cashflow gerado pela operação de aquisição
Financiamento concedido ao abrigo de
LIQUIDAÇÃO DA
EMPRESA/PROJECT projectos de vida finita
O
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Elementos-chave da análise de crédito:
os riscos envolvidos
Pol governamentais
Riscos
Macroeconómicos
Inflação
Política Ambiente
Risco do país
Sectoriais
De Empresa
De Gestão
Desequilíbrios oferta procura; barreiras à entrada, política governamental
Ciclo de conversão activos; equipamentos; quotas; política preços
Corpos sociais; experiência; sist informação; motivação; def. estratégia
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O PROCESSO DE ANÁLISE DO CRÉDITO A EMPRESAS
Análise
do cliente
Compreensão
do SECTOR
e do NEGÓCIO
do cliente
+
FINALIDADE
Análise
interna
Dem. ec-fin.
históricas
Indicadores
Financeiros
Cash-flow
=
Análise de
FACTORES
DE RISCO e
investigação de
ATENUANTES
Montagem da estrutura e
controlo do crédito
=>
Análise
externa
+
Avaliação da
CAPACIDADE
HISTÓRICA
da empresa
Análise da
proposta de
crédito
SWOT
Notação
Risco
Rel. bancário
Análise dos
OBJECTIVOS
do crédito
+
Análise
previsional da
CONDIÇÃO
FUTURA
do cliente
Processo de
REVISÃO E
DECISÃO DO
CRÉDITO
Relatório
sumário
de credito
Economia Bancária - MEMBF
<
Conceder
SIM
=>
Conceder
NÃO
MONTANTE
Elaboração
da ESTRUTURA PREÇO
DE CREDITO
FORMA
adequada
REEMBOLSO
PRAZO
Definição e
Protecção
aplicação de
EXTERNA
procedimentos de
CONTROLO e
acompanhamento
Protecção
do crédito
INTERNA
EEG – Universidade do Minho
O PROCESSO DE ANÁLISE DO CRÉDITO A EMPRESAS
Elementos-chave da análise de crédito:
As fontes de reembolso:
CF op / refinanc / alienação activos / liquidação empresa;
Os riscos envolvidos:
macroeconomicos + sectoriais + empresa + gestão.
A análise qualitativa: a gestão, a industria e a estratégia
empresarial;
A análise quantitativa: técnicas fundamentais de análise financeira;
A avaliação do risco: a notação de risco
Economia Bancária - MEMBF
EEG – Universidade do Minho
A análise qualitativa:
• “O erro mais simples consiste na
concessão de crédito sem análise ou
verificação do património do cliente
aparentemente bem conhecido e fiável,
o chamado”NAME LENDING”.
• As deficiências analíticas aparecem
tanto quando a análise de crédito é feita
demasiado perto do cliente (distorcida),
como quando é demasiado longe (mal
informada)
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EEG – Universidade do Minho
A análise qualitativa:
a gestão, a industria e a estratégia empresarial
• ANÁLISE EXTERNA DA EMPRESA
• Envolvente macroeconomica com
impacto na actividade da empresa;
• Análise do sector e suas características
recorrendo p.ex. à análise SWOT;
• Caracterização aspectos
regulamentares, jurídicos e fiscais;
• Analise da concorrência;
• Tendências do mercado e ciclos de vida
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EEG – Universidade do Minho
A análise qualitativa:
a gestão, a industria e a estratégia empresarial
ANÁLISE INTERNA DA EMPRESA
-Recursos e organização interna;
-Capacidade demonstrada pela gestão da empresa;
-Políticas comerciais para escoamento do produto;
-Características e dimensão dos activos;
-Conjunto de negócios envolvidos.
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EEG – Universidade do Minho
A análise qualitativa:
Características genéricas de uma microempresa
• a opacidade da informação contabilística, devido à grande
liberdade de “construção” da contabilidade, beneficiada pela
informalidade dos relacionamentos e ausência de auditores
externos;
• a importância fundamental do sócio (é normalmente
também o único gestor/gerente da empresa) que define a
organização, políticas internas e estratégias da empresa;
• a ténue fronteira entre a esfera familiar e a esfera
empresarial e consequente indefinição na separação de
patrimónios e custos;
• fraco poder negocial junto dos credores que dificulta a
implementação normal da estratégia de
desenvolvimento/crescimento empresarial e agrava a sua já
débil performance económico-financeira.
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O PROCESSO DE ANÁLISE DO CRÉDITO A EMPRESAS
Elementos-chave da análise de crédito:
As fontes de reembolso:
CF op / refinanc / alienação activos / liquidação empresa;
Os riscos envolvidos:
macroeconomicos + sectoriais + empresa + gestão.
A análise qualitativa: a gestão, a industria e a estratégia
empresarial;
A análise quantitativa: técnicas fundamentais de análise financeira;
A avaliação do risco: a notação de risco
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Indicadores economico-financeiros
• ESTRUTURA/FINANCIAMENTO
• Indica a forma como a empresa está a ser financiada,
nomeadamente a existência de compromissos a satisfazer no
futuro e datas de reembolso. O objectivo é aferir da capacidade
de fragilidade da estrutura financeira (escassez de recursos de
carácter permanente…)
• LIQUIDEZ:
• Permite aferir da capacidade da empresa para cumprir as suas
obrigações financeiras no curto prazo e garantir a manutenção
da actividade operacional da empresa. A falta permanente de
liquidez é uma das maiores causas de falências das empresas
(especialmente MICROEMPRESAS)
Economia Bancária - MEMBF
EEG – Universidade do Minho
Indicadores economico-financeiros
• RENTABILIDADE
• Permite obter medidas com base no lucro e, em
ultima análise, a forma como esse lucro é produzido.
• São os rácios mais importantes para aferir a
continuidade da empresa, i.e. a capacidade de no
futuro gerar os CF que garantam o seu
crescimento/manutenção.
• ACTIVIDADE
• Medem a riqueza operacional da empresa, i.e. quão
eficiente tem sido a utilização dos seus activos
Economia Bancária - MEMBF
EEG – Universidade do Minho
Afinal como avaliar
a situação económico-financeira de
uma empresa?
•
Óptica financeira
•
Procura determinar em que medida a empresa dispõe dos meios
financeiros adequados para corresponder às suas necessidades
operacionais e funcionar com independência perante terceiros.
•
Ex. Equilíbrio financeiro, liquidez e solvabilidade
•
Óptica económica
•
Procura determinar o grau de eficiência da empresa, i.e. detectar a
capacidade de organizar da melhor forma os meios que dispõe para
produzir bens e serviços.
•
Ex. Rendibilidade, produtividade, cash-flow
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EEG – Universidade do Minho
Indicadores economico-financeiros
Ter sempre em atenção que os rácios:
 Não servem para tirar conclusões, devendo antes ser utilizados
para as ilustrar e suportar;
 Devem ser sempre comparados em conjunto, quer intertemporalmente, quer inter-sectorial ou inter-empresarialmente;
 São grandezas que espelham, por sua vez, relações relativas entre
outras grandezas, que podem ser de natureza díspar e, por vezes,
conflituosa;
 Só por si, dizem pouco sobre a evolução individual das suas
componentes.
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EEG – Universidade do Minho
Indicadores economico-financeiros
Problemas na utilização dos rácios:

Lidam com contabilidade histórica;

Comparam stocks com fluxos;

Não consideram sazonalidade e ciclicidade;

São passíveis de distorção por efeitos de inflação,
políticas de avaliação de activos, reavaliações …
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EEG – Universidade do Minho
Atenção ao risco das MICROEMPRESAS!
Alguns exemplos de imperfeição das demonstrações financeiras:
 Activos Fixos são susceptíveis de estar subvalorizados ou sobrestimados:
 PME "formalmente" proprietária de um conjunto de bens que se destinam ao usufruto pessoal dos proprietários,
mas também existem situações de utilização gratuita;
 Existências são um "factor crítico“:
 dado o impacto fiscal associado à sua "definição". Intimamente associadas ao CMVMC, constituem instrumento
privilegiado de manipulação do resultado contabilístico e fiscal em organizações (como a maioria das PME) que
gozam de larga margem discricionária;
 Disponibilidades e Dívidas de Terceiros:
 ponderar a eventual existência de dívidas incobráveis e de "erros" nas rubricas de Caixa e seus equivalentes;
 Relações com accionistas:
 consideração de créditos resultantes de "confusões" entre o património pessoal dos proprietários e o património
da empresa, que se traduzem no financiamento de actividades pessoais dos seus sócios ou accionistas ;
(cont.)
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EEG – Universidade do Minho
Atenção ao risco das MICROEMPRESAS!
Alguns exemplos de imperfeição das demonstrações financeiras:
 Vendas e Prestações de Serviços:
 susceptíveis de subdimensionamento (por razões de ordem fiscal, ou pelo facto de determinados custos
estarem indexados ao volume de negócios), mas também pode ocorrer o seu sobredimensionamento;
 Custos com o Pessoal:
 surgem valores superiores ou inferiores à realidade; sendo no primeiro caso, eventuais pagamentos de
"salários" a pessoas que, de facto, não trabalham na empresa (filhos, empregados particulares) ou o pagamento
de compensações excessivas;
 Fornecimentos e Serviços Externos:
 separar, na medida do possível, "custos empresariais" de "custos pessoais". São comuns "confusões" em
rubricas de conservação e reparação, despesas de representação, deslocações e estadas, combustíveis, água,
luz ...
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O PROCESSO DE ANÁLISE DO CRÉDITO A EMPRESAS
Elementos-chave da análise de crédito:
As fontes de reembolso:
CF op / refinanc / alienação activos / liquidação empresa;
Os riscos envolvidos:
macroeconomicos + sectoriais + empresa + gestão.
A análise qualitativa: a gestão, a industria e a estratégia
empresarial;
A análise quantitativa: técnicas fundamentais de análise financeira;
A avaliação do risco: a notação de risco
Economia Bancária - MEMBF
EEG – Universidade do Minho
A NOTAÇÃO DE RISCO (exemplo)
O nível de risco da empresa é normalmente calculado com base na
classificação obtida em 3 grupos de critérios, com ponderações distintas:
Critério
Ponderação (%)
1. Situação económico-financeira
60
2. MERCADO
20
3. GESTÃO
20
Total
100
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• 1. Situação económico-financeira (análise objectiva)
• Atribuição de uma dada nota aos valores apresentados por um
conjunto de indicadores ec-financeiros.
• 2. MERCADO (análise subjectiva/qualitativa)
• Atribuição de uma dada nota ao grau de vulnerabilidade da
empresa quanto à envolvente externa, factores sectoriais,
tecnológicos e de marketing
• 3. GESTÃO (análise subjectiva/qualitativa)
• Classificação da qualidade da gestão da empresa. Pondera o
cumprimento das responsabilidades da empresa para com os
seus financiadores, a gestão de recursos e a preocupação com o
consumidor.
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A análise qualitativa:
mercado + gestão
A selecção de critérios qualitativos como factores de avaliação do
risco tem em atenção os seguintes objectivos:
envolver e responsabilizar o analista na elaboração da
notação de risco;
colmatar insuficiente informação expressa nos documentos
financeiros;
tornar o mais objectiva possível a formulação de juízos
qualitativos.
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ANÁLISE mercado
FACTOR DE AVALIAÇÃO DO PERFIL DE RISCO
ENVOLVENTE EXTERNA
1. Grau de vulnerab./sensib. aos factores macroeconómicos
2. Grau de vulnerab./sensib. aos factores políticos
FACTORES SECTORIAIS
3. Dimensão da procura
4. Crescimento do mercado
5. Ciclos de vendas
FACTORES TECNOLÓGICOS
6. Adequação da tecnologia à complexidade dos processos
7. Capacidade para enfrentar a mudança
FACTORES DE MARKETING
8. Composição da carteira de produtos/serviços
9. Preços praticados
10. Acessibilidade aos mercados
11. Notoriedade das marcas comercializadas
OUTROS FACTORES DE COMPETITIVIDADE
12. Grau de diversificação da carteira de clientes/forneced.
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ANÁLISE gestão
FACTOR DE AVALIAÇÃO DO PERFIL DE RISCO
1. Cumprimento face à banca
2. Cumprimento face ao Estado e outros entes públicos
3. Cumprimento face a fornecedores
4. Cumprimento de compromissos assumidos c/ clientes
5. Clima laboral
6. Capacidade de oneração hipotecária
7. Empenhamento e capacidade da equipa de gestão
8. Continuidade/Sucessão
9. Ética profissional
10. Gestão de recursos
11. Experiência no ramo
12. Harmonia ambiental e preocupação com o consumidor
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Classificação das empresas por níveis de risco (exemplo)
Nível de risco
Pontuação
Qualificação
Comentário
AAA
90 a 100
Crédito da melhor
qualidade
Capacidade para assegurar o pagamento do crédito e
dos juros. Acontecimentos extraordinários não
deverão afectá-la. O risco de "default" é mínimo.
AA
80 a 89
Crédito de alta qualidade
Probabilidade de que as obrigações decorrentes do
crédito sejam cumpridas é muito elevada.
A
A+
A
A-
77 a 79
74 a 76
70 a 73
Crédito de boa qualidade
Boa capacidade para cumprir as suas obrigações.
Maior
vulnerabilidade
perante
factores
de
enquadramento ou específicos da empresa.
BB
BB+
BB
BB-
67 a 69
64 a 66
60 a 63
Capacidade adequada para
cumprir as obrigações
Alguma vulnerabilidade às condições da envolvente
externa e específicas da empresa pode alterar essa
capacidade no futuro.
B
B+
B
B-
57 a 59
54 a 56
50 a 53
Incerteza acerca da
capacidade da empresa
para satisfazer as suas
obrigações
O grau de vulnerabilidade da empresa aos factores de
enquadramento e específicos é muito elevado.
a < 50
Risco de não pagamento do Grande vulnerabilidade a factores de enquadramento e
Economia Bancária - específicos
MEMBF da própria empresa.
capital e dos
juros
C
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Classificação das empresas por níveis de risco (exemplo)
Nível de risco
Linha de
crédito
(em €uros)
Limite máximo de crédito
para uma primeira encomenda
(em €uros)
AAA
7.500 a 10.000
5.000
AA
5.000 a 7.500
2.500
A
BB
B
C
A+
A
A-
2.500 a 5.000
BB+
BB
BB-
1.000 a 2.500
B+
B
B-
500 a 1000
1.000
500
250
a < 500
125
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Conclusão
• Analise do crédito é uma das
actividades principais dos bancos
• Os projectos contêm riscos intrínsecos
• Problemas de risco moral e de selecção
adversa
• Importante a notação do risco através
de indicadores quantitativos e
qualitativos
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Trabalho para unidade 5 e 8
• Faça um relatório de duas páginas
sobre o processo de construção do risco
soberano
• Macroeconomics and Sovereign Risk
Ratings
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