preconceito, racismo e discriminação social

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Qual a diferença?
 Várias
são as incompreensões
existentes
entre
os
termos
Preconceito,
Racismo
e
Discriminação.

A origem da palavra “raça” é obscura.
Alguns estudiosos entendem que a
sua etimologia provém da palavra
latina “radix”, que significa raiz ou
tronco; enquanto outros acham que
ela tem origem na palavra italiana
“razza”,
que significa
linhagem
ou criação.

“Raça
tem
somente
um
significado
científico e biológico:
Refere-se a uma
única
subdivisão
das
espécies
conhecidas,
membros
de
uma
herança física, a qual visa distinguir-se de
outras populações da mesma espécie.
Apesar desta definição ser precisa tanto
quanto possível, os cientistas entendem
que não existem claras subdivisões na
única espécie chamada homem, isto é, o
homo sapiens.

"a ideologia que postula a existência
de hierarquia entre grupos humanos";

uma indisposição, um julgamento prévio negativo
que se faz de pessoas estigmatizadas por
estereótipos";

"atributos dirigidos a pessoas e grupos,
formando um julgamento a priori, um
carimbo. Uma vez ‘carimbados’ os membros
de determinado grupo como possuidores
deste ou daquele ‘atributo’, as pessoas
deixaram de avaliar os membros desses
grupos pelas suas reais qualidades e passam
a julgá-las pelo carimbo";

"é o nome que se dá para a conduta (ação ou
omissão) que viola direitos das pessoas com
base em critérios injustificados e injustos,
tais como: a raça, o sexo, a idade, a opção
religiosa e outros".

Segundo a Constituição Federal, todos são
iguais perante a lei, sem distinção de
qualquer natureza. A Carta diz, também, que
constituem princípios fundamentais da
Republica Federativa do Brasil o de promover
o bem comum, sem preconceitos de origem,
raça, sexo, cor, idade ou quaisquer outras
formas de discriminação.
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
A globalização é um fenômeno bastante
complexo, que propicia a conexão entre
diferentes culturas, pessoas e locais.
Ao mesmo tempo que parece conduzir a uma
homogeneidade cultural, no sentido de que
algumas culturas poderiam ser
descaracterizadas por influências externas.
Também verificamos o movimento oposto, no
qual se reafirmam as diferentes identidades
culturais.
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Até mesmo as culturas consideradas
“dominantes” estão suscetíveis às influências
de outras culturas.
É possível perceber tais dinâmicas nas
metrópoles, em que se verificam diferentes
influências culturais em hábitos, linguagem,
vestimentas, arquitetura e culinária.
Um exemplo nesse sentido é o fato de existir
um bairro em Nova Iorque que abriga a maior
comunidade chinesa do Ocidente,
denominado Chinatown.
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Outro exemplo dessa diversidade é o fato de
na década de 1990, surgiu no Brasil um
movimento musical denominado manguebeat.
Surgiu com a fusão dos elementos locais, que
são representados pelo mangue e pelo
maracatu, com elementos globais da indústria
musical, como o rock, a música eletrônica, o
funk e o hip-hop.
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Os exemplos apresentados demonstram que a
globalização tem propiciado o contato entre
diferentes realidades culturais e a emergência
de novas manifestações culturais, que devem
ser reconhecidas em sua diversidade.
Tal atitude é defendida pelo multiculturalismo,
que almeja a valorização e o reconhecimento
da diversidade cultural para que todas sejam
respeitadas em suas diferenças.
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
A Antropologia não apenas enfatiza as
diferenças entre culturas distantes, como
também nos fornece subsídios para a
compreensão de nossa própria cultura.
O caráter multiétnico do país, resultado da
confluência de diversas etnias, indígenas,
africanos e portugueses, participaram da
colonização do país.
Outros povos europeus e asiáticos que
chegaram ao Brasil como imigrantes nos
séculos XIX e XX.
Tendo em vista que o Brasil tem múltiplas
expressões culturais, notamos o contínuo
esforço em estabelecer uma identidade nacional
brasileira.
 Era necessário definir – e, por vezes, inventar –
o que constituía esta nação, a história, o
idioma, os heróis nacionais, os monumentos e
representações oficiais, como a bandeira, o
hino nacional, etc.
 Todos esses elementos buscar dar uma noção
de pertencimento.
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No início do século XX, a noção de cultura
brasileira era apresentada com base em
algumas manifestações populares tais como a
MPB, o samba, o carnaval, a capoeira, o
futebol, a feijoada, etc.
Algumas dessas representações foram
colocadas como símbolos da cultura nacional,
enquanto outras não foram aceitas pelo
Estado e acabaram sendo esquecidas ou
modificadas.
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Manifestações como a capoeira, que em um
primeiro momento não era aceita socialmente,
pois havia identificação com a cultura negra
africana, hoje é vista como parte da identidade
nacional.
Coloca-se nesse mesmo aspecto, outras
representações culturais como o samba e o
futebol.
Apesar de o país ter superado algumas
barreiras étnicas, o contexto ainda é o de
formação de uma identidade diversificada.
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O preconceito deriva das representações
negativas acerca dos outros indivíduos e
grupos sociais, sendo, portanto, a negação da
alteridade.
Na realidade brasileira, uma das principais
formas de preconceito que se encontram
incrustadas em nossa formação social é o
racismo.
Mas em que parâmetros se baseia o racismo?
Que justificativas são elaboradas para
sustentar sua existência?
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Durante o século XIX, estavam em voga no
meio intelectual as “teorias racialistas”.
Estas defendiam a existência de uma
hierarquia entre as raças humanas, na qual os
europeus eram considerados superiores em
oposição a outras sociedades humanas.
Após a segunda metade do século XX, a
iologia demonstrou o equívoco em torno do
conceito de raça, alegando não existir a
possibilidade de definir geneticamente
diferenças raciais.
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No início do século XX, difundiu-se a noção de
“democracia racial” como parte da construção
da identidade nacional brasileira, resultado da
miscigenação entre indígenas, europeus
africanos.
A ideia de que o Brasil seria um modelo de
relações raciais foi defendida por intelectuais
brasileiros que negavam ou minimizavam o
racismo no Brasil, na medida em que
afirmavam a existência de “grupos de cor”, em
substituição à noção de raças.
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