SINESTESIA “Harmonias que pungem, que laceram, dedos nervosos e ágeis que percorrem cordas e um mundo de dolências geram, gemidos, prantos, que no espaço morrem... E sons soturnos, suspiradas mágoas, mágoas amargas e melancolias, no sussurro monótono das águas, noturnamente, entre ramagens frias.” versos de Violões que Choram, de Cruz e Sousa Como explicar por que certas pessoas vêem a letra B azul? Ou então associam sons a imagens? Sinestesia A palavra tem origem na soma das palavras gregas syn, que significa junto, e aisthesis, que significa percepção. Fenômeno sensorial que ocorre por meio de confusões neurológicas, resultando na percepção de mais de um sentido de uma só vez. Fenômeno hereditário, apresentando variações em relação a geração anterior. Acredita-se que a causa se dá devido a alterações das ligações nervosas durante o desenvolvimento do cérebro. Especula-se que uma a cada 23 pessoas nasce com sinestesia; a maioria passa a vida sem saber. Acredita-se que a memória e a criatividade dos sinestetas são superiores as da média da população. Por outro lado, o senso de orientação não é tão bom assim. Teorias que tentam explicar a causa da sinestesia Ausência de bainhas de mielina em alguns neurônios. Estímulo provoca rearranjo químico funcional que induz o cérebro a interpretá-lo também como outra forma perceptiva. Hiperatividade cerebral. Hipótese de que sinestetas permanecem com certas ligações nervosas que normalmente se perdem quando se deixa de ser bebê. Interferencia do cromossomo X. Sistema Límbico. 5 pontos para definir sinestesia A sinestesia é involuntária A sinestesia é projetada As percepções são duradouras, discretas e genéricas A experiência sinestésica permanece na memória A sinestesia é emotiva e vívida Dois exemplos de como sinestetas vêem o alfabeto e os números. Tipos de sinestesia Sinestesia cor-grafema – associação de letras e números com cores especificas. Uma curiosidade é que letras pouco usadas são, normalmente, associadas a cores pouco usadas. Sinestesia som-cor – associação de sons (normalmente notas especificas) a cores. Sinestesia palavra-sabor – palavras são associadas a sabores. Sinestesia personificação – seqüências ordenadas de números, dias, meses e letras são associadas a diferentes personalidades. Sinestesia sabor-toque – sabores são associados a sensações físicas. Sinestesia espelho-toque – faz sentir o toque que outras pessoas recebem. Curiosidade: algumas drogas, como o LSD, causam efeitos sinestésicos em seus usuários, muitas vezes misturando tipos de sinestesia. E você, é sinesteta? Descubra com os testes a seguir… Você consegue ver um triângulo de números 2 no meio dos números 5? A seguir, onde se localiza o triângulo... Para os sinestetas corgrafema o triângulo é claro, pois enxergam o 2 e o 5 de cores diferentes. E vendo esse vídeo, você escuta alguma coisa? Se você tivesse que nomear as duas figuras a seguir, qual seria Kiki e qual seria Buba? Para 95% das pessoas que fizeram o teste, a primeira figura soa mais como Kiki e a segunda Buba. É um bom exemplo de saber como se dá a associação figura-palavra (com influência dos fonemas também). Conclusão Certas pessoas que associam diferentes sentido são chamadas de sinestetas. Possuem um estado alterado de percepção, chamado de sinestesia. Procuramos arduamente como isso se origina, porém não encontramos apenas uma explicação, e sim diversas, as quais apresentadas anteriormente. Assim, concluímos que a sinestesia ainda é um fenômeno pouco conhecido, que permite diversas teorias sobre seu funcionamento. Grupo 4 3º F Ninna Pierri - 21 Pedro Macul - 24 Rafaela Del Nero - 27 Rebeca Pereira - 28 Rodrigo Lins - 30 Fontes Enciclopedia Britannica – volumes 6 (página 261, 3c) , 11 (página 465, 1c) e 25 (página 499, 1c). http://en.wikipedia.org/wiki/Synesthesia#Grapheme_.E2.86.92_color_synesthesia http://www.dw-world.de/dw/article/0,2144,1435590,00.html http://super.abril.com.br/superarquivo/2003/conteudo_270386.shtml http://www.adur-rj.org.br/5com/pop-up/ouvindo_cores.htm Cérebro – a maravilhosa máquina de viver. GRIECO, Alessandro. editora terceiro nome/ mostarda editora. são Paulo 2006. E La Nave Va – Federico Fellini, 1983.