capítulo 13

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CAPÍTULO 13
Estrutura de Capital e Dividendos
Visão Geral do Capítulo
O Capítulo 13 discute o conceito de estrutura de capital com relação à composição ótima de
empréstimo e capital próprio de uma empresa, usando as abordagens dos modelos de avaliação
EBIT-EPS para avaliar a estrutura de capital, bem como outros fatores qualitativos relacionados.
O capítulo também discute decisões de dividendo do ponto de vista tanto da empresa quanto dos
investidores. Políticas de dividendo, diferentes formas de dividendos e possíveis efeitos dos
dividendos sobre o valor da empresa são incluídos neste capítulo. Argumentos em defesa da
relevância e da irrelevância de dividendos são apresentados e as restrições contratuais, legais e
restrições internas que afetam a política de dividendos são discutidas. Uma introdução a planos
de reinvestimento de dividendos é incluída.
Dicas de Ensino
1. Da mesma forma que os capítulos do livro-texto, os exercícios na Web como aqueles
destacados no capítulo podem ser valiosos para mostrar a ampla variedade de estruturas de
capital possíveis utilizadas por empresas. Os exercícios na Web fornecem uma boa noção de
dois determinantes importantes da estrutura de capital de uma empresa: a quantia de dívida
que ela escolhe usar e a política de dividendo que deseja seguir.
Questões para Revisão:
13-1
A estrutura de capital de uma empresa é a composição da dívida de longo prazo e do
capital próprio que ela utiliza. Os índices usados para determinar o grau de alavancagem
financeira na estrutura de capital da empresa incluem o índice de endividamento, uma
medida direta, e o índice de cobertura de juros, uma medida indireta. Os índices diretos
mais altos indicam um nível maior de alavancagem financeira. Se os índices de cobertura
são baixos, a empresa é menos capaz de atender a pagamentos fixos e geralmente terá alta
alavancagem financeira.
13-2
A estrutura de capital de empresas não americanas pode ser bem diferente daquela das
empresas americanas. Essas empresas tendem a ter mais dívida que as empresas
domésticas. Várias razões contribuem para esse fato. Os mercados de capital norteamericanos são mais desenvolvidos que a maioria dos outros países, fornecendo às
empresas norte-americanas mais formas alternativas de financiamento. Além disso,
grandes bancos comerciais muitas vezes assumem um papel ativo em financiar empresas
estrangeiras. A posse de ações fica mais concentrada em empresas estrangeiras, o que
1
Administração Financeira
Capítulo 13, Estrutura de Capítal e Dividendos
reduz ou elimina problemas potenciais de agência e permite que as empresas operem com
alavancagem mais alta.
Também existem semelhanças entre empresas norte-americanas e não norte-americanas
com respeito à estrutura de capital. Como nos EUA, os índices de endividamento dentro
de grupos de indústrias geralmente seguem padrões semelhantes, e grandes empresas
multinacionais com sede fora dos EUA partilham mais semelhanças com outras
multinacionais que com empresas menores com sede em seu país natal. Em anos recentes,
as empresas estrangeiras têm se distanciado de financiamentos bancários, o que levou a
formas de estruturas de capital mais próximas àquela das empresas norte-americanas.
13-3
A possibilidade de dedução fiscal dos juros é o principal benefício do financiamento de
dívida. De fato, o governo subsidia o custo da dívida através da dedução fiscal. Visto que
isto reduz a quantia de impostos pagos, mais ganhos são disponíveis para os investidores.
13-4
Com o aumento da alavancagem financeira, tanto o custo de dívida quanto o custo de
capital próprio aumentam, sendo que o capital próprio sobe a uma taxa mais rápida. Com
a adição de dívida, o custo geral de capital primeiro começa a decrescer, atinge um
mínimo e então começa a subir. Há uma estrutura de capital ótima nesta abordagem,
ocorrendo ao ponto mínimo do custo de capital. Essa estrutura ótima de capital permite à
administração investir em um número maior de projetos lucrativos, maximizando o valor
da empresa.
13-5
A abordagem EBIT-EPS se baseia no pressuposto de que a empresa, ao tentar maximizar
o lucro por ação, também irá maximizar a riqueza dos proprietários. Em vez de avaliar a
estrutura de capital com base na minimização do custo geral de capital e maximizando o
valor, a abordagem EBIT-EPS envolve a seleção da estrutura de capital fornecendo
ganhos máximos por ação, o que é supostamente consistente com a maximização do
preço da ação. Acredita-se que esta abordagem seja indiretamente consistente com a
maximização da riqueza, visto que o lucro por ação e o preço da ação devem estar
intimamente relacionados. É usada para selecionar a melhor de inúmeras estruturas de
capital possíveis, em vez de determinar uma única “estrutura ótima de capital”. O ponto
de equilíbrio financeiro é o nível de EBIT necessário para cobrir todos os custos de
financiamento fixos, resultando em lucro por ação igual a zero. O gráfico a seguir ilustra
este conceito.
$20
$15
EPS
$10
ponto
$5
$0
-$5
-$10
$0
$50.000
$100.000
2
-$15
EBIT
$150.000
Administração Financeira
Capítulo 13, Estrutura de Capítal e Dividendos
13-6
É muito improvável que os dois objetivos de maximizar o valor e maximizar o EPS
levem à mesma conclusão sobre a estrutura ótima de capital. Em geral, a estrutura ótima
de capital terá uma percentagem mais baixa de dívida com a maximização da riqueza que
com a maximização do EPS. Isto porque a maximização de EPS não considera o risco.
13-7
Basicamente, a empresa deveria encontrar a estrutura ótima de capital que equilibre os
fatores de risco e retorno para maximizar o valor da ação. Isto requer estimativas das
taxas exigidas de retorno sob diferentes níveis de risco: a estimativa de risco associada a
cada nível de dívida e o valor da empresa em cada nível de dívida, dado o risco. A
empresa deveria, então, escolher aquele que maximiza seu valor. Além de medidas
quantitativas, a empresa deve considerar os fatores relacionados ao risco do negócio, a
custos de agência e a informações assimétricas. Estas incluem a estabilidade da receita, o
fluxo de caixa, obrigações contratuais, preferências da administração, controle, avaliação
do risco externo e timing.
13-8
Todos os portadores de ações que constam no livro-razão da empresa na data de registro
receberão um dividendo declarado. Esses acionistas são referidos como “portadores de
registro”. Devido ao tempo necessário para o lançamento das entradas contábeis, uma
ação será negociada ex dividendos, o que significa sem dividendos, dois dias úteis antes
da data de registro. Tanto a data de registro quanto a data de pagamento de dividendos
são estabelecidas pelos diretores da empresa.
13-9
Os planos de reinvestimento de dividendos permitem aos acionistas usar os dividendos
para adquirir ações integrais ou frações a um custo pequeno de transação, ou sem custo.
Esses planos podem ser conduzidos de duas formas. Paga-se uma taxa a um agente
fiduciário para comprar ações em circulação da empresa no mercado aberto em nome dos
acionistas. Este plano beneficia os participantes, reduzindo seu custo de transação. A
segunda forma envolve a compra de ações emitidas recentemente, diretamente da
empresa, sem custo de transação. As empresas também se beneficiam, sendo capazes de
emitir novas ações sem os custos de lançamento e a preços baixos, que podem
acompanhar uma venda pública de novas ações.
13-10 A teoria residual de dividendos sugere que o pagamento de dividendos da empresa
deveria ser a quantia deixada (o residual) após todas as oportunidades de investimentos
aceitáveis terem sido aproveitadas. Visto que as oportunidades de investimento tendem a
variar de ano para ano, esta abordagem não levaria a um dividendo estável. Esta teoria
considera os dividendos irrelevantes, representando um residual de ganhos e não um
componente ativo da política que afeta o valor da empresa.
13-11 A teoria da irrelevância de dividendos proposta por Miller e Modigliani (M&M)
estabelece que, em um mundo perfeito, o valor de uma empresa não é afetado pelos
dividendos, sendo determinado apenas pelo poder de ganhos e pelo risco dos ativos da
empresa. A proporção de lucros retidos usados para dividendos versus o reinvestimento
também não tem impacto sobre o valor. M&M alegam que mudanças no preço das ações
3
Administração Financeira
Capítulo 13, Estrutura de Capítal e Dividendos
em seguida a aumentos ou a decréscimos em dividendos são o resultado do conteúdo
informacional de dividendos, o que envia um sinal aos investidores de que os dirigentes
da empresa esperam que os lucros futuros mudem na mesma direção que os dividendos.
Outro aspecto da teoria de M&M é o efeito clientela, que significa que os investidores
escolhem empresas com políticas de dividendo correspondendo a suas próprias
preferências. Visto que os acionistas recebem o que esperam, o valor da ação não é
afetado pela política de dividendos.
Por outro lado, Gordon e Lintner afirmam haver uma relação direta entre a política de
dividendos de uma empresa e seu valor de mercado. De acordo com seu argumento
“pássaro na mão”, os investidores geralmente são avessos a risco, e os dividendos
correntes (pássaro na mão) reduzem a incerteza do investidor, abaixando a taxa de
desconto aplicada aos lucros e aumentando, assim, o valor da ação.
13-12 Seis fatores que afetam a política de dividendos incluem:
1.
Restrições legais que proíbem a empresa de distribuir dividendos em dinheiro
referentes à parte considerada como o “capital” autorizado” da empresa, medida pelo
valor nominal das ações ordinárias mais o capital integralizado que excede o valor
nominal.
2.
Restrições contratuais que limitam a capacidade da empresa de pagar dividendos de
acordo com cláusulas restritivas em contratos de empréstimo.
3.
Restrições internas como as próprias limitações de caixa da empresa.
4.
A existência de perspectivas de crescimento que limitariam a quantia de dividendos
em dinheiro, visto que a empresa precisa dirigir todos os recursos disponíveis para
financiar os dispêndios de capital.
5.
Considerações do proprietário que levam em conta fatores, gerando uma política de
dividendos que afeta favoravelmente a maioria dos proprietários. Exemplos são a
posição fiscal do acionista, suas oportunidades de investimento e a diluição da
propriedade, podendo cada uma delas dirigir a empresa para uma política de
dividendos altos ou baixos.
6.
Considerações de mercado, como as percepções dos acionistas e sua resposta à
política de dividendos, o que pode afetar direta ou indiretamente o preço das ações.
13-13 Com uma política de dividendos com índice de pagamento constante, a empresa distribui
um certo lucro a cada período.
Uma política de dividendos regulares é um pagamento de dividendos fixo em dólar a cada
período. A quantia de pagamento pode ser aumentada no longo prazo, em resposta aos
aumentos comprovados nos lucros.
4
Administração Financeira
Capítulo 13, Estrutura de Capítal e Dividendos
Uma política de dividendos extras e regulares baixos paga um dividendo regular ou
constante em dólar a cada período; em períodos com ganhos especialmente altos, um
dividendo “extra” é pago.
Embora a política de índice de payout constante resulte na variabilidade de dividendos e
na incerteza do proprietário, as políticas de dividendos regulares baixos mais extras
reduzem a incerteza dos proprietários, atendendo às expectativas de dividendo a cada
período. Tanto as políticas de dividendos regulares quanto de dividendos regulares baixos
mais extras transmitem bons sinais aos investidores.
13-14 Um dividendo em ações é aquele pago na forma de ações, efetuado aos proprietários
existentes. Embora os dividendos em ações sejam mais onerosos para emitir que os
dividendos em dinheiro, as vantagens geralmente superam esses custos. Os dividendos
em ações são um meio de dar aos proprietários algo sem ter de usar dinheiro. Geralmente,
uma empresa que esteja crescendo rapidamente e que precise de financiamento interno
para perpetuar esse crescimento usa dividendos em ações.
A suposição do acionista de que ele ou ela empatará em cinco anos se receber um
dividendo em ações de 20% é incorreta. Um dividendo em ações não significa um
aumento no valor das posses, o valor por ação diminui na proporção ao dividendo e as
posses do investidor permanecem inalteradas em termos tanto do valor quanto da
porcentagem da propriedade.
13-15 Um split de ações é um método de aumentar o número de ações pertencentes a cada
acionista. Um split de ações reduz o valor nominal das ações em circulação e aumenta o
número de ações em circulação. Um split inverso é exatamente o oposto de um split de
ações. O valor nominal aumenta e o número de ações em circulação é reduzido. Nenhum
dos tipos de split tem efeito na estrutura financeira de uma empresa, mas pode ser visto
como uma mudança nos valores contábeis. Normalmente, splits de ações são feitos
quando a empresa acredita que o preço de suas ações está alto demais para ser negociado
ativamente.
13-16 A recompra de ações para redistribuir o dinheiro em excesso aos proprietários é uma
forma de passar dinheiro diretamente aos acionistas que vendem suas ações de volta para
a empresa. A vantagem de uma recompra de ações é que o acionista pode diferir o
pagamento de impostos. Se um dividendo em dinheiro fosse pago, o proprietário teria de
pagar imposto sobre o lucro ordinário, enquanto um aumento no valor de mercado das
ações devido à recompra não será tributado até que o proprietário venda as ações. Se os
ganhos permanecerem constantes, o resultado de uma recompra será levantar os ganhos
por ação sobre aquelas ações remanescentes em circulação, visto que haverá menos ações
tendo direito à mesma quantia de ganhos. Visto que seriam necessárias menos ações no
total para se ter a mesma empresa, o valor de cada ação aumentaria proporcionalmente.
Em outras palavras, a recompra ou resgate de ações ordinárias pode ser vista como um
5
Administração Financeira
Capítulo 13, Estrutura de Capítal e Dividendos
tipo de diluição inversa, visto que os ganhos por ação e o valor de mercado das ações é
aumentado, reduzindo-se o número de ações em circulação.
Exercícios do Fim do Capítulo:
13-1
Índice de Endividamento
10%
$100.000
20%
$200.000
30%
$300.000
40%
$400.000
50%
$500.000
60%
$600.000
90%
$900.000
Dívida
$900.000
$800.000
$700.000
$600.000
$500.000
$400.000
$100.000
Patrimônio Líquido
Teoricamente, o índice de endividamento não pode exceder 100%. Praticamente, poucos
credores estenderiam empréstimos a empresas com índices de endividamento
excessivamente altos (> 70%).
(a) Usando $50.000 e $60.000 EBIT:
Estrutura A
EBIT
$50.000 $60.000
Menos: Juros
16.000 16.000
Lucro líq. antes dos impostos $34.000 $44.000
Menos: Impostos
13.600 17.600
Lucro líq. depois dos impostos $20.400 $26.400
EPS (4.000 ações)
EPS (2.000 ações)
$5,10
Estrutura B
$50.000 $60.000
34.000
34.000
$16.000 $26.000
6.400
10.400
$9.600 $15.600
$6,60
$4,80
$7,80
(b)
Comparação de Estruturas de Capital
$8
Est
$7
Pon to de
EPS
13-2
$6
Est
$5
$4
$50.000
EBIT
6
$60.000
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Capítulo 13, Estrutura de Capítal e Dividendos
(c) Se o EBIT esperado deve ser abaixo de $52.000, a Estrutura A é preferida. Se o EBIT
esperado deve estar acima de $52.000, a Estrutura B é preferida.
Comparação de Estruturas de Capital
$3,00
$2,50
$2,00
$1,50
$1,00
$0,50
$0,00
$0
$10.000
$20.000
EBIT
$30.000
$40.000
$50.000
(d) A estrutura A tem menos risco e promete retornos mais baixos à medida que o EBIT
aumentar. A estrutura B é mais arriscada visto que tem um ponto de equilíbrio
financeiro mais alto. A inclinação mais acentuada da reta para a Estrutura B também
indica maior alavancagem financeira.
(e) Se o EBIT for maior que $75.000, a Estrutura B é recomendada, visto que mudanças
no EPS são muito maiores para valores dados de EBIT.
13-3
(a)
EBIT
Menos: Juros
Lucro líq. antes dos impostos
Menos: Impostos
Lucro líq. após os impostos
Menos: Dividendos pref.
Ganhos disponíveis para
Acionistas ordinários
EPS (8.000 ações)
EPS (10.000 ações)
Estrutura A
Estrutura B
$30.000 $50.000
$30.000 $50.000
12.000
12.000
7.500
7.500
$18.000 $38.000
$22.500 $42.500
7.200
15.200
9.000
17.000
$10.800 $22.800
$13.500 $25.500
1.800
1.800
2.700
2.700
$9.000
$1,125
$21.000
$10.800
$2,625
$1,08
7
$2,28
$22.800
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Capítulo 13, Estrutura de Capítal e Dividendos
EPS
Ponto de Cruzamento
$27,000
(b)
Estrutura A
(c) A Estrutura A tem uma alavancagem financeira maior e, portanto, um risco
financeiro maior.
(d) Se o EBIT estiver abaixo de $27.000, a Estrutura B é preferida. Se o esperado EBIT
estiver acima de $27.000, a Estrutura A é preferida.
(e) Se espera-se que o EBIT seja $35.000, a Estrutura A é recomendada, visto que as
mudanças no EPS são muito maiores para dados valores de EBIT.
13-4
(a) & (b)
(a)
Índice de Endividamento E(EPS)
0%
$1,92
0,4743
20%
$2,25
0,5060
40%
$2,72
0,5581
60%
$3,54
0,6432
(b)
CV(EPS) ks(%)
Preço por Ação*
16 $1,92  0,16 = $12,00
17 $2,25  0,17 = $13,24
18 $2,72  0,18 = $15,11
24 $3,54  0,24 = $14,75
*Valor por ação:
E(EPS)  retorno exigido para CV para E(EPS), da tabela no problema.
(c) (1) Estrutura ótima de capital para maximizar o EPS: 60% capital emprestado, 40%
capital próprio
(2) Estrutura ótima de capital para maximizar o preço da ação : 40% capital
emprestado, 60% capital próprio
(d)
Estr
utur
aB
E(EPS)/Preço da
$16
Ação
$14
Preço
$12
$10
$8
$6
E(
$4
8
$2
$0
0
10
20
30
40
Índice de endividamento
50
60
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Capítulo 13, Estrutura de Capítal e Dividendos
(e) A estrutura preferida de capital é 40% de capital emprestado e 60% de capital
próprio. Esta composição é associada com a maximização do preço da ação. Embora
os lucros e o preço por ação sejam correlacionados freqüentemente, como é mostrado
acima, a maximização de lucros, embora seja baseada por ação, pode não ser
consistente com a maximização da riqueza do acionista.
13-5
(a)
Índice de Endmto.
Próprio*
0%
15%
30%
45%
60%
Montante da Dívida
$0
150.000
300.000
450.000
600.000
Número de Ações
Montante de Cap.
$1.000.000
850.000
700.000
550.000
400.000
40.000
34.000
28.000
22.000
16.000
*Montante em dólar do capital próprio  $25 por ação = Número de ações ordinárias
(b)
Índice de Endividamento
Juros Anuais
0%
$0
15%
150.000
30%
300.000
45%
450.000
60%
600.000
Montante da Dívida
0%
8
10
13
17
Custo da Dívida
$0
12.000
30.000
58.500
102.000
(c) EPS = [(EBIT – Juros) (1 – T)]  Número de ações ordinárias em circulação
Índice de Endividamento
EPS
0%
[($150.000 – $0) x (1 – 0,40)]  40.000=
[($250.000 – $0) x (1 – 0,40)]  40.000 =
Cálculo
$2,25
$3,75
15%
[($150.000 – $12.000) x (1 – 0,40)]  34.000 =$2,44
[($250.000 – $12.000) x (1 – 0,40)]  34.000 =$4,20
30%
[($150.000 – $30.000) x (1 – 0,40)]  28.000 =$2,57
[($250.000 – $30.000) x (1 – 0,40)]  28.000 =$4,71
45%
[($150.000 – $58.500) x (1 – 0,40)]  22.000 =$2,50
[($250.000 – $58.500) x (1 – 0,40)]  22.000 =$5,22
60%
[($150.000 – $102.000) x (1 – 0,40)]  16.000 =$1,80
[($250.000 – $102.000) x (1 – 0,40)]  16.000 =$5,55
9
Administração Financeira
Capítulo 13, Estrutura de Capítal e Dividendos
(d)
EPS
Comparação de Estruturas de Capital
$6,00
60
$5,00
30
$4,00
0
$3,00
$2,00
$1,00
$0,00
$50.000
-$1,00
$90.000
$130.000 $170.000 $210.000 $250.000
-$2,00
-$3,00
EBIT
Os intervalos de EBIT em que a estrutura de capital é preferida são os seguintes:
Índice de Endividamento
Variação do EBIT
0%
$0 – $80.000
15%
$80.001 – $114.000
30%
$114.001 – $163.000
45%
$163.001 – $218.000
60%
acima de $218.000
Para calcular os pontos de intersecção na representação gráfica da abordagem EBITEPS com a estrutura de capital, o nível do EBIT que é igual ao EPS para cada
estrutura de capital deve ser encontrado usando-se a fórmula a seguir.
EPS =
Seja
EPS 0%
EPS 15%
EPS 30%
EPS 45%
(1  T)  (EBIT  I)  PD
número de ações ordin. em circulação
=
=
=
=
EPS 15%
EPS 30%
EPS 45%
EPS 60%
O primeiro cálculo, EPS 0% = EPS 15%,é ilustrado:
EPS 0% 
(1  0,4)(EBIT  $0)  $0
40.000 ações
10
Administração Financeira
Capítulo 13, Estrutura de Capítal e Dividendos
EPS15% =
(1  0,4)(EBIT  $12.000)  $0
34.000 ações
20.400 EBIT = 24.000 EBIT  288.000.000
EBIT 
288.000.000
 $80.000
3.600
O maior problema com esta abordagem é que esta não considera a maximização da
riqueza do acionista (i.e., o preço da ação).
(e)
EBIT = $150.000
Índice de Endividamento
EPS  ks
Preço da Ação
0%
$2,25  0,100
$22,50
15%
$2,44  0,105
$23,24
30%
$2,57  0,116
$22,16
45%
$2,50  0,140
$17,86
60%
$1,80  0,200
$9,00
EPS Esperado
Índice de Endividamento
EPS  ks
0%
$3,60  0,100
$36,00
15%
$4,03  0,105
$38,38
30%
$4,50  0,116
$38,79
45%
$4,95  0,140
$35,36
60%
$5,18  0,200
$25,90
EBIT = $250.000
Preço da Ação
EPS  ks
$3,75  0,100
$4,20  0,105
$4,71  0,116
$5,22  0,140
$5,55  0,200
$37,50
$40,00
$40,60
$37,29
$27,75
Preço da Ação
(f)
(g) Para maximizar o EPS esperado, a estrutura de endividamento de 60% é preferida.
Para maximizar o valor da ação, a estrutura de endividamento de 30% é preferida.
Uma estrutura de capital com 30% de dívida é recomendada porque maximiza o
valor das ações e satisfaz o objetivo de maximização da riqueza do acionista.
11
Administração Financeira
13-6
Capítulo 13, Estrutura de Capítal e Dividendos
(a)
Débito
$330.000
Lucros retidos (Dr.)
Dividendos a pagar(Cr.)
Crédito
$330.000
(b) A data para ex-dividendos é quinta, 6 de julho.
(c) Caixa
$170.000
Dividendo a pagar
Lucros retidos
$0
$2.170.000
(d) O pagamento de dividendos irá resultar em decréscimo no total dos ativos igual à
quantia do pagamento.
(e) Não obstante as flutuações gerais de mercado, espera-se que o preço das ações caia
no montante do dividendo declarado na data de ex-dividendos.
13-7
(a)
Ano
1991
1992
1993
1994
1995
Dividendo
$0,10
0,00
0,72
0,48
0,96
Ano
1996
1997
1998
1999
2000
Dividendo
$1,28
1,12
1,28
1,52
1,60
(b) Ano
1991
1992
1993
1994
1995
Dividendo
$1,00
1,00
1,00
1,00
1,00
Ano
1996
1997
1998
1999
2000
Dividendo
$1,10
1,20
1,30
1,40
1,50
Comparison of Capital Structures
$25
Valor
da
AçãoS
hare
Value
$20
$15
$10
EPS
$5
12
$0
0
10
20
30
40
Debt Ratio (% )
50
60
70
Administração Financeira
(c) Ano
1991
1992
1993
1994
1995
Dividendo
$0,50
0,50
0,50
0,50
0,50
Capítulo 13, Estrutura de Capítal e Dividendos
Ano
1996
1997
1998
1999
2000
Dividendo
$0,66
0,50
0,66
1,14
1,30
(d) Com uma política de dividendos constantes, se os ganhos da empresa caem ou ocorre
uma perda, os dividendos serão baixos ou não existentes. Um dividendo regular ou
uma política de dividendos regulares baixos mais extras reduz a incerteza do
proprietário pagando dividendos relativamente fixos e contínuos.
13-8
(a)
Dividendos em Dinheiro
$0,01
$0,05
$0,10
$0,20
$100.000
$100.000
$100.000
$100.000
Ações Preferenciais
Ações Ordinárias
(400.000 ações @$1,00 par)
400.000
400.000
400.000
Capital Integralizado
Em Excesso ao Valor Nominal 200.000
200.000
200.000
Lucros Retidos
316.000
300.000
280.000
Ações do Acionista
$1.016.000 $1.000.000$980.000
(b)
Ações Preferenciais
Ações Ordinárias
(xxx,xxx ações @$1,00 par)
Capital Integralizado
em Excesso do Par
Lucros Retidos
Patrimônio do Acionista
1%
$100.000
404.000
400.000
200.000
240.000
$940.000
Dividendos em Ações
5%
10%
20%
$100.000
$100.000
$100.000
420.000
440.000
480.000
212.000
260.000
320.000
440.000
304.000
240.000
160.000
0
$1.020.000 $1.020.000 $1.020.000 $1.020.000
(c) Os dividendos em ações não afetam ao patrimônio dos acionistas; só redistribuem os
lucros retidos em ações ordinárias e contas adicionais de capital integralizado. Os
dividendos em dinheiro causam decréscimo nos lucros retidos e, portanto, no
patrimônio geral dos acionistas.
13-9
(a) Ações a serem recompradas: $400.000  $21 = 19.047 ações
(b) EPS: $800.000  380.953 = $2,10 por ação
Se 19.047 ações são recompradas, o número de ações ordinárias em circulação
diminuirá e o lucro por ação aumentará.
13
Administração Financeira
Capítulo 13, Estrutura de Capítal e Dividendos
(c) Preço de mercado: $2,10 x 10 = $21,00 por ação
(d) A recompra de ações resulta em um aumento no lucro por ação de $2,00 para $2,10.
(e) O preço de mercado pré-recompra difere do preço de mercado após a compra, no
montante do dividendo em dinheiro pago. O preço pós-recompra é mais alto porque
há menos ações em circulação.
Os dividendos em dinheiro são tributáveis ao acionista. Se a empresa recompra
ações, os impostos sobre o valor adicionado resultantes da compra são diferidos até
que as ações sejam vendidas.
Exercício na Web:
1.
Vá para www.smartmoney.com. Digite o símbolo DIS; e então clique Go. Depois de ver
a foto da Disney, clique em Key Ratios. Em junho de 2000, os índices alto e baixo de
endividamento em relação ao capital total da Disney, para cinco anos, são de 40% e de
30% respectivamente.
Deslize até a parte inferior da tela para encontrar dados (sob Key Ratios) em outras
empresas selecionadas para completar a tabela solicitada.
Símbolo
DIS
AIT
MRK
LG
LUV
IBM
GE
BUD
PFE
INTC
Nome da Empresa
Índice de Endividamento: Baixo
Disney
30%
40%
Advanced Info Technologies
n/a
n/a
Merck
10%
40%
Laclede Gas
50%
50%
Southwest Airlines
20%
30%
IBM
50%
60%
General Electric
80%
80%
Anheuser-Busch
40%
60%
Pfizer
30%
40%
Intel
0%
10%
ALTO
Índices de endividamento alto são encontrados na General Electric e Laclede Gas. Os
índices de endividamento são encontrados na Intel e na Southwest Airlines. Embora cada
situação seja única, pode-se conjeturar que as empresas prefiram manter índices de
endividamento baixos devido aos altos níveis de risco operacional ou que elas
simplesmente gerem caixa suficiente para suas operações de fontes internas.
2.
Ainda no site Web Smart Money, volte à Disney (DIS); e clique em Financials.
Repetindo o processo para cada uma das empresas citadas, podem ser encontradas as
seguintes informações sobre dividendos.
14
Administração Financeira
Símbolo
DIS
AIT
MRK
LG
LUV
IBM
GE
BUD
PFE
INTC
Capítulo 13, Estrutura de Capítal e Dividendos
Nome da Empresa
Disney
Advanced Info Technologies
Merck
Laclede Gas
Southwest Airlines
IBM
General Electric
Anheuser-Busch
Pfizer
Intel
Montante ($)
$0,21
n/a
$0,29
$0,335
$0,006
$0,13
$0,137
$0,30
$0,09
$0,02
Freq.
n/a
n/a
n/a
n/a
n/a
n/a
n/a
n/a
n/a
n/a
Rend. de
Dividendos*
n/a
n/a
1,57%
6,92%
0,12%
0,47%
1,08%
1,55%
0,77%
0,06%
*Nota: As informações sobre o rendimento em dividendos foram extraídas de
www.stockmaster.com.
15
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