Diabetes Mellitus Tipo 1 - liapi

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Diabetes Mellitus Tipo 1
Definição
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Doença auto-imune decorrente da destruição
gradual de céls. B pancreáticas;

Caracterizada pela deficiência de insulina, o que
acarreta à hiperglicemia;

Principais manifestações clínicas: poliúria, polidipsia,
perda de peso, polifagia e visão turva.
Epidemiologia

Pode se desenvolver em qualquer faixa etária,
sendo mais comum antes dos 20 anos;
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10 a 20 milhões de pessoas doentes no mundo;

60000 crianças diagnosticadas por ano, no mundo;
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Afeta igualmente os sexos;
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90% dos casos de diabetes na infância;
O que leva ao DM1?
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Genéticos:
Ambientais;
Dieta;
Vírus: Coxsackie, rubéola, parotidite, citomegalovírus,
enterovírus;
Fisiopatologia da doença
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A ilhota normal possui em sua composição muitas
células β e outas células endócrinas, e nenhuma
infiltração de células imunes;
A insulite (processo no qual ilhotas com células β
intactas são circundadas por células T, células B e
APCs) está presente no estágio inicial da doença;
ocorre perda de algumas células β e infiltração das
ilhotas por células B e T e por APCs;
O estágio final para a ilhota consiste na
substituição de células β por tecido fibrótico,
restando poucas ou nenhuma célula imune. As
células β não permanecem.
Fatores Imunológicos
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TCD8- mais importante na destruição autoimune.
Após a identificação pancreática ligada à molécula
HLA de classe I, eles realizam a destruição das
células B por citólise, através da liberação de
perforina e agrazina.

TCD4agem
no
processo
da
insulite,
determinando reações inflamatórias e secreção de
citocinas, especialmente IL-1, INF-gama e FNTalfa, culminando com a morte da célula.
Fatores Imunológicos

LB- apresenta autoantigenos, preferencialmente
do
autoantigeno
àcido
glutâmico
descarboxilase(GAD) ou, ainda, como plasmócitos,
secretores de autoanticorpo.

ICA( anticorpos anticelulares do ilhotas)- O
surgimento do ICA no soro de um Paciente é
considerado um indicador de continua destruição
das células B por células T. Não provocam a
destruição das células B das ilhotas pancreáticas,
mas são uma especie de marcador produzido por
auto antigenos que são apresentados nos
linfonodos como resultado da destruição das
Fatores Imunológicos

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ICA- é constituida GAD e IA2-ab( proteina
tirosina fosfatase). Uma ferramenta muito
confiável para o diagnostico de DMI.
GAD é uma enzima que cataliza a formação do
acido gama-amino-butirico(gaba) neuro inibidor
do SNC, a partir do L-glutamato. Constutido de
GAD65( presente em 80% do pct com instalação
recente) e GAD67( é encontrado em 50% do pct
após 10 anos de diagnostico).
Fatores Imunológicos
IAA- anticorpos anti-insulina:
1. Presentes em 50% PCT DM1, sua detecção por
radioimunoensaio;
2. Menor a idade do pct maior sua positividade
3. 100%<5anos, 62% 5-15 anos, 15%> 15anos
4. Está associado à queda da função B e prediz o uso de
insulina
5. O IAA são os únicos específicos da célula B e devem
ser medida antes de iniciar o tratamento com insulina,
visto que sua presença esta associado a uma queda na
secreção de insulina.
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Diagnóstico
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Achados clínicos;
Exames bioquímicos:
Nível plasmático de glicose em jejum maior ou igual a
126 mg/dL (7,0 mmol/l)em duas ocasiões.
Nível plasmático de glicose maior ou igual a 200 mg/dL ou
11,1 mmol/l duas horas após uma dose de 75g de glicose
oral como em um teste de tolerância à glicose em duas
ocasiões.
Nível plasmático de glicose aleatória em ou acima de
200 mg/dL ou 11,1 mmol/l associados a sinais e sintomas
típicos de diabetes.
Teste imunológicos: identificação de autoanticorpos contra
as células das ilhotas (IAA, anti-gAd65, anti-iA2, anti-Znt8);
Tratamento
-Dietas;
-Administração de insulina de ação lenta ou
rápida;
-Estilo de vida saudável;
-Transplante de Ilhotas de Langerhans;
-Exercícios;
Tratamento
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Apesar dos rápidos e excepcionais avanços no
tratamento da diabétes tipo 1, estes não fornecem a
cura e têm algumas complicações, pelo que novos
esforços estão a ser implementados no sentido de
encontrar o tratamento ideal (Vinik et al., 2004);
A reposição dos ilhéus de Langerhans, seja por
transplante total, ou por transplante dos ilhéus, é a
modalidade terapêutica que mais se aproximou da
“cura”. É a melhor opção para substituir a função
endócrina do pâncreas em pacientes com Diabetes
tipo 1e foi a única terapia que demonstrou eficácia
para um controlo metabólico correto, conseguindo
valores fisiológicos normais de HbA1c e induzindo um
estado normoglicêmico com independência insulínica.
Problemáticas
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O transplante do pâncreas seria uma boa alternativa
para curar a doença ao repor as células B, permitindo
um bom controlo glicémico na ausência de
administração de insulina externa.
Contudo, a problemática da falta de dadores em
alguns países e a necessidade de tratamento
imunossupressor, com todos os seus riscos inerentes,
são os principais entraves para a implementação deste
tipo de tratamento a larga escala.
Esse tipo de tratamento restringia-se apenas a
pacientes com doença renal terminal com necessidade
de transplante renal ou a pacientes já com terapêutica
imunossupressora devido a transplante renal realizado
previamente
Vantagens para o transplantes de ilheus
pancreático
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Não causa tanta morbidade e mortalidade quanto
o transplante completo de pâncreas;
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não envolve uma cirurgia maior;
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não obriga a anestesia geral;
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nem está relacionado com complicações
relacionadas com enzimas exócrinas
Como é feito o procedimento?
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O pâncreas obtido a partir de um doador, é digerido
através de enzimas (colagenases), de modo a separar os
ilhéus do restante tecido exócrino;
Os ilhéus são purificados por centrifugação por gradiente
de densidade (Ficoll ou outro contraste radiológico não
iónico) para remover o restante tecido exócrino;
As células são injectadas, com maior frequência, em
perfusão percutânea na veia porta do fígado do paciente
receptor, ficando alojadas nos ramos da veia porta, com
anestesia local e passando a secretar insulina;
A infusão também pode ser feita noutras estruturas
vasculares, como a artéria mesentérica, e existem outros
locais onde os ilhéus podem ser potencialmente
implantados, como o baço, a cápsula renal, testículos,
cérebro, cavidade peritoneal e omento, contudo, o fígado, é
de longe o mais utilizado;
Resultados esperados

Os resultados apresentados parecem demonstrar que
esta estratégia pode ser eficaz, mas alguns cuidados têm
de ser considerados antes de poder ser recomendada,
particularmente
com
possíveis
complicações
relacionadas com o procedimento e com a
imunossupressão e a existência de uma taxa de
rejeição ainda elevada a longo prazo.
Quem pode fazer Transplante de Ilheus?
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O candidato ideal para o transplante de ilhéus isolado
é aquele que tem diabetes mellitus tipo 1;
que realiza uma monitorização intensiva, com um ou
mais eventos de hipoglicemia severa;
redução da percepção das hiperglicemias ou labilidade
glicémica marcada;
Este tipo de paciente tem benefícios evidentes em
realizar o transplante, pois mesmo que não alcance a
independência de insulina a longo prazo e esteja
sujeito aos riscos da imunossupressão, como ocorre na
maioria dos resultados, o transplante permitir-lhe-á
alcançar um controlo glicémico mais estável, pois a
função parcial de enxerto é mais facilmente alcançada
a longo prazo;
Pespectivas
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Na tentativa de ultrapassar algumas das principais
limitações, estão a ser realizados diversos estudos
experimentais para expandir o número de células de
ilhéus pancreáticos, para utilizar células estaminais
embriónicas
pluripotentes
ou
adultas
multipotentes . O mais promissor é a geração de
células beta produtoras de insulina a partir dos ductos
pancreáticos,
contudo,
novas
pesquisas
e
investigações têm de ser realizadas, assim como
problemas éticos ultrapassados, antes destes novos
procedimentos poderem ter aplicabilidade clínica
e poderem tornar-se numa fonte ilimitada de células beta
Obrigado(a)
Referências
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https://ubithesis.ubi.pt/bitstream/10400.6/741/1/Dis
serta%C3%A7ao_por_Eliana_Aguiar_14865%20fina
l.pdf
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&
pid=S0104-42301999000200015
http://imunologia96.wordpress.com/2013/01/25/dia
betes-mellitus-tipo-1-parte-i/
http://www.feevale.br/site/files/documentos/pdf/58
653.pdf
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&
pid=S0104-42301999000200015
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