Realizado por: •Íris Correia nº 14 •Joana Silva nº 8 INTRODUÇÃO Neste trabalho iremos falar: Órgãos e as respectivas funções; Estrutura dos ovários; Oogénese; Controlo hormonal na mulher. ÓRGÃOS E AS SUAS FUNÇÕES Ovários – produzem oócitos e hormonas sexuais. Trompas de Falópio - permitem o transporte de gâmetas e pode ser o local de possível fecundação. Útero – local onde ocorre o desenvolvimento embrionário após a nidação. Vagina – local de recepção de esperma aquando de uma relação sexual e é o canal de comunicação com o exterior. Vulva – protege a abertura da vagina e da uretra. ESTRUTURA DOS OVÁRIOS Um ovário apresenta duas zonas de difícil delimitação: Zona medular – mais interna, constituída por um tecido com numerosos vasos sanguíneos Zona cortical – mais superficial, com folículos ováricos em diferentes estádios de desenvolvimento. OOGÉNESE Os fenómenos que ocorrem na oogénese podem sistematizar-se em diversas fases: Fase de multiplicação Fase de crescimento Fase de maturação Fase de multiplicação – as células germinativas, que migram para cada um dos ovários do embrião, multiplicam-se, produzindo oogónias (a maior parte degenera); Fase de crescimento – as oogónias que não degeneram aumentam de volume com o armazenamento de substâncias de reserva, constituindo assim os oócitos I. Fase de maturação - os oócitos que não degeneram iniciam a fase de maturação com a primeira divisão da meiose, que fica bloqueado em profase I. A meiose apenas continua a partir da puberdade, com o início dos ciclos ováricos. Em cada ciclo ovárico , durante a vida fértil da mulher, em regra, só um oócito I completa a primeira fase da meiose constituindo-se o oócito II e o primeiro glóbulo polar. A segunda divisão da meiose começa de imediato, mas fica bloqueada em metafase II. É nesse momento em que ocorre a ovulação. a meiose só termina caso haja fecundação. CONTROLO HORMONAL NA MULHER O funcionamento do sistema genital feminino é caracterizado por uma actividade cíclica, desde a puberdade até à menopausa. Em cada ciclo ocorre uma série de transformações, perfeitamente sincronizadas, nos ovários e no útero. Esse sincronismo deve-se à acção das hormonas ováricas sobre o endométrio, no útero. Ciclo ovárico: Fase folicular – as células foliculares e a teca interna produzem estrogénios cuja concentração vai aumentando à medida que os folículos crescem, e, rapidamente atinge o valor máximo no momento antes da ovulação. A concentração baixa após a ovulação devido à perda de células foliculares e volta a aumentar devido à actividade do corpo amarelo. Fase luteínica – após a ovulação o folículo transforma-se numa estrutura denominada de corpo amarelo. O corpo amarelo continua a produzir estrogénios e produz progesterona cuja concentração atinge o valor máximo com o pleno desenvolvimento dessa estrutura e diminui aquando a regressão do corpo amarelo. Ciclo uterino: Fase menstrual – quando não há fecundação ocorre a destruição parcial do endométrio, uma vez que os vasos sanguíneos se contraem e as células deixam de receber nutrientes e morrem. Sangue e fragmentos de tecidos são expulsos, constituindo a menstruação. Esta destruição é consequência dos baixos níveis de concentração de hormonas ováricas. Fase proliferativa – após a menstruação, os vasos sanguíneos e os tecidos são reconstituídos, aumentando assim a espessura do endométrio. Esta reconstituição ocorre devido ao aumento da concentração de estrogénios. Fase secretora - O endométrio continua a aumentar de espessura e enriquece-se de glândulas e vasos sanguíneos, devido à acção dos estrogénios e da progesterona. As glândulas produzem um muco que é particularmente abundante na ovulação. O funcionamento dos ovários é regulado pelo complexo hipotálamo-hipófise que se situa na base do encéfalo. A hipófise produz duas hormonas, chamadas gonadoestimulinas (LH e FSH), que vão actuar nos ovários. FSH (foliculoestimulina) – induz o crescimento e maturação de folículos ováricos e induz a produção de estrogénios; LH (luteoestimulina) – actua no folículo maduro, induzindo a sua ruptura (ovulação). Estimula ainda a transformação do folículo em corpo amarelo, o que leva à produção de progesterona, além da produção de estrogénios. O hipotálamo produz uma neuro-hormona (GnRH) que estimula a hipófise a produzir FSH e LH. O complexo hipotálamo-hipófise controla o funcionamento ovárico através das gonadoestimulinas. Mas, por sua vez, as hormonas ováricas actuam sobre o complexo hipotálamo-hipófise, ou seja, sobre o seu sistema de controlo. Este mecanismo é designado por retroacção. A retroacção pode ser positiva ou negativa. Retroacção negativa – o teor muito elevado de estrogénios inibe o complexo hipotálamo-hipófise de produzir FSH. Como a produção de FSH diminui, o desenvolvimento folicular também e diminui e, consequentemente, a produção de estrogénios. Retroacção positiva – momentos antes da ovulação, o aumento das células foliculares implica o aumento de estrogénios, ultrapassando o valor-limite, que desencadeia um retrocontrolo negativo, invertendo-se o efeito dos estrogénios sobre o complexo hipotálamo-hipófise. A concentração elevada de estrogénios vai estimular a produção de FSH e, principalmente, de LH, em vez de ser inibida. Outros estímulos de origem externa ou interna podem também actuar sobre o complexo hipotálamo-hipófise, desencadeando alterações nos ciclos sexuais, tais como: grandes alterações emocionais, stress, doenças, medicamentos, etc. A menopausa corresponde ao último período menstrual, que, na maioria das mulheres ocorre entre os 45 e os 52 anos. CONCLUSÃO Com este trabalho podemos concluir que: o sistema reprodutor feminino é constituído por diversas estruturas; estruturas essas de que fazem parte os órgãos com as suas respectivas funções; a oogénese ocorre nos ovários e pode distinguir-se em três fases: fase de multiplicação, fase de crescimento, fase de maturação; O funcionamento do sistema genital feminino é caracterizado pela actividade cíclica desde a puberdade até à menopausa; Os ciclos ovárico e uterino são sincronizados devido a uma correlação hormonal; A produção de hormonas ováricas é regulada pelo complexo hipotálamohipófise.