ALGUNS CONCEITOS DE TERMODINÂMICA A) Durante sua evolução, ESTRELA sofre contrações e expansões, em pelo menos parte de suas camadas internas. Se forem suficientemente lentas, ≡ ≡ ≡ ≡ sistema em equilíbrio a qualquer momento ► ► processo quase-estático, ou reversível (i.é, pode ocorrer no sentido inverso) Processos ocorrendo corriqueiramente no interior estelar podem , assim, ser tratados como adiabáticos B) 1ª lei da termodinâmica (1LT), , sendo o calor absorvido pelo sistema, a variação da energia interna e o trabalho realizado pelo . 1 2ª lei da termodinâmica (2LT), sendo a variação de entropia do sistema, ► ► ; C) Calores Específicos (gases perfeitos): ▲ Algumas relações termodinâmicas p/ os gases perfeitos: »» de onde agora , com E = E(T) ► ≡ "volume específico". »» Introduzamos agora os calores específicos a volume constante e a pressão constante: 2 » Pode-se mostrar que a razão dos calores específicos, chamada de "Índice Gama", é: como, para um gás perfeito monoatômico, ►► = 5/3, que é um valor clássico da termodinâmica. É possível mostrar que depende de f ≡ , f ≡ número de graus de liberdade da partícula, sendo = 1 + 2 ⁄ f , e para f = 3, =5⁄3 3 ☺☻ Sobre a Expansão Adiabática de um Gás: »» Da 1a. Lei da Termodinâmica (p/ massa), e como com se obtém Como, para um gás ideal Reif cP e cV são ctes., Integrando T V -1 = constante (4.16) ►► outras formas dessa equação: PV = cte. , P 1- T = cte. , T = cte. -1 (4.17) 4 V: ESTRELAS POLITRÓPICAS (de polis + tropos = maneiras) »» Estuda-se a estrutura estelar determinar P(r,t), T(r,t), n(r,t) em função da MASSA e XYZ das Isto é, procura-se sistema de equações que descrevam isso. »» Existem modelos muito simplificados que o fazem modelos que soluções analíticas ou numéricas muito simples: Esses modelos são as chamadas estrelas politrópicas, ou politropos. 5 5.1: Variacões Politrópicas »» P/ gás perfeito completamente ionizado, c/ efeitos da Pr numa variação adiabática, (5.1) NOTA: , sendo d ln P dP d ln P d A A » Se dp/d = constante, pode-se definir: "Variação Politrópica de índice n" como: (5.2), sendo n = constante 6 » n é o Índice Politrópico, e as variações de P c/ (ou outro parâmetro) ≡ "Variações Politrópicas" (copyright by R. Emdem) »» das eqs. anteriores, (5.3) , e para n=cte, numa variação adiabática politrópica, Casos limite: Pg>>Pr ≡ ; = cte. Pg<<Pr ≡ » Da mesma forma, com relações anteriores, (5.4) , e (5.5) 7 »» Ou seja, um Politropo é caracterizado pelas relações (n = cte.) , e sendo p. ex., , d ln P dP d ln A P d A »» Utiliza-se essas relações + + as equações básicas da estrutura estelar soluções para o objeto 8 das três relações entre , T e P casos especiais de variações politrópicas: a) ≡ ≡ ≡ caso (adiabático) convectivo, serve também p/ gás DG não relativístico, onde . b) ≡ ≡ ≡ ≡ "modelo padrão" para o Sol serve também p/ gás DG relativístico, onde . 9 c) ≡ politropo de P = constante { já que, das eqs. 5.2 ou 5.5, dlnP / dln = 0 e P = K 0 } d) ≡ politropo de = constante { já que, da eq. 5.4, dln / dlnT = 0 e = K'P 0} e) ≡ politropo de T ≃ constante { já que, da eq. 5.4, com , dlnT / dln ≃0, ou, T = cte. } 5.2 5.5 5.4 10 Comentários: 1) n = 3 corresponde a estrelas em equilíbrio radiativo, como o Sol em sua > parte. 2) n = 3/2 corresponde a estrelas em equilíbrio convectivo adiabático, ≡ interior completamente convectivo, com movimentos rápidos, sem troca de calor entre duas regiões da ; Ex.: estrelas anãs vermelhas (dMe) 11 »» A equação de Lane-Emdem: seja a eq. do politropo: fazendo ; como P T , e y é uma medida de T ; as condições de contorno no centro e na superfície das s e (5.6) é a eq. de Lane-Emdem 12 5.2: Exs. de soluções da eq. de Lane-Emdem: 1) n = 0 (densidade constante) { P, T não definidos} a solução da equação de Lane-Emden é e (fig. 6.1 de Maciel) y'0 » seja uma com e ; e e do Sol , e = constante 13 2) n = 1: a solução da equação de Lane-Emden é (fig. 6.2, Maciel's) e e com e ; p/ essa solução, ou, 14 3) n = 3: "MODELO PADRÃO" ( , ) (Eddington, 1925 s em equilíbrio radiativo) a solução da equação de Lane-Emden está na fig. 6.3 e na Tab. 6.2 (Maciel's). Com (modelo preciso do Sol: ≃ 150 g/cm3, Pc ≃ 3 x 1017 din/cm2 , Tc ≃ 1,6 x 107 (fig. 6.3) nc > 3 ) 15 »» Modelo Padrão: variação de ( ≡ : ) Tab. 6.3 + figs. 16 mod. solar padrão de Lang (92) 17 5.3: A Massa Limite de Chandrasekhar (Anãs Brancas) É a massa limite que pode suportar a pressão de elétrons degenerados relativísticos; Pode ser obtida a partir da fronteira entre: um gás de e- relativísticos no centro da AB (n=3, P 4/3) e um gás de e- não-relativísticos nas partes externas (n= 3/2, P 5/3): 7 x 106 g/cm3 (AB de He : ) 18 »» Ex. de comportamento bizarro da matéria DG: M R-n : (DG Ñ relativístico) ; ; do eq. hidrostático, ≡ 19 Exercício: a) aplique a solução de um politropo de n=3 a uma estrela com a massa designada para cada um, deduzindo o raio da relação massa-raio para a SP. Obtenha os valores centrais de densidade, pressão e temperatura, e as variações dessas quantidades com a posição na estrela; b) Um modelo para o interior de uma estrela com núcleo convectivo e envelope radiativo mostra que P = 7x1016 din/cm2 para r =4x1010 cm, e P = 1x1015 din/cm2 para r =6x1010 cm. Compare esse modelo com seus resultados. Compare e comente seus resultados com aqueles de massas proximas da sua. 20 4.2: Expansão Adiabática de um Gás: »» Da 1LT (p/ unidade de massa) ► e como com se obtém Como, para um gás ideal Reif cP e cV são ctes., Integrando T V -1 = constante (4.16) ►► outras formas dessa equação: PV = cte. , P 1- T = cte. , T = cte. -1 (4.17) 21 »» em termos das variações adiabáticas dos parâmetros, podemos escrever: (4.18) e (4.19) variações adiabáticas num gás perfeito não degenerado. »» O Gradiente Adiabático é uma grandeza que aparece amiúde no interior das s : Entropia constante (4.20) Para um gás perfeito (eq. 4.18), . (4.21) . »» Ex.: gás perfeito monotômico ► ► = 5/3 e = 2/5 22 4.4: Efeito da Pressão de Radiação »» s + massivas : Pr pode ser importante → Pg . Examinemos a expansão adiabática de um gás ideal, não DG e monoatômico, levando em conta Pr : (4.21) Ptotal A energia interna ≡ energia cinética do gás: e, 23 » Por outro lado, da 1ªLT, e das eqs. anteriores, Como a expansão é adiabática, (4.22) , onde , e Analogamente, (4.23) . 24 »» Por analogia com o gás de partículas, ► define-se os Expoentes Adiabáticos de Chandrasekhar, de modo a conservar a forma das eqs.: (4.24) (4.25) , (4.25) ; das relações acima obtém-se: (4.26) »» E quanto vale e . para um gás com patclas. + radiação? 25 da definição do gradiente, e de (4.27) »» Outras relações que podem ser obtidas para os : 26 »» Exs. Práticos de valores dos e : ( ) ≡ ≡ gás de partículas, sem radiação; ≡ ≡ gás só de fótons = 5/3 = 5/3 »» Finalmente, Gradientes de T, P e podem ser deduzidos das eqs. dT/T... e dP/P...: exs., Euler Lagr. 27