Setor 01.04 - Psicologia 01.04.001 EFEITO DO EXERCÍCIO FÍSICO DE CURTA DURAÇÃO SOBRE MEDIDAS DE ANSIEDADE NO LABIRINTO EM CRUZ ELEVADO. Vianna, R. P. *; Moura, A. L. M. *; Nogueira, R. L.; Psicologia, UNAERP; Psicologia Comparada, UNESA. Objetivo: estudos têm evidenciado a relação entre o exercício físico e a ansiedade. Assim, investigamos se o exercício físico de curta duração é eficaz sobre comportamentos relacionados à ansiedade medidos no labirinto em cruz elevado. Métodos e Resultados: Ratos Wistar, machos (n=25, 180-220g) foram divididos em 3 grupos: (i) exercício físico - acesso à roda atividade (5 x semana – 30 min/dia), (ii) sedentários - acesso a uma roda atividade travada e (iii) controle - sem acesso à roda atividade. Após 1 semana de treinamento os ratos foram testados no labirinto em cruz elevado. A Tabela mostra que o treinamento de 1 semana não alterou: i) a porcentagem de entradas nos braços abertos (%EBA), a porcentagem de tempo nos braços abertos (%TBA) e o número de entradas nos braços fechados (NEBF). ANOVA one-way. % EBA % TBA NEF controle treinados 38,24 2,43 38,57 29,60 3,48 29,75 9,00 0,76 9,33 exercício 4,75 37,50 3,63 5,44 22,80 5,29 0,83 8,88 0,55 Conclusões: Este estudo mostra que, em ratos, o treinamento de curta duração não é eficaz em alterar medidas de ansiedade, sugerindo que a duração do treinamento pode ser importante para o efeito ansiolítico do exercício físico. Apoio Financeiro: UNESA, UNAERP 01.04.002 AVALIAÇÃO DOS NÍVEIS DE ANSIEDADE EM ESTUDANTES, PRATICANTES E NÃO PRATICANTES DE ATIVIDADE FÍSICA, DOS CURSOS DE PSICOLOGIA E EDUCAÇÂO FÍSICA. Guimarães, L. M. P. *; Corradini, A. L. G. *; de Oliveira Mora, P.; Nogueira, R. L.; Psicologia, UNAERP; Psicologia Comparada, UNESA. Objetivo: Através de escalas de ansiedade procurou-se investigar os níveis de ansiedade traço e estado em estudantes praticantes e não praticantes de atividade física dos cursos de Psicologia e Educação Física da UNAERP. Métodos e Resultados: universitários do 1º período (n=60) divididos em 4 grupos (Psicologia-praticante, Psicologia-não praticante; Educação Físicapraticante e Educação Física-não praticante) foram submetidos à aplicação do Inventário de Ansiedade Traço-Estado de Spielberger (IDATE). A escala foi aplicada em 3 momentos do curso: 1) em um estágio anterior ao período de realização das provas, 2) durante as provas e 3) durante os exames. Considerouse como praticante de atividade física a realização de qualquer modalidade esportiva pelo menos uma vez na semana. RESULTADOS: *p<0,05, ANOVA oneway seguida de Teste Duncan, comparação com os demais grupos. IDATE-Estado 1º momento 3º momento Não praticantes 37,00 2,40 48,29 3,41* Praticantes 39,29 2,71 45,72 4,41 Não praticantes 48,13 2,20* 42,57 4,42 Praticante 36,40 1,74 40,29 3,10 Psicologia Ed.Física Conclusões: A atividade física parece ser fator importante que contribui para minimizar o efeito ansiogênico do exame sobre os alunos dos cursos de Educação Física e Psicologia. Apoio Financeiro: UNAERP, UNESA 01.04.003 EFEITO DA PRIVAÇÃO DE ÁGUA OU DE COMIDA SOBRE O COMPORTAMENTO DE RATOS TESTADOS NO LABIRINTO EM T ELEVADO. Reina, T. *; Trivellato, A. L. *; Tucci, C. H. da C. *; Setem, J.; Psicologia, UNIP. Objetivo: Investigar os efeitos da privação de água ou de comida no comportamento do rato no labirinto em T. Este modelo foi escolhido porque pode fornecer indicações tanto sobre o medo condicionado (esquiva inibitória) como o medo inato (fuga). Métodos e Resultados: Ratos foram distribuídos nos grupos: (a) Controle, (b) Privados de água (48 e 72 h) e (c) Privados de comida (48 e 72 h). Após a privação, os ratos eram colocados no labirinto em T elevado e era registrado a latência de saída do braço fechado. Este treino se repetiu por mais duas vezes. Em seguida, mediu-se a latência de saída do braço aberto também em três treinos. Os resultados mostram que ocorreu aumento na latência no treino 2 de esquiva inibitória no grupo de animais privados de água pelos períodos de 48 horas (C: 40 23; 48h: 89 24) e de 72 horas (C: 38 23; 72h: 73 23). Também observou-se aumento na latência no treino 2 de esquiva inibitória no grupo privado de comida por 72 horas (C: 38 23; 72h: 73 23). Não houve alteração na performance da fuga em todos os grupos. Conclusões: Não ocorreu habituação da aversão ao espaço aberto. O medo incondicionado evidenciado pela fuga do espaço aberto parece ser maior do que a motivação para procura de alimento nos animais privados. Houve aprendizagem da esquiva inibitória ao longo dos treinos. Dentro dos treinos, animais privados por 48 horas reduziram de maneira não significativa as latências das esquivas em relação ao controle. Essa redução da evitação do espaço aberto gerado pela privação pode ser interpretado como redução do medo condicionado, resultado semelhante ao encontrado em ratos privados testados no labirinto em cruz elevado. Apoio Financeiro: UNIP 01.04.004 COMPARAÇÃO ENTRE AVALIAÇÕES DA VISÃO DE CORES POR DIFERENTES TESTES EM CRIANÇAS E ADULTOS Kohara, P. K. I. *; Murakoshi, M. T. *; Costa, M. F. da **; Souza, J. M. de; de Araújo Moura, A. L.; Ventura, D. F.; Neurociências e Comportamento, USP; Psicologia, USP; Psicologia Experimental - IP, USP; Psychology, USP. Objetivo: Avaliar a capacidade de discriminação de cores em crianças e adultos a partir dos testes: Cambridge Colour Test (CCT), Farnsworth-Munsel 100 (FM100) e Lanthony dessaturado (D15d), para a preparação de normas. Métodos e Resultados: Foram testados quatro grupos de sujeitos binocularmente: Crianças I, 5-6 anos (CCT n=30; FM100 n=25; D15d n=27); Crianças II, 7-11 anos (CCT n=37; FM100 n=25; D15d n=18); Adultos I, 18-29 anos, (CCT n=40; FM100 n=21; D15d n=13), Adultos II, 30-44 anos (CCT n=14; FM100 n=13; D15d n=19). O critério para inclusão nos grupos foi a ausência de patologia oftalmológica ou neuro-oftalmológica e de deficiências na visão de cores. Utilizou-se o CCT v2.0 com a placa VSG 2/5 e um monitor Sony FD Trinitron. O teste foi feito em condições escotópicas, nos eixos Protan, Deutan e Tritan (Trivector CCT) e estimou três elipses de MacAdam. Os testes FM 100 e D15d foram aplicados em fundo neutro, sob iluminação de 1.49 x 10 3 lux fornecida por duas lâmpadas fluorescentes (Sylvania Octron 6500 K). Os resultados do FM 100 foram analisados pelo programa GretagMcbeth FarnsworthMunsell 100 Hue Test Scoring Software Versão 2.1 e os do D15d pelo procedimento de Bowman (Acta Ophthal 60: 907-916, 1982) Resultados: Os limiares de visão de cores das crianças diferiram significativamente daqueles dos adultos, exceto nos eixos Protan e Tritan do teste Trivector, em que os valores dos grupos Crianças II e Adultos II não indicaram diferenças significativas. Entre os dois grupos de crianças não houve diferenças significativas. Entre os grupos de adultos houve diferença significativa no eixo Tritan. Os resultados são mostrados nas tabelas abaixo, expressos em unidades u’v’ ( x 103 para o Trivector e x 106 para a área da Elipse). CCT Trivector Protan Deutan Tritan CCT Elipses Área 1 Área 2 Área 3 FM 100 Escore D15d Escore Crianças I 109±45 113±44 158±44 Crianças II 81±24 77±25 109±34 Adultos I 41±11 41±10 63±16 Adultos II 55±12 56±17 87±27 1406±649 1950±1170 1759±979 914±610 1133±1075 1236±576 345±152 387±177 470±254 426±122 559±152 695±286 335± 301 172±116 20±16 25±16 208±74 142±28 117±0 124±9 Conclusões: A avaliação do CCT, FM100 e do D15d indica que há um aumento de discriminação de cores na fase adulta e uma tendência a diminuição após os 20 anos, especialmente no eixo Tritan. Apoio Financeiro: CNPq, CAPES, FAPESP 01.04.005 ALTERAÇÕES POPULACÕES Faustino, A. F. Farmacologia - EM PARÂMETROS PSICOLÓGICOS, HORMONAIS E EM CELULARES IMUNES INDUZIDAS POR ESTRESSE AGUDO. **; Prado, E. B. de A.; Gorenstein, C.; Ciências Biomédicas, USP; ICB I, USP; HCFM, USP. Objetivo: Investigar a ocorrência de alterações psicológicas, fisiológicas e imunes celulares e em proteínas de fase aguda de dois grupos de sujeitos experimentais: pacientes com fobia social e voluntários sem patologias psiquiátricas. Métodos e Resultados: Utilizou-se o teste de simulação de falar em público (SFP) como estressor agudo induzido em laboratório para comparar o perfil imune de 12 pacientes e 18 voluntários. Os parâmetros avaliados incluíram: escalas ansiedade traço/estado, personalidade, estratégias de enfrentamento, humor e sintomas somáticos; variáveis fisiológicas - freqüência cardíaca e pressão arterial; variáveis hormonais – Cortisol, ACTH e catecolaminas; variáveis imunes imunofenotipagem de sangue periférico e atividade citotóxica de NK. Houve alterações significativas em função do tempo (=0,05) nas subpopulações de linfócitos T CD3+ (p<0,001), CD4+(p<0,001), CD8+(p=0,021), CD56+ (p<0,001), B (p<0,001), neutrófilos (p=0,034) e basófilos (p=0,004) e nos hormônios noradrenalina (p = 0,006) e cortisol (p=0,003). Diferenças significativas entre os grupos foram encontradas principalmente nas variáveis psicológicas, neutrófilos (p=0,037) e noradrenalina (p = 0,027). Conclusões: Esses dados indicam que embora todos os sujeitos apresentem alterações significativas quando expostos a um estresse agudo, pacientes não são mais suscetíveis ao estresse do que voluntários na maioria dos parâmetros hormonais e imunes avaliados, entretanto, do ponto de vista psicológico, pacientes têm estratégias menos eficientes para lidar com problemas, têm maior preocupação antecipatória e baixa tolerância à frustração e mostram-se mais propensos a identificar alterações fisiológicas. Mais estudos são necessários para avaliar a inter-relação entre esses fatores, compreender melhor seu significado e embasar intervenções visando o controle do estresse e redução de seus efeitos nocivos no organismo. Apoio Financeiro: FAPESP 01.04.006 A LIMPEZA DE GAIOLAS NAS DUAS PRIMEIRAS SEMANAS DE VIDA PODE ALTERAR O COMPORTAMENTO DE RATOS NA FASE ADULTA: RESULTADOS PRELIMINARES Estanislau, C. **; Morato de Carvalho, S.; Psicobiologia - FFCLRP, USP; Psicologia e Educação - FFCLRP, USP. Objetivo: Os efeitos do estresse pré-natal podem ser modificados pelas experiências pós-natais no período de hipo-responsividade de estresse, do 4º ao 14º dias de idade. Como a prática de limpar gaiolas durante esse período é comum em muitos laboratórios, o presente estudo visa avaliar seus efeitos em ratos submetidos ou não ao estresse pré-natal, estudando o comportamento no labirinto em cruz elevado e no estabilímetro. Métodos e Resultados: Ratas grávidas foram distribuídas em 2 grupos: submetido ou não a sessões diárias de choques nas patas (0,5 mA, duração de 3 s, num total de 80 em 100 min). Após os partos, ambos os grupos foram divididos em dois subgrupos, um cujas gaiolas foram limpas 3 vezes por semana desde o nascimento e outro com igual limpeza exceto que só depois dos primeiros 14 dias de idade. Aos 21 dias de idade, os filhotes foram desmamados e agrupados por sexo e tratamentos pré- e pós natal. No máximo dois filhotes de cada sexo por ninhada foram testados no labirinto e no estabilímetro (43 e 51 dias de idade, respectivamente). Uma ANOVA de 3 vias (sexo X tratamento prénatal X tratamento pós-natal) revelou um efeito geral para sexo na distância percorrida nos braços fechados (F[1,39]=4,286, P=0,045) e contatos no estabilímetro (F[1,39]= 49.549, P<0.001). Houve interação entre sexo e tratamento pós-natal para duração média das entradas nos braços abertos (F[1,39]=4,955, P=0,032). Com limpeza até 14 dias Sem limpeza até 14 dias Estressados Não estressados Estressados Não estressados Parâmetros Machos Fêmeas Machos Fêmeas Machos Fêmeas Machos Fêmeas Sujeitos no 4 grupo 4 6 6 5 6 8 8 5,5±0,3 8±0,9 7,2±0,6 7,4±0,4 7,5±0, Distância 6,3± 0,5 7,7±1,0 no fechado (m) 6,9±1,4 Duração 11±1,8 12,6±0,9 11,2±1,6 15,7±0 no aberto 17,4±1,8 14,7±0,6 14,8±0,7 12,6±0,3 (s) Conclusões: Os resultados sugerem que a limpeza da gaiola durante o período de hipo-responsividade de estresse pode alterar a emocionalidade de ratos na fase adulta. Apoio Financeiro: CAPES 01.04.007 EFEITOS DA DESNUTRIÇÃO PRECOCE E DA ESTIMULAÇÃO AMBIENTAL EM NÍVEIS DE NEUROTRANSMISSORES NO SISTEMA NERVOSO CENTRAL DE RATOS. Pereira da Silva, M. S. **; Vasconcelos, C. A. C. de **; Oliveira, L. M. de; Neurologia - FMRP, USP; Psicologia e Educação, USP; Psicologia e Educação FFCLRP, USP. Objetivo: A desnutrição protéica no início da vida resulta em múltiplas alterações morfológicas, neuroquímicas e comportamentais. Entretanto, foram descritos por diferentes autores dados contraditórios sobre os níveis endógenos de neurotransmissores no SNC. O presente trabalho avaliou os efeitos da desnutrição precoce e da estimulação ambiental nos níveis endógenos de monoaminas no córtex occipital (Cx), cerebelo (Ce) e hipocampo (Hp). Métodos e Resultados: Foram utilizados 62 ratos Wistar, machos provenientes de ninhadas Controles (C-16% proteína) ou Desnutridas (D-6% proteína), divididos em grupos estimulados (E) e não estimulados (N). A estimulação diária, por 3 min., de 0 a 35 dias de idade consistia no handling (estimulação táctil) e na estimulação auditiva, formando os grupos: CN (n=16), CE (n=17), CN (n=16) e DE (n=15). Após o desmame os ratos receberam as mesmas dietas da fase de lactação até 35 dias de idade, quando foram sacrificados e avaliados por HPLC (detecção eletroquímica) os níveis endógenos de monoaminas e metabólitos no Cx, Ce e Hp. Os dados (média±EPM) mostram que no Cx o grupo DE apresentou aumento no conteúdo do ácido 5-hidroxindolacético (5-HIAA) (136±12ng/g), do ácido homovanílico (HVA) (235±41ng/g) e redução no conteúdo de noradrenalina (NA) (56±15ng/g) em comparação ao CE (99±15ng/g), (134±10ng/g) e (191±55ng/g). No Ce o grupo DN apresentou um aumento no conteúdo do HVA (207±16ng/g) em comparação ao CN (128±10ng/g), já no grupo DE houve aumento no 5-HIAA (147±32ng/g) em relação ao CE (46±6ng/g). No Hp o grupo DN apresentou redução no conteúdo de NA (127±32ng/g) em comparação com o CN (233±73ng/g). Conclusões: A desnutrição e estimulação diminuem os níveis de NA e por outro lado aumentam os níveis de HVA em varias áreas cerebrais. Os níveis de 5-HIAA foram claramente aumentados pela desnutrição. Apoio Financeiro: CNPq 01.04.008 EFEITOS DA ESTIMULAÇÃO AMBIENTAL POR PERÍODOS CURTOS SOBRE O DESEMPENHO DE RATOS DESNUTRIDOS NO LABIRINTO EM CRUZ ELEVADO. Pereira da Silva, M. S. **; Oliveira, L. M. de; Psicologia e Educação, USP; Psicologia e Educação - FFCLRP, USP. Objetivo: A ocorrência de deficiência nutricional durante o período de formação e desenvolvimento do SNC, resulta em alterações morfológicas, neuroquímicas e comportamentais. Já foi descrito um menor limiar e maior ansiedade nos desnutridos. A estimulação e o enriquecimento ambiental podem recuperar em parte algumas destas alterações. No presente trabalho foram avaliados os efeitos da estimulação ambiental por períodos curtos (14 dias) ou longos (35 dias) no comportamento de animais no labirinto em cruz elevado (LCE). Métodos e Resultados: Foram utilizados 69 ratos Wistar, machos provenientes de ninhadas Controles (C-16% proteína) ou Desnutridas (D-6% proteína), submetidos à estimulação táctil diária (handling) durante 3 min. e estimulação auditiva (sessões de 3 min.), formando os grupos: Estimulados de 0 a 35 dias de idade (C 0-35, n=8 e D 0-35, n=6); Estimulados de 0 a14 dias (C 0-14, n=9 e D 0-14, n=7); Estimulados de 14 a 28 dias (C 14-28, n=11 e D 14-28, n=8); Estimulados de 21 a 35 dias de idade (C 21-35, n=12 e D 21-35, n=8). Após o desmame os ratos receberam as mesmas dietas da fase de lactação até 35 dias de idade, quando foram testados por 5 minutos no LCE. Os dados (média±EPM) mostram que os animais dos grupos C 0-35 (5.0±1.0) e D 0-35 (7.0±0.6) apresentaram um maior número de entradas nos braços abertos do LEC quando comparados aos grupos C 0-14 (1.0±0.5) e D 14-28 (4.0±0.5). O grupo D 21- 35 (13.0 ±1.3) explorou mais os braços abertos dos que os D 0-14 (7.0±1.1) e D 14-28 (7.0±1.3). Os animais D 0-35 (1.4±0.2) apresentaram maior tempo nos braços abertos do que os C 0-35 (0.5±0.18). Conclusões: Os dados sugerem que: 1) A estimulação por períodos mais longos (35 dias) foi mais eficaz em reduzir a ansiedade no LCE tanto em animais controles como desnutridos. 2) A estimulação por 14 dias mostrou-se mais eficaz em reduzir a ansiedade no LEC nos animais estimulados durante o período de 21 a 35 dias. Apoio Financeiro: CNPq 01.04.009 REPRESENTAÇÃO MATEMÁTICA PARA OS CONCEITOS EMOCIONAIS DE VALÊNCIA, ALERTA E ATITUDE Joffily, M. **; Jandre, F.; Volchan, E.; Engenharia Biomédica, UFRJ; Neurobiologia, UFRJ; Neurobiologia - IBCCF, UFRJ. Objetivo: Os conceitos psicofisiológicos de valência, alerta e atitude norteiam a elaboração de diversas escalas de medida para avaliação afetiva. O presente trabalho propõe uma representação matemática para esses conceitos imersos no espaço de avaliação afetiva proposto por Cacioppo e Berntson (Psychol. Bull. 115: 401-423, 1994). Métodos e Resultados: <FONT face=Arial size=2> <P>O espaço de avaliação afetiva é representado num plano cartesiano com a ativação do sistema apetitivo no eixo das ordenadas e do sistema defensivo nas abscissas. Os estímulos afetivos são situados univocamente no plano, de acordo com a ativação que promovem nesses sistemas. O modelo aqui proposto sugere a representação de cada estímulo por um vetor no plano. Pretende-se que a fase (<FONT face=Symbol>q</FONT> ) e a magnitude (<FONT face=Symbol>r</FONT> ) desse vetor representem a valência e o alerta do estímulo, respectivamente. A atitude </FONT><FONT size=2>(<FONT face=Symbol>d</FONT> ) </FONT><FONT face=Arial size=2>é normalmente assumida na literatura como a diferença entre o nível de ativação dos sistemas apetitivo e defensivo. Neste modelo, <FONT face=Symbol>d</FONT> </FONT><FONT size=2></FONT><FONT face=Arial size=2>é descrito como função de <FONT face=Symbol>q</FONT> e <FONT face=Symbol>r</FONT>, dada pela equação: <FONT face=Symbol>d</FONT> </FONT><FONT size=2>= <FONT face=Symbol>r</FONT> </FONT><FONT face=Arial size=2>(sen(<FONT face=Symbol>q</FONT> )-cos(<FONT face=Symbol>q</FONT> )). O conjunto de pontos do espaço de avaliação afetiva, com <FONT face=Symbol>q</FONT> próximos a 0 ou <FONT face=Symbol>p</FONT> /2, quando mapeados para plano de atitude versus alerta, revela o formato de um bumerangue, semelhante ao descrito em outros trabalhos. O desvio para a avaliação positiva <I>(positive offset)</I> e o viés para reações mais intensas em contextos negativos <I>(negative bias)</I>, observados experimentalmente, podem ser modelados pela adição e multiplicação de constantes aos níveis de ativação do sistema apetitivo e do sistema defensivo.</P></FONT> Conclusões: O presente modelo é uma alternativa de transformação do espaço emocional definido pelos níveis de ativação dos sistemas apetitivo e defensivo para o espaço emocional definido pelas dimensões de valência e alerta, e viceversa, contribuindo para compatibilizar medidas obtidas com diferentes escalas de avaliação afetiva. Apoio Financeiro: PRONEX, CAPES, FAPERJ 01.04.010 EFEITO DA PRIVAÇÃO DE COMIDA SOBRE O COMPORTAMENTO DE RATOS TESTADOS NO NADO FORÇADO. Tucci, C. H. da C. *; Reina, T. *; Trivellato, A. L. *; Setem, J.; Psicologia, UNIP. Objetivo: Investigar os efeitos da privação de comida em ratos testados no nado forçado, um modelo de indução comportamental da depressão. Métodos e Resultados: Ratos machos foram submetidos ao teste do nado forçado por 15 minutos (pré-teste). Vinte e quatro horas depois foram divididos em dois grupos. O primeiro grupo (controle) foi testado 24, 48 e 72 horas após o pré-teste por 5 minutos. O segundo grupo foi privado de comida e testado 24, 48 e 72 horas após o pré-teste. O grupo privado por 48 horas reduziu o tempo gasto mergulhando (C: 2,25 0,8; 48h: 0,3 0,2). Os animais privados por 72 horas aumentaram a freqüência no comportamento de imobilidade (C: 8,2 1,2; 48h: 15 2,2). Conclusões: A privação de comida, que reduz a aversão ao espaço aberto do labirinto em cruz elevado e aumenta a atividade exploratória de ratos, não altera a latência ou o tempo de imobilidade no nado forçado, sugerindo que o estado motivacional gerado pela privação alimentar não influencia na tentativa de fuga da situação aversiva inescapável gerada por esse modelo. O teste do nado forçado não foi sensível as alterações captadas por outros modelos nesse tratamento. Apoio Financeiro: UNIP 01.04.011 NÍVEIS DE ANSIEDADE E IMPULSIVIDADE EM CRIMINOSOS Serafim, A. de P. **; Gorenstein, C.; Farmacologia - ICB I, USP; FISIOPATOLOGIA EXPERIMENTAL, USP. Objetivo: A literatura tem enfatizado aspectos ansiosos e de impulsividade no comportamento criminoso. Alguns indivíduos tendem a expressar baixas respostas ansiosas e outros, elevadas respostas de impulsividade na prática de um crime. Este estudo investigou a ansiedade e impulsividade em indivíduos que praticaram roubo (grupo 1) e homicídio (grupo 2). Métodos e Resultados: 36 sujeitos (G1 n= 21 e G2 n= 15) foram avaliados através do Inventário de Ansiedade Traço-Estado (IDATE) e da Escala de Impulsividade de Barratt (BIS-11). Os resultados estão expressos em média ± desvio padrão. O nível de ansiedade estado foi significativamente maior (p<0,05) nos sujeitos do G1 em relação aos sujeitos do G2 (42,1 ± 9,3; 35,9 ± 5), enquanto que não foram observadas diferenças significantes em relação à ansiedade traço. A medida de impulsividade revelou que o G2 apresenta um maior controle, visto que, estes indivíduos expressaram uma tendência a maior capacidade de planejamento e atenção, opondo-se ao G1 que apresentou respostas mais impulsivas, com redução da atenção e da capacidade de planejamento (65,7 ± 8,4; 57,6 ± 6,6; p<0,05). Conclusões: Os resultados reproduziram dados da literatura quanto aos parâmetros estudados em criminosos. Os níveis baixos de ansiedade estado nos homicidas, bem como uma tendência a um maior controle do impulso, corrobora características atribuídas a tais sujeitos, como “frio, insensível e cruel”. Estes achados iniciais merecem uma investigação mais detalhada envolvendo outras medidas psicofisiológicas, tais como, a freqüência cardíaca, saturação de O2 e condutância da pele. 01.04.012 DESEMPENHO DE CRIANÇAS COM ALTERAÇÕES DE FALA NOS TESTES DE PADRÕES DE FREQÜÊNCIA. Ávila, L. *; Souza, G. *; Balen, S. A.; Fonoaudiologia, UNIVALI. Objetivo: Avaliar o reconhecimento auditivo de padrões temporais em crianças com alterações de fala em dois diferentes testes de padrões de freqüência (TPF). Métodos e Resultados: A amostra foi composta por seis crianças, de ambos os sexos, na faixa etária de seis a oito anos, selecionadas da Clínica de Fonoaudiologia da UNIVALI, Biguaçu, SC. Os responsáveis pelas crianças assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido, responderam a uma entrevista com informações sobre o desenvolvimento da criança e aspectos atuais de saúde. Após, fez-se a aplicação do protocolo de avaliação fonoaudiológica nas crianças pré-selecionadas e a avaliação audiológica básica. Posteriormente, as crianças foram submetidas aos dois TPF: (1) 880 – 1122 Hz e (2) 880 – 1430 Hz. Foram apresentadas 30 seqüências a cada orelha para cada tipo de resposta: verbal e não-verbal; de forma alternada a cada orelha. A média de acertos das crianças no teste 880 –1122Hz foi de 63,99% na resposta não verbal da orelha esquerda (NVOE); 68,66% na resposta não verbal da orelha direita (NVOD); 15,33% na resposta verbal da orelha direita (VOD) e 16,66% na resposta verbal da orelha esquerda (VOE). No teste 880-1430Hz a média foi 83,99% NVOD; 79,33% NVOD; 25,99% VOD e 26,66% VOE. O desempenho das crianças com alteração de fala é melhor com a resposta não verbal em ambos os testes, apesar de não ter ocorrido diferença estatisticamente significativa (p=0,043) entre a resposta não-verbal e verbal em ambos os testes e orelhas, utilizando o teste de Wilcoxon. Foi observado qualitativamente que quanto maior o comprometimento do sistema fonológico, pior o desempenho de crianças com alteração de fala nos TPF. Conclusões: Crianças com alteração de fala apresentam desordem do processamento auditivo para as habilidades de ordem e seqüência temporal. Esses achados podem orientar e oferecer subsídios para o direcionamento de estratégias terapêuticas, com enfoque no processamento temporal, durante o tratamento fonoaudiológico. 01.04.013 TESTE DE PADRÕES DE FREQÜÊNCIA E DE DURAÇÃO: DESEMPENHO DE ADULTOS COM SUBSTITUIÇÕES FONÊMICAS QUE ADQUIRIRAM O ALEMÃO COMO PRIMEIRA LÍNGUA. Frezza, S. **; Balen, S. A.; Fonoaudiologia, UNIVALI. Objetivo: Avaliar o reconhecimento de padrões de freqüência e de duração em adultos com substituições fonêmicas na língua portuguesa que adquiriram exclusivamente o alemão até no mínimo três anos de idade. Métodos e Resultados: A amostra foi composta por sete adultos na faixa etária dos 31 a 37 anos, sendo quatro do sexo masculino e três do feminino, funcionários de uma empresa têxtil de Pomerode (SC). Primeiramente, foram selecionados os sujeitos com audição normal e que falavam a língua alemã por meio da consulta do banco de dados da empresa. Após, os sujeitos assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido, foram submetidos a um questionário à respeito do desenvolvimento de linguagem e a um procedimento de triagem de fala, motricidade oral e audição. Os que apresentaram alterações de fala, avaliação audiológica normal, sem indícios de problemas otológicos e/ou de linguagem na infância participaram da aplicação dos procedimentos da pesquisa. Esses procedimentos envolveram a aplicação do teste de padrões de freqüência (TPF): 1430Hz (alto) e 880Hz (baixo) e do teste de padrões de duração (TPD): 500 ms (longo) e 250 ms (curto). Foram apresentados 30 padrões a cada orelha de forma alternada, para resposta não verbal e verbal. A média de acertos dos sujeitos no TPF foi 76,67% na resposta não verbal da orelha direita (NVOD), 86,67% na não verbal da orelha esquerda (NVOE), 82,38% na verbal da orelha direita (VOD) e 77,62% na resposta verbal da orelha esquerda (VOE). Em relação ao TPD a média de acertos foi 76,19% na resposta NVOD, 70% na NVOE, 93,81% na VOD e 92,86% na VOE. Constatou-se que no TPF em ambas as respostas o desempenho dos sujeitos está abaixo do esperado, bem como na resposta não verbal no TPD. Não há diferença significativa de desempenho entre os sexos, tipos de respostas e orelhas avaliadas em ambos os testes. Conclusões: Sujeitos com alterações fonêmicas que adquiriram o alemão como primeira língua apresentam alteração nas habilidades auditivas de ordem e seqüência temporal. 01.04.014 DADOS PRELIMINARES COMPARATIVOS DO LIMIAR DE SENSIBILIDADE AO CONTRASTE MEDIDO PELOS POTENCIAIS VISUAIS EVOCADOS DE VARREDURA EM BEBÊS A TERMO E PREMATUROS AOS 3 E 10 MESES DE IDADE. Oliveira, A. G. F. **; Costa, M. F. da **; Souza, J. M. de; Ventura, D. F.; Neurociências e Comportamento, USP; Psicologia Experimental - IP, USP. Objetivo: Comparar a função visual de sensibilidade ao contraste e observar seu desenvolvimento entre bebês nascidos a termo e prematuros, pelo método dos potenciais visuais evocados de varredura. Métodos e Resultados: Bebês prematuros de ambos os sexos (n= 9) encaminhados do berçário do Hospital Universitário da USP e bebês a termo (n= 4), também de ambos os sexos, foram submetidos a avaliação do limiar de sensibilidade ao contraste. A sensibilidade ao contraste foi avaliada pelos potenciais visuais evocados de varredura (NuDiva2), usando eletrodos de captação em um arranjo bipolar. Os testes foram realizados binocularmente em sala escura com o paciente sentado a 50cm do monitor de alta resolução (Dotronix), correspondendo a um ângulo visual de 33,4x32,8 graus. Foram testadas as seguintes freqüências espaciais: 0,2; 0,8; 2; 4 ciclos por grau (cpg) para bebês com 3 meses (n= 8) adicionando a freqüência 15cpg para os de 10 meses (n=5). Não houve uma diferença estatística significativa para nenhuma das freqüências espaciais medidas, entre os termos e prematuros, tanto aos 3 como aos 10 meses. O desenvolvimento da sensibilidade ao contraste também ocorre de forma semelhante entre os dois grupos. Aos 3 meses, o melhor limiar de sensibilidade ao contraste ocorre na freqüência espacial de 0,8cpg, enquanto que aos 10 meses o melhor limiar ocorre na freqüência espacial de 2cpg. Conclusões: Nossos dados preliminares sugerem que tanto a função visual de sensibilidade ao contraste quanto seu desenvolvimento, medida pelos potenciais visuais evocados de varredura, aparentemente não são afetados pela prematuridade nestas idades. Assim, a experiência visual maior do prematuro parece não lhe garantir um desenvolvimento precoce desta função. Apoio Financeiro: CAPES, CNPq, FAPESP 01.04.015 EFEITOS RETINOTÓXICOS CAUSADOS PELA CONTAMINAÇÃO POR VAPOR DE MERCÚRIO: UM ESTUDO ELETRORRETINOGRÁFICO Trulha Valente Costa, M. **; Costa, M. F. da **; Berezovsky, A.; Salomao, S. R.; Lago, M. **; Faria, M.; Souza, J. M. de; Ventura, D. F.; Oftalmologia, UNIFESP; Instituto de Psicologia, USP; Medicina, USP; Neurociências e Comportamento, USP; Psicologia Experimental - IP, USP. Objetivo: Avaliar a possibilidade de perda funcional retiniana em pacientes com contaminação ocupacional por vapor de mercúrio em indústrias de lâmpadas fluorescentes, utilizando eletrorretinografia de campo total (ERG) e multifocal (mfERG). Métodos e Resultados: ERGs e mfERGs foram feitos monocularmente em ambos os olhos de ex-trabalhadores (n=11) expostos a vapor de mercúrio por um período médio de 9.77 anos. Nos ERGs de campo total foram registradas, foi seguido o protocolo padrão da International Society for Clinical Electrophysiology of Vision (ISCEV). Após 30 minutos de adaptação ao escuro as seguintes respostas foram colhidas: Resposta de Bastonetes, Resposta Escotópica Máxima e Potenciais Oscilatórios. Após 10 minutos de adaptação à luz de fundo foram colhidas: Resposta de Flicker a 30 Hz e Resposta Fotópica por Flash Único. Em 6 destes pacientes foi realizado o mfERG, utilizando-se o sistema VERIS 4.9 (Electrodiagnostic Imaging – CA, EUA). Foram obtidas 103 respostas a partir de estímulos hexagonais brancos e pretos abrangendo 25° de área retiniana, em seis anéis com excentricidade de 0°, 5°, 10°, 15°, 20° e 25°. No ERG, os parâmetros de amplitude pico-a-pico e de tempo implícito da onda-b mostraram-se dentro da normalidade em todos os indivíduos testados. No mfERG, 5 dos 6 pacientes tiveram redução nas amplitudes e latências N1-P1. Dois deles em 0° e 5° de excentricidade retiniana, outros dois em 0° a 15° e um em todo o campo de 25°. Conclusões: Neste pequeno grupo de trabalhadores constatamos perda de função retiniana central, avaliada pelo mfERG. O ERG de campo total, dominado pela função da retina médio-periférica e periférica, não se mostrou sensível em detectar quaisquer alterações nesses pacientes. O mfERG mostrou-se útil para a detecção de efeitos retinotóxicos centrais provocados pelo mercurialismo. Futuros estudos longitudinais, com um número maior de pacientes, são recomendáveis para comprovar a utilidade clínica do mfERG na detecção de efeitos retinotóxicos da exposição ao vapor de mercúrio. Apoio Financeiro: CAPES, FAPESP, CNPq 01.04.016 DIMINUIÇÃO DA FUNÇÃO DE SENSIBILIDADE AO CONTRASTE DE LUMINÂNCIA E CROMÁTICO EM EX-TRABALHADORES EXPOSTOS AO VAPOR DE MERCÚRIO: UM ESTUDO PSICOFÍSICO Canto Pereira, L. H. M. do **; Costa, M. F. da **; A. C. Simões, A. L. **; Lago, M. **; Saito, C. A. **; Souza, J. M. de; Faria, M.; Silveira, L. C. de L.; Ventura, D. F.; Fisiologia, UFPa; Faculdade de Medicina, USP; Instituto de Psicologia, USP; Neurociências e Comportamento, USP; Psicologia Experimental - IP, USP. Objetivo: Avaliar a possível existência de perdas na função de sensibilidade ao contraste (FSC) de luminância e cromático (verde-vermelho e azul-amarelo) em ex-trabalhadores expostos ao vapor de mercúrio. Métodos e Resultados: Ex-trabalhadores de indústrias de lâmpadas fluorescentes (n=13, idades 33 a 60 anos, média = 42,5 anos) foram comparados a sujeitos controle da mesma faixa etária. Os critérios de inclusão adotados foram acuidade Snellen 20/20, ausência de patologias oftalmológicas e/ou patologias sistêmicas, além do diagnóstico de mercurialismo. Os testes foram feitos monocularmente com o teste computadorizado PSYCHO for Windows v 2.36 (CRSLtd), placa gráfica VSG 2/4 (CRSLtd) e monitor Sony FD Trinitron; os testes da função de sensibilidade ao contraste (FSC) de luminância e cromáticos (verdevermelho e azul-amarelo) foram realizadas nas seguintes freqüências espaciais sendo: para luminância 0,2; 0,5; 1; 2; 5; 10 e 20 cpg; para cromático 0,2; 0,5; 0,7; 1 e 2 cpg. Houve diferença estatísticamente significativa, p < 0,05, entre o grupo controle e a amostra estudada em todos os testes (luminância, cromático azul-amarelo e verde-vermelho) e em todas freqüências analisadas à exceção das seguintes: 0,5 cpg para a luminância, 2 cpg para cromático azul-amarelo e 0,2 cpg para cromático verde-vermelho. Não houve correlação entre os níveis de contaminação mercurial (dosagem de mercúrio metálico na creatinina urinária) e as perdas na FSC; em diversos trabalhadores constatou-se que apesar do tempo decorrido do afastamento (média= 5,6 anos) a perda da FSC ainda era significativa. Conclusões: A amostra analisada de ex-trabalhadores apresentou alterações das funções de sensibilidade ao contraste de luminância e cromático (verde-vermelho e azul-amarelo). Recomenda-se a testagem periódica da FSC nesse grupo de trabalhadores. Apoio Financeiro: CNPq, CAPES, FAPESP 01.04.017 EFEITOS DO TRAUMA SUB-AQUÁTICO E DA ESTIMULAÇÃO TÁTIL SOBRE O COMPORTAMENTO EXPLORATÓRIO DE RATOS DESNUTRIDOS NO LABIRINTO EM CRUZ ELEVADO. Cabral, A. **; Amaral, C.; de Sousa Almeida, S.; Psicologia e Educação - FFCLRP, USP. Objetivo: Estudar os efeitos da estimulação tátil e do trauma sub-aquático sobre o comportamento exploratório de animais submetidos à desnutrição protéica precoce, no teste do labirinto em cruz elevado (LCE), em repetidas sessões. Métodos e Resultados: Foram utilizados 100 ratos Wistar machos. Os filhotes foram submetidos, do nascimento até o 49º dia, à dietas contendo 6% (desnutridos) ou 16% de proteína (controle) e estimulação tátil diária até o dia 70. No 71º dia foram submetidos ao trauma sub-aquático (60s em uma gaiola submersa em água). Logo após o trauma os animais foram colocados no LCE, realizado em sete sessões de 5 minutos cada, com intervalo de 24h entre as sessões. Os dados (média+EPM) mostram que os animais desnutridos apresentaram maior porcentagem de entradas (21,13+2,19) que os controle (14,91+1,60). Os ratos estimulados apresentaram menor freqüência de entradas nos braços fechados (BF) (7,57+0,51) que os não-estimulados (8,84+0,44) e redução na porcentagem de entradas nos braços abertos (BA) (15,44+2,09) em relação aos não-estimulados (19,57+1,73). Os animais traumatizados apresentaram redução no número de entradas nos BF (6,94+0,38), comparados aos não-traumatizados (9,82+0,45) e menor porcentagem de tempo nos BA (9,18+1,70) que os animais não submetidos ao trauma (12,71+1,48). Todos os grupos apresentaram maior porcentagem de entradas nos BA na 1ª sessão (29,16+1,99) em relação às demais (10,27+1,10). Houve interação significativa entre dieta e trauma evidenciando que animais desnutridos foram mais afetados pelo procedimento de trauma quando comparados aos controle. Conclusões: A dieta hipoprotéica reduz ansiedade e/ou aumenta a impulsividade, enquanto estimulação tátil, trauma sub-aquático e repetições de sessões têm efeitos ansiogênicos. Além disso, o trauma agudo reduziu as diferenças entre os animais devido à dieta, mostrando que a reação ao trauma depende da história de nutrição do animal. Apoio Financeiro: CNPq 01.04.018 ANÁLISE DO NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA E QUALIDADE DE SONO EM VESTIBULANDOS. Comparoni, A.; Esteves, A. M. **; Castro Villas Boas, J. P. **; Mello, M. T.; Psicobiologia, AFI PSICOFARMACOLOGIA; Psicobiologia, UNIFESP; Saúde Ambiental - Fac. Saúde Pública, USP. Objetivo: Realizar um levantamento de dados, para identificação do nível de atividade física e da qualidade de sono dos vestibulandos de três cursos prévestibular da cidade de São Paulo. Métodos e Resultados: A amostra foi composta por 86 vestibulandos, sendo 51 do sexo feminino e 35 do sexo masculino, com idade média de 19 anos ( 1,6). Foram utilizados dois questionários validados para a coleta de dados, o Questionário Internacional de Atividade Física - IPAQ (PARDINI et al., 2001) e o Questionário de Sono (BRAZ et al., 1987). Os resultados obtidos no questionário IPAQ demonstram que, 10,46% dos alunos são insuficientemente ativos, 19,77% são pouco ativos, 51,16% são ativos e 18,60% são muito ativos. Em relação ao questionário de sono, os resultados demonstram que 68% dos vestibulandos relatam sentir algum problema de sono, sendo que 54% afirmam que gostariam de alterar seu padrão de sono. Conclusões: Os dados sugerem que a maioria dos vestibulandos são fisicamente ativos e se queixam de algum problema de sono. O fato de relatarem ser fisicamente ativos e apresentarem queixas de sono, talvez esteja relacionado à ansiedade causada pelo período pré-vestibular. Apoio Financeiro: AFI Psicofarmacologia 01.04.019 PERCEPÇÃO DE DISTÂNCIA PERCORRIDA E ORIENTAÇÃO ESPACIAL EM CEGOS E VIDENTES VENDADOS. Fukusima, S. S.; Silveira, S. H. P. **; Psicologia FFCL - RP, USP; Psicologia e Educação - FFCLRP, USP. Objetivo: Nesta pesquisa se investigou se a distância percebida por meio da locomoção ativa e passiva e a orientação espacial são afetadas em condições de privação da visão. Métodos e Resultados: Grupos de cegos congênitos, cegos adventícios e videntes vendados tiveram as orientações dos sons ambientais mascaradas por meio de audiofones e executaram três tarefas. Na primeira tarefa o pesquisador conduziu os sujeitos em caminhadas retilíneas de 5, 8 e 11 m em marcha normal e acelerada. Logo após, os sujeitos reproduziram à frente em marcha normal e a sós as distâncias percorridas. Na segunda tarefa o pesquisador conduziu em caminhada os sujeitos em trajetórias em forma de L invertido com lados de 5 e 10 m em sentido horário e anti-horário. Logo após, eles retornaram à origem da trajetória caminhando sozinhos. A terceira tarefa foi similar à segunda; porém, antes do caminhar à origem, as trajetórias foram percorridas passivamente em cadeira de rodas. Mensuraram-se as distâncias e as orientações para o retorno. Cegos congênitos, cegos adventícios e videntes vedados apresentaram habilidades espaciais similares. As reproduções de distâncias na primeira tarefa e as distâncias de retorno na segunda e terceira tarefa foram cada vez mais subestimadas à medida que as distâncias percorridas com acompanhamento aumentavam; porém, distâncias reproduzidas por marcha acelerada foram mais acuradas que aquelas reproduzidas por marcha normal. As orientações médias de retorno foram acuradas, porém, apresentaram grande variabilidade. A condução por caminhar ou em cadeira de rodas não afeta as distâncias reproduzidas e as orientações de retorno. Conclusões: Habilidades espaciais em cegos não foram afetadas pela experiência anterior da visão e nem pelas informações motoras durante o caminhar. Sugere-se que melhoria dessas habilidades em cegos deve ser fundamentada nas informações provenientes do sistema vestibular ou do sistema auditivo. 01.04.020 VALIDAÇÃO DA VERSÃO BRASILEIRA DA ESCALA CR10 DE BORG PARA MENSURAR DOR. Ferreira-Bacci, A. V. **; Fukusima, S. S.; Psicologia e Educação FFCLRP, USP. Objetivo: Validar a Escala CR10 de Borg traduzida para o português para mensurar a dor em pacientes com Desordens Temporomandibulares (DTMs), tomando-se como critério a Escala Visual Analógica (VAS). Métodos e Resultados: A VAS e uma versão modificada da Escala CR10 de Borg foram impressas e aplicadas a 32 voluntários com DTMs antes e após tratamento odontológico para avaliar a dor. A VAS se constituiu de uma linha horizontal com uma das extremidades demarcadas com o termo “ausência de dor” e a outra com o termo “máximo de dor” em que os pacientes assinalavam a intensidade da dor percebida. A CR10 de Borg modificada consistiu em separado de uma escala numérica e uma escala de expressões verbais em que se assinalavam respectivamente a intensidade da dor e a sua melhor descrição em relação à pior dor já experimentada. Os pacientes foram questionados sobre a clareza e a adequação das escalas. Os coeficientes da correlação de Pearson entre os escores da VAS e da escala CR10 antes e após tratamento odontológico foram respectivamente 0,85 e 0,90. Ambas escalas foram sensíveis para registrar diminuições da dor decorrentes do tratamento. Os escores médios da escala CR10 para as expressões verbais: “moderado”, “forte” e “muito forte” para descrever a dor antes do tratamento foram respectivamente 4,63; 7,41 e 9,63, sendo maiores que os seus respectivos valores 3, 5 e 7 estabelecidos na escala original em inglês (p<0,001). Este incremento também foi notado após tratamento odontológico para o escore médio de 8,5 para a expressão “muito forte”. A maioria dos pacientes julgou a escala CR10 como mais compreensível e adequada que a VAS para mensurar a dor. Conclusões: A escala CR10 apresenta vantagens metodológicas para mensurar a dor em relação a VAS; porém, a ancoragem das expressões verbais aos valores numéricos da escala CR10 na versão brasileira ainda precisa de investigações complementares. Apoio Financeiro: FAPESP 01.04.021 EFEITO DE DICAS LOCAIS E GLOBAIS SOBRE O DESEMPENHO EM UMA TAREFA DE BUSCA VISUAL. Cavalett, M. *; Rossini, J. C. **; Galera, C.; DPE, FFCLRPUSP; Psicologia e Educação, UNIP. Objetivo: Dicas espaciais proporcionam um ganho no desempenho em tarefas de discriminação quando os estímulos são apresentados nos locais indicados. Isto acontece quando apenas uma ou várias dicas são apresentadas simultaneamente. Neste caso dicas múltiplas podem ter o mesmo efeito proporcionado por uma dica global. Neste estudo comparamos os efeitos de dicas múltiplas e de uma dica global sobre o desempenho na tarefa de busca visual. Métodos e Resultados: Um alvo e três distratores (letras Ts) apresentadas em diferentes orientações(Ers), foram apresentados em meio a 60 estímulos de fundo (sinais de “+”),em círculos concêntricos com raios de 2º, 4º, 5,5º e 7,5o (10 sujeitos). As dicas locais eram círculos com 0,4ºr, as dicas globais eram círculos de 2,5º ou 6,25ºrs. Foram utilizados três tipos de dicas: local para posição (LP), local para área (LA) e global (Gl). Nas provas com dicas válidas (60%), quatro dicas LP indicavam as posições exatas em que ocorreriam os ERs; as quatro dicas LA eram apresentadas no mesmo círculo, mas em posições diferentes dos ERs; a dica Gl também indicava o círculo no qual seriam apresentados os ERs. Nas provas com dicas inválidas (20%), os ER eram apresentados em posições diferentes, mas no mesmo círculo que as dicas LP, e em círculos diferentes nas dicas LA e Gl. As dicas não eram apresentadas em 20% das provas.O intervalo entre a dica e os estímulos foi de (170, 270 e 400 ms). A interação entre o tipo de dica e o tamanho da área indica que as dicas são mais eficientes com estímulos apresentados em regiões mais periféricas (F(2,18) = 11,00, p < 0,00), (ganho de 75 ms), do que nas regiões centrais (25 ms). O desempenho melhora para o intervalo entre dicas e estímulos de 260 ms (11ms)(F(2, 18) = 3,7, p = 0,05) e varia em função da validade da dica (F (2,18) = 16,6, p <0,00). O custo associado à uma dica inválida foi significativo (p< 0,001). Conclusões: As dicas LA e GL sugerem a existência de um único foco atencional, mas a dica LP indica a possibilidade de focos múltiplos. Apoio Financeiro: CNPq 01.04.022 EFEITO DA PRIVAÇÃO DE COMIDA NO COMPORTAMENTO DE CAMUNDONGOS TESTADOS NO LABIRINTO EM CRUZ ELEVADO. Bastos Oshiro, C. K. **; Setem, J.; das Graças de Souza, D.; Psicologia, UFSCar; Psicologia, UNIP. Objetivo: Investigar a exploração de camundongos Suíço-albino que receberam um regime restrito de comida sobre um etograma previamente padronizado do comportamento do rato no labirinto em cruz elevado (Pharmacol. Biochem. Behav. 49:171-179, 1994). Métodos e Resultados: Os sujeitos foram privados de comida por 0 (controle), 24, 48, e 72 horas. Após a privação, cada animal foi testado no labirinto em cruz elevado por 5 minutos. Foram analisados a freqüência e o tempo de permanência em cada um dos braços do labirinto e as categorias: espreitar, esquadrinhar, levantar-se, limpeza e exploração das extremidades. Animais privados de comida apresentaram aumento na freqüência de entrada nos braços fechados (C: 9 0,9; 24h: 12,3 1,1; 48h: 13 0,7; 72h: 15,6 0,8), nos braços abertos (C: 2 0,4; 48h: 5 0,8; 72h: 7,3 0,9) no total de entradas (C: 11 1,2; 48h: 17,8 1,2; 72h: 23 1,6) e no tempo de levantar (C: 18 2; 72h: 36 3). Os animais privados de comida ainda exibiram aumento no tempo de permanência nos braços abertos (C: 14 4,7; 48h: 48 9,2; 72h: 52 7,8), no tempo esquadrinhando (C: 4,6 1,5; 48h: 17 3,3; 72h: 28 4), no tempo gasto nas extremidades dos braços abertos (C: 0,85 0,5; 48h: 13 3,3; 72h: 16,5 4,4) e na freqüência de visitas às extremidades dos braços abertos (C: 0,3 0,2; 48h: 2,4 0,6; 72h: 13 0,7). Conclusões: Estes resultados indicam que os animais privados de comida por períodos prolongados (48 e 72 horas) apresentaram aumento do comportamento exploratório no labirinto em cruz elevado. A privação de alimento diminuiu a aversão dos braços abertos. A diminuição da sensibilidade aos sinais aversivos talvez tenha valor de sobrevivência nos ambientes onde vivem roedores. 01.04.023 POLIUSUÁRIOS DE DROGAS COM CONDUTA SOCIAL DESVIANTE: AVALIAÇÃO DE DISFUNÇÃO FRONTAL ATRAVÉS DE INSTRUMENTOS NEUROPSICOLÓGICOS Ceroni, M. L. V. **; Bueno, O. F. A.; Galduróz, J. C. F.; Psicobiologia, UNIFESP. Objetivo: O presente projeto de pesquisa se propõe a estudar o comprometimento frontal em pacientes poliusuários de drogas através de escalas e testes neuropsicológicos. Métodos e Resultados: Foram avaliados 50 homens: 30 poliusuários e 20 normais (mesmo nível sócio-economico, mínimo de 8 anos de escolaridade, 18 a 45 anos). Diferenças estatísticamente significativas foram encontradas nos Testes: Stroop tempo (64,2 21,2 vs. 76,6;17,9); Toulouse-Piéron nº de cancelamentos(136,8 26,2vs.92 45,4) e nº de erros(3,3 2,7vs.22,2 31,3); Fluência Verbal Animais(14,4 4,7vs.11,4 3,3); Torre de Hanói tempo(16,4 24,2vs. 64,5 94,6) e nº de movimentos(3,8 3,8vs.16,5 17,1); Dígitos diretos (7,3 1,4vs.6 1,2) e indiretos(5,7 1,4vs.4,3 0,8); Corsi direto (6,5 0,9vs.5,4 0,9) e indireto (6,3 1,2vs.4,8 1,4); Pares Associados fáceis(3,8 0,3vs.3,4 0,8) e difíceis(3,3 1vs.2 1,3) e recuperação tardia de pares fáceis(3,9 0,3vs.3,2 0,9) e de pares difíceis(3,2 1,1 vs.1,4 1,2); Wisconsin Card Sorting Test nº de erros (14,4 18,4vs.31,7 31,2) erros perseverativos(3,3 4,7vs.9,4 11,8) e não perseverativos(8,4 10,5 vs.19,9 20,8); Teste de Trilhas A tempo (36,6 15,5vs.80,1 13,4) e B tempo(42,3 58,8vs.108,9 64,8); DUSIInventário de Exame Minucioso sobre o Uso de Droga(17,4 7,7vs. 52,0 16,4); Inventário de Depressão de Beck(4,6 2,5vs.16,3 8,7). Conclusões: Os resultados mostram diferenças significativas comportamentais e cognitivas envolvendo funções executivas centrais com pior desempenho no grupo de poliusuários, em tarefas que envolvem atenção, flexibilidade mental, planejamento antecipado, abstração, raciocínio e modulação de respostas impulsivas, dificuldade em situações de conflito, em produção de palavras, memória operacional, memória lógica, capacidade de aprendizagem, orientação visuo-espacial. Os resultados sugerem comprometimento frontal em pacientes poliusuários com Densidade Geral de Problemas de Personalidade e Índice de Depressão maiores que os encontrados no grupo controle. Apoio Financeiro: AFI Psicofarmacologia, CAPES 01.04.024 EFEITOS DA DESNUTRIÇÃO PROTÉICO-CALÓRICA SOBRE A APRENDIZAGEM E MEMÓRIA NO LABIRINTO AQUÁTICO DE MORRIS. Oliveira, L. C. **; de Sousa Almeida, S.; Psicobiologia - FFCLRP, USP; Psicologia e Educação - FFCLRP, USP. Objetivo: Investigar os efeitos causados pela desnutrição protéico-calórica no período pós-natal sobre a aprendizagem e memória espacial em animais submetidos ao teste do Labirinto Aquático de Morris, na versão pista distal, utilizando práticas condensadas versus práticas espaçadas. Métodos e Resultados: Foram utilizados 163 ratos Wistar machos divididos em dois grupos, de acordo com tratamento nutricional: Controle = C (dieta contendo 16% de proteína) e Desnutrido = D (quantidade de dieta correspondente a 50% da quantidade ingerida por C). A desnutrição foi mantida até 49 dias de idade, quando todos os animais receberam dieta comercial. O teste iniciou aos 70 dias. Na primeira etapa, os animais C e D foram divididos em 4 grupos e submetidos a diferentes condições de treinamento: 1, 4, 8 ou 12 tentativas/dia, totalizando 24 tentativas em cada grupo. Após a 24a tentativa os animais foram submetidos à probe trial (25a tentativa). Na segunda etapa, cada grupo foi subdividido em dois e os animais foram testados uma única vez, 7 ou 28 dias após a primeira etapa (26a tentativa). A latência de fuga foi registrada nas duas etapas do experimento. Não houve diferença significativa entre animais C e D quanto a tarefa de localização da plataforma, indicando que ambos os grupos nutricionais apresentaram um processo de aprendizagem, independente da condição de treinamento utilizada. Foi observado efeito da dieta somente na condição de 1 tentativa/dia (média ± EPM, representados em blocos de 6 tentativas) sendo C (B1= 37,7 ± 4,7; B2 = 18,3 ± 3,7; B3 = 11,7 ± 2,8; B4 = 8,5 ± 1,5) e D (B1 = 44,0 ± 4,0; B2 = 25,2 ± 4,4; B3 = 14,5 ± 2,7; B4 = 12,2 ± 2,1). A 26 a tentativa, tanto aos 7 quanto aos 28 dias, revelou que animais C e D memorizaram a tarefa aprendida. Conclusões: A partir dos resultados apresentados pode-se concluir que os prejuízos causados pela desnutrição protéico-calórica sobre os processos de aprendizagem depende do espaçamento entre as práticas. Isto sugere que em práticas muito espaçadas (uma/dia) os animais desnutridos têm maiores dificuldades na consolidação da informação espacial quando comparados com os animais controle. Apoio Financeiro: CAPES 01.04.025 AVALIAÇÃO AFETIVA BRASILEIRA E RESPOSTAS FISIOLÓGICAS FACIAIS E VISCERAIS DURANTE A VISUALIZAÇÃO DOS ESTÍMULOS ** ** FOTOGRÁFICOS ESTÁTICOS DO IAPS. Ribeiro, R. L. ; Pompéia, S. ; Bueno, O. F. A.; Psicobiologia, UNIFESP. Objetivo: Determinar se a avaliação subjetiva do grau de prazer ("valence") e alerta ("arousal") das normas brasileiras das fotografias do “International Affective Picture System” (IAPS) reflete as respostas fisiológicas descritas na literatura relacionadas a essas medidas de relatos afetivos. Métodos e Resultados: 24 universitários (12 homens) foram expostos a 32 fotografias do IAPS enquanto eram medidos eletromiogramas (EMG) faciais (atividades dos músculos frontal e zigomático) e reações viscerais (frequência cardíaca - HR e condutância da pele - EDG). Fotografias classificadas como agradáveis aumentaram o EMG [F(3,69)=11,48; p < 0,001] em relação às neutras e desagradáveis, que, por sua vez, diminuíram a HR [F(3,69)=4,85; p < 0,01] em relação às demais, corroborando que essas variáveis refletem relatos afetivos de prazer. Além disso, estímulos agradáveis relaxantes diminuíram a EDG [F(3,69)=3,71;p < 0,02] em relação aos estimulantes, neutros e desagradáveis, confirmando que o nível de alerta subjetivo gerado pelos estímulos altera essa medida fisiológica. Conclusões: As alterações fisiológicas verificadas sugerem serem adequadas às normas subjetivas de prazer e alerta determinadas na padronização brasileira. Apoio Financeiro: AFI Psicofarmacologia, FAPESP 01.04.026 PERCEPÇÃO DE EXPRESSÕES FACIAIS DA EMOÇÃO E LATERALIZAÇÃO CEREBRAL Torro Alves, N. **; Fukusima, S. S.; Psicobiologia - FFCLRP, USP; Psicologia e Educação - FFCLRP, USP. Objetivo: Tem sido freqüentemente discutido na literatura científica o papel que desempenha cada hemisfério cerebral no processamento emocional e na percepção de expressões faciais da emoção. O estudo realizado teve por objetivo investigar diferenças inter-hemisféricas existentes nos processos de avaliação e percepção de intensidade emocional em diferentes categorias de expressões faciais da emoção: alegria, tristeza, raiva e medo. Métodos e Resultados: Onze observadores adultos destros (5M, 6F) participaram do experimento. Foi utilizada a técnica de estudo de campo visual dividido, com apresentação taquitoscópica (150ms) simultânea de fotografias de faces a esquerda e a direita do ponto de fixação na tela do computador em quatro diferentes condições: 1) face com emoção a esquerda e face neutra a direita, 2) face neutra a direita e face com emoção a esquerda, 3) face com emoção a direita e a esquerda, 4) face neutra a direita e esquerda.. Em cada tentativa os observadores determinaram o lado (esquerdo ou direito) em que havia sido apresentada a face que aparentava possuir mais emoção. Os tempos de reação, erros de julgamento e respostas dos observadores foram submetidos a ANOVAs para medidas repetidas. Foi observado um efeito significativo da emoção sobre o tempo de reação [F(3,30) = 15,901 p < 0,001] e erros de julgamento dos observadores [F(3,30) = 25,256; p < 0,001]. Conclusões: Expressões faciais de alegria e medo são detectadas com maior acurácia que expressões de medo e tristeza. Foram observadas também diferenças entre os hemisférios cerebrais no processamento de expressões faciais. Faces emocionais são detectadas mais rapidamente quando apresentadas inicialmente ao hemisfério direito, indicando, portanto, provável superioridade do hemisfério direito ao esquerdo no processamento e detecção da expressão emocional em faces humanas. Apoio Financeiro: CNPq 01.04.027 NÍVEL DE PROCESSAMENTO E AUMENTO DA RECORDAÇÃO LIVRE DE ITENS DISTINTOS Vaz, L. J. **; Oliveira, L. G. **; Ruiz, A. M. N. **; Pompéia, S. **; Bueno, O. F. A.; Psicobiologia, UNIFESP. Objetivo: Há evidências de que o nível de processamento adotado na codificação afeta a memória explícita. A relação semântica de palavras inseridas nas posições intermediárias de listas de palavras não relacionadas facilita a recordação dos itens destas posições. Este efeito de facilitação parece dever-se a processos automáticos que, provavelmente, não são influenciados por manipulações nos níveis de processamento. Objetivo: Investigar a influência dos níveis de processamento na recordação livre de palavras que continham, em suas posições intermediárias, tríades de palavras associadas. Métodos e Resultados: Métodos: 84 universitários (26 4 anos) foram divididos aleatoriamente em 4 grupos conforme o processamento adotado na aquisição dos estímulos: perceptual (PP), fonológico (PF), semântico (PS) e controle (NP). Foram elaboradas 12 listas de 21 palavras cada: 3 listas não relacionadas (TC) e outras 9 nas quais foram inseridas tríades de palavras relacionadas semântica (TS), fonética (TF) ou perceptualmente (TP). Cada palavra foi individualmente avaliada conforme o grupo ao qual o sujeito pertencia. Ao término de cada lista o sujeito devia recordar as palavras em qualquer ordem. Resultados: A recordação total foi influenciada pelo processamento adotado, sendo superior para PS (99 16 palavras) e NP (94 19) em relação à PP (75 20). Porém, o efeito de facilitação, expresso em proporção de recordação, foi maior em TP (0,4 0,2), TF (0,6 0,2) e TS (0,7 0,3) em relação a TC (0,2 0,1) para todos os grupos, exceto em TP para os grupos PS (0,4 0,1) e PP (0,3 0,2). Além disso, PS (0,8 0,2) e NP (0,8 0,1) produziram um acréscimo ainda maior na recordação de TS em relação à PP (0,5 0,3) e PF (0,6 0,3). Conclusões: De forma geral o tipo de processamento não afetou a facilitação da recordação por TP, TF e TS, mostrando que ela pode ocorrer automaticamente. Porém, PS beneficiou ainda mais a recordação de TS, sugerindo que a análise semântica reforça a recordação dessas relações. Apoio Financeiro: AFI Psicofarmacologia, CNPq 01.04.028 A PERCEPÇÃO DOS QUADROS DE DALÍ NA ESQUIZOFRENIA: INDÍCIOS DE ALTERAÇÕES NAS FAIXAS DE FREQUÊNCIAS ESPACIAIS Toscano Barreto Lyra Nogueira, R. M. *; Santos, N. A. dos; Simas, M. L. de B.; Psicologia, UFPB; Psicologia, UFPE. Objetivo: Estudos demonstram que a sensibilidade a freqüências espaciais fica alterada em indivíduos com diagnóstico de esquizofrenia e que há uma perda generalizada em todas as freqüências espaciais. O presente trabalho apresenta um procedimento que permite observar indícios de alterações nas faixas de freqüências espaciais em esquizofrênicos utilizando um conjunto de quadros do pintor Salvador Dali. Métodos e Resultados: Participaram 12 sujeitos: 6 isentos de patologias neuropsiquiátricas, IPN, e 6 com diagnóstico de esquizofrenia e medicados, DEM. Utilizamos 24 quadros de Dali fotografados e ampliados em 10x15 cm. Os quadros escolhidos continham figuras com ampla gama de tamanhos (detalhes) e foram apresentados individualmente, um após o outro, sem limite de tempo a 30 cm de distância dos participantes. Foi solicitado ao participante que os classificasse nas categorias (morte, sexual, faces, som, dor, pessoas, tempo). O objetivo único era identificar o tamanho do ângulo visual em graus da 1ª figura apontada em cada quadro. As médias dos tamanhos das 1ª figuras escolhidas por cada sujeito por cada quadro foram quantificadas em quatro faixas: 0-1, 1-5, 510 e >10 graus de ângulo visual. Os resultados mostraram diferenças entre IPN e DEM nas faixas de 0-1, 1-5 e >10. Em 0-1 e 1-5 (alta freqüência) o IPN obteve médias 1 e 7.2, respectivamente, sendo estas 5 e 2 vezes superior ao DEM. Não houve diferença em 5-10 (IPN=8, DEM=7.8). O grupo DEM indicou mais figuras na (baixa freqüência) faixa >10 graus de ângulo visual (DEM =12,3, IPN=7,2). Conclusões: Os nossos resultados iniciais mostram que o grupo DEM tem preferência marcante por imagens maiores comparado ao grupo IPN. Os resultados do grupo DEM parecem indicar simultaneamente perda de altas freqüências e ganho em freqüências baixas e muito baixas. Apoio Financeiro: CNPq, FACEPE 01.04.029 AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA EM PACIENTES COM EPILEPSIA DO LOBO TEMPORAL: DISSOCIAÇÃO INTERHEMISFÉRICA DAS ALTERAÇÕES DE MEMÓRIA? Abreu, J. N. S. **; Xavier, G. F.; Bueno, J. L. O.; Fisiologia - IB, USP; Instituto Biociências, USP; Psicologia e Educação - FFCLRP, USP. Objetivo: Objetivo: Este estudo teve por objetivo avaliar e comparar o desempenho de pacientes com Epilepsia do Lobo Temporal Direito (ELTD) e Epilepsia do Lobo Temporal Esquerdo (ELTE) no Nine-Box Maze (Brain and Cognition 41, 39-65, 1999). Além disso, este estudo investiga o desempenho de pacientes com ELT em tarefas de categorização, memória operacional verbal e raciocínio. Métodos e Resultados: Método: Vinte sujeitos (nELTE=10; nELTD=10), sendo 10 mulheres e 10 homens, e dezoito (18) controles saudáveis compuseram a amostra deste estudo. Idade, dominância manual, nível de escolaridade, freqüência das crises, idade da primeira crise, última crise e período máximo sem crise foram comparados entre os grupos sem diferença significativa. O teste teve duas aplicações a fim de avaliar efeito de pistas alocêntricas sobre o desempenho dos sujeitos. Além disso, quatro sub-testes da Bateria WAIS (Span Normal, Span Invertido, Raciocínio Lógico e Raciocínio por Semelhança) foram incluídos, bem como o Califórnia Card Sorting Test (CCST), para avaliar funções de planejamento e execução dos lobos frontais. Resultados: Nossos resultados mostraram um efeito significante nas provas de memória operacional espacial e para objetos para o grupo ELTD (M=8,9 e SD=3,9; M=5,3 e sd=2,8), mas não para ELTE (M=5,8 e SD=1,9; M=3,7 e sd=1,2). Não houve diferenças significativas entre os grupos ELTD, ELTE e Controle para memória de referência. Adicionalmente observou-se alterações nas provas de Span invertido (M=2,3 sd=0,3), raciocínio lógico (M=4,2 sd=0,9) e raciocínio por semelhança (M=2,2 sd=0,8), para o grupo ELTD, mas não para o grupo ELTE (M=3,5 sd=0,6; M=5,3 sd=0,6, M=4,2 sd=1,0). O desempenho dos grupos foi caracterizado por um número maior de erros de produção de categorias e perseveração no teste CCST para o grupo ELTD (M=9,5; sd3,2) quando comparado com o grupo controle (M=6,3, sd=2,2). Conclusões: Conclusão: Nosso estudo corrobora a teoria da memória operacional e parcialmente a do mapeamento espacial e também realiza indicações sobre déficits cognitivos associados apresentados pelos pacientes com ELT, o que parece contribuir para a compreensão de uma rede funcional fronto-temporal envolvida com os processos mnêmicos e executivos. Apoio Financeiro: USP 01.04.030 EFEITOS DO TRATAMENTO PRÉ-NATAL COM NALOXONE SOBRE A HABITUAÇÃO EM CAMPO ABERTO, A RESPOSTA À ANFETAMINA E OS INDICES DE ESPRAIAMENTO E FAGOCITOSE DE MACRÓFAGOS PERITONEAIS DE UMA PROLE DE CAMUNDONGOS AOS 30 DIAS DE IDADE Fonseca, E. de S. M. **; Sakai, M. **; Rodrigues-Costa, E. C. **; Palermo-Neto, J.; Farmacologia, USP; Patologia e Toxicologia - FMVZ, USP. Objetivo: Analisar os efeitos do tratamento com 1 mg/kg de naloxone sobre o comportamento e os índices de espraiamento (IE%) e de fagocitose (IF%) de macrófagos peritoneais de uma prole de camundongos Swiss. Métodos e Resultados: O tratamento consistiu na aplicação de 1 injeção de naloxone (1 mg/kg) às mães, do 15 ao 19 dia de gestação (grupo Nal). O estresse pré-natal aplicado (grupo EPN) consistiu em um choque inescapável nas patas (0,2mA, 5 seg de choque intercalados por intervalos randômicos de 5 a 25 seg), no mesmo período da gestação. As mães do grupo NaCl foram tratadas com solução salina, enquanto as fêmeas do grupo branco não foram perturbadas em durante a gestação. Os experimentos foram realizados na prole de machos, no 30 dia de vida. A avaliação da habituação consistiu na observação dos animais por 3 dias consecutivos em campo aberto. No 4 dia os animais foram desafiados com 2 mg/kg de anfetamina e observados também em campo aberto. O parâmetro avaliado nos 2 casos foi a locomoção total (LT - cm) no aparelho. No 5 dia, o peritôneo dos animais foi lavado com PBS para a coleta dos macrófagos, que foram estimulados in vitro com 50 ng de concanavalina A. Os resultados obtidos foram: 1- não houve diferença na habituação dos animais dos 4 grupos (F(6,84) = 0,48; p = 0,82); 2- não houve diferença na LT dos animais dos 4 grupos (F(3,28) = 0,66; p = 0,59) após a anfetamina; 3- o EPN aplicado diminuiu o IE(%) (F(3,28) = 4,30, p = 0,01) e o IF(%) (F(3,28) = 5,56, p = 0,00) da prole em relação ao grupo branco. Conclusões: Estes dados sugerem que o EPN escolhido foi capaz de alterar a atividade de macrófagos. Sugere-se também que o mecanismo pelo qual o EPN altera a função macrofágica não se dá pela ativação do sistema opioidérgico da mãe durante o estresse in utero. Apoio Financeiro: FAPESP 01.04.031 FILTROS DE FREQUÊNCIAS ANGULARES E ESPACIAIS DE BANDA ESTREITA COMPARADOS. Simas, M. L. de B.; Santos, N. A. dos; Toscano Barreto Lyra Nogueira, R. M. *; Psicologia, UFPB; Psicologia, UFPE. Objetivo: Estamos obtendo estimativas de curvas de filtragem para 11 filtros de freqüências angulares (AFF) e 7 filtros de freqüências espaciais (SFF), cujas freqüências de teste foram centradas em 1, 2, 3, 4, 8, 16, 24, 32, 48, 64 e 96 ciclos/360º, ou 0.5, 1, 2, 3, 4, 5 e 6 ciclos por grau de ângulo visual (cpg), respectivamente, utilizando um método de somação supra-limiar. Métodos e Resultados: A escolha forçada é feita entre um estímulo que contém a soma da freqüência de teste do filtro angular ou espacial com a freqüência angular ou espacial de fundo e outro estímulo que contém apenas a freqüência angular ou espacial de fundo. As freqüências angulares e espaciais de fundo utilizadas são 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 12, 16, 24, 32, 48, 64 e 96 ciclos/360 o e 0,2, 0,3, 0,5, 0,8, 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 9 cpg, respectivamente. O contraste das freqüências de fundo (angular ou espacial) era constante e correspondia a 5 vezes o limiar de detecção da freqüência angular ou espacial de teste. Apenas o contraste da freqüência de teste na soma variava em função dos acertos e erros. A escolha correta era selecionar o estímulo que continha a freqüência de teste. As 11 curvas de 17 condições experimentais para cada AFF e as 7 curvas com 11 condições experimentais para cada SFF já foram mensuradas pelo menos três vezes cada uma por pelo menos três de 9 sujeitos envolvidos, perfazendo um total de no mínimo 9 curvas para cada filtro mensurado. Nossos resultados mostram somação ocorrendo em todas as freqüências de teste dos filtros angulares e espaciais. Encontramos efeitos de somação máxima (absoluta) para as curvas de AFF em comparação às curvas obtidas para SFF. Conclusões: Estes resultados favorecem a existência de filtros específicos para freqüências angulares e espaciais. Nos filtros de freqüências angulares, na faixa mais baixa, a integração de grandes áreas se faz necessária e pode envolver áreas superiores de processamento visual. Apoio Financeiro: CNPq, FACEPE 01.04.032 RAZÃO ÁUREA COMO FATOR DE ATRATIVIDADE FACIAL. Silva, L. M. **; Fukusima, S. S.; Psicologia e Educação, FFCLRP-USP; Psicologia e Educação FFCLRP, USP. Objetivo: A atratividade facial parece estar relacionada com alguns atributos físicos da face. Tomando-se esta premissa, este trabalho teve por objetivo investigar se a razão áurea entre os elementos faciais afeta o julgamento de atratividade. Métodos e Resultados: Foram utilizadas fotos de nove faces frontais masculinas e dez femininas em preto e branco. Em cada face foram mensuradas no meridiano central a distância entre o nível dos olhos e a extremidade superior e a distância entre o nível dos olhos e a extremidade inferior da face. Em seguida calculou-se a razão entre elas. Posteriormente foram feitas cópias dessas faces e as distâncias sobre o meridiano central foram manipuladas de maneira a gerar proporções muito próximas da razão áurea. A diferença mínima e a diferença máxima entre a razão áurea (~0,618) e a razões encontradas nas faces originais foram respectivamente 0,0041 e 0,0412. Os pares de faces originais e suas respectivas faces modificadas para se obter a razão áurea foram apresentadas em ordem aleatória na tela de um computador a trinta juízes para escolher qual face era a mais atrativa e qual a intensidade da atratividade numa escala visual analógica. As faces, em geral, receberam baixos escores de atratividade e em nenhuma das fotos houve uma diferença relevante entre as médias dos escores das fotos originais e das modificadas. Conclusões: A razão áurea determinada unicamente no meridiano central nas condições deste experimento não foi determinante de atratividade facial. Apoio Financeiro: FAPESP 01.04.033 AVALIAÇÃO COGNITIVA DE INDIVÍDUOS USUÁRIOS CRÔNICOS DE DROGAS DE ABUSO ATRAVÉS DE MODELOS ESPECÍFICOS DE MEMÓRIA Kohler Motta, G. *; Centro Ciências da Saúde, UNIVALI. Objetivo: A relação entre drogas e comportamento pode ser explorada através da manipulação da neurobiologia do organismo e das condições ambientais. Sabe-se através de relatos encontrados na literatura as conseqüências decorrentes do processo de adição do ser humano onde é bastante evidenciado as seqüelas no Sistema Nervoso Central (SNC) e relaciona-se o envolvimento dos neurotransmissores diante do comportamento de consumo abusivo de drogas. O conhecimento a respeito dos efeitos decorrentes do uso abusivo de drogas como a Canabis, o etanol, crack e a cocaína, sobre a cognição são baseados em grande parte em experimentos obtidos com animais de laboratório. O presente trabalho teve como principal objetivo avaliar possíveis déficits cognitivos sobre os diversos tipos de memórias de usuários crônicos das substâncias acima citadas. Métodos e Resultados: Testes de memória imediata, recente e remota foram aplicados em pacientes internos usuários crônicos de: etanol (grupo I), etanol, maconha, cocaína e crack (grupo II), maconha, cocaína e crack (grupo III). Os testes utilizados foram : Span de palavras, Span de dígitos, Pequena história, Silhuetas variadas, Silhuetas de torres e igrejas, Dados autobiográficos e Faces famosas. Os tipos de memórias avaliados foram: memória imediata, memória recente e memória remota. Os resultados obtidos nos mostram que indivíduos usuários crônicos de etanol apresentaram déficit cognitivo de forma estatisticamente significante (p<0.05) nas memórias imediata (3.25.43) recente (2.9.39 e remota (15.75 1.22) quando comparados aos grupos controle (indivíduos não adictos) respectivamente (5.61.67; 5.0.81; 20 0.0), não havendo diferenças estatísticas no os demais grupos estudados. Conclusões: Baseados na literatura e nos dados obtidos nós sugerimos que os distúrbios de memória apresentados pelo grupo etanol se deve principalmente a alterações neurofisiológicas ocorridas na região para-hipocampal decorrentes dos longos anos de uso. Entretanto, trabalhos posteriores são necessários para confirmar tais sugestões. Apoio Financeiro: ccs