Arca da Aliança

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Colégio de Umbanda Sagrada “Mestre Zartur”
Índice
Considerações iniciais ------------------------------------------------------------------------- 2
Pentateuco ou Tora ---------------------------------------------------------------------------- 2
Gênesis ------------------------------------------------------------------------------------------- 2
Êxodo --------------------------------------------------------------------------------------------- 3
Levítico ------------------------------------------------------------------------------------------ 3
Números ----------------------------------------------------------------------------------------- 3
Deuteronômio ---------------------------------------------------------------------------------- 3
Bíblia Cristã --------------------------------------------------------------------------------------- 4
Os Dez Mandamentos -------------------------------------------------------------------------- 6
Arca da Aliança ---------------------------------------------------------------------------------- 6
Caixa de Pandora----------------------------------------------------------------------------- 7
A Arca -------------------------------------------------------------------------------------------- 8
Seu Simbolismo. ------------------------------------------------------------------------------ 8
A Construção da Arca. --------------------------------------------------------------------- 8
Função e simbologia----------------------------------------------------------------------- 10
A captura da Arca pelos Filisteus e seu retorno ------------------------------- 11
O Templo de Salomão -------------------------------------------------------------------- 12
A Construção do Templo ---------------------------------------------------------------- 13
Conclusões------------------------------------------------------------------------------------ 14
Bibliografia -------------------------------------------------------------------------------------- 15
Na Internet------------------------------------------------------------------------------------ 15
Literatura-------------------------------------------------------------------------------------- 15
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Considerações iniciais
Para abordar o assunto Arca da Aliança, fazem-se necessárias algumas
considerações para melhor entendimento do assunto. Temos que
entender e posicionar o fato histórico no tempo. Desta forma, podemos
seguir, caso contrário fica uma informação perdida, aproveitável, mas
perdida.
Vamos falar um pouco do Torá ou Pentateuco, vamos falar um pouco da
Bíblia Cristã e dos Evangélicos, sobre os 10 Mandamentos e a Arca da
Aliança.
Pentateuco ou Tora
O Pentateuco é uma palavra de origem grega e significa “cinco livros”,
entre os hebreus e na literatura rabínica é chamado de Tanakh ou
Tanach que é um acrônimo judaico e tem o mesmo significado que Bíblia
Cristã, ou Livro das Sagradas Escrituras. Entre os judeus estes livros são
chamados de Tora, uma palavra na língua hebraica com o seu significado
associado a ensinamento, instrução, Lei ou Livro da Lei. No sentido
amplo da palavra significa as regras e leis divinas da sociedade judaica e
sua filosofia de ensino, cuja autoria é atribuída a Moisés. Este compêndio
é composto por cinco livros que dão origem ao Velho testamento da
Bíblia Cristã.
Gênesis
Primeiro livro da Bíblia, narra acontecimentos, desde a criação do
mundo, sob o ponto de vista judaico, passando pelos Patriarcas
hebreus, até a fixação deste povo no Egito, depois da história de
José. Gênesis é o início, é o princípio da criação dos céus, da terra,
da humanidade e de tudo quanto existe vida, todos os seres e foi
escrito por Moisés.
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Êxodo
O livro conta a história da saída do povo de Israel, do Egito, onde
foram escravos durante 400 anos. Narra o nascimento, a vida e o
ministério de Moisés diante do povo de Israel, bem como o
estabelecimento da Lei e a construção do Tabernáculo. Mostra o
início de um relacionamento entre o povo recém-saído do Egito e
Deus, através de uma aliança proposta pelo próprio Deus. É a
organização do judaísmo.
Levítico
Basicamente é um livro teocrático, isto é, tem caráter legislativo
seguindo regras da deidade; apresenta em seu texto o ritual dos
sacrifícios, as normas que diferenciam o puro do impuro, a lei da
santidade
e
o
calendário
religioso
entre
outras
normas
e
legislações que regulamentam a religião.
Números
Este livro é de interesse histórico, pois fornece detalhes acerca da
rota dos israelitas no deserto e de seus principais acampamentos.
Pode ser dividido em três partes:

O recenseamento do povo no Sinai e os preparativos para
retomar a marcha (1-10:10). O capítulo 6 relata o voto de
Nazireu.

A história da jornada do Sinai até Moabe, o envio dos
espiões e o relato que fizeram, e as murmurações (oito
vezes) do povo contra as dificuldades do caminho (10:1121:20).

Os eventos na planície de Moabe, antes da travessia do
Jordão (21:21-cap. 36).
Deuteronômio
Contém os discursos de Moisés ao povo, no deserto, durante seu
êxodo do Egito à Terra Prometida por Deus. Os discursos contidos
nesse livro, em geral, reforçam a idéia de que servir a Deus não é
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apenas seguir sua lei. O título provém do grego e quer dizer:
Segunda Lei, ou melhor, Repetição da Lei. Em êxodo, Levítico e
Números, as leis foram dadas, conforme a necessidade da ocasião,
a um povo acampado no deserto. Em Deuteronômio, essas leis
foram repetidas a uma geração que, dentro em breve, moraria nas
casas vilas e cidades da terra prometida.
Aqui está, em linhas gerais, a apresentação é a Tora, o livro da Lei para
os judeus.
Bíblia Cristã
Antes de qualquer coisa, quero deixar claro que sou um Cavaleiro
Templário e Sacerdote de Umbanda e como tal, respeito a liberdade de
culto, e respeito a Bíblia como Livro das Sagradas Escrituras. O assunto
que vou abordar aqui é histórico e extraído de livros e estudos de
historiadores.
Vou abordar duas grandes vertentes com respeito à Bíblia, o Livro das
Sagradas Escrituras, em ambos os casos, procurarei resumir a idéia geral
e deixar as fontes para que vocês tirem suas próprias conclusões.
Uma delas, diz que Elena, mãe de Constantino, o grande, imperador
Romano (313 DC ) acompanhou os cristãos em sua peregrinação ao
Calvário, e ao pé da colina, remexendo a terra, encontrara três pregos
que teriam sido utilizados na crucificação de Jesus. Ela considerou este
ato um milagre e convencera seu filho Constantino a adotar o
cristianismo como religião romana. Este fato histórico é contestado. Nos
dias de hoje seria um milagre mesmo, porque nenhum prego resistiria
tanto tempo à corrosão da terra e, também hoje, vem provar que tais
formas de pregações não eram usadas na época de Jesus, os pés eram
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pregados aos lados da barra e fixados com pregos nos calcanhares. Mas
este fato convencera Constantino a convocar um concílio e em maio de
325, em Nicéia, Constantino apresentou-se diante de uma corte de
bispos nomeados por ele. Declarou-se bispo das coisas externas e
também, que na sua recente guerra (de traição) contra Licínio, havia
realizado uma campanha contra o paganismo. Graças a estes feitos, daí
em diante, devia ser visto como um líder, emissário da própria divindade;
ao final era o Imperador.
Quando morreu, em 337, foi batizado e enterrado na consideração de que
ele se tornara um décimo terceiro Apóstolo, e na iconografia eclesiástica
veio ser representado recebendo a coroa das mãos de Deus. No concilio
de Nicéia os livros ditos como sagrados, foram apresentados a Deus
sobre uma mesa em uma sala hermética. Esta sala fora trancada, e dias
depois, reabertos e milagrosamente algumas das escrituras foram
encontradas no chão, e as escrituras encontradas sobre a mesa,
compiladas, deram origem à primeira Bíblia, conhecida como Vulgata
Latina. As demais escrituras foram excluídas, pois acreditaram não ser a
vontade de Deus.
A outra diz que o apóstolo Paulo afirma que "toda a Escritura é inspirada
por Deus" [literalmente, "soprada por Deus", que é a tradução da palavra
grega theopneustos (2 Timóteo 3:16). Na ocasião, os livros que hoje
compõem a Bíblia não estavam todos escritos e a Bíblia não havia sido
compilada, entretanto muitos cristãos acreditavam que Paulo se referia à
Bíblia que seria posteriormente canonizada. O apóstolo Pedro diz que
"nenhuma profecia foi proferida pela vontade dos homens. Inspirados
pelo Espírito Santo é que homens falaram em nome de Deus." (2 Pedro
1:21) Vejam também os artigos Cânon Bíblico e Apócrifos.
Os cristãos afirmam que a Bíblia foi escrita por homens sob Inspiração
Divina, mas essa afirmação é considerada subjetiva na perspectiva de
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uma pessoa não-cristã ou não-religiosa. A interpretação dos textos
bíblicos, ainda que usando o mesmo Texto-Padrão, varia de religião para
religião. Verifica-se que a compreensão e entendimento a respeito de
alguns assuntos podem variar de teólogo para teólogo, e mesmo de um
crente para outro, dependendo do idealismo e da filosofia religiosa
defendida, entretanto, quanto aos fatos e às narrações históricas, existe
uma unidade.
Os Dez Mandamentos
Os Dez Mandamentos ou o Decálogo é o nome dado ao conjunto de leis,
que segundo as Escrituras, teriam sido originalmente escritos por Deus
em tábuas de pedra, ficando conhecidas como Tábuas da Lei, e entregues
a Moisés. Este teria quebrado as Tábuas originais ao notar que seu povo
as desrespeitaram logo após sua proclamação. Segundo Êxodo 34:1,
Deus as reescreveu, como forma de perdoar os atos daqueles que O
desrespeitaram.
Decálogo significa dez palavras (Ex 34,28). Estas palavras resumem a
Lei, dada por Deus ao povo de Israel, no contexto da Aliança. Moisés, ao
apresentar os mandamentos do amor a Deus e ao próximo, traça para o
povo eleito e para cada um em particular, o caminho duma vida liberta da
escravidão do pecado.
De acordo com Êxodo, Moisés conduziu os israelitas ao Monte Horeb, na
Península do Sinai. No sopé do Monte Sinai, Moisés ao receber as duas
"Tábuas da Lei" contendo os Dez Mandamentos de Deus, estabeleceu
solenemente um Pacto (ou Aliança) entre YHWH(ou JHVH) que significa
Deus de Israel e povo de Israel.
Arca da Aliança
Notei que alguns historiadores, fazem referência a Arca da Aliança ou
Caixa da Pandora; se nós adotarmos um pensamento universalista, vamos
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notar certas coincidências entre as duas arcas, mas deixo aqui bem claro,
a Arca da Aliança é uma menção Bíblica e a caixa de pandora é uma
passagem descrita na Mitologia Grega.
Caixa de Pandora
A caixa de Pandora é uma expressão muito utilizada quando se
quer fazer referência a algo que gera curiosidade, mas que é
melhor não ser revelado ou estudado, sob pena de vir mostrar algo
terrível, que possa fugir de controle. Esta expressão vem do mito
grego, que conta sobre a caixa que foi enviada com Pandora a
Epimeteu.
Pandora foi enviada a Epimeteu, irmão de Prometeu, como um
presente de Zeus. Prometeu, antes de ser condenado a ficar
30.000 anos acorrentado no Monte Cáucaso, tendo seu fígado
comido pelo abutre Éton todos os dias, alertou o irmão quanto ao
perigo de se aceitar presentes de Zeus.
Epimeteu, no entanto, ignorou a advertência do irmão e aceitou o
presente do rei dos deuses, tomando Pandora como esposa.
Pandora trouxe uma caixa (uma jarra ou ânfora, de acordo com
diferentes traduções), enviada por Zeus em sua bagagem. Epimeteu
acabou abrindo a caixa, e liberando os males que haveriam de
afligir a humanidade dali em diante: o trabalho, a doença, a loucura,
a mentira e a paixão. No fundo da caixa, restou a Esperança (ou
segundo algumas interpretações, a Crença irracional ou
Credulidade). Com os males liberados da caixa, teve fim a idade de
ouro da humanidade
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A Arca
A Arca da Aliança, Arca de Deus ou Arca do Pacto descrita na
Bíblia como o local no qual teriam sido guardadas as tábuas dos
Dez mandamentos, além de um meio de comunicação entre Deus e
seu povo escolhido, foi objeto de veneração entre os hebreus até
seu desaparecimento, que ocorreu na conquista de Jerusalém por
Nabucodonosor. Segundo o livro Deuterocanônico de Macabeus, o
profeta Jeremias foi o responsável por escondê-la.
Êxodo diz que a sua construção fora orientada por Moisés, que
atendia instruções divinas que indicou seu tamanho e forma. Nela
foram guardadas as duas tábuas da lei; a vara de Aarão; e um vaso
do maná. Estas três coisas representavam a aliança do Deus Jeová
com o povo de Israel. Para judeus e prosélitos a Arca também
representava a presença de Deus em vossas vidas.
Seu Simbolismo.
A partir do momento em que as tábuas dos Dez Mandamentos, a
vara de Arão que floresceu (que não só floresceu, mas que também
brotou amêndoas) e o pote de maná escondido foram colocados no
seu interior, a Arca passou a ser o objeto mais sagrado para o
povo escolhido, como a própria presença de Deus na Terra. A
Bíblia relata complexos rituais para estar em sua presença dentro
do Tabernáculo.
Tocá-la era um ato tolo, pois quem a tocasse era logo morto pela
ira de DEUS, razão pela qual existiam varas para seu transporte.
A Construção da Arca.
A Arca é a primeira construção mencionada no livro do Êxodo. Sua
construção é orientada por Moisés, que por sua vez recebera
instruções divinas quanto à forma e tamanho do objeto. Na Arca
estavam guardadas as duas tábuas da lei; a vara de Aarão; e um
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vaso do maná. Estas três coisas representavam a aliança do Deus
Jeová (YHVH) com o povo de Israel. Para judeus e
futuramente
para os cristãos a Arca não era só uma representação, mas era a
própria presença de Deus.
A Bíblia descreve a Arca da Aliança da seguinte forma: caixa e
tampa de madeira de acácia, com 2 côvados e meio de
comprimento (aproximadamente um metro e onze centímetros ou
111cm), e um côvado e meio de largura e altura (66,6 cm). Cobriuse de ouro puro por dentro e por fora. - (Êxodo 25:10 a 16) Para
transportá-la foram colocadas quatro argolas de ouro puro, cada
uma, nas quatro laterais da mesma, duas de um lado e duas do
outro, para que varais pudessem ser encaixados.
É interessante citar que as varas para este transporte eram de
acácia também e toda recoberta de ouro puro. As varas eram
inseridas nas argolas de ouro e assim a Arca da Aliança era
transportada pelo meio do povo. Os varais não podiam ser
retirados da arca após sua colocação.
Sobre a tampa, chamada Propiciatório "o Kapporeth", foram
esculpidos dois querubins de ouro ajoelhados de frente um para o
outro, com os rostos voltados para si, com as asas esticadas para
frente, tocando-se na extremidade. Suas faces eram voltadas uma
para a outra e as asas cobriam o propiciatório encontrando-se
como um arco, de modo a defender e proteger.
E se curvavam em direção à tampa em atitude de adoração. (Êxodo
25:10-21; 37:7-9) Esta peça era uma peça só, não sendo fundida
em separado. Segundo relato do verso 22, Deus se fazia presente
no propiciatório no meio dos dois Querubins de ouro em uma
presença misteriosa que os Judeus chamavam Shekinah ou
presença de Deus. Dentro da Arca havia as tábuas com os Dez
Mandamentos escritos por Deus, um pote com Maná e o cajado de
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Arão que floresceu. A Arca fazia parte do conjunto do Tabernáculo,
com outras tantas especificações. Ela ficaria repousada sobre um
altar também de madeira coberto de ouro, com uma coroa de ouro
ao redor.
Como os hebreus ainda vagavam pelo deserto no momento da
construção da arca; esta precisava ser carregada, e por isso a
previsão para os varais. Somente os sacerdotes levitas poderiam
transportar a arca ou tocá-la. Apenas o Sumo-Sacerdote uma vez
por ano, no dia da expiação, quando a Luz de Shekiná se
manifestava, entrava no Santo dos Santos do templo. Estando ele
em pecado, morreria instantaneamente. Outros relatos bíblicos se
referem ao roubo da arca por outros povos inimigos de Israel, que
sofreram chagas e doenças enquanto tinham a arca em seu poder.
Homens que a tocavam que não fossem levitas ou sacerdotes
morriam instantaneamente.
Função e simbologia
A partir do momento em que as tábuas dos Dez Mandamentos
foram repousadas no interior da Arca e esta foi fechada, ela é
tratada como o objeto mais sagrado, como a própria representação
de Deus na Terra. A Bíblia relata complexos rituais para estar em
presença da Arca dentro do Tabernáculo (o que normalmente era
feito por algum sacerdote levita). Segundo os relatos, Deus
revelava-se como uma figura etérea que se manifestava sobre os
querubins que esticavam suas asas sobre a Arca. Tocar a Arca era
um ato irreverente punido severamente, e a Bíblia conta
alguns
casos em que pessoas tiveram morte instantânea apenas por tocar
na Arca (em I Samuel, um israelita (Uzá) tenta segurar a Arca que
está caindo no chão, e mesmo assim é morto). Os varais
permitiriam que ela fosse transportada sem que fosse tocada. A
Arca representava o próprio Deus entre os homens. A crença na
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presença ativa de Deus fez com que os hebreus, por várias vezes,
carregassem a arca à frente de seus exércitos nas batalhas
realizadas durante a conquista de Canaã. Inicialmente, a presença
da Arca era suficiente para que pequenos contingentes hebreus
aniquilassem
exércitos
cananeus
inteiros,
e
quando
os
comandantes hebreus dispensavam a Arca, sofriam derrotas
desastrosas. Ainda restava o assentamento de sete Tribos de
Israel na Terra de Canaã para que a conquista estivesse completa,
quando Josué determinou a construção de um Tabernáculo
permanente na cidade de Siló, onde a Arca ficaria protegida.
A captura da Arca pelos Filisteus e seu retorno
Nos últimos anos do período dos Juízes de Israel, a Arca da Aliança
era guardada em Siló, pelo sacerdote Eli e seus filhos Hofni e
Finéias. O profeta Samuel era jovem e recebera uma revelação
divina condenando Eli e seus filhos ao julgamento, por causa de
crimes cometidos por seus filhos. Neste tempo, segundo o relato
bíblico, os filisteus invadiram a Palestina, vencendo o exército
israelita próximo à localidade de Ebenézer. Os israelitas, vendo-se
em situação adversa, apelaram para a Arca, e a trouxeram de Siló.
A maldição sobre Eli teria tido lugar, pois a Arca não surtiu efeito
na batalha: os israelitas foram derrotados, e a Arca foi capturada.
Os filhos de Eli foram mortos. Eli, ao saber da notícia, caiu de sua
cadeira e morreu com o pescoço quebrado. Os filisteus teriam
tomado a Arca como butim de guerra, e a levaram ao templo de
Dagom, em Asdode. O relato bíblico conta que a simples presença
da Arca naquele local foi o suficiente para que coisas estranhas
ocorressem: por duas vezes, a cabeça da estátua de Dagom
apareceu
cortada.
Em
seguida,
moléstias
(hemorróidas,
especificamente, além de um surto de ratos) teriam assolado a
população de Asdode, inclusive príncipes e sacerdotes filisteus, o
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que fez com que os príncipes daquela cidade enviassem a Arca a
Ecrom, outra cidade filistéia. Porém, em Ecrom, a população reagiu
negativamente à presença da Arca, e a enviou de volta ao território
de Israel numa carroça. O tempo de permanência da Arca na
Filístia teria sido de sete meses. A carroça, puxada por vacas,
parou em Bete-Semes, onde foi recebida por um certo Josué
(personagem diferente do Josué, comandante da Conquista de
Canaã). Os bete-semitas, movidos pela curiosidade, olharam para o
interior da Arca, e morreram instantaneamente. Em seguida, foi
transportada para Quireate-Jearim, onde ficou aos cuidados de
Eleazar por 20 anos.
O Templo de Salomão
No início de seu reinado, Davi ordenou que a Arca fosse trazida
para Jerusalém, onde ficaria guardada em uma tenda permanente
no distrito chamado Cidade de Davi.
Enquanto Davi residia num palácio, percebeu que Deus estava
presente na Arca, e esta guardada em uma tenda, então decidiu
construir um Templo digno para recebê-la. Passou a planejar e
esquematizar a construção de um grande Templo, mas foi seu filho
Salomão que assumiu a missão de construí-lo. Foi construído um
recinto (chamado na Bíblia de "oráculo") de cedro, coberto de ouro
e entalhes, dois enormes querubins de maneira à semelhança dos
que havia na Arca, com um altar no centro onde ela repousaria. O
recinto passou a ser vedado aos cidadãos comuns, e somente os
levitas e o próprio rei poderiam se colocar em presença da Arca.
O Rei Davi, da tribo de Judá, planejou construir uma casa para
Jeová ou (YHWH), um local digno, onde a Arca da Aliança ficasse
definitivamente guardada, ao invés de permanecer na tenda
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provisória ou Tabernáculo, existente desde os dias de Moisés. Este
desejo foi-lhe negado por Deus em virtude de ter derramado muito
sangue em guerras. Deus teria permitido
ao seu filho Salomão,
cujo nome significa "paz". Isto enfatizava a vontade divina de que a
Casa de Deus fosse edificada em paz, por um homem pacífico. (2
Samuel 7:1-16; 1 Reis 5:3-5; 8:17; 1 Crônicas 17:1-14; 22:6-10).
Davi comprou a eira de Ornã ou Araúna, um jebuseu, que se
localizava no monte Moriá, para que ali viesse a ser construído o
templo. (2 Samuel 24:24, 25; 1 Crônicas 21:24, 25).
Davi juntou 100.000 talentos de ouro, 1.000.000 de talentos de
prata, e cobre e ferro em grande quantidade, além de contribuir
com 3.000 talentos de ouro e 7.000 talentos de prata, da sua
fortuna
pessoal.
Recebeu
também
como
contribuições
dos
príncipes, ouro no valor de 5.000 talentos, 10.000 dáricos e prata
no valor de 10.000 talentos, bem como muito ferro e cobre. (1
Crônicas 22:14; 29:3-7) Salomão não chegou a gastar a totalidade
desta quantia na construção do templo, depositando o excedente no
tesouro do templo (1 Reis 7:51; 2 Crônicas 5:1).
A Construção do Templo
O Rei Salomão começou a construir o templo no quarto ano de seu
reinado seguindo o plano arquitetônico transmitido por Davi, seu
pai (1 Reis 6:1; 1 Crônicas 28:11-19). O trabalho prosseguiu por
sete anos. (1 Reis 6:37, 38).
O trabalho dos obreiros era feito por troca de trigo, cevada, azeite
e vinho, Hiram, o rei de Tiro, forneceu madeira do Líbano e
operários especializados em madeira e em pedra. Ao organizar o
trabalho, Salomão convocou 30.000 homens de Israel, enviando-os
ao Líbano em equipes de 10.000 a cada mês. Convocou 70.000
dentre os habitantes do país que não eram israelitas, para
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trabalharem como carregadores, e 80.000 como cortadores (1 Reis
5:15; 9:20, 21; 2 Crônicas 2:2). Como responsáveis pelo serviço,
Salomão nomeou 550 homens e 3.300 como ajudantes. (1 Reis
5:16; 9:22, 23)
O templo tinha uma planta muito similar à tenda ou Tabernáculo
que anteriormente servia de centro da adoração ao Deus de Israel.
A diferença residia nas dimensões internas do Santo dos Santos,
sendo maiores do que as do Tabernáculo. O Santo dos Santos tinha
40 côvados (17,8 m) de comprimento, 20 côvados (8,9 m) de
largura e 30 côvados (13,4 m) de altura. (1 Reis 6:2) O Santo dos
Santos era um cubo de 20 côvados de lado. (1 Reis 6:20; 2
Crônicas 3:8)
Os materiais aplicados foram essencialmente a pedra e a madeira.
Os pisos foram revestidos a madeira de cipreste (segundo algumas
traduções da Bíblia) e as paredes interiores eram de cedro
entalhado com gravuras de querubins, palmeiras e flores. As
paredes e o teto eram inteiramente revestidos de ouro. (1 Reis
6:15, 18, 21, 22, 29)
Após a construção do magnífico templo, a Arca da Aliança foi
depositada no Santo dos Santos, a sala mais reservada do edifício.
Conclusões
A existência da Arca da Aliança que representa a presença e Deus
entre os judeus, também originou a construção do Templo de
Salomão e a construção de nossa ordem.
Por
analogia,
uma
vez
que
simbolicamente
nossas
lojas
representam o Templo de Salomão, nelas também repousa a Arca
da Aliança, e a presença e Deus no SANCTUM SANCTORUM ou
Santo dos Santos deve ser encarada como uma verdade. O
G.A.D.U. está e sempre estará presente em nossas Lojas, e a Arca
da Aliança simbolicamente, representa a aliança entre os homens.
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Bibliografia
Na Internet
http://pt.wikipedia.org/
Literatura
 A Bíblia e seu contexto
Paulo: Edições
Ave
- Echegary, J. González. 2.ed. São
Maria,
2000. pp.
1133. 2
v.
ISBN
9788527603478
 LIMA, Alessandro. O Cânon Bíblico - A Origem da Lista dos Livros
Sagrados. São José dos Campos - SP: Editora COMDEUS, 2007.
 ROST, Leonard. Introdução aos Livros Apócrifos e PseudoEpígrafos do Antigo Testamento. São Paulo: Paulinas, 1980.
 O LIVRO DE HIRAM” – Cristhopher Knight e Robert Lomas.
“Madras Editora – 2005
15
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