Ficha artística criação e interpretação movimento Maria Radich criação e interpretação música Ricardo Freitas texto Regina Guimarães bonecos Dina Ladina manufacturação do tapete de feltro Diana Regal e Academia Sénior do Fundão no âmbito de um atelier da Oficina do Feltro co-produção Maria Matos Teatro Municipal e Câmara Municipal do Fundão/ A Moagem- Cidade do Engenho e das Artes agradecimentos Pais, Ângela Ribeiro, Aldara Bizarro. Um Obrigada a toda a equipa do Teatro Maria Matos que acompanhou este processo a seguir... teatro Isabel Minhós Martins, Bernardo Carvalho & Suzana Branco Daqui vê‐se melhor projecto educativo | teatro quinta 20 a domingo 23 Janeiro 2011 semana 10h00 sábado 16h00 domingo 11h00 No 41.º aniversário do Teatro Maria Matos, a escritora Isabel Minhós Martins, o ilustrador de livros para infância, Bernardo Carvalho, e a actriz Suzana Branco contaram‐nos a História ilustrada do teatro. Agora regressam novamente ao nosso palco para nos explicarem como o teatro surgiu e se desenvolveu até aos dias de hoje. Maria Radich e Ricardo Freitas A Arca Maria Matos Teatro Municipal Av. Frei Miguel Contreiras, n.º 52 1700-213 Lisboa Telefone: 218 438 800 www.teatromariamatos.pt Sala de Ensaios terça 14 a domingo 19 Dezembro 2010 semana 10h00 sábado 16h00 domingo 11h00 A Noé e sua esposa, Ele idoso, ela idosa, Ordenou o deus irado Que construísse uma arca Habitação espaçosa Flutuante como barca E que lá dentro guardasse De casa bicho inventado Fêmea a macho acrescentado Até que a fúria de Deus Contra seres que eram seus Passado um tempo acalmasse. Durante quarenta dias, Uma chuva ininterrupta Do escuro céu cairia. Só no fim da negra fase De quarentena forçada A terra estaria enxuta De novo fértil, amena, Pronta a ser repovoada. Ora, dentro dessa arca, Num recanto do porão Certos bichos mais peludos As mais das vezes cornudos Da divina criação Como o lama ou o camelo, O bode e o dromedário O carneiro solitário E a sua doce ovelha Ou até a cabra velha De lã se foram cobrindo. Se as águas foram subindo, Seus velos diluvianos Como ao longo de outros anos No solo iam caindo. Anéis e flocos largavam Que o solo instável forravam De um tapete natural. Litros de urina o regavam E todos os bicharocos Da criação divinal Que no refúgio moravam Águas vertiam a rodos Pisavam e repisavam Calcavam e acamavam A lã que assim tratada Aos poucos ficou feltrada. Dizem velhos contadores Dos pormenores da ficção Que quando a arca se abriu, Ó Senhoras e Senhores, Grande tapete de feltro O maior que já se viu Regina Guimarães, A Arca de Noé