NOTÍCIA e REPORTAGEM Aluno1: Aluno2: nº 02 série/turma nº 30 série/turma Ana Beatriz Maria izabel NOTÍCIA é relato breve de fato ou acontecimento; NARRATIVA que valoriza o aspecto mais importante de um evento. Não se trata apenas de uma sequência temporal de fatos. A notícia carrega no DNA o gene da narrativa. Exemplo: Saúde Quarta, 2 de abril de 2008, 07h14 Atualizada às 07h42 SP confirma primeira morte por dengue este ano A Secretaria de Estado da Saúde confirmou nesta terça-feira a primeira morte por dengue em São Paulo. Uma garota de 18 anos que morreu em fevereiro por complicação da doença. De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, outros três casos estão sendo investigados com suspeitas de dengue hemorrágica. Amostras de sangue dos três pacientes estão sendo analisadas pelo Instituto Adolfo Lutz. Na segunda-feira, a Secretaria de Estado da Saúde divulgou uma redução de 97,1% nos casos de dengue neste primeiro trimestre do ano ao ser comparado com o mesmo período de 2007. REPORTAGEM é uma NARRAÇÃO COMPLETA, rica na trama de relações. Revela situação momentânea. Trata de assunto determinado ou não pelo fato gerador de interesse. Decorre de visão jornalística. Tipos de reportagem Reportagem de fatos – pirâmide invertida (lead – o quê?, quem?, quando?, onde?, como? e por quê?) Reportagem de ação – narração dos fatos Reportagem documental – relato documentado, expositiva. Doenças Conheça os sintomas para identificar a dengue A dengue é uma doença causada por um arbovírus, ou seja, aquele que é transmitido por um artrópode (inseto). O mosquito Aedes aegypti é o hospedeiro intermediário do vírus, mas ele só passa a ser um agente transmissor quando pica uma pessoa infectada. Não há transmissão de pessoa para pessoa ou por meio de objetos. Segundo a clínica geral e infectologista Lígia Raquel Brito Francisco da Silva, o vírus passa por um período de incubação de quatro a 10 dias. "Esse é o período que o vírus se multiplica no corpo. Após isso, a pessoa começa a apresentar os primeiros sintomas", explica. É importante ficar alerta para os sintomas, pois eles podem ser confundidos com os de outras doenças, como a gripe. Os primeiros sinais são febre alta, dor nas articulações e músculos, fraqueza, falta de apetite, manchas avermelhadas pelo corpo, fortes dores de cabeça e dor no fundo dos olhos. A dengue é identificada pelo médico apenas pela observação dos sintomas. De acordo com o clínico geral e infectologista Paulo Olzon, o exame de sangue pode dar negativo em relação ao vírus quando a doença se encontra no estágio inicial. "O exame de sangue deve ser feito depois de duas semanas para que os anticorpos possam ser detectados na amostra", explica. A chamada dengue clássica cura-se naturalmente, quando o organismo livra-se do vírus através de anticorpos. A forma hemorrágica, no entanto, requer mais cuidados, pois é esta que pode matar. "A dengue hemorrágica é extremamente rara", afirma Olzon. Quando o paciente apresenta o quadro hemorrágico existe sangramento da gengiva, das narinas e de órgãos internos, o que ocasiona as dores abdominais. Apesar de trazer maior risco, este tipo da doença tem cura desde que os cuidados sejam tomados logo após os primeiros sintomas. É mais fácil acometer pessoas com organismo enfraquecido, como alguém com desnutrição ou sistema imunológico debilitado. Tratamento Não existe um tratamento específico para a dengue. Por esta razão, são tratados somente os sintomas, ou seja, antitérmicos auxiliam a controlar a febre e os analgésicos amenizam as dores musculares e de cabeça, por exemplo. "Dengue é uma doença benigna e que se trata em casa. O principal é a pessoa se manter em repouso", afirma Paulo Olzon. Cura A dengue é uma doença de cura definitiva e espontânea. Isso quer dizer que a pessoa estará sã quando o ciclo do vírus se completar no organismo. "O organismo se livra da doença quando se livra dos vírus", explica Paulo. Medicamentos que devem ser evitados Quando há suspeita de dengue, todos os medicamentos que sejam feitos à base de ácido acetil salicílico têm de ser evitados. "O ácido acetil salicílico diminui o número de plaquetas e interfere na coagulação", explica Olzon. Portanto, este tipo de remédio aumenta a chance de a doença evoluir para o quadro hemorrágico. "Não se deve utilizar AAS, aspirina e melhoral, entre outros medicamentos com ácido acetil salicílico. Para a dor, deve ser utilizado dipirona ou paracetamol", afirma Lígia. Prevenção O infectologista Paulo Olzon acredita que a prevenção da dengue se relaciona com a consciência de cada um. "A prevenção começa ao cuidar do seu próprio espaço para evitar que se tenha água parada", afirma. "A melhor prevenção é tentar erradicar o mosquito. Outra boa medida é usar repelente", afirma Lígia. Medidas preventivas - lavar pratos de plantas e xaxins com bucha para eliminar ovos do mosquito ou trocar a água por areia molhada nos pratos - limpar calhas e lajes - lavar bebedouros de animais com bucha, além de trocar a água - guardar garrafas vazias com a boca para baixo - manter o lixo sempre fechado - tampar caixas d'água e poços Serviço: Lígia Raquel Brito Francisco da Silva - clínica geral e infectologista Site: www.hospitaledmundovasconcelos.com.br Paulo Olzon - clínico geral e infectologista Email: [email protected] Exercício Acesse os sites confiáveis e copie e cole 3 notícias e 3 reportagens sobre dengue, zika e chikungunya.indicando para o professor quando se tratar de notícia ou de reportagem. 1. Reportagem: dengue 17/05/2012 11h17 - Atualizado em 17/05/2012 21h32 Brasil tem queda de 44% nos casos de dengue; 7 estados registram alta De janeiro a abril deste ano, foram 286 mil casos confirmados e 74 mortes. TO, PE, AL, SE, BA, RR e MT tiveram alta em total de casos, diz governo. Do G1, em Brasília FACEBOOK UF Casos dengue jan/abril 2011 Casos dengue jan/abril 2012 Mortes por dengue jan/abril 2011 Mortes por dengue jan/abril 2012 3 0 NORTE RO 2.407 1.256 UF Casos dengue jan/abril 2011 Casos dengue jan/abril 2012 Mortes por dengue jan/abril 2011 Mortes por dengue jan/abril 2012 NORTE RO 2.407 1.256 3 0 AC 17.431 2.051 2 0 AM 56.176 3.009 16 1 RR 576 822 1 0 PA 13.726 11.223 14 2 AP 2.166 195 0 0 TO 4.664 11.589 3 1 NORDESTE MA 5.836 2.977 9 1 PI 5.461 4.867 2 3 CE 45.583 17.205 54 8 RN 13.309 10.286 9 3 PB 8.092 2.526 3 2 PE 9.013 27.393 15 4 AL 4.409 6.465 7 0 SE 1.130 3.814 1 1 BA 22.424 28.154 12 13 SUDESTE MG 25.853 14.006 16 4 ES 22.176 5.560 15 3 RJ 106.437 80.160 103 17 SP 79.477 19.670 48 4 SUL PR 29.260 3.079 14 1 SC 103 84 0 0 RS 302 143 0 0 UF Casos dengue jan/abril 2011 Casos dengue jan/abril 2012 Mortes por dengue jan/abril 2011 Mortes por dengue jan/abril 2012 3 0 NORTE RO 2.407 1.256 CENTRO-OESTE MS 6.020 4.579 2 1 MT 3.538 13.802 5 3 GO 20.307 10.229 17 2 DF 1.922 867 1 0 O Ministério da Saúde divulgou nesta quinta-feira (17) que, nos primeiros quatro meses deste ano, foram registrados 286.011 casos confirmados de dengue no Brasil. O número representa queda de 44% em relação ao mesmo período de 2011, quando foram registrados 507.798 casos. No entanto, sete estados brasileiros ainda registraram alta no número total de casos confirmados: Tocantins, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Roraima e Mato Grosso. A dengue é causada por um vírus, que é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti. A doença pode ser apresentada em duas formas: a clássica, que causa febre e dores na cabeça e nas articulações, e a hemorrágica, que, além desses sintomas, provoca sangramentos e pode levar à morte. O governo ainda informou que houve diminuição de 87% nos casos graves da doença – os que requerem hospitalização, geralmente pela dengue hemorrágica. Neste ano, foram registrados 1.083 casos graves e em 2011, foram 8.630 entre janeiro e abril. Em relação à mortalidade, foi constatada redução de 80% em relação ao mesmo período do ano anterior. Nos quatro primeiros meses de 2012, 74 pessoas morreram de dengue, enquanto no mesmo período do ano passado houve 374 mortes. Já em comparação a 2010, o Ministério constatou queda de 91% dos casos graves da doença -naquele ano houve 11.845 notificações. A mortalidade em 2012, se comparada ao mesmo período de 2010, diminuiu 84% -- foram constatadas 467 mortes. Os casos confirmados em todo país registraram queda de 58% frente 2010, ano que teve 682.130 casos registrados. O número de mortes de 2012, no entanto, ainda pode ser maior. Segundo o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, pode haver um aumento de até 20% até que o balanço seja finalizado -- no final de maio. Segundo ele, há casos de mortes que ainda faltam ser confirmados pelo Ministério. Os quatro primeiros meses do ano são considerados o período de maior incidência da doença. Vírus tipo 4 O vírus tipo 4 da dengue, que era raro até 2011, já é o que mais circula no país. Foi ele que causou 59,3% dos casos registrados nesses quatro meses. Em segundo lugar, aparece o tipo 1, com 36,4% dos casos. Os vírus tipo 2 e tipo 3 também foram registrados. A presença dos quatro tipos diferentes do vírus é uma ameaça a mais para a saúde pública. Cada pessoa só pode ter dengue uma vez por cada tipo do vírus. Em outras palavras, quem já teve dengue devido ao vírus tipo 1 só pode ter a doença novamente se for infectado pelos tipos 2, 3 ou 4. A possibilidade da reincidência da doença é preocupante. Caso ocorra um segundo episódio da dengue, os sintomas se manifestam com mais severidade, o que é um problema. Pode causar inflamações e, por isso, aumenta o risco de lesões nos vasos sanguíneos, o que levaria à dengue hemorrágica. Um terceiro episódio poderia ser ainda mais grave, e um quarto seria mais perigoso que o terceiro. O Ministério reconheceu que o surgimento do novo tipo de vírus representa um “risco real” de aumento de casos, mas explicou que não há ações específicas para combater este vírus no Brasil. Por regiões De acordo com o Secretário de Vigilância em Saúde do ministério, Jarbas Barbosa, 81,6% dos casos – 233.488 – notificados neste ano ficaram concentrados em dez estados. O Rio de Janeiro foi o estado com maior número de casos notificados, com 80.160 notificações. Em segundo lugar, ficou a Bahia, com 28.154 casos, e em seguida vem Pernambuco, com 27.393. A cidade do Rio de Janeiro foi a que teve mais por dengue em 2012 foi o Rio de Janeiro, com 15 óbitos confirmados. Em 2011, foram 43 mortes, enquanto em 2008 foram 161. Barbosa explicou que mais de 90% dos casos de dengue acontecem nos primeiros quatro meses do ano. De acordo com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, ainda há uma situação de epidemia de dengue em alguns municípios do país. O Ministério da Saúde considera cidades em situação epidêmica aquelas que tenham acima de 300 casos para 100 mil pessoas. Padilha afirmou que alguns municípios que ainda vivem nesta situação são Rio de Janeiro, Fortaleza, Recife, Palmas, Cuiabá e Aparecida de Goiânia. Amazonas e Acre foram os estados que tiveram maior queda de casos da dengue. Em 2012, foram registrados no Amazonas 3.009 casos, enquanto em 2011 foram 56.176 casos. No Acre, foram 2.051 casos neste ano e 17.431 no ano passado. “Amazonas e Acre tiveram maior queda porque tiveram grande epidemia no ano passado, grande circulação do vírus tipo 4. Foram os primeiros estados com circulação do novo vírus”, disse o ministro. Prevenção De acordo com o Ministério, a diminuição dos números relativos à dengue é resultado de ações do governo. Neste ano foram repassados R$ 92,8 milhões a 1.158 municípios para ações de prevenção e controle da doença. O ministro afirmou que a decisão do governo de criar incentivos aos municípios de acordo com o desempenho das equipes nas ações de vigilância e controle à dengue pode ter ajudado a diminuir os números. “No ano passado decidimos colocar 20% a mais de recurso nos municípios desde que fossem cumpridas as exigências na vigilância da saúde”, disse. Padilha também acredita que o conceito de que se enfrenta a dengue ao matar os mosquitos transmissores é ultrapassado. “É preciso integrar as equipes, reduzir tempo de espera para tratamento, para diagnóstico e para início do cuidado de identificação dos riscos dos casos graves. O controle do mosquito é uma das ações”, explicou. O governo prometeu continuar combatendo a dengue, principalmente no segundo semestre do ano, período em que a epidemia não se manifesta. Ele ainda alertou aos municípios que passarão por período eleitoral para que não haja desmobilização ou redução do trabalho contra a dengue. Para o ministro, mudanças na quantidade de chuvas não justificariam a queda, pois têm pouca influência sobre as grandes cidades, que registram a maioria dos casos. "Provavelmente não foram mudanças climáticas que tiveram a maior influência no número de casos no país", apontou. Padilha também falou sobre as pesquisas para desenvolver a vacina contra a dengue. “Vamos continuar investindo para desenvolver uma vacina contra a dengue. Nós temos três estudos em andamento e vamos realizar um seminário no segundo semestre deste ano sobre o assunto”. Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2012/05/brasil-tem-queda-de-44-nos-casos-de-dengue-6-estadosmantem-alta.html Notícia: dengue 15/02/2011 07h00 - Atualizado em 15/02/2011 16h45 Ciência avança em estudos para reforçar luta contra a dengue G1 listou cinco pesquisas acadêmicas que envolvem a doença. Estudos vão da matemática à genética. http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2011/02/ciencia-avanca-em-estudos-para-reforcar-lutacontra-dengue.html Reportagem zika vírus: 05/12/2015 05h00 - Atualizado em 06/02/2016 16h43 Vírus da zika: entenda transmissão, sintomas e relação com microcefalia Vírus foi identificado pela primeira vez no Brasil em abril de 2015. Além de microcefalia, governo estuda possível relação com Guillain-Barré. Mariana LenharoDo G1, em São Paulo FACEBOOK Aedes aegypti, que transmite dengue e chikungunya, também transmite o vírus da zika (Foto: CDC-GATHANY/PHANIE/AFP) Identificado pela primeira vez no país em abril, o vírus da zika tem provocado intensa mobilização das autoridades de saúde no país. Enquanto a doença costuma evoluir de forma benigna – com sintomas como febre, coceira e dores musculares – o que mais preocupa é a associação do vírus com outras doenças. O Ministério da Saúde já confirmou a relação do vírus da zika com a microcefalia e investiga uma possível relação com a síndrome de Guillain-Barré. Veja o que já se sabe sobre o vírus: Como ocorre a transmissão? Assim como os vírus da dengue e do chikungunya, o vírus da zika também é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti. Quais são os sintomas? Os principais sintomas da doença provocada pelo vírus da zika são febre intermitente, erupções na pele, coceira e dor muscular. A evolução da doença costuma ser benigna e os sintomas geralmente desaparecem espontaneamente em um período de 3 até 7 dias. O quadro de zika é muito menos agressivo que o da dengue, por exemplo. Como é o tratamento? Não há vacina nem tratamento específico para a doença. Segundo informações do Ministério da Saúde, os casos devem ser tratados com o uso de paracetamol ou dipirona para controle da febre e da dor. Assim como na dengue, o uso de ácido acetilsalicílico (aspirina) deve ser evitado por causa do risco aumentado de hemorragias. Qual é a relação entre o vírus da zika e a microcefalia? A relação entre zika e microcefalia foi confirmada pela primeira vez no mundo no fim de novembro pelo Ministério da Saúde brasileiro. A investigação ocorreu depois da constatação de um número muito elevado de casos em regiões que também tinham sido acometidas por casos de zika. É preciso admitir que estamos enfrentando algo novo, que não conhecemos bem. O que sabemos é baseado em aspectos mais gerais e apoiado em experiências de outras doenças transmitidas por mosquitos" Érico Arruda, presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia A evidência crucial para determinar essa ligação foi um teste feito no Instituto Evandro Chagas, órgão vinculado ao Ministério da Saúde no Pará, que detectou a presença do vírus da zika em amostras de sangue coletadas de um bebê que nasceu com microcefalia no Ceará e acabou morrendo. Como a situação é muito recente, ainda não se sabe como o vírus atua no organismo humano, quais mecanismos levam à microcefalia e qual o período de maior vulnerabilidade para a gestante. Segundo o Ministério da Saúde, as investigações sobre o tema devem continuar para esclarecer essas questões. Quais são as recomendações para mulheres grávidas? O Ministério da Saúde orienta algumas medidas para mulheres grávidas ou com possibilidade de engravidar tendo em vista a ocorrência de casos de microcefalia relacionados ao vírus da zika. Uma delas é a proteção contra picadas de insetos: evitar horários e lugares com presença de mosquitos, usar roupas que protejam a maior parte do corpo, usar repelentes e permanecer em locais com barreiras para entrada de insetos como telas de proteção ou mosquiteiros. É importante informar o médico sobre qualquer alteração em seu estado de saúde, principalmente no período até o quarto mês de gestação. Um bom acompanhamento pré-natal é essencial e também pode ajudar a diminuir o risco de microcefalia. Há risco de microcefalia se a mulher engravidar depois de se curar da zika? Segundo o médico Érico Arruda, presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, o que se conhece sobre a relação entre o vírus da zika e a microcefalia é insuficiente para determinar se há risco de engravidar logo depois de se curar de uma infecção pelo vírus da zika. “O que se pode dizer, baseado em contextos gerais, é que parece que a viremia do vírus da zika é curta, ou seja, a pessoa infectada fica pouco tempo com o vírus circulando na corrente sanguínea.” Caso isso seja confirmado, é possível que não haja risco de gravidez logo após o fim da infecção, porém ainda é cedo para ter certeza. Cláudio Maierovitch (dir.) e Antônio Nardi (esq.), do Ministério da Saúde, anunciam novos casos de microcefalia relacionados ao vírus da zika em coletiva esta semana (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil) Qual é a relação entre o vírus da zika e a síndrome de Guillain-Barré? Alguns estados do Nordeste que tiveram a ocorrência do vírus da zika têm observado um aumento incomum dos casos da síndrome de Guillain-Barré, como Pernambuco, Bahia, Piauí, Sergipe,Rio Grande do Norte e Maranhão. Trata-se de uma doença rara que afeta o sistema nervoso e que pode provocar fraqueza muscular e paralisia de braços, pernas, face e musculatura respiratória. Em 85% dos casos, há recuperação total da força muscular e sensibilidade. Ela pode afetar pessoas de qualquer idade, mas é mais comum entre adultos mais velhos. O Ministério da Saúde está investigando esses casos, mas até o momento não confirma a correlação. A pasta deve divulgar as conclusões desse estudo nas próximas semanas. Especialistas afirmam que é muito provável que exista uma conexão. “Neste momento, temos que encarar que existe um indício forte de relação entre o zika e a síndrome de Guillain-Barré, mas para ter certeza absoluta precisamos de mais elementos e avaliar com mais profundidade os pacientes que desenvolveram a síndrome”, diz o médico Marcondes Cavalcante França Junior, coordenador do Departamento Científico de Neurogenética da Academia Brasileira de Neurologia. Infecção pelo vírus da zika tem como sintoma erupções na pele e coceiras (Foto: Reprodução / TV Globo) Há suspeita de associação do vírus da zika com outras doenças? Até o momento, não há evidências de que o vírus da zika possa estar relacionado a outras doenças além da microcefalia e da possibilidade de conexão com a síndrome de Guillain-Barré. O vírus da zika já provocou mortes no Brasil? Até o momento, o Ministério da Saúde confirma três mortes relacionadas ao vírus da zika. Um dos casos é o do bebê do Ceará que nasceu com microcefalia, cujas amostras de sangue serviram como evidência da relação entre o vírus da zika e a microcefalia. Outro caso é de um homem do Maranhão que também tinha lúpus. Houve ainda o caso de uma menina de 16 anos no Pará. MICROCEFALIA Alta de casos preocupa Como é feito o diagnóstico da zika? Ainda não há um teste padrão para diagnosticar a doença. “Como o zika é novo, não temos uma padronização nos testes. Para se ter certeza do diagnóstico, é preciso usar a técnica de PCR, que é complexa e não está disponível no mercado”, diz Rodrigo Stabeli, vice-presidente de Pesquisa e Laboratórios de Referência da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). No Brasil, somente três unidades da Fiocruz, além do Instituto Evandro Chagas, órgão vinculado ao Ministério da Saúde, têm a capacidade de fazer esse exame. “Esses laboratórios têm a missão de desenvolver um método melhor de diagnóstico para suprir esse problema epidemiológico”, diz Stabeli. Enquanto não existe um teste padrão, o diagnóstico nas regiões em que já se constatou a presença do vírus vem sendo feito por critérios clínicos. Quais são as medidas de prevenção conhecidas? Como o vírus da zika é transmitido pelo Aedes aegypti, mesmo mosquito que transmite a dengue e o chikungunya, a prevenção segue as mesmas regras aplicadas a essas doenças. Evitar a água parada, que os mosquitos usam para se reproduzir, é a principal medida. Em casa, é preciso eliminar a água parada em vasos, garrafas, pneus e outros objetos que possam acumular líquido. Colocar telas de proteção nas janelas e instalar mosquiteiros na cama também são medidas preventivas. Vale também usar repelentes e escolher roupas que diminuam a exposição da pele. Em caso da detecção de focos de mosquito que o morador não possa eliminar, é importante acionar a Secretaria Municipal de Saúde do município. Por enquanto, não existe vacina capaz de prevenir a infecção pelo vírus da zika. http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2015/12/zika-virus-entenda-transmissao-os-sintomas-e-relacaocom-microcefalia.html noticia zika vírus: Zika vírus e microcefalia ganham status de emergência internacional No Brasil, a luta é diária para combater o mosquito Aedes aegypti. Funcionários dos Correios vão participar de uma campanha. FACEBOOK A preocupação com o Zika vírus é mundial. A provável relação entre o Zika e a microcefalia agora é uma emergência de saúde pública internacional, conforme ficou decidido em uma reunião de emergência da Organização Mundial de Saúde, em Genebra. Especialistas de diferentes países, inclusive do Brasil, tomaram, em conjunto, a decisão. No Brasil, onde está o epicentro da epidemia de Zika, a luta é diária e intensa para combater o mosquito Aedes aegypti. Em decisão tomada durante uma reunião entre a presidente Dilma e os ministros ficou decidido que mais de 100 mil funcionários dos Correios vão participar de uma campanha junto à população. Outra medida de combate ao mosquito é que os agentes de saúde vão poder forçar a entrada nas casas das pessoas e também em prédios públicos em todo o país, mesmo que o dono não seja localizado. A Medida Provisória foi publicada no Diário Oficial. A decisão da OMS com relação ao Zika vírus é destaque nas manchetes dos principais jornais que circulam nesta terça-feira (2). http://g1.globo.com/hora1/noticia/2016/02/zika-virus-e-microcefalia-ganham-status-de-emergenciainternacional.html reportagem chicungunya: 12/05/2015 15h43 - Atualizado em 12/05/2015 17h12 Chikungunya já afetou quase 2 mil em 12 estados e DF apenas neste ano Nos últimos 4 meses, 98,5% dos casos se concentraram na Bahia e Amapá. Desde setembro, início da infecção no país, já são 4.987 ocorrências. Eduardo Carvalho*Do G1, em São Paulo FACEBOOK O Brasil registrou entre janeiro e abril de 2015 quase 2 mil casos confirmados de infecção pelo vírus chikungunya, que circula no país desde setembro de 2014 e é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, mesmo vetor da dengue, doença que já registrou 745,9 mil ocorrências apenas neste ano. A infecção pelo vírus chikungunya provoca sintomas parecidos com os da dengue, porém causa mais dor e tem menor índice de mortalidade. Levantamento feito pelo G1 em todas as Secretarias Estaduais de Saúde aponta que de 1º de janeiro a 30 de abril foram confirmados 1.978 casos de chikungunya em 12 estados mais o Distrito Federal. Destes, 1.949 ocorreram na Bahia e no Amapá, o que corresponde a 98,5%. O total nacional deste ano pode ser ainda maior pois há muitos exames clínicos que não foram concluídos. No período citado, foram notificadas 9.691 suspeitas da doença. Do total já confirmado, 1.935 são autóctones, ou seja, a transmissão aconteceu dentro do estado ou município. Outros 40 casos são considerados importados (doença foi adquirida fora do estado ou município). Apenas três ocorrências, todas do Amapá, não tiveram sua origem definida. Se somados os dados de 2015 com os números de setembro a dezembro de 2014, o total de infectados salta para 4.987. Desse montante, 4.765 são autóctones. Dados do Ministério da Saúde apontam um número menor de doentes. Segundo o último balanço da pasta, que contabilizou casos de janeiro até 18 de abril, foram 1.688 confirmações autóctones. Desde setembro, foram 4.461 ocorrências. Na última sexta-feira (8), o ministro da Saúde, Arthur Chioro, não descartou um surto da doença no país. “É muito provável que tenha”, explicou ele. Para o pesquisador Ricardo Lourenço, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), os casos devem aumentar no Brasil porque a população ainda não desenvolveu anticorpos para combater naturalmente o vírus (leia mais abaixo). Bahia é o estado com mais doentes A infecção pelo vírus chikungunya provoca sintomas parecidos com os da dengue, porém mais dolorosos. No idioma africano makonde, o nome chikungunya significa "aqueles que se dobram", em referência à postura que os pacientes adotam diante das penosas dores articulares que a doença causa. Seu índice de mortalidade, no entanto, é bastante baixo (veja quadro abaixo com as características da chikungunya). Lívia afirma que desde janeiro sente sintomas da chikungunya (Foto: Arquivo pessoal) A baiana Lívia de Oliveira, moradora do município de Riachão do Jacuípe, a cerca de 180 quilômetros de Salvador (BA), disse que ficou 45 dias em casa, sem conseguir ir trabalhar, de tanta dor que sentia. "Parecia que estava toda quebrada. Não conseguia levantar", afirmou. A Bahia é o estado com mais casos confirmados da doença. Desde setembro já são 2.487 registros, 1.054 apenas neste ano (leia reportagem). A jornalista Girlane Duarte acompanhada do filho Artur, de oito anos (Foto: Arquivo Pessoal) 'Terrível experiência' O Amapá vem em seguida, com 2.327 infectados por chikungunya desde setembro passado, 895 apenas neste ano Deste total, 880 são autóctones, 12 importados e três ainda não tiveram sua origem determinada. A jornalista Girlane Duarte, moradora de Oiapoque, distante 590 quilômetros de Macapá, e seu filho de 8 anos entraram para a estatística de doentes no estado. Ela disse que sentiu os primeiros sintomas em outubro de 2014, mas seis meses depois de ter contraído a febre, ainda sente dores nas articulações dos punhos, que a impedem de realizar atividades do trabalho e em casa. "Foi uma terrível experiência na minha vida", afirmou (leia a reportagem). 'Veio para ficar', diz especialista Segundo o pesquisador Ricardo Lourenço, da Fiocruz, é provável que os casos da doença aumentem no Brasil já que a população ainda não tem anticorpos para o vírus. “Tem uma quantidade imensa de pessoas que podem contrair. O Brasil era o único país das Américas a não ter casos autóctones da doença, mas aí o vírus chegou para ficar, infelizmente”, explicou Lourenço ao G1. Ele explica que a porta de entrada da doença no país foi o Amapá, onde as pessoas contraíram o vírus vindo da Guiana Francesa. Ele afirma que há dois genótipos do circulando no país: o africano, detectado principalmente no Norte, e o asiático, presente nas ocorrências notificadas na Bahia, por exemplo. “Apesar das linhagens, só se pega uma vez o vírus, diferente da dengue, por exemplo, que tem quatro sorotipos distintos”, afirma. O especialista alerta ainda para o risco de uma pessoa contrair dengue e chikungunya ao mesmo tempo. Há casos confirmados na África e em regiões do Oceano Pacífico de pessoas que ficaram com as duas infecções ao mesmo tempo. Combate Lourenço explica ainda que o vírus pode ser transmitido também pelo mosquito Aedes albopictus, que vive em ambientes fora de zonas urbanas, principalmente em regiões desmatadas. Para ele, é preciso intensificar o combate a esta espécie. De acordo com o governo federal, entre as ações para reduzir a quantidade de casos no país estão o aumento de repasses para as Secretarias de Saúde e a distribuição de insumos estratégicos como inseticidas e kits para diagnósticos. Segundo o Ministério da Saúde, em dezembro houve o repasse adicional de R$ 150 milhões para as esferas estadual e municipal para controle da dengue e do chikungunya. http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2015/05/chikungunya-ja-afetou-quase-2-mil-em-12-estados-e-dfapenas-este-ano.html noticia chikungunya: Estado de SP tem 7 casos de chikungunya confirmados maio 12, 2015 Em meio à epidemia de dengue, o Estado de São Paulo teve notificados 387 casos (mais de três por dia) suspeitos da febre chikungunya nos primeiros quatro meses do ano. Somente sete casos foram confirmados, todos importados, segundo a Secretaria de Saúde do Estado. Os outros 380 casos em que pacientes apresentaram suspeita da doença foram descartados após o resultado de exames. Desde o ano passado, o Estado está em alerta para evitar que a doença se espalhe. O risco é considerado alto pelo Ministério da Saúde, pois os dois principais fatores para a disseminação estão presentes: doentes e o mosquito transmissor. Já a Secretaria considera que, em São Paulo, há pouco risco de disseminação da chikungunya. Segundo o órgão, o bloqueio imediato dos casos confirmados deu resultado até agora, pois não foi registrado caso autóctone, de contaminação dentro do Estado. No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, já são 3.135 casos autóctones notificados, dos quais 1.688 confirmados – os demais à espera de exames. Todos estão concentrados em Bahia e no Amapá. http://www.mancheteonline.com.br/estado-de-sp-tem-7-casos-de-chikungunya-confirmados/