Sexto dia

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Sexto dia
Iniciamos o sexto dia trabalhando na nossa devolutiva para o município na
Escola Estadual Cônego Bento José de Souza. Palestramos sobre DSTs e métodos
contraceptivos, assuntos que, como em todos os lugares, ainda é um tabu entre os jovens
e suas famílias. Fiquei satisfeita com o interesse dos alunos, e até mesmo dos
funcionários do local. Os jovens demonstraram certo conhecimento sobre os assuntos e
procuraram o nosso grupo para argumentos inteligentes.
Seguimos para o almoço e, depois de descansarmos, nos encontramos com a
efermeira Ananda, que nos apresentou o CAF. O CAF, localizado ao lado da Secretaria
de Saúde, é abastecido mensalmente e funciona com o sistema Hórus, o mesmo
utilizado por todas as unidades básicas que visitamos. Como já havia nos sido dito, o
município vem enfrentando um grave problema com os fornecedores, que não entregam
a quantidade ordenada e necessária para abastecer a população.
Logo após a visita ao CAF, fomos guiados até o Conselho Tutelar do município.
A insituição atende principalmente os casos de abandono de incapaz e de estupro de
vulneráveis (3 casos no mês de agosto). Funciona por demanda e busca ativa de casos e
está atrelado ao CRAS e CREAS.
Conhecemos em seguida o prédio da vigilância sanitária do município. A
instituição atende as zonas rural e urbana, dispõe de apenas 4 pessoas, que fiscalizam
cada estabeelecimento num prazo de dois meses, em esquema de rodízio. Questionamos
sobre o problema do lixo na região – Borba não possui aterro sanitário e há muitas
lixeiras viciadas no município – e nos foi dito que há coleta do lixo em todos os bairros
e um terreno para o aterro sanitário já foi adquirido e está em processo de legalização.
Quanto à coleta seletiva, houve uma tentativa de realizá-la, mas não houve adesão da
população.
Visitamos o CREAS, Centro de Referência Especializado em Assistência
Social. O estabelecimento oferta serviços especializados a famílias e indivíduos –
crianças, adolescentes, adultos, idosos, mulheres – em situação de ameaça ou violação
de direitos. Lá, são recebidas denúncias e encaminhamentos de outras unidades de saúde
primária. Nos pareceu que os principais problemas enfrentados pela instituição são a
violência contra a mulher e contra os idosos, que, em uma cidade mais pacata, são mais
frequentemente abafados.
Finalizamos o dia conhecendo o lixão do município. O que é mais evidente no
local é a proximidade com zonas de mata nativa, a falta de sinalização da área e a
ausência delimitação física do terreno, o que permite que pessoas tenham acesso livre a
ele.
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