Resumos das apresentações (enviado pelos autores): Diego dos Reis Bastos Rodrigues: Francis Bacon e “progresso”: a constituição da racionalidade técnico-científica Em conformidade com o tema e objetivos de meu atual subprojeto, intitulado "Teoria e Experimentação na Ciência e na Tecnologia", procuro compreender a contribuição do pensamento de Francis Bacon para a constituição da ciência moderna e da racionalidade técnico-científica, que moldou o ideário Ocidental de dominação da natureza e das relações sociais. Atenho-me especificamente na ideia de "progresso" tal como foi concebida por Bacon, fundamental para o entendimento de tal racionalidade. Para a apreensão do pensamento do filósofo inglês, utilizo como referência a obra do filósofo italiano Paolo Rossi. Geraldo Márcio da Silva: O viver fora de si O tema do nosso estudo é o viver dentro de si. Nesta comunicação os ensaios a serem considerados são: o Discurso sobre as Ciências e as Artes (Primeiro Discurso), o Discurso sobre a Origem e os Fundamentos da Desigualdade entre os homens (Segundo Discurso), e o Contrato Social. O pano de fundo da relação entre esses escritos é tanto o amor-de-si, quanto os princípios de uma sociedade civil. No Discurso sobre a Origem e os Fundamentos da Desigualdade entre os homens (Segundo Discurso) publicado em 1755, Jean-Jacques Rousseau supõe uma condição primitiva na qual se manifesta o amor-de-si. O amor-de-si é um sentimento próprio do homem que vive solitário no estado de natureza. A piedade é um, dentre os elementos importantes, que estão presentes na condição humana no estado de natureza. O amor-de-si, é, no mínimo, tão fundamental quanto à piedade, ou seja, um sentimento natural individual moderador que é caracterizado pela capacidade de conservação recíproca da espécie. Segundo Jean-Jacques Rousseau, no estado de natureza o homem vive em si mesmo, na fruição imediata de sua própria existência. Rousseau nos ensina non Primeiro Discurso que o homem natural não possui vício. Gabriel Duarte de Barros: A percepção e a experiência em Berkeley SEM RESUMO. Francisco Gabriel da Alexandrina Pires: Causalidade em Hume, Newton e Kant O conceito de causalidade passou por diversas transformações no século XVIII. Foi um dos temas de disputas entre as ciências nascentes como a Física Moderna e a Tradição Filosófica. Uma breve introdução ao conceito no sistemas de Hume, Newton - pai da Física Moderna- e Kant que inaugurou uma nova visão sobre a epistemologia. Arthur Henrique Martins: A vocação messiânica em Giorgio Agamben Há nos dias atuais uma clara tentativa de reler a contribuição do cristianismo ao terreno do pensamento. Neste sentido, o trabalho do filósofo italiano Giorgio Agamben se sobressai como um grandioso lugar de debate e discussão a respeito dos temas da tradição cristã e sua influência na contemporaneidade. Uma destes temas resgatados por Agamben é a vocação messiânica, tema presente em muitos de seus livros. Este trabalho, porém, irá investigar o segundo capítulo de seu livro El tiempo que resta (2006), partindo de três consequências que se sucedem da leitura agambeniana: a primeira é que a vocação messiânica é, para Agamben, a total nulificação das particularidades dispostas no mundo, a segunda é que a vocação messiânica é o modo pelo qual o indivíduo pode se reconhecer no vazio da potência genérica e a terceira é que a vocação messiânica rompe com a lógica da propriedade. Como estratégia de argumentação, este trabalho analisará o sentido de vocação empregado por Lutero em sua tradução de 1ª Coríntios 7, tal como deflagrado pelo célebre sociólogo alemão Max Weber e tentará expor as especificidades do pensamento de Agamben sobre a vocação messiânica. Amanda Rodrigues: Os contratualismos de Hobbes e de Rousseau e suas manifestações nas sociedades contemporâneas Até o início da Modernidade, as monarquias europeias basearam suas concepções de Estado nas ideias da Política de Aristóteles. De acordo com o pensamento do filósofo grego, o homem é naturalmente político, ou seja, trata-se de um ser propenso a se organizar em um Estado que tem a finalidade de promover o bem comum e proporcionar a felicidade dos cidadãos. A ascensão da burguesia e a consequente derrubada do Antigo Regime trouxeram a necessidade de reformulação da concepção de Estado, pois novos atores sociais passaram progressivamente a exigir maior grau de protagonismo na vida econômica, bem como nas decisões políticas. Diante desse novo contexto, a filosofia política ganhará novas teorias, como os contratualismos de Hobbes e Rousseau, que divergem daquela fornecida por Aristóteles. Contemporâneo à Revolução Inglesa, Hobbes viu a ordem social se deteriorar em uma guerra civil que culminou na decapitação de Carlos I e na instauração da república de Cromwell. Influenciada por esses eventos, a concepção de homem defendida pelo filósofo compreende o indivíduo como um ser cuja natureza é incompatível com a convivência. Tal concepção justifica a necessidade de um soberano – o Leviatã – que garanta a segurança dos homens em troca da liberdade dos cidadãos. Fabiana de Melo Sousa: “Em busca de um lugar comum”: os documentários e a representação da favela na criação de novos sentidos sobre a cidade O objetivo é investigar a relação entre documentário e política nestas experiências e processos audiovisuais dos "territórios-favelas". Para a apresentação na V Semana de Filosofia usarei como dispositivo o documentário “Em busca de um lugar comum” (MUSSEL, Felippe Schultz. Brasil, 2012) que aborda o turismo nas favelas do Rio de Janeiro e “investiga os desejos e as imagens envolvidas na construção deste disputado destino turístico”. Trata-se de uma pesquisa que estabelece conexões entre filosofia e cinema e busca problematizar o modo como a favela historicamente tem sido representada nas produções cinematográficas e, por outro lado, cartografar a cena atual de processos audiovisuais que estão relacionados à apropriação das tecnologias para contar as histórias a partir das experiências cotidianas. Para esta abordagem serão estabelecidos diálogos com o filósofo Gilles Deleuze, por meio da discussão das potências do falso e de seu conceito de “fabulação” em “ImagemTempo” e, com Suely Rolnik, psicanalista, crítica de arte e cultura, através da problematização do papel da arte nos processos de gentrificação das Cidades-Negócio. Karina Gaspar de Oliveira: Política e Filosofia pra quê? O pensar no Ensino Médio Apresentar a proposta do estudo de Filosofia enquanto disciplina que discute política no Ensino Médio. Para tanto, apresentaremos o livro “Política pra quê?” de minha autoria e traduzido pelos alunos para o espanhol. A primeira versão foi elaborada em e-book e a versão impressa será lançada em dezembro. Ao longo de 2014 discutimos textos e filósofos em torno do tema Democracia desde os gregos até as últimas eleições. Melissa Cavalcanti Yaakoub Pragmatismo: perspectivas teóricas Este trabalho tem por objetivo fazer uma crítica do pragmatismo, a partir da obra de Thamy Progrebisnchi. A autora faz uma crítica tanto ao pragmatismo clássico como ao neopragmatismo. Não é apenas uma crítica, mas uma análise imanente dos textos clássicos do pragmatismo. Peirce, James e Dewey constituem o núcleo teórico do pensamento pragmático. Assim, este trabalho tenta entender, a partir da obra da autora como o pragmatismo invade a vida social. Marina Trigo Matos O gênio na estética moderna: uma discussão de Kant e Hegel No estudo da história da filosofia é comum encontrar a análise estética, desde Platão estuda-se as artes e como estas se relacionam com os seres humanos e principalmente com a filosofia. Após os estudos em sala de aula referentes à disciplina de estética, o interesse surgiu, dessa maneira, este trabalho pretende estudar uma pequena parte da estética, esta sendo a análise do gênio. Para essa construção haverá a análise de duas concepções diferentes sobre o gênio, isto é, o que leva alguém ser considerado um, além de suas características e de suas produções, o que obviamente estaria ligado com a produção de artes belas, afinal na estética moderna procura-se o que seriam as artes belas, como elas são produzidas e o que as diferem dos outros tipos de artes, além da postulação de que isso não seria algo individual, mas que a arte bela é universalmente considerada bela. Essas duas concepções seriam a estética kantiana, presente na "Crítica do Juízo" e a concepção hegeliana, presente no primeiro volume dos "Cursos de Estética". Marina Santos de Castro O surgimento do “racional-histórico” na estética de Hegel Em meados do século XVIII começa-se a discutir na filosofia o problema do gosto em uma tentativa de transforma-lo em ciência, é o que chamamos de Estética. A estética hegeliana marca um grande avanço em relação a arte enquanto produção humana capaz de expressar o divino e produzir conhecimento. Este trabalho consiste em uma crítica ao subjetivismo kantiano através do papel da história e da razão na filosofia da arte de Hegel. Por meio do Belo e do Sublime entenderemos a limitação da razão na filosofia kantiana em comparação com o Belo hegeliano e sua relação com a história. Vinícius de Souza Leite Pereira Benjamin e Marx: sobre o conceito de história O seguinte trabalho tem como objetivo compreender a crítica feita por Walter Benjamin, em seu texto póstumo “Sobre o Conceito de História”, à compreensão da história disseminada pelas principais correntes marxistas da época (marxismo-leninismo e a socialdemocracia de Karl Kautsky) e entender qual o significado que o autor dá a história e ao que seria uma revolução. Para compreendermos a crítica feita por Benjamin, teremos que partir do entendimento dos principais conceitos marxistas que governam a compreensão desta ideologia acerca da história (como luta de classes, infraestrutura e superestrutura , relações sociais de produção, e etc.). Aqui, discorreremos, então, acerca do materialismo histórico e da interpretação evolucionista das já citadas doutrinas marxistas para, então, desenvolver a crítica de Benjamin a mesma, crítica na qual o autor apropria-se de conceitos como o de luta de classes e o de materialismo histórico, os concedendo um novo significado e um novo uso. Por fim, veremos que Benjamin produz algo novo em suas teses sobre história quando une o materialismo histórico à teologia e ao misticismo, união essa que irá gerar uma diferente e inovadora noção de história e revolução. Vinícius de Miranda Leite Tempo livre As inúmeras revoluções tecnológicas não acarretaram numa direta diminuição das jornadas de trabalho. A Revolução Industrial trouxe consigo uma total mudança de pensamento, que apesar de algumas mudanças persistem até hoje. Um exemplo que evidencia tal fato é o valor pejorativo dado a palavra ócio. No entanto a expressão utilizada hoje em dia tempo livre apesar de dada como sinônimo se diferencia pelo fato de estar atrelado ao seu oposto o trabalho. Para ressaltar a mudança de mentalidade ocorrida e os problemas decorrentes dessa mudança, recorro a autores como Adorno, Lafargue e De Masi que apesar de viverem em épocas distintas apontam a necessidade de uma mudança de comportamento do ser humano frente ao ócio. Bem como importância de trazer pra a palavra em seu sentido grego, um tempo para refletir, descobrir quem realmente é se aprimorar. Vinícius Nunes Rizzutti Testemunho e justificação: em busca de uma concepção anti-reducionista Embora modestamente, o papel epistemológico do testemunho tem sido discutido por filósofos através da história. Devida ao filósofo escocês David Hume (1771-1776), a visão reducionista de tal questão afirma que crenças com justificação baseada no testemunho se apoiam em inferências indutivas e, assim, não se enquadrariam como justificação racional. Essa posição veio a se tornar hegemônica, até que, contemporaneamente, o trabalho de C. A. J. Coady, de 1992, nos fornecesse uma argumentação que leva à rejeição da concepção reducionista e engendra um anti-reducionismo que parte do erro na argumentação de Hume. Nosso objetivo neste trabalho consiste em discutir os dois argumentos apresentados por Coady (argumento a posterior e argumento da hipótese do erro massivo) em favor da justificação testemunhal de crenças. Quanto à metodologia, desde que esta pesquisa é estritamente teórica, segundo os moldes tradicionais da pesquisa em filosofia, utilizamos a dedução, a comparação de resultados e de perspectivas das duas correntes (reducionismo e anti-reducionismo), para determinar o grau de verossimilitude das conjecturas dos autores estudados. Eduardo Izoton Braga A objeção Chisholm ao argumento do critério A Pirro de Élis (360 a.C. - 270 a.C. ) atribui-se o mais contundente argumento em favor do ceticismo global: o argumento do critério. Segundo a escola cética, as discordâncias quanto ao critério de verdade, que toma as mais distintas formas nas várias escolas filosóficas, servem como evidência de que a verdade é impossível de se conhecer. O objetivo de nosso trabalho é apresentar uma das objeções ao problema do critério, que se articula a partir da argumentação do filósofo norte-americano Roderick Chisholm (1916 - 1999). Nossa hipótese é a de que a solução de Chisholm ainda pode ser tomada como uma importante contribuição para a discussão de tal problema, pois ela nos oferece uma boa razão para afirmarmos que não há necessidade de saber que sabemos. Nossa metodologia consistiu na análise tanto do argumento central de Chisholm, quanto das objeções que lhe são feitas (e.g. Landesman, Williams). Nossos resultados iniciais indicam que, embora haja um caráter de petição de princípio na solução do filósofo norte-americano, pode-se conservar o espírito mais geral de sua solução, a saber: de que não precisamos de um critério para obter conhecimento de coisas específicas. Yuri Flores Araújo A intelecção e o Livre-Arbítrio nas substâncias de Tomás de Aquino Uma breve exposição, segundo a visão de Tomás de Aquino, sobre os conceitos de intelecção e livre-arbítrio presentes nas substâncias e como esses conceitos se relacionam. Rafael Silva Heráclito e Parmênides no Ápeiron de Anaximandro Anaximando de Mileto foi o filósofo pré-socrático que iniciou a aventura metafísica dentro da tradição grega ao desconsiderar qualquer causa material à constituição da realidade. Aventura essa que, antes de se consolidar em Platão, passou pelas digladiantes ideias de Heráclito de Éfeso e Parmênides de Eléia acerca do ser e do não-ser. O milesiano, para dizer das coisas que são, bem como daquelas que não-são, intuiu uma indeterminação absoluta, completamente alheia aos sentidos humanos, aonde a estrutura da realidade se dava. Essa indeterminação foi chamada de Ápeiron, e postulado como o arquétipo através do qual a Natureza molda a sua força criadora. Para simbolizar, ainda que transversalmente, a indeterminação proposta por Anaximandro ao entendimento contemporâneo, é frutífera uma relação - anacrônica, por certo -, com o conceito de “nãolugar” cunhado por Marc Augé, dois mil e quinhentos anos depois. Para Augé, os “não-lugares” seriam os “lugares” carentes de significação sensível através dos quais realidades alheias aos sentidos estabelecemse. Todavia, o foco principal da pesquisa é ver que Heráclito e Parmênides, o clássico par de contrários do pensamento pré-socrático, ao terem suas teorias colocadas no cerne do impredicável Ápeiron, predicamno: o efésio, temporizando-o; e o Eleatra, tridimensionalizando-o espacialmente. Thiago Barboza da Cunha A morte e a Filosofia Com este trabalho pretendo mostrar como os filósofos em diferentes épocas trataram de interpretar o evento da morte. Começo com o Epicuro, que reduziu a importância que nós damos a morte á uma simples insignificância que não deve nos afligir de maneira nenhuma. Pois o objetivo de Epicuro é atingir a felicidade, e para isso temos que saber lidar com diferentes acontecimentos em nossas vidas, e a morte como evento inerente às nossas vidas, sempre nos atinge, direta e indiretamente. Então, Epicuro nos receita um meio pelo qual possamos desconsiderar a morte, para vivermos da melhor forma, e sermos felizes. O segundo filósofo do qual cito, é Sócrates, este sim viu a morte de uma perspectiva filosófica, e da qual influenciou o Cristianismo e a compreensão que temos da morte - melhor dizendo, da alma - nos dias de hoje. Sócrates não fugiu da significação e importância da morte como Epicuro fez Sócrates a interpretou de forma racional e pela qual conseguimos nos aquietar diante deste trágico evento. Pois para Sócrates, diferentemente de Epicuro, nós não devemos temer a morte, não por ela não ser nada, e sim por não sabermos o que há depois que morrermos. E após, corroboro com Montaigne o que Sócrates realizou em vida, como a filosofia sendo a preparação para a morte. Sarah Maria Barreto A poesia na obra de Martin Heidegger Tentaremos com esse trabalho compreender o que Heidegger quer dizer com a frase "A poesia é o lugar privilegiado de manifestação do ser" mostrando que a poesia é , na verdade ,um modo de descrição fenomenológica . Antônio Tallon Castilla Junior Vita activa, vida contemplativa e seus desdobramentos Definir o que é vita activa, suas características, seu tempo de atuação, seu papel na sociedade antiga, e compará-la com a vida contemplativa, que se caracteriza por ser um modo de existência onde a contemplação do eterno predomina se comparada à ação política (atributo da vita activa). O advento da polis e o surgimento dos direitos de isonomia e isogoria, do oikos e da ciência política. Havana Alícia de M. P. Marinho: Positivismo Jurídico: crítica sobre a ótica da dialética marxista O presente estudo busca debater a questão do positivismo jurídicosoba ótica da dialética. Primeiramente, por meio de uma bibliografia mais conceitual, analisa-se a construção do conceito de positivismo jurídico e expõem-se apontamentos sobre a forte influência no Direito contemporâneo. Em seguida, faz-se a apresentação do conceito de dialética reformulado por Marx, que inverteu o entendimento hegeliano, o funcionamento do movimento de formação da tese-antítese-síntese. Adota-se a metodologia dialética para partir para a análise crítica. Por fim, alguns exemplos da aplicabilidade do positivismo excessivo em casos concretos e uma crítica à adoção unilateral, por partes dos operadores de Direito, deste conceito em uma realidade social complexa e repleta de particularidades. Luiz Felipe Fortuna O regime farmacopornográfico como motor do capitalismo pós-fordista Pretendo, nesta comunicação, a partir das considerações da filósofa espanhola Beatriz Preciado, abordar a Farmacopornografia (ou regime farmacopornográfico) como dispositivo de normatização, controle, produção e captura dos corpos e subjetividades dentro do que a autora denomina como uma nova modalidade de capitalismo surgida após o fordismo. Tal regime tem dois grandes pilares: a indústria farmacêutica com suas pílulas de gestão de corpos e a indústria pornográfica com sua semiótica de produção de desejos. A autora Beatriz Preciado e os autores Deleuze, Guattari e Foucault serão as referências bibliográficas da presente comunicação. Luciano Pozino O povo preceptor O corpo aprende o mundo tocando-o. Através dos sentidos, o corpo tateia o mundo. É pró e reativo ao amálgama da existência composto por ele e pelo mundo. É estância pensante agindo em diástole com o mundo. O preceptor é aquele que atua para um contexto de liberdade, seu expediente, assim como Poros, é ser meio condutor das possibilidades. A sua disponibilidade ao conhecimento e ao aprendizado é a dynamis que acelera, converge, interpreta, entusiasma ofertando caminhos ao corpo alheio. Portanto, o povo, o gentio, é o preceptor do cidadão. O povo, espraiando o horizonte em signos e representações, faz fluir a vitalidade do corpo social no vir a ser. O pensamento é o objeto histórico que subjaz as aparências mundanas no presente. Sua expressão está no suporte da realidade. Os existentes e o mundo, o Grande Outro, produzem a dialética entre sínteses e análises mútuas. A realidade do povo é o produto dinâmico que se dá no liame do encontro entre aquele que percebe e o outro que é percebido. O povo entende que a revolução viria com o agito das multidões, conduzida pela indignação dos proscritos pelo sentido dogmático da igualdade. Lucas dos Santos da Silva Visões de Florestan sobre o Brasil República Pretendo discorrer sobre a composição de ensaios do sociólogo brasileiro Florestan Fernandes organizadas em "Que tipo de República?", com apoio de outras referências bibliográficas do autor e de comentadores. Uriel Massalves de Souza do Nascimento Uma pedra no caminho da procura da poesia A poesia de Drummond "A procura da poesia" evidencia o fazer poético no próprio fazer poético. nesse sentido, não é um receituário de como fazer uma poesia mas uma experiência do fazer poético em seu próprio acontecer. O poema é, portanto, um poema que gera sua própria compreensão e, portanto, do fazer poético como um todo. Uma vez lido com "No meio do caminho" o caráter de experiência do acontecimento da linguagem qua poética inerente à toda leitura se torna evidente se abandonarmos o registro representativo da linguagem e abraçarmos o apresentador, i.e. uma passagem da Vorstellung a Darstellung. É, portanto, o caráter de um acontecimento privilegiado da linguagem em conflito consigo mesma em seu frescor absoluto que a presente leitura pretende explicitar. Rafael Lemos As lições de dialético do professor Platão: o que aprendi ao olhar para trás, para cima Platão nos deixou um legado: a dialética socrática. Um legado tanto forte quanto discutível: à filosofia hoje é impossível pensar sem fazer uso desta - ainda que se possa discutir a competência de alguns... No entanto, a nós aqui não interessa discutir a validade do método ou a competência do usuário, mas o modo como Platão faz perdurar essa técnica aprendida com Sócrates. Caetano Torelli de Mello Maia O impessoal e a imanência O trabalho visa abordar a questão do impessoal e sua necessidade para o entendimento da imanência. Para isso, o trabalho terá como base dois pensadores franceses: Maurice Blanchot e Gilles Deleuze. Hércules da Silva Xavier Ferreira: A linguagem: metáfora de um processo violento – breve especulação SEM RESUMO