UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS – CCH CURSO DE LETRAS JOSÉ RICARDO COSTA MIRANDA FILHO RESUMO CRÍTICO DE PRÁTICA DE LEITURA E PRODUÇÃO TEXTUAL São Luís 2009 UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS – CCH CURSO DE LETRAS JOSÉ RICARDO COSTA MIRANDA FILHO RESUMO CRÍTICO DE PRÁTICA DE LEITURA E PRODUÇÃO TEXTUAL Resumo apresentado à disciplina Prática de Leitura e Produção Textual para a obtenção de nota. Professora: Ilza do Socorro G. Cutrim São Luís 2009 RESUMO CRÍTICO I – TRAVAGLIA, Luiz Carlos. Gramática e interação: uma proposta para o ensino de gramática no 1º e 2º graus. 5.ed. São Paulo: Cortez, 2000. O autor perpetra, de forma lúcida, a relação entre a linguagem e a língua dentro do âmbito educacional. A partir disso, começa a delinear sobre as diversas concepções que abrangem o sistema lingüístico a fim de explicitar como ocorre a interação comunicativa entre os indivíduos de uma sociedade. Logo, deve-se perceber que em toda a forma de diálogo se pressupõe uma decodificação do sistema, a que pertence à língua, para haver uma transmissão de conhecimento entre o emissor e o receptor. Para isto, afirma-se a existência de três possibilidades de elocução. A primeira assegura a linguagem como modo de pensamento, ou seja, fala-se apenas em exteriorização da ideia da frase sem que nenhum fator social interfira na formação dos signos da língua, sem ligar para que tipo de situação esteja ocorrendo a interação comunicativa. Assevera-se, logo, sobre um tipo de psicologia que constitui uma visão monológica da linguagem e, através dela, desenvolve-se a comunicação por meio das regras da chamada gramática normativa ou tradicional. A segunda concepção seria a chamada linguagem como instrumento de comunicação com objetivo de formá-la. Destarte, nota-se a língua visa a apenas como instrumento para que haja a relação entre o emissor e o receptor e, deste modo, é aceitável argumentar que o contexto histórico e situacional prevalece sob o processo de produção, isto é, o feitio do código na formação da mensagem, seguindo mais uma visão formalista a partir dos conceitos do estruturalismo e transformacionalismo. A terceira e última concepção de linguagem a trata como forma ou processo de interação. Explicando de forma mais concisa: explana-se a maneira como ocorre o processo interativo entre as pessoas, através da idealização do enunciado que ocorre por meio do contexto histórico-social, podendo falar em “formações imaginárias”1. Por conseguinte, este conceito se apresenta de acordo 1 TRAVAGLIA, Luiz Carlos. Gramática e interação: uma proposta para o ensino de gramática no 1º e 2º graus. 5.ed. São Paulo: Cortez, 2000, p.23. com o que se pode chamar de linguística da enunciação, que discorre sobre a ideia da frase. RESUMO CRÍTIICO: GREGOLINA, Maria do Rosário. O que quer, o que pode esta língua?: Teorias linguísticas, ensino de língua e relevância social. UNESP: Araraquara. IN: FARACO, Carlos Alberto. A relevância social da linguística: linguagem, teoria e ensino. Organização Djane Antonucci Correia. São Paulo: Parábola Editorial; Ponta Grossa, PR: A autora Maria do Rosário Gregolin formula a ideia sobre o ensino da língua e a relação que há entre a teoria em que é tratada e até que ponto pode interferir em aspectos sociais. Logo, começou a discorrer sobre a historicidade linguística a fim de falar sobre a forma como alguns órgãos oficiais estão adotando o ensino da gramática. A priori, é necessário afirmar que há muito que falar sobre a definição de gramática. Esta deve ser entendia como algo que deve seguir as normas padrões da língua, embora seja imprescindível ter consentimento da existência de variações linguisticas que perpetram diferenças na fala de cada região. Infelizmente, o que se percebia que a gramática era ensinada apenas como algo homogêneo, como se não houvesse uma identidade nacional formada por diversos caracteres lingüísticos. Deve-se centrar em algo que não releve somente a escrita, entretanto a leitura junto com a aprendizagem da gramática normativa não dissociada da ideia de discurso. Mesmo que em 1960 houvesse uma ideologia da ditadura, que, por meio da censura e repressão, impedisse a ampliação dos conceitos de gramática normativa, esta ocorreu ganhou certo impulso através da expansão dos meios de comunicação. Somente em 1980 que a junção entre o tradicionalismo gramatical e os preceitos sobre o regionalismo foram debatidos e colocados em prática no ensino. Ainda se pode discorrer, lucidamente, sobre aspectos da oralidade e da escrita, que são usos diferentes da língua, e, devido a diversas condições de produção do idioma, os contatos com as várias formas deste ocorrem em momentos diversos. Destarte, afirma-se que há uma textualidade ligada ao tipo de discurso utilizado em dado momento, que molda o feitio do texto, este materializado de acordo com o tipo de gênero que forma o sentido que se desenvolve através do conteúdo, da configuração formal e do estilo formal. Assim, procura-se produzir um efeito de sentido a fim de evitar problemas com a polissemia textual e colocar transparência sobre o significado e o significante tratados no texto. Embora haja muitas dificuldades para isso, deve-se propor que ocorra uma união entre a gramática normativa (ou tradicional) com intuito de circular representações sobre a língua. REFERÊNCIAS TRAVAGLIA, Luiz Carlos. Gramática e interação: uma proposta para o ensino de gramática no 1º e 2º graus. 5.ed. São Paulo: Cortez, 2000. GREGOLINA, Maria do Rosário. O que quer, o que pode esta língua?: Teorias linguísticas, ensino de língua e relevância social. UNESP: Araraquara. IN: FARACO, Carlos Alberto. A relevância social da linguística: linguagem, teoria e ensino.Organização Djane Antonucci Correia. São Paulo: Parábola Editorial; Ponta Grossa, PR: UEPG, 2007.