Atividade de desenvolvimento 3

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Atividade de desenvolvimento 3
Traqueia produzida com impressora 3D salva recém-nascido
Tubo flexível ajuda bebé a respirar e avança o uso terapêutico de partes do corpo sob medida
Kaiba Gionfriddo tinha seis semanas de idade quando subitamente parou de
respirar. Os pais de Kaiba levaram-na ao hospital, onde descobriram que o brônquio
esquerdo do bebé tinha colapsado devido a uma malformação de nascença não detetada
anteriormente.
Durante as semanas seguintes os ataques que ameaçavam a vida da criança
continuaram com uma frequência cada vez
maior até que se tornarem eventos diários.
Médicos e cientistas usaram algumas das
técnicas de bioengenharia mais sofisticadas
disponíveis para imprimirem um tubo sintético
em 3D, no sentido de manter as vias aéreas do
bebé abertas (Figura 1). Kaiba passou pela
cirurgia em janeiro de 2012 e não sofreu
nenhum colapso das vias aéreas desde então.
Figura 1 - Modelo da via aérea de Kaiba Gionfriddo.
Os cientistas procuravam uma forma de ajudar recém-nascidos com vias aéreas
colapsadas, deste modo projetaram um tubo que poderia envolver a porção não rígida de
uma traqueia ou brônquio e manter as vias aéreas abertas. Sendo cada via única, não existe
uma solução que funcione para todos os casos, assim criaram-se dispositivos
personalizados usando uma tecnologia chamada de impressão tridimensional.
Em ambientes de pesquisa, bio-engenheiros já criaram orelhas artificiais, e ratos de
laboratório já receberam discos vertebrais e ossos impressos. Imprimir órgãos e tecidos
totalmente funcionais para humanos oferece alguns desafios.
A equipa usou uma tomografia computadorizada (TC) para produzir um mapa das
vias aéreas de Kaiba (Figura 2). A partir dessas imagens, eles esculpiram um molde
tridimensional que foi impresso com a mesma forma do brônquio colapsado do bebé.
Figura 2 - Kaiba e a sua mãe.
O tubo propriamente dito foi impresso em camadas de um plástico biocompatível. A
impressora 3D aquece uma forma em pó do plástico até que ele derrete e pode ser usado
em forma de pasta. Após alguns anos dentro de um corpo, o tubo dissolve-se – ele é feito do
mesmo material usado para suturas – e nesse momento o brônquio já teve de ser forte o
suficiente para funcionar normalmente.
Essa foi a primeira vez que um dispositivo produzido por uma impressora 3D foi
implantado num paciente para ajudar na reconstrução de tecidos. A equipa de pesquisa
relatou o caso em 22 de maio no The New England Journal of Medicine.
adaptado de Scientific American, maio de 2013
Questões de exploração
1. Descreva o modo como foi criado o modelo das vias aéreas de Kaiba na
impressora 3D.
2. Refira como é que a equipa de médicos e de cientistas obteve o molde das vias
respiratórias de Kaiba para construir o modelo das suas vias aéreas.
3. Comente a seguinte afirmação: “Imprimir órgãos e tecidos totalmente funcionais
para humanos oferece alguns desafios.”
4. Explique a vantagem do material de que foi feito o tubo se dissolver.
5. Proceda a uma pesquisa, recorrendo a fontes credíveis, das vantagens da
utilização no futuro de impressão 3D na área da medicina.
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