Formação do Estado Nacional Moderno Com a crise do final da Idade Média, as transformações sociais e econômicas, nos campos e nas cidades, permitiram que em algumas regiões da Europa os reis submetessem os nobres ao poder monárquico e impusessem sua autoridade sobre o conjunto da população. Fatores: Reaquecimento do comércio; Urbanização (crescimento das cidades); Enriquecimento da burguesia; O fortalecimento da autoridade dos reis interessava em parte à nobreza. Muitos nobres haviam se enfraquecido com os gastos realizados nas cruzadas; o Quando voltavam encontravam suas terras improdutivas ou abandonadas; Tornava-se vantajoso apoiar um Estado forte e centralizado em troca de privilégios; Isenção de impostos; Proteção em caso de revoltas populares; A burguesia também tinha interesse na centralização do poder nas mãos de um rei. Significava unificação de moedas, pesos e medidas; A cobrança de impostos ficaria a cargo apenas do Estado e não mais de cada feudo, o que barateava o comércio entre as várias regiões; Aos reis interessava: o Manter uma nobreza dependente que ajudasse a consolidar o poder real. o O apoio da burguesia, pois esta tinha o dinheiro necessário para manutenção das despesas do Estado. Fornecimento de pessoal capacitado para administração. A burguesia já estava acostumada a administrar seus negócios. O particularismo feudal e os privilégios da nobreza tornavam-se um entrave ao crescimento das cidades, à expansão dos negócios e ao enriquecimento da burguesia. 1ª fase: centralização político-administrativa. O rei deveria ter autoridade e legitimidade suficientes para criar leis, formar exércitos e decretar impostos. Com esses três mecanismos de ação, as monarquias foram se estabelecendo por meio de ações conjuntas que tinham o apoio tanto da burguesia comerciante, quanto da nobreza feudal. A formação de exércitos foi um passo importante para que os limites territoriais fossem fixados e para que fosse possível a imposição de uma autoridade de ordem nacional. 2ª fase (ou mesmo paralelamente): tendência ao Absolutismo. Além de contar com o patrocínio da classe burguesa, a formação das monarquias absolutistas também contou com apoio de ordem intelectual e filosófica. O Estado nacional europeu nasceu em um regime no qual o rei tinha grande autoridade: a monarquia absolutista. O Estado absolutista visava conciliar os interesses da aristocracia dominante com os da burguesia. A Reconquista e a Formação dos Estados Nacionais Ibéricos Desde o século VIII os mulçumanos (mouros) ocupavam a Península Ibérica. A partir do século XI, com as cruzadas, intensificaram-se as lutas contra os muçulmanos. Os cristãos foram retomando as áreas ocupadas, onde criaram novos reinos como Leão, Castela, Aragão e Navarra. Os soberanos desses reinos lutavam também entre si, disputando territórios e influência política. A Guerra de Reconquista iniciou-se no século VIII e só teve fim em 1492 com a tomada de Granada. Os Muçulmanos estiveram cerca de 800 anos na Península Ibérica e por isso influenciaram muito a população local. Portugal o Se formou a partir da doação do Condado Portucalense no ano de 1.096, feita pelo rei de Leão e Castela (D. Afonso VI) ao seu primo Dom Henrique de Borgonha. o A independência em relação a Leão e Castela se consolidou em 1.139. o Com o apoio da nobreza local, Dom Afonso Henriques ( filho de Henrique de Borgonha) se afirmou como Afonso I, rei de Portugal e fundador da Casa de Borgonha. o Em 1143, a independência de Portugal foi reconhecida pelo rei Afonso VII de Leão e Castela através do Tratado de Zamora. Os reis de Borgonha garantiram o apoio de boa parte da burguesia: Estimularam o comércio; Libertaram os servos. Com sua autoridade fortalecida, passaram a financiar um exército nacional, a partir da cobrança de impostos. Espanha o Século XV – casamento dos reis católicos (1469) o 1492 reconquistaram Granada. França e Inglaterra. o 1337-1453 – Guerra dos cem anos. A França buscava reconquistar terras ocupadas pela Inglaterra. Por causa do conflito o rei francês passou a cobrar tributos da nação inteira e ampliou o poder central. A guerra estimulou o sentimento de fidelidade ao rei que se tornou símbolo legítimo da nação francesa. Os reis ingleses cobiçavam a região de Flandres ( Bélgica/Holanda), que se destacava pela manufatura de tecidos e pelo comércio. Desde vários séculos o rei da Inglaterra era vassalo do rei da França, por possuir feudos no continente. Eduardo III da Inglaterra, da Casa dos Plantagenetas, alegou ser o herdeiro legal do trono francês, já que sua mãe Isabel era irmã do rei Carlos IV da França, que havia sido morto no ano 1328. Desse modo, o trono foi ocupado por Felipe VI, primo do falecido rei. Na verdade, o motivo da disputa residia no fato de que os reis da Inglaterra, desde Guilherme I, o Conquistador, controlavam grandes regiões da França na qualidade de feudos, o que supunha uma ameaça à monarquia francesa. A Guerra foi provocada pela disputa sobre a região de Flandres, importante produtora de tecidos e centro comercial, ligada por laços de vassalagem à França, mas economicamente à Inglaterra, de quem obtinha a lã. Outro motivo para a Guerra foi a disputa em relação ao trono Francês. Os ingleses acabaram derrotados e a derrota gerou uma crise de autoridade monárquica. Guerra civil entre duas famílias – Guerra das Duas Rosas (14531485) Surgiu com a rivalidade entre duas famílias nobiliárquicas: os York (branca) e os Lancaster (vermelha). Desde muito cedo, defendeu-se na França o caráter sagrado da monarquia. o A Igreja era uma aliada quase permanente da monarquia francesa. AS MONARQUIAS ABSOLUTISTAS As monarquias nacionais que se formaram tinham características diferentes. Em alguns países o fortalecimento do poder real originou as monarquias absolutistas. Todo o poder se concentrava nas mãos do monarca. Caracterizado por um só poder, um só exército e uma só administração, o Estado moderno exercia soberania sobre todo um território e recebia a obediência de todos os seus habitantes. A principal característica do absolutismo foi a concentração de todo o poder e autoridade na pessoa do rei e a completa identificação entre este e o Estado. Alguns pensadores buscaram compreender o Estado Moderno: Jean Bodin: 1530-1596 o Para ele os reis tinham o direito de impor as leis aos súditos sem o consentimento deles. o Desenvolveu a ideia da soberania do Estado. Entendida como o poder supremo sobre os súditos, sem restrições determinadas pelas leis o Defendia que a autoridade do rei era concedida por Deus. Quem despreza seu príncipe soberano, despreza a Deus, de Quem ele é a imagem na Terra. Jacques Bossuet: 1627-1704 o Formulou a doutrina do direito divino dos reis. O rei estava no trono por vontade de Deus. Era responsável apenas perante Deus pelos seus atos. Nicolau Maquiavel: 1469-1527 o Dizia que a unidade política era fundamental para a grandeza de uma nação. Thomas Hobbes: 1588-1679 o Defendeu a ideia de que os homens em seu estado de natureza, viviam em permanente conflito entre si. o Guerra de todos contra todos. o Defendia o contrato social Os homens renunciavam à liberdade em troca da segurança oferecida pelo Estado. O povo conferia poderes absolutos ao rei. Não se tratava de escolha divina. o O rei era expressão do Estado e o detentor da soberania. A GUERRA DOS 30 ANOS E O TRATADO DE WESTFÁLIA 1618-1648 O século XVII é comprimido entre os grandes acontecimentos do século XVI e o século das luzes. o Foi marcado por um clima de desespero, intolerância, violência e destruição generalizadas. o Foi também o momento do auge do absolutismo na França e da revolução científica da Física de Newton. A Guerra dos 30 anos foi marcada pelo uso empresarial da guerra com métodos modernos: França, Espanha, Suécia, Sacro Império Romano Germânico. O conflito tinha uma justificativa de fundo religioso: Entre defensores católicos do imperador austríaco do Sacro Império Romano Germânico, aliado da Espanha contra uma coligação protestante de principados alemães, Holanda, Dinamarca, Suécia, Inglaterra e mais a católica França. o O principal objetivo da França era neutralizar o poderio espanhol e austríaco. o A França defendeu os direitos religiosos dos protestantes alemães, embora não o fizesse em seu próprio território. o A guerra marcou também o projeto da contrarreforma de restaurar o domínio protestantismo. do papado e reverter o A grande potência que emergiu foi a Holanda (Províncias Unidas dos Países Baixos). O S.I.R.G (Sacro Império Romano Germânico) não era um estado territorial nem possuía fronteiras definidas. o Numa estrutura de tipo feudal, sobrepunham-se suseranias e soberanias em múltiplas entidades políticas. o O SIRG fora constituído em 962 e durou até 1806 Tinha o intuito de resgatar o antigo Império Romano. Na verdade era um corpo político desregrado e monstruoso. 150 príncipes e 52 cidades. Apenas 7 príncipes eram eleitores do imperador. O CONFLITO Iniciou-se na Boêmia (hoje República Tcheca) como uma consequência dos conflitos entre partidos criados pela Revolução Protestante. o Haviam-se formado duas alianças, baseadas em princípios de antagonismo religioso. o A guerra começou com a chamada defenestração de praga. Foi uma reação à tentativa do imperador de Habsburgo (SIRG) de fechar duas igrejas protestantes, na cidade de Praga. Os protestantes romperam com o imperador, mas este invadiu a região e impôs o catolicismo como religião oficial, com a ajuda de católicos alemães, espanhóis e também luteranos da saxônia. Os países que eram rivais da Espanha e da Áustria, como as nações protestantes (Suécia, Dinamarca, Holanda, Inglaterra) além da França que era Católica, ficaram atemorizados. Despontava-se agora o interesse pelo controle da Europa. o É o que justifica a entrada da França católica ao lado dos protestantes O fim deste conflito estabeleceu um novo tipo de regulamentação das relações internacionais em que o princípio do interesse nacional substituiu a confissão religiosa. o Estabeleceu-se não só um novo equilíbrio de poder, mas uma nova regra do jogo das relações internacionais. o Os tratados de Westfália de 1648 marcaram a construção da ordem europeia moderna, em que a Razão de Estado sobrepõe-se aos princípios religiosos medievais, até então base das grandes monarquias nacionais. o Constituiu-se um novo edifício jurídico e político para a ordem europeia. O mais importante resultado do final da guerra foi o surgimento de um sistema internacional de Estados. o Estabeleceu-se um pressuposto de reciprocidades, um direito internacional com pactos regulando relações internacionais. o Os Estados deixaram de sujeitar-se a normas morais externas a eles próprios e passaram a seguir a RAZÃO DE ESTADO. Reconhece-se a soberania do Estado independentemente de sua confissão religiosa. Considerações finais O fim do período medieval trouxe consigo uma outra estrutura de poder agora não somente administrada pelos clérigos. Os monarcas tornaram-se importantes para que o novo poder instituído viesse a atender as demandas de novos grupos sociais. O rei coberto em suas vestes repletas de detalhes e cores se distinguia de seus súditos por meio de sua aparência. o Um rei costumava utilizar adornos revestidos em ouro e carregar relíquias sagradas em suas mãos. Mais do que um indivíduo ocupando um cargo político, o rei era visto como um instrumento dotado de virtudes irrevogáveis como justiça, ordem, prosperidade, vitória e força. O rei seria o cabeça de uma “casa” composta por uma multidão de pessoas que representariam as demais partes de um corpo harmonioso. Os Estados Absolutistas da Europa ocidental foram os mais fortes. Três outros casos existiram na periferia da Europa: a Rússia, a Prússia e o Império Austríaco. Outro fator importante na construção do Estado Nacional foi a adesão da Igreja ao novo poder, proclamando o caráter divino do rei. As revoluções burguesas colocaram o poder do rei em questionamento. AS REVOLUÇÕES BURGUESAS E A CRISE DO ANTIGO REGIME. REVOLUÇÃO INGLESA No início do século XVII a Inglaterra desfrutava de grande prosperidade, graças à política mercantilista. Comércio de lã, manufaturas, pirataria Desenvolveu uma rica e influente burguesia. A alta burguesia tinha acesso à corte, ligando-se intimamente à nobreza. o Recebia concessões mercantis Poderosos e lucrativos monopólios. O poder real também encontrava apoio nos proprietários de terra que se beneficiavam com os enclosures. Foi o auge do absolutismo inglês. No entanto, houve um crescimento muito grande da burguesia e a monarquia não conseguia mais assegurar a toda essa classe os monopólios e privilégios. A parcela da burguesia que passou a não se beneficiar com os monopólios tratou de desenvolver a indústria doméstica. o Passou a contestar a política mercantilista e defender uma economia livre de monopólios. Isso significava a eliminação do absolutismo e adoção de um regime liberal. Os camponeses também realizaram rebeliões ante a situação de miséria a que se viram. A religião foi um veículo de expressão dos interesses políticos dos ingleses nesse momento. o Católicos e anglicanos apoiavam a monarquia. o Presbiterianos e puritanos apoiavam o parlamento Os anglicanos eram o grupo predominante no poder. o Os burgueses das privilegiadas companhias monopolísticas aderiram ao anglicanismo, procurando fortalecer o absolutismo que os beneficiava. O anglicanismo era a opção típica dos grupos dominantes. Os católicos eram em grande parte provenientes da nobreza feudal, defendiam o absolutismo com receio de perder os privilégios que ainda possuíam. Os calvinistas dividiam-se em dois grupos: presbiterianos e puritanos. Provenientes da burguesia eram a maioria entre os membros da câmara dos comuns ( não-nobres), fazendo oposição ao absolutismo. Os presbiterianos liderados pela alta burguesia faziam uma oposição moderada e defendiam a monarquia parlamentar Os puritanos liderados pela nova e pequena burguesia eram mais radicais e defendiam a implantação de uma República. Sua repulsa ao anglicanismo voltava-se para o ódio à hierarquia clerical. Jaime I, rei da Escócia tornou-se em 1603, rei da Inglaterra e também da Irlanda que era dominada pelos ingleses. o Reinou de 1603 a 1625. O governo de Jaime I foi marcado por: o Violenta perseguição aos católicos e calvinistas, na tentativa de consolidar o anglicanismo. o Imposição de uma política tributária de péssima repercussão. Criou novos impostos e aumentou os já existentes. O Parlamento reagiu invocando a Magna Carta de 1215, na qual se deixava claro que o rei não poderia criar ou aumentar impostos sem aprovação dos representantes do povo. o O Parlamento foi dissolvido por Jaime I em 1614. Estava configurada a oposição Parlamento/Realeza. O absolutismo inglês iniciava sua crise. Com a morte de Jaime I, seu filho Carlos I assumiu o trono e deu prosseguimento ao estilo de governo adotado por seu pai. o Governou de 1625 a 1649 Em 1628, o parlamento que havia sido convocado novamente em 1621, exigiu do novo rei o juramento da Petição de Direitos, sob pena de não votarem mais a aprovação de impostos. Petição de Direitos: o Garantia o cidadão contra detenções arbitrárias e tributos ilegais; o Reafirmava o conteúdo da Magna Carta. Carlos I cedeu, jurou e assinou a petição e em consequência recebeu a aprovação dos impostos que pretendia aplicar. Em seguida dissolveu o Parlamento que assim ficou por 11 anos. Carlos I empenhou-se em anglicanizar a Igreja Presbiteriana escocesa (1637). A resposta escocesa foi a invasão do norte da Inglaterra. Buscando solução para a questão o monarca reconvocou o Parlamento, que considerou mais importante lutar contra o absolutismo do que contra a Escócia. o O parlamento foi logo dissolvido. o Em 1640, novamente convocou o Parlamento, mas ao tentar uma nova dissolução em 1642, iniciou uma guerra civil na Inglaterra. Ao lado do rei ficaram católicos e anglicanos o Formaram o exército monarquista ou dos cavaleiros. o Em oposição formou-se o exército dos cabeças redondas (presbiterianos e puritanos), defensores do Parlamento. Após sete anos de luta, os cabeças redondas derrotaram os cavaleiros, executaram Carlos I, suprimiram a monarquia e proclamaram a República na Inglaterra- chamada Commonwealth. REPÚBLICA PURITANA Durante a guerra civil, os puritanos e presbiterianos romperam sua aliança. o Terminada a guerra os puritanos expulsaram do Parlamento os presbiterianos. A República recém proclamada sustentava-se no Parlamento puritano e no exército e tinha caráter essencialmente burguês. o Seu principal líder era Oliver Cromwell. Já em 1649, ocorre uma rebelião na Irlanda, pais católico, favorável ao retorno do absolutismo. o Cromwell massacrou cerca de 2 mil homens; o Confiscou as terras dos católicos irlandeses e entregou-as aos protestantes; O derramamento de sangue não havia cessado até bem pouco tempo. Cromwell lançou os Atos de Navegação: o Estabelecendo que somente embarcações inglesas poderiam realizar o comércio de mercadorias procedentes da Inglaterra ou a ela destinadas. Consolidava a hegemonia da frota inglesa nos mares que duraria até a IGM Cromwell acabou por dissolver o Parlamento em 1653, impondo uma ditadura pessoal e nomeando a si mesmo Lorde Protetor da Inglaterra de forma vitalícia. Foi apoiado pelos militares e pela burguesia. Após a morte de Cromwell (1658) a monarquia foi restaurada e o Parlamento reconvocado. o Composto de maioria anglicana, o parlamento coroou Carlos II Carlos II tinha sido educado na França e promoveu uma política de aproximação para com os franceses. A aproximação com a França não foi bem vista: Pela burguesia, por causa dos interesses econômicos em jogo, Pela nobreza anglicana temerosa em perder seus privilégios (terras, isenções de tributos, cargos públicos). As simpatias do soberano pelo Catolicismo reviveram os conflitos religiosos. A reação do Parlamento foi o Ato de Exclusão (1679) Os católicos foram excluídos dos postos de governo e dos cargos públicos. Também foi aprovada a Lei do Habeas-Corpus medida que garantia ao indivíduo proteção legal contra detenções arbitrárias. Novamente o Parlamento foi dissolvido (1683) A situação se agravou com a morte de Carlos II, pois o trono foi herdado por seu irmão Jaime II, católico convicto. o Jaime II ameaçou restabelecer o Catolicismo como religião oficial. Por trás das opções religiosas ocultavam-se os interesses sociais: Voltar ao catolicismo significava a justificativa do absolutismo e a perda dos privilégio da nobreza anglicana. Frente ao perigo católico (absolutismo e aproximação com a França) o parlamento uniu-se e resolveu oferecer a Coroa a um holandês, Guilherme de Orange ( protestante casado com a filha mais velha de Jaime II). A contrapartida seria a manutenção do anglicanismo e um Parlamento livre. Jaime II não apresentou resistência, fugiu para a França. Guilherme de Orange foi coroado como Guilherme III. o Ocorria a Revolução Gloriosa – 1688. Já no ano seguinte o absolutismo foi substituído pela monarquia constitucional em que a realeza ficava submetida ao Parlamento. O novo rei jurou a declaração de direitos, que assegurava ao Parlamento o direito de aprovar ou rejeitar impostos e garantia a liberdade individual e a propriedade privada e estabelecia o princípio da divisão de poderes O primeiro Ministro passou a ser chefe de governo e o monarca chefe de Estado. O rei reina, o Parlamento governa. CONSEQUÊNCAIS DA REVOLUÇÃO GLORIOSA. Lançou por terra o absolutismo; Criou a monarquia parlamentar para garantir os interesses burgueses; A burguesia passou a participar das decisões políticas que envolviam o modelo econômico inglês, estabelecendo no lugar do mercantilismo, uma economia de livre comércio, o liberalismo econômico. Eliminaram-se os monopólios e privilégios mercantis. Era o fim do Antigo Regime na Inglaterra.