Concede a Medalha João Pacífico e o Diploma de Gratidão ao Dr

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Projeto de Decreto Legislativo nº 3, de 11 de junho de 2007.
Outorga a “Medalha João Pacífico” e o
“Diploma de Gratidão ao Professor Roberto
Vignati.
A Câmara Municipal de Cordeirópolis decreta:
Art. 1º - Fica outorgada a “Medalha João Pacífico” e o “Diploma de Gratidão”, criados pela
Resolução nº. 1, de 9 de maio de 2002, ao Professor Roberto Vignati, que serão entregues em
sessão solene, oportunamente convocada.
Art. 2º - Este Decreto Legislativo entra em vigor na data de sua publicação.
Justificativa
Nicola Roberto Vignati nasceu em São Paulo, em 8 de outubro de 1941, filho de
Vicente Vignati e Laura Vignati. Depois de lecionar durante vários anos como professor de
interpretação no curso de Artes Cênicas da Universidade Barão de Mauá, de Ribeirão Preto,
atualmente dá aulas da mesma matéria para alunos do 4º termo da Escola de Teatro Everton de
Castro, em São Paulo.
Nesta escola, dirigiu “A Maratona de Dança”, adaptação do livro de Horace McCoy,
em 2001, em 2002 “Ópera de Sabão”, de Marcos Rey, “Tempo de Assassinos” e “Mundo, Vasto
Mundo”, de sua autoria, e “Vidas Secas”. Em 2003, “Casais Liberais”, comédia de Dario Fo e
Franca Ramme.
É também orientador do Projeto Ademar Guerra, da Secretaria de Estado de Cultura,
desde 1997. Dentro do projeto, vem orientando e criando grupos de teatro com estudantes da
Zona Sul da Capital, onde encenou “Morte e Vida Severina”, “Missa Leiga”, de Chico de Assis,
e “Drummond, o Anjo Torto”, em 2002.
Dentro do mesmo projeto, e com estudantes, dirigiu, de sua autoria, “Manuel, Bandeira
do Brasil”. Em 2001, “Vidas Secas”, adaptação do livro com jovens de 13 a 18 anos, em
apresentações em escolas e no bairro Cidade Dutra.
Em 2003 estreou no Festival de Teatro de Curitiba “O Tempo Saiu do Eixo” e uma
adaptação de “Vidas Secas”, com alunos formandos da mesma escola. Em 2004, dirigiu
“Brincando em Cima Daquilo” no Fringe Festival de Curitiba, que participou de diversos
festivais, recebendo diversos prêmios.
No teatro, já fez tudo. Trabalhou e trabalha como ator, diretor, cenógrafo, figurinista,
tradutor, autor, iluminador, faz trilhas e efeitos sonoros de seus espetáculos.
Nos anos 70 foi crítico de teatro no Diário Popular. Ao longo de sua carreira, foi
também jurado de vários festivais regionais, estaduais e nacionais de teatro.
Já dirigiu quase uma centena de espetáculos e trabalhou com os mais consagrados
nomes de nosso cenário artístico. No teatro, seus sucessos foram “Bent”, de Martin Sherman, em
1981, que recebeu doze prêmios; “Bella Ciao”, de Luiz Alberto de Abreu, em 1982, que recebeu
18 prêmios, incluindo o de melhor ator para todos os participantes do elenco, acontecimento
único no cenário teatral brasileiro; “Brincando em Cima Daquilo”, de Dario Fo, em 1984, com
Marília Pêra, que recebeu oito prêmios, “Casal Aberto”, do mesmo autor e Franca Rame, que em
1988, na montagem de Belo Horizonte recebeu 10 prêmios e fez temporada até em Portugal; “A
Casa de Bernarda Alba”, de Garcia Lorca, comemorando o cinqüentenário da morte do autor, em
1986. Recebeu prêmio de melhor diretor por “Uma Rosa para Hitler”, de Greghi Filho e sua
autoria, com o ator Osmar Prado no papel título.
Já recebeu prêmios de direção, iluminação e efeitos sonoros. E deu prêmios de
interpretação para muitos atores consagrados e revelação para outros, sendo o responsável pelo
lançamento de muitos talentos que hoje se projetam nas mais diversas áreas do cenário artístico
nacional.
Em 1998, recebeu uma verdadeira consagração no 5º Porto Alegre em Cena, com “A
Hora da Estrela”, que ele adaptou do livro de Clarice Lispector e que foi musicado por Gilda
Vanderbrande. Após temporada em São Paulo, o espetáculo esteve em Porto Alegre,
representando São Paulo, ao lado de 40 países. Seu mais recente sucesso profissional foi “Rose
Rose”, de Martin Sherman.
Como professor de interpretação do 8º semestre da Faculdade Paulista de Artes, desde
2003, realizou com formandos montagens de peças de Tchecov, Brecht, Gorki, Garcia Lorca,
Ionesco, Arthur Miller, Tennessee Williams, John Ford e Nelson Rodrigues.
Ao lado do teatro, desenvolveu uma carreira na televisão, onde trabalhou durante 10
anos na Rede Globo, dirigindo novelas de grande sucesso, como “Pai Herói”. Dirigiu, durante 7
anos, 25 episódios do “Sítio do Picapau Amarelo”, programa premiado e apresentado em 52
países, consagrando-se no mundo inteiro com prêmio da Unesco. Dirigiu inúmeros trabalhos,
como “Mundo da Lua”, que há dez anos vem sendo reprisado pela TV Cultura.
Dirigiu, ainda, nesta emissora, o Telecurso 2º Grau; o “Teatro 2”, juntamente com
Ademar Guerra, Antunes Filho e Antonio Abujamra, exibindo contos brasileiros, e em 13
episódios revelou autores e obras consagradas de Aníbal Machado, Rubem Fonseca e Wander
Pirolli.
Atualmente, é o Supervisor Geral de “Umas e Outras”, na All TV, primeira novela da
internet, que está no ar. Vai responder pela direção da minissérie “O Homem que Calculava”, de
Attilio Bari, inspirada em Malba Tahan, na TV Cultura.
Trabalha também com um grupo de jovens da cidade, formando o “Grupo de Teatro
Pingo d´Água”, escrevendo e dirigindo, em 2006 e 2007, o espetáculo “João Pacífico – O Poeta
do Sertão”, que recebeu, no II Festival Nacional de Teatro de Limeira, prêmios de 2º Melhor
Espetáculo, Melhor Direção Musical, Melhor Ator e Melhor Roteiro Original, e mais três
indicações: Melhor Ator Coadjuvante, Melhor Atriz Coadjuvante e Melhor Direção. No VII
Festival de Teatro “Cacilda Becker”, em Pirassununga, conquistou os prêmios de Melhor
Espetáculo, Melhor Direção, Melhor Direção Musical, Melhor Ator, Melhor Cenografia e Atriz
Revelação, recebendo indicações de Melhor Atriz, Melhor Atriz Coadjuvante e Melhor Ator.
Diante do exposto, peço aos nobres Pares desta Casa de Leis a aprovação por
unanimidade, desta importante honraria a este cidadão vem trabalhando em prol de nossa cidade
e levando seu nome a todo o Estado.
Câmara Municipal de Cordeirópolis, 11 de junho de 2007.
David Bertanha
Vereador
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