Clipping - Departamento DST/AIDS e Hepatites Virais ÍNDICE Governo federal paga mais caro por remédios que os municípios (DEU no www.correiobraziliense.com.br)................................................................................................................2 Compra de remédios pode ser alvo do TCU ..........................................................................................2 "Sou otimista, é coisa de gente do interior" ............................................................................................3 Em debate, prefeitos do interior dizem que a saúde é o principal problema ....................................4 Pesquisa vai estudar doença de mulher que tomou Novalgina ..........................................................5 Brasil aprova droga para endometriose ..................................................................................................5 Indicadores de pobreza e fome apresentam melhora ..........................................................................7 Costa acusa PSB de trair ex-presidente .................................................................................................8 Alíquota de ICMS de remédios do Farmácia Popular pode ser zerada .............................................9 Um artigo apócrifo (Arnaldo Jabor) ........................................................................................................10 E mais... (Ancelmo Gois) .........................................................................................................................11 Alô, Padilha! (Ancelmo Gois) ..................................................................................................................11 Unifesp investigará síndrome..................................................................................................................12 Seca e frio favorecem casos de pneumonia ........................................................................................12 Vacinação para quase 22 mil ..................................................................................................................15 Médico que atender jovem embriagado ou drogado deve avisar os pais dele? (Artigo) ..............15 Governo paga mais por remédio do Farmácia Popular do que municípios, informa o Estado de S. Paulo ......................................................................................................................................................16 Governo paga mais por remédio do Farmácia Popular do que municípios, informa o Estado de S. Paulo ......................................................................................................................................................17 Políticos e representantes da indústria farmacêutica criticam durante seminário em São Paulo altos impostos sobre medicamentos......................................................................................................18 Press Release from Business Wire : Citi ..............................................................................................18 Unifesp vai estudar síndrome de paciente que tomou Novalgina .....................................................21 Brasil aprova primeiro remédio para endometriose ............................................................................21 "Sou otimista, é coisa de gente do interior", diz Reynaldo Gianecchini ...........................................23 Em debate, prefeitos do interior de SP dizem que a saúde é o principal problema ......................24 Um artigo apócrifo por mim mesmo .......................................................................................................26 CORREIO BRAZILIENSE - DF | BRASIL ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES 21/08/2012 Governo federal paga mais caro por remédios que os municípios (DEU no www.correiobraziliense.com.br) O Ministério da Saúde paga mais que os municípios por remédios distribuídos pelo programa Aqui Tem Farmácia Popular. Em um dos casos, como no do anticoncepcional Etinilestradiol+levonorgestrel, o valor chega a ser 163 vezes maior. Esse aumento se deve à maneira como a compra é feita: enquanto os municípios fazem licitações, a pasta retorna às farmácias particulares a diferença entre o valor fixado com o setor privado e o que o consumidor paga. O preço elevado causou espanto ao líder do PSDB, Alvaro Dias, que pedirá explicações ao ministro Alexandre Padilha e apuração ao Tribunal de Contas da União. O ESTADO DE S. PAULO - SP | VIDA ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES 21/08/2012 Imagem 1 Veja a matéria no site de origem Compra de remédios pode ser alvo do TCU O líder do PSDB, senador Alvaro Dias (PR), protocolou ontem na Mesa Diretora do Senado dois requerimentos relacionados à iniciativa do Ministério da Saúde de pagar preços mais elevados pelos remédios vendidos no Programa Aqui Tem Farmácia Popular do que os valores desembolsados pelos municípios na aquisição de medicamentos distribuídos gratuitamente nos postos de saúde do País. O líder pede ao Tribunal de Contas da União (TCU) que realize auditoria. Dias cita dados da reportagem do Estado de ontem, como o mapeamento do banco público de compras mostrando que o ministério pagou mais por 17 dos 21 itens analisados. "A diferença entre o que saiu do caixa do governo e o menor preço encontrado no mercado, em compras feitas este ano no programa, ultrapassa meio bilhão de reais", relata. No outro requerimento, o tucano quer saber como o ministério determina o valor do reembolso feito ao setor privado, indaga se é feito algum tipo de levantamento para comparar os preços que paga ao setor privado e os preços encontrados no mercado, e sobre a diferença entre esses preços. /ROSA COSTA FOLHA DE S. PAULO - SP | ILUSTRADA ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES 21/08/2012 Veja a matéria no site de origem "Sou otimista, é coisa de gente do interior" DE SÃO PAULO Em entrevista à Folha, Reynaldo Gianecchini conta como voltou a trabalhar após o tratamento contra o câncer Ator diz que acha que está melhor do que aos 20 anos e que não se incomoda com rumores sobre sua Sexualidade Leia trechos da entrevista com o ator. (ELISANGELA ROXO) Folha - A discussão de "Guerra dos Sexos", que fala com humor da diferença de gêneros ainda é atual? Reynaldo Gianecchini - Sim, porque os homens continuam não entendendo muito as mulheres. Acho difícil entendê-las. Ainda mais esse novo modelo que está conquistando um monte de coisas e que ainda quer ter todo o tratamento anterior. Acho que até elas estão com dificuldade de se encontrar. Foi pesado fazer "Cruel"? Meu personagem era muito mau, mas eu tinha até dó dele, porque ele tinha uma razão para ser daquele jeito. Não era pesado, era engraçado. Ele usava muita ironia, tinha um humor ácido, não era pesado de fazer. Ele ia matando o outro, se vingando por meio da palavra. Nando é disputado por muitas mulheres; existe nisso uma proximidade com a sua vida? Nando é o gostosão que não sabe que é bonito. Nosso ponto em comum é que ele também é um cara do interior. Mas ele tem uma coisa que eu não tenho: ele é muito pessimista, acha que tudo vai dar errado -e dá. Eu sou superotimista, sempre fui assim, é coisa de gente do interior. Eu identifico quem vem de lá pelo olho, a pessoa tem, assim, um olhinho puro. Mais caipira? No sentido de ser ingênuo, de não acreditar muito na maldade. De viver num mundo muito desprotegido. Na cidade grande, você aprende desde cedo a se proteger demais, com toda a violência. O personagem, como você, também também se envolve com alguém mais velho? Eu sempre me envolvi com gente mais velha, mas isso não quer dizer que eu não gosto das mais novas, né? Acho que a idade deixa as pessoas mais interessantes, quando elas se cuidam. Eu me sinto muito mais bonito hoje, aos 39, do que com 20 e poucos anos. O tempo é muito benéfico se você não deixa tudo cair, com desleixo. Sempre teve certeza que gravaria a partir de julho? Durante o meu tratamento, o mais importante era ficar bem. Era um puta incentivo, saber que tinha um trabalho me esperando, mas eu tinha meu tempo. Sempre acreditei desde o começo que tudo ia sair certinho, mas claro poderia haver alguma intercorrência. Quando se faz o transplante, a gente fica muito fragilizado. Eu tinha dentro de mim uma grande certeza. Um mês após o transplante eu já estava fazendo exercício. Alguma leitura foi marcante ao longo tratamento? Li de tudo, de biografia a alimentação. Estava muito focado em como deveria ser a minha vida dali para a frente. Acho que o livro nos encontra. É impressionante como às vezes a gente compra um livro e deixa na pilha; um dia resolve ler e sempre é a hora certa. Agora estou lendo uma biografia que é quase uma proposta de trabalho: "Como Viver" [Objetiva] sobre Montaigne, um filósofo francês. Como a experiência do câncer afetou sua espiritualidade? Sempre busquei muito o entendimento, minha relação com desconhecido.[O câncer] mudou uma coisa muito profunda em mim que é até difícil de mensurar, principalmente na minha relação de troca entre seres humanos, uma coisa de amor. A gente tem uma natureza espontânea de ser solidário, numa tragédia as pessoas se unem. A gente é feito de amor, de luz, acho que foi só isso, me conectei mais com a minha essência. Você é espírita? Não sou praticante de nenhuma religião. O espiritismo foi umas das religiões que eu deixei as pessoas rezarem para mim, não fiz nenhum tratamento espiritual, meu pai fez. Para ele ajudou a se conectar, foi bacana. Eu não fiz operação espiritual. Você se incomoda com a especulação dos fãs sobre a sua Sexualidade? Nada me incomoda; acho que se você ficar pensando no que os outros acham, não vive. Resolvi viver a minha vida, as pessoas adoram inventar e ouvir uma historinha errada, mentirosa. Se eu fizesse 10% do que falam de mim, minha vida seria bem mais animada. FOLHA DE S. PAULO - SP | COTIDIANO ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES 21/08/2012 Veja a matéria no site de origem Em debate, prefeitos do interior dizem que a saúde é o principal problema Evento Folha DE SÃO PAULO - Financiamento da saúde é o maior problema das prefeituras hoje. Mobilidade urbana será em breve o grande desafio das cidades médias. E a crise internacional reduzirá os orçamentos. Essas foram algumas das conclusões do debate entre prefeitos do interior paulista realizado na Folha ontem. Segundo o prefeito de São José dos Campos, Eduardo Cury (PSDB), a rede de saúde municipal atrai moradores da região "sem receber por isso". Cury e os prefeitos de Sorocaba, Vítor Lippi, e de Piracicaba, Barjas Negri, todos do PSDB, criticaram a política para a saúde da presidente Dilma. "O Ministério da Saúde tem diminuído sua participação no financiamento da saúde", afirmou Negri. Para melhorar o trânsito, Cury e Lippi defenderam a ampliação das ciclovias, o desestímulo aos carros e a desoneração do transporte público. Já Negri disse que devem haver "grandes investimentos" em avenidas, "para fazer carros e motos que estão sendo vendidos rodarem". As três cidades têm montadoras de veículos. Os três prefeitos, que estão no último ano de seu segundo mandato e não podem se reeleger, afirmaram que todos os prefeitos terão dificuldades para fechar o caixa por causa da crise iniciada em 2008. Todos concordaram que prefeituras de uma mesma região têm de trabalhar em conjunto para resolver problemas locais. Leia mais sobre o debate folha.com/no1140480 FOLHA DE S. PAULO - SP | CIÊNCIA SAÚDE DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS 21/08/2012 Veja a matéria no site de origem Pesquisa vai estudar doença de mulher que tomou Novalgina DE BRASÍLIA Justiça condenou fabricante da droga por ter causado síndrome de Stevens Johnson Em parceria com uma universidade japonesa, a Unifesp se prepara para estudar o perfil genético de pessoas que tiveram a síndrome de Stevens Johnson e, assim, mapear gatilhos para o desenvolvimento da doença. A síndrome é uma reação imunológica aguda, em grande parte desencadeada por medicamentos (mais de cem já foram ligados ao problema) ou infecções. Provoca graves bolhas e queimaduras na pele e em mucosas. Reportagem da Folha da semana passada mostrou que o Tribunal de Justiça do Distrito Federal determinou que o fabricante da Novalgina pagasse R$ 1 milhão em indenização a Magnólia Almeida, por entender que ela teve essa síndrome a partir do remédio. O fabricante vai recorrer. Segundo José Álvaro Pereira Gomes, professor do departamento de oftalmologia da Unifesp e um dos médicos de Magnólia, ainda não se sabe o que leva uma pessoa a desenvolver a síndrome -às vezes, a partir de um remédio usado com frequência. Estudos internacionais, diz, indicam que a predisposição pode estar no DNA da pessoa. "Se soubermos o perfil imunológico antes, a gente vai conseguir dizer: esse tipo de paciente não deve tomar esse tipo de medicação." No ambulatório de oftalmologia da Unifesp, são acompanhados cerca de 50 pacientes que tiveram a síndrome e têm complicações nos olhos decorrentes da doença, como falta de lubrificação e lesões no globo ocular. Um questionário aplicado no ambulatório sobre a qualidade de vida de quem teve a síndrome mostrou que ela é parecida com a dos pacientes com HIV, afirmou Gomes. "Eles sentem dor, não enxergam, a maior parte é de jovens -há pacientes que são crianças. E ficam totalmente debilitados." (JOHANNA NUBLAT) FOLHA DE S. PAULO - SP | CIÊNCIA SAÚDE ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES 21/08/2012 Veja a matéria no site de origem Brasil aprova droga para endometriose CLÁUDIA COLLUCCI DE SÃO PAULO Vantagem do novo medicamento é que ele pode ser ingerido, em vez de injetado, e seu uso pode ser contínuo Calcula-se que 6 milhões de mulheres sofram com o problema; quase metade delas corre risco de infertilidade A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorizou a venda no país do primeiro remédio específico para tratar a dor da endometriose, doença que afeta o endométrio (membrana interna do útero) e atinge 6 milhões de brasileiras. Segundo os médicos, a principal vantagem do novo medicamento (Allurene) é o uso prolongado e por via oral. Antes, o único tratamento aprovado para a doença eram drogas que interrompem o funcionamento dos ovários, causado uma menopausa temporária (análogos do GNRH). São administradas por injeção ou aerossol nasal. O problema é que elas não podem ser usadas por mais de seis meses porque tiram o cálcio dos ossos, levando à perda óssea (osteoporose). Outra opção (off label, ou seja, usada sem indicação oficial para esse fim) é o DIU Mirena, que bloqueia a menstruação e inibe o crescimento do endométrio. Mas muitas mulheres não se sentem confortáveis com ele. Para o ginecologista da Unicamp Carlos Alberto Petta, o Allurene não é a droga definitiva para tratar endometriose, mas é a única novidade nos últimos anos. Estudos clínicos demonstraram que o remédio alivia, principalmente, as dores menstruais e as que surgem durante relação sexual. Petta afirma, porém, que ainda não foram estudados os efeitos do remédio em grupos específicos de mulheres com endometriose, como aquelas em que a doença já se instalou no intestino ou na parede externa dos ovários (endometrioma). AÇÃO DO REMÉDIO O remédio é um repositor hormonal que inibe a produção do estrógeno no endométrio- o estrógeno é que alimenta a doença. Segundo o ginecologista Maurício Simões Abrão, professor da USP, o medicamento pode causar alteração do sangramento menstrual. Outros efeitos colaterais são dores de cabeça, desconforto nos seios e depressão. O preço da droga, em torno de R$ 170 (para cada caixa com 28 comprimidos de 2 mg), é um outro fator limitante para mulheres com poder aquisitivo menor. Petta e Abrão também alertam que ainda não há cura para a doença e que o tratamento deve ser adaptado para cada paciente. "Não existe uma única abordagem ideal", diz Petta. Estudos demonstram que quase metade das mulheres com endometriose pode sofrer de infertilidade. O diagnóstico costuma ser tardio. A mulher leva, em média, sete anos entre o início dos sintomas e a detecção e tratamento da doença. DEMORA Entre as mais jovens (abaixo dos 20 anos), o tempo é ainda maior: 12 anos. "A demora do diagnóstico está claramente associada ao avanço da doença", diz Abrão. Falta de informação e acesso aos serviços de saúde são as principais motivos. Segundo Abrão, o Ministério da Saúde estuda montar um programa com capacitação de médicos do SUS para um diagnóstico mais rápido e eficaz da doença. Hoje, o tratamento está disponível, principalmente,em centros médicos ligados às universidades públicas. VALOR ECONÔMICO -SP | SUPLEMENTOS ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES 21/08/2012 Imagem 1 Veja a matéria no site de origem Indicadores de pobreza e fome apresentam melhora Por Para o Valor, de São Paulo As políticas públicas de combate a pobreza ganharam vulto e se multiplicaram no Brasil nos últimos anos. O Plano Brasil Sem Miséria, que comemorou um ano em julho, reforça programas que já estavam em curso como o Bolsa Família e o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), uma das ações do Fome Zero que promove acesso a alimentos às populações em situação de insegurança alimentar e impulsiona a inclusão social e econômica no campo por meio do fortalecimento da agricultura familiar. O governo também cria novos programas como Brasil Profundo, voltado a famílias que moram em lugares distantes como Pantanal, floresta Amazônica, regiões do Norte de difícil acesso e pequenos municípios do Nordeste; e o Bolsa Verde que garante R$ 300 a cada trimestre a famílias em situação de extrema pobreza dentro de florestas e áreas de reservas extrativistas que produzem com critérios de sustentabilidade. Cerca de 12 mil famílias foram beneficiadas por esse programa no primeiro semestre deste ano. Ainda sem números fechados sobre os resultados dos programas, o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), aposta em mecanismos como o Busca Ativa que localiza famílias em situação de extrema pobreza nos lugares mais distantes do país. "Nosso esforço agora é alcançar pessoas que estão em situações tão vulneráveis que não recebem sequer a informação sobre os programas do governo", afirma Tiago Falcão, secretário extraordinário de Superação da Extrema Pobreza, órgão ligado ao Ministério do Desenvolvimento Social (MDS). Os programas de buscas resultaram no cadastramento de 687 mil famílias que ainda não faziam parte de nenhum programa do governo. O objetivo do Brasil Sem Miséria é ambicioso: erradicar a pobreza extrema até 2014. Os resultados das ações desenvolvidas até agora devem ser divulgados em setembro. Mas os desafios ainda são grandes. O Brasil tinha em 2010 cerca de 16,2 milhões de pessoas em situação de pobreza extrema, em famílias com renda per capita mensal inferior a R$ 70,00. No campo, o Brasil Sem Miséria foca o aumento da produção do agricultor com acompanhamento técnico, oferta de insumos, construção de cisternas em locais de seca e facilitação do acesso ao mercado com o aperfeiçoamento do PAA. Hoje, mais de 35,5 mil famílias recebem assistência técnica no Nordeste e em Minas Gerais. Neste ano, outras 93,4 mil famílias serão atendidas. "Este tipo de política gera resultado positivo porque não tem cunho assistencialista, mas trabalha na transferência de renda, na manutenção da criança na escola, no acesso aos mercados para a produção da agricultura familiar", afirma Muriel Saragoussi, coordenadora da Campanha Cresça da Oxfam. A organização internacional, que no Brasil trabalha no combate a pobreza, acredita que dois pontos são fundamentais para tirar pessoas da miséria no país. Um deles, diz Muriel, é o fomento à agroecologia, forma de produção que mais se adapta à agricultura familiar já que o sistema protege o solo, a água e propiciar a variedade de produtos, que garante a resiliência do pequeno produtor. O outro, é a necessidade de reforçar programas de gênero já que as mulheres são hoje as grandes produtoras de alimentos no mundo. Nas últimas décadas, houve uma melhora de forma geral na questão da fome em todo o mundo, principalmente em algumas regiões da América Latina, Ásia e China. Em 2006 e 2008, a crise dos alimentos causada por uma série de fatores, entre eles a demanda por biocombustível e especulação de derivativos, comprometeu essa evolução. "As famílias pobres gastam grande parte de seus rendimentos com a alimentação. Quando os preços dos alimentos sobem, elas deixam de fazer as três refeições diárias e consomem produtos mais baratos", afirma Renato Maluf, ex-presidente do Conselho Nacional de Segurança Alimentar Na opinião de Maluf, as fortes políticas do governo de combate à fome protegeram o país de crises desta natureza. "Em termos de disponibilidade de alimentos o Brasil está longe de entrar numa crise", afirma. "No entanto, hoje o problema no Brasil é o modelo predominante de alimentação industrial. A presença de produtos transformados e alimentação fora de casa mudaram a dieta do brasileiro", diz. Um estudo realizado pelo Ministério da Saúde mostra que a proporção de pessoas acima do peso no país passou de 42,7%, em 2006, para 48,5%, em 2011. No mesmo período, o percentual de obesos subiu de 11,4% para 15,8%. (GP) VALOR ECONÔMICO -SP | POLÍTICA ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES 21/08/2012 Veja a matéria no site de origem Costa acusa PSB de trair ex-presidente O primeiro debate entre os candidatos à Prefeitura do Recife foi marcado pelo fogo cruzado entre PT e PSB, em uma prévia do clima beligerante que deve se intensificar a partir de hoje, com o início da propaganda eleitoral no rádio e na televisão. Adversários mais prováveis em um eventual segundo turno, Humberto Costa (PT) e Geraldo Julio (PSB) deram mostras de que a aliança histórica entre seus partidos segue mesmo para um rompimento irreversível - pelo menos no quintal do governador Eduardo Campos (PSB), que tem o Palácio do Planalto como meta. O candidato petista abriu o debate - promovido pela afiliada local da TV Bandeirantes - acusando Campos de ter traído o expresidente Luiz Inácio Lula da Silva ao lançar candidato próprio no Recife. "O PSB, por intermédio do governador, disse a Lula e à presidenta Dilma (Rousseff) que daria apoio ao candidato do PT. Lula fez tudo por Pernambuco, por isso aguardava um gesto do PSB", afirmou Costa, que tem no ex-presidente o grande trunfo de sua campanha. A expectativa é de que as participações de Lula no programa eleitoral do PT compensem a expressiva vantagem de tempo do candidato do PSB, que amparado pelo prestígio do governador, atraiu 14 partidos para sua chapa. O conglomerado rendeu a Julio 12 minutos no programa eleitoral, contra pouco mais de seis minutos do petista, que tem somente o PP e os nanicos PHS e PSDC em seu palanque. O grande temor na seara petista é de que a televisão intensifique o avanço da candidatura do PSB nas pesquisas de intenção de voto. Apesar de ainda estar à frente, Humberto Costa já caiu de 40% para 32% nas últimas três sondagens do Ibope, enquanto que Julio passou de 5% para 16%. Também em queda, o candidato do DEM, Mendonça Filho, tem 16%, enquanto que o tucano Daniel Coelho aparece com 10%. Em ascensão nas pesquisas, apesar de ainda ser relativamente desconhecido pela população, o candidato do PSB também foi o alvo preferencial dos demais postulantes, que questionaram a fonte dos recursos de sua "campanha milionária" e o acusaram de não responder às perguntas, se limitando a dar "respostas decoradas". Por diversas vezes, Costa foi à carga contra Júlio, questionando seus conhecimentos na área da Saúde e desqualificando o perfil técnico reivindicado pelo candidato do PSB. "O técnico só sabe olhar um número e mandar fazer. Mas o povo precisa de sensibilidade política", disse o petista, que também acusou o rival de ter reduzido a cota parte da capital pernambucana nos repasses do ICMS quando era secretário estadual de Planejamento. Segundo Costa, a medida tirou cerca de R$ 327 milhões dos cofres municipais entre 2010 e 2012. "Geraldo Júlio prejudicou dramaticamente o Recife com a mudança na cota parte do ICMS, além de limitar a capacidade de endividamento", disse o senador. No início do debate, o candidato do PSB tentou centrar sua participação na apresentação de propostas - a maioria versões adaptadas de projetos do governo estadual, do qual foi secretário de Planejamento e Gestão e, mais recentemente, de Desenvolvimento Econômico. No entanto, acabou caindo nas provocações dos rivais, chegando a bater boca com o candidato Esteves Jacinto (PRTB), que tem apenas 2% nas pesquisas. Julio ainda teceu duras críticas à gestão do PT no Recife, apesar de o PSB ocupar a vice-prefeitura. E colocou em xeque a competência do oponente petista, que foi Ministro da Saúde no primeiro governo Lula. "O senador Humberto Costa não inaugurou nada quando foi ministro. E foi contra os três novos hospitais que o governador construiu. O PT fez duas unidades de saúde em 12 anos na prefeitura", alfinetou. VALOR ECONÔMICO -SP | BRASIL ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES 21/08/2012 Imagem 1 Veja a matéria no site de origem Alíquota de ICMS de remédios do Farmácia Popular pode ser zerada A partir de setembro, os medicamentos contra hipertensão, diabetes e asma distribuídos gratuitamente pelo programa federal Farmácia Popular poderão ter zeradas suas alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), o que barateará seu custo de produção pela indústria farmacêutica e de aquisição pela administração pública. Os Ministérios da Fazenda e da Saúde formalizaram o pedido de eliminação da tributação estadual desses remédios ao Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), órgão decisório que reúne secretários estaduais de Fazenda do país. De acordo com Antônio Britto, presidente da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma), o pleito - alvo de negociações desde o ano passado entre o ministro Alexandre Padilha e governadores - foi bem avaliado por 25 Estados e pelo Distrito Federal. Ceará foi o único que ainda não se posicionou sobre o assunto, mas deverá ter uma posição afirmativa na próxima reunião do Confaz, em 13 de setembro. Segundo Britto, o fim dos impostos estaduais para os remédios do Farmácia Popular é um primeiro passo da briga travada pelo setor privado contra a alta tributação sobre medicamentos no país, cuja taxa média nacional beira os 35%. "Além dos nossos outros esforços pela redução dos impostos para medicamentos, com o objetivo de aumentar o acesso à saúde no país, vamos pressionar o Ceará para também dar esse passo", afirmou Britto durante o seminário "Medicamentos \u0026amp; Tributos", organizado ontem pelo Valor e pela Interfarma, em São Paulo. Ausente do evento, o secretário da Fazenda do Ceará, Mauro Benevides Filho, disse, por telefone que o Estado pratica desde 2007, como política pública permanente, desoneração tributária para vários setores, incluindo o de medicamentos. "Nós demos parecer favorável ao convênio do Farmácia Popular no Confaz, mas existe uma outra demanda no mesmo processo tratando da desoneração de quatro novos remédios para câncer. Só votaremos a favor quando a indústria nos certificar que haverá redução do preço final do remédio. Ainda não temos essa garantia", explicou Benevides Filho. Manuel dos Anjos Teixeira, secretário do Confaz, disse que há pedido de urgência por parte do Ministério da Saúde para o conselho deliberar sobre o tema, que está na pauta digital do Confaz. Liderada pela Interfarma, a indústria farmacêutica está retomando uma "luta antiga" pela desoneração tributária dos remédios no país. A estratégia inclui apoiar projetos de lei já em tramitação no Congresso Nacional e o apoio a uma frente parlamentar que assumirá a bandeira do corte de impostos dos remédios. As principais reivindicações giram em torno de um projeto de lei que prevê a eliminação de qualquer tributo sobre medicamentos de uso humano e outro que propõe a redução e padronização da cobrança do ICMS para uma faixa de 7% - a maior parte dos Estados adota alíquota de 17% sobre medicamentos. Durante o seminário, o secretário da Fazenda do Paraná, Luiz Carlos Hauly, apresentou a experiência paranaense com redução da alíquota do setor farmacêutico. Em três anos, o ICMS cobrado do setor, que representa 5% da arrecadação estadual, caiu de 18% para 12%. Segundo Hauly, a renúncia fiscal foi coberta por aumento da arrecadação e aumento de alíquotas dos setores de energia, combustíveis, telecomunicações e cigarros e bebidas, responsáveis por dois terços da receita. "Com a medida, o preço do remédio caiu 7% para o consumidor", disse. No Ceará, a intensificação da substituição tributária, que passou a cobrar o ICMS antecipadamente a partir de 2007, permitiu ao Estado reduzir as alíquotas da indústria farmacêutica de 17% para um média de 9,5%. Mesmo assim, o secretário Mauro Benevides Filho, diz que nem sempre o setor transfere o corte de tributo para o consumidor. "A indústria às vezes usa o argumento do Farmácia Popular, um programa social para a população mais pobre, para encobrir a discussão [desonerações já feitas]. Nesse caso só diminuirei o ICMS se houver garantir de queda de preço na ponta", criticou o cearense. O GLOBO - RJ | SEGUNDO CADERNO ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES 21/08/2012 Um artigo apócrifo (Arnaldo Jabor) [email protected] Toda semana surge um novo artigo apócrifo com meu nome... Toda hora um idiota me copia e joga na rede. Há vários; em geral sobre mulheres e amor. Um diz coisas como: "A mulher tem um cheirinho gostoso, elas sempre encontram um lugarzinho em nosso ombro..." E outro: "Adoro celulite... qual é essa de bundinhas duras? Bunda mole é bonito." No dia seguinte, na rua, fui abordado por uma senhora fina que me declarou arquejante de orgulho: "Tenho bunda mole!" E saiu, em doce euforia. Sou amado pelo que não escrevi. Há um site em que contei 23 artigos falsos com meu nome. Não há como escapar; o ladrão tem vielas para fugir com a galinha, mas da internet você não se livra. Por isso, resolvi escrever um artigo apócrifo de mim mesmo. Se puserem na web, eu direi que não é meu. Vamos a isso. A mulher precisa do homem impalpável, impossível. Gosto do olhar de onça, parado, quando queremos seduzi-las, mesmo sinceramente, pois elas sabem que a sinceridade é volúvel. Um sorriso de descrédito baila nas lindas bocas quando lhes fazemos galanteios, mas acreditam assim mesmo, porque querem ser amadas, muito mais que "desejadas". O amor para elas é um lugar onde se sentem seguras. E todas querem casar. O termômetro das mulheres é: "Estou sendo amada ou não?" A mulher não acredita em nosso amor. Quando tem certeza dele, para de nos amar. Nelson Rodrigues me contou: "Uma mulher me disse: quando um homem diz "eu te amo", perco o interesse." Elas estão sempre um pouco fora da vida social, mesmo quando estão dentro. Podem ser executivas brilhantes, mas seu corpo lateja sob o terninho. As mulheres têm uma queda pelo canalha. Ele é mais amado que o bonzinho. Ela sofre com o canalha, mas isso a justifica e engrandece, pois ela tem uma missão: convencer o canalha de que ele a ama, mas não sabe... Mulher não tem critério; pode amar a vida toda um vagabundo que não merece ou deixar de amar instantaneamente um sujeito devoto. Se você for realmente mau, saiba que isso é bom e o faz respeitado de forma oblíqua: "Meu marido é um canalha!" - geme a mulher para as amigas, com um tênue sorriso de orgulho. E as amigas suspiram, invejando-a pelo adorável canalha que a maltrata. Como são amados os malandros... O fiel não tem graça. É tedioso, sempre, enjoado, sem drama. O canalha é aventureiro, malvado, encarna um sonho intangível para a mulher. Todo galã é impalpável. Por outro lado, é preciso muita atenção para saber se a mulher te ama mesmo. Outra vez o Nelson, que fez um teste infalível: "Ou a mulher é fria ou morde. Sem dentada, não há amor possível." Nada mais terrível que a mulher que cessa de te amar. Você vira uma espécie de "mulher abandonada". O homem abandonado se efeminiza em lágrimas vãs. A mulher instila medo no coração do homem. Mesmo com as carinhosas, há perigo. A carinhosa total entedia os machos, que ficam claustrofóbicos. O homem só ama profundamente no ciúme. Só o corno conhece o verdadeiro amor. Mas a mulher nunca é corna, mesmo abandonada, humilhada. A mulher enganada ganha ares de heroína, quase uma santidade. É uma vingadora, até suicida. O homem corno é um palhaço. Ninguém tem pena dele. O homem só vira homem quando é corneado. A mulher não vira nada nunca. Como no Homossexualismo: a lésbica não é veado. O homem é pornográfico; a mulher é amorosa. A pornografia é só para homens. O maior mistério do mundo é a diferença entre os sexos. Por mais que quisermos, nunca chegaremos lá: o mistério de ter ou não pau, o mistério gozoso de dar, o mistério de ver o mundo de dentro de um útero. Ha alguns exploradores, os Travestis, escafandros que tentam mergulhar fundo neste mar e que voltam de mãos vazias. Nunca saberemos quem é o outro, aquele ser com seios, vagina, aquele ser maternal, bom, terrível quando contrariado; e elas nunca saberão o que é um falo pendurado, um bigodão, um jogo de porrinha, um puteiro visitado. Se o amor como resposta deixa a desejar é porque ele aspira secretamente a matar o outro, a abolir a diferença. Se o amor se contentasse com pouco, ele não deixaria tanto a desejar. O amor é uma patética falta de recursos. Daí, o ódio que os primitivos cultivam contra as mulheres; daí, os boçais assassinos do Islã apedrejando-as até a morte. As mulheres são sempre várias. Isso não as faz traidoras; nós é que nos achamos "unos". Só os autoconfiantes são traídos. Esta é uma das razões do sucesso das putas. O que buscamos nelas? Os homens pagam para que elas não existam. O amor exige coragem. E o homem é mais covarde. Elas ventam, chovem, sangram, têm inverno, verão, TPMs, raiam com a manhã ou brilham à noite, derrubam homens com terremotos, nos fazem apaixonados porque nelas buscamos um sentido que não chega jamais. Elas querem ser decifradas, mas nunca acertamos no alvo, pois não há alvo, nem mosca. A mulher quer ser possuída em sua abstração, em sua geografia mutante, a mulher quer ser descoberta pelo homem para se conhecer. Quer descobrir a beleza que cabe a nós revelar-lhe. As mulheres não sabem o que querem; o homem acha que sabe. O masculino é o certo; o feminino é insolúvel. A mulher é metafísica; homem é engenharia. A mulher é muito mais exilada das certezas da vida que o homem. Ela é mais profunda que nós. Deseja o impossível - esta é sua beleza. Vive buscando atingir a plenitude, mesmo que essa "plenitude" seja um "living" bem decorado, um lindo abajur ou o perfeito funcionamento do lar. Vejam o resultado. Muitas mulheres adoram os artigos que "não" escrevi. Mas aposto que este será chamado de machismo politicamente incorreto. Cartas para a redação. O GLOBO - RJ | RIO DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS 21/08/2012 E mais... (Ancelmo Gois) Ainda segundo o documento, em 2012, cerca de 37 mil pessoas vão contrair Aids. Há sete anos, este índice era 12% menor. O GLOBO - RJ | RIO DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS | ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES 21/08/2012 Alô, Padilha! (Ancelmo Gois) Será divulgado hoje o manifesto "O que nos tira o sono", de pesquisadores de universidades brasileiras, contra o que chamam de "descaso do Ministério da Saúde em relação à questão da Aids". O texto diz que, a cada hora, um portador do vírus HIV morre no Brasil. Há sete anos, este número era 10% menor. JORNAL DE BRASILIA - DF | BRASIL DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS 21/08/2012 Veja a matéria no site de origem Unifesp investigará síndrome Em parceria com uma universidade japonesa, a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) estudará o perfil genético de pessoas que tiveram a síndrome de Stevens Johnson e, assim, mapear gatilhos de desenvolvimento da doença. A síndrome é uma reação imunológica aguda, em grande parte desencadeada por remédios (mais de cem já foram ligados ao problema) ou infecções. Causa graves bolhas e queimaduras na pele e em mucosas. Reportagem da Folha de S.Paulo da semana passada mostrou que o Tribunal de Justiça do Distrito Federal determinou que o fabricante da Novalgina pagasse R$ 1 milhão em indenização a Magnólia Almeida, por entender que ela teve essa síndrome a partir do remédio. O fabricante vai recorrer. Segundo José Álvaro Pereira Gomes, professor do departamento de oftalmologia da Unifesp e um dos médicos de Magnólia, ainda não se sabe o que leva uma pessoa a desenvolver o problema - às vezes, a partir de um remédio usado com frequência. Estudos internacionais, diz, indicam que a predisposição pode estar no DNA da pessoa. "Se soubermos o perfil imunológico antes, a gente vai conseguir dizer: esse tipo de paciente não deve tomar esse tipo de medicação." No ambulatório de oftalmologia da Unifesp, são acompanhados cerca de 50 pacientes que tiveram a síndrome e têm complicações nos olhos, como falta de lubrificação e lesões no globo ocular. Um questionário aplicado no ambulatório sobre a qualidade de vida de quem teve a síndrome mostrou que é parecida com a dos pacientes com HIV, afirmou Gomes. "Eles sentem dor, não enxergam, a maior parte é de jovens - há pacientes que são crianças. E ficam totalmente debilitados." JORNAL DE BRASILIA - DF | CIDADES ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES 21/08/2012 Veja a matéria no site de origem Seca e frio favorecem casos de pneumonia Demanda nas emergências aumenta nesta época: crianças e idoso requerem atenção especial Soraya Sobreira O clima seco e de baixas temperaturas tem levado muitos brasilienses às unidades de saúde por conta das doenças respiratórias. A campeã de queixas, até o momento, tem sido a pneumonia. Para se ter uma ideia, no primeiro semestre deste ano, a Secretaria de Saúde registrou 3.982 internações por esta enfermidade nos hospitais da rede pública do DF. Apesar do número elevado, ao se comparar com os dados do mesmo período em 2011, houve uma queda de 29,83%. A preocupação com a doença aumenta pela alta capacidade de levar a óbito tanto idosos como crianças. Segundo o coordenador de pneumologia do Hospital de Base, João Daniel Bringel, nesta época do ano a demanda de atendimento no pronto-socorro aumenta quase 50%. "As pessoas tendem a se aglomerar em locais fechados e com baixa circulação do ar, o que contribui para uma das causas de contaminação", alerta. O médico explica que, antes, se pensava que a asma era a principal doença respiratória em tempos de climas amenos. "Uma equipe fez um estudo usando as guias de atendimentos onde se preenchem os dados dos pacientes, e se descobriu que a pneumonia era a doença com o maior número de casos. Em seguida, aparecem as doenças alérgicas, tais como a rinite e sinusite. Quanto mais umidade, maiores são as aglomerações de fungos", explica. BAIXA IMUNIDADE As crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas ainda são a maioria das vítimas. "Elas têm a facilidade de contrair infecções justamente por terem baixa imunidade. Muitas das vezes, a função pulmonar não funciona 100%. Eles vivem na reserva, então, quando este pulmão precisa trabalhar mais, não há como", conta Bringel. A pequena Geovanna Dias, 4 anos, foi diagnosticada com pneumonia e bronquite. Tudo começou com tosse frequente. Preocupada, a mãe, Mariene Barbosa, 24 anos, resolveu levá-la até um centro de saúde. "Ela estava com tosse há oito dias e depois começou a ter febre. Achei estranho e resolvi procurar ajuda médica", conta a dona de casa. "A doutora me falou da suspeita de ser pneumonia, fui encaminhada para o hospital mais próximo e lá, ao fazer um raio-X se confirmou", detalha. Geovanna foi medicada por meio de nebulização ainda no centro de saúde. "Depois, ela vai tomar os antibióticos e passados dois dias, vamos retornar para reavaliação do quadro dela", diz. Atenção aos sintomas Os médicos alertam os pais, para verificar se uma gripe ou resfriado está evoluindo para pneumonia. "Deve-se observar atentamente os sinais característicos: há quanto tempo a criança tosse ou tem febre? A respiração está acelerada ou difícil? Apresenta dificuldade para comer ou ingerir líquidos?", comenta o pneumologista João Daniel Bringel. A enfermeira-chefe no Centro de Saúde 8 da Asa Sul, Márcia Carneiro, explica que uma média de duas crianças com suspeitas de pneumonia por dia é encaminhada aos hospitais públicos. "Fora desta época, o número de ocorrências acontece bem menos, cerca de duas por semana", avalia. O período considerado crítico pela profissional vai do mês de maio a setembro. "A maioria é de crianças. Passamos a nebulização, que ajuda a soltar a secreção dos pulmões, e assim melhorar também a respiração do paciente", indica. O Ministério da Saúde disponibiliza gratuitamente a vacina antipneumocócica, com o objetivo de reduzir as internações e mortes. Em 2011, o governo ampliou o grupo de risco. Idosos, doentes crônicos e populações indígenas passaram a ser imunizadas, além de crianças entre seis meses e dois anos, gestantes e profissionais da saúde. COMBINAÇÃO PERIGOSA A Sociedade Brasileira de Imunização ressalta que a queda da temperatura e o aumento do tempo seco e poluído desta estação do ano são propícios para aumentar a incidência de doenças respiratórias como a gripe, cujo agente transmissor promove um ambiente favorável à pneumonia bacteriana. "Estas doenças já estão relacionadas ao tempo frio, por isso é tão importante que as pessoas saibam da importância de tomar as precauções, tais como ser imunizado. A vacina é essencial pra garantir a qualidade de vida destas pessoas que fazem parte do grupo de risco", opina o presidente da SBIM, Renato Kfouri. "A pneumonia tem um grande impacto sobre a saúde pública no País, por gerar gastos com hospitalizações e medicações", completa Kfouri. Na opinião do especialista, a pneumonia deveria ser "lembrada com mais frequência, por poder ser evitada ou ter sua gravidade diminuída por uma vacina que existe há muito tempo e poucos têm conhecimento". A pneumonia pode ser causada por bactérias, vírus e fungos. Sensação de 8 °C O frio tem aumentado bastante nos últimos dias no Distrito Federal, o que contribui para a incidência de doenças. Sair de casa bem cedo tem se tornado uma tarefa cada vez mais difícil e, durante a noite e madrugada, o que predomina são os ventos fortes. "Com isto, os conselhos das avós são tão importantes. Muitos pensam que é brincadeira quando ouvimos aquela famosa frase que devemos nos agasalhar bem para sair no frio. Enquanto isto não passa de uma verdade que todos deveriam fazer. O nosso sistema respiratório não está acostumado a inalar o ar frio", informa o pneumologista João Daniel Bringel. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), em Brasília, foi registrada ontem a temperatura mínima de 14ºC, com sensação térmica de 8ºC na madrugada. "Os ventos fazem com que as pessoas sintam ainda mais forte as baixas temperaturas. Mas considero que a umidade neste mês anda melhor que nos anos anteriores", avalia o meteorologista Manoel Rangel. Ontem, a umidade mínima ficou registrada em 40%, e a temperatura máxima foi de 23ºC. A menor umidade até agora, neste mês, foi de 23%. O profissional afirmou que as primeiras pancadas de chuva devem começar no Distrito Federal a partir da segunda quinzena de setembro. Quem não descuida dos cuidados com o filho neste tempo é a costureira Maria do Carmo Cardoso, 37 anos. Ela faz questão de agasalhar bem Riquelme Machado, 8 anos, antes de sair de casa. "Ele está gripado há 15 dias. Andei muito preocupada porque ele também tem rinite alérgica. Este tempo para ele é complicado, por isso, minha rotina é de quase sempre acompanhá-lo nas idas ao médico", conta. Por suspeitar que o filho pudesse estar com pneumonia, ela procurou ajuda no centro de saúde. "Vim logo para verificar, ele está com bastante tosse", contou. A recomendação médica para Riquelme é tomar muito líquido e se proteger dos ventos frios. "Ainda bem que não deu nada. Ele terá que fazer também um exame da face para saber como anda a alergia, já que neste período sempre piora", ressalta Maria. Para evitar maiores complicações respiratórias, ela procura manter o garoto sempre longe de poeira e tapetes. A higienização das mãos também é uma medida de prevenção recomendada pelos médicos. Afinal, a pneumonia é provocada pela penetração de bactérias, vírus, fungos ou por reações alérgicas. SAIBA+ Pneumonia É uma infecção que se instala nos pulmões, órgãos duplos localizados um de cada lado da caixa torácica. Pode acometer a região dos alvéolos pulmonares onde desembocam as ramificações terminais dos brônquios e, às vezes, os interstícios (espaço entre um alvéolo e outro). Basicamente, pneumonias são provocadas pela penetração de um agente infeccioso ou irritante (bactérias, vírus, fungos e por reações alérgicas) no espaço alveolar, onde ocorrea troca gasosa. Esse local deve estar sempre muito limpo, livre de substâncias que possam impedir o contato do ar com o sangue. Diferentemente do vírus da gripe, que é altamente infectante, os agentes infecciosos da pneumonia não costumam ser transmitidos facilmente. Fumo: provoca reação inflamatória, que facilita a penetração de agentes infecciosos. Álcool: interfere no sistema imunológico e na capacidade de defesa do aparelho respiratório. Ar-condicionado: deixa o ar muito seco, facilitando a infecção por vírus e bactérias. Resfriados mal cuidados. Mudanças bruscas de temperatura. Diagnóstico Exame clínico, auscultação dos pulmões e radiografias de tórax são recursos essenciais para o diagnóstico das pneumonias. Febre alta Tosse Dor no tórax Alterações da pressão arterial Confusão mental Mal-estar generalizado Falta de ar Secreção de muco purulento de cor amarelada ou esverdeada Toxemia (danos provocados pelas toxinas carregadas pelo sangue) Prostração (fraqueza) Tratamento O tratamento das pneumonias requer o uso de antibióticos e a melhora costuma ocorrer em três ou quatro dias. A internação hospitalar pode fazer-se necessária quando a pessoa é idosa, tem febre alta ou apresenta alterações clínicas decorrentes da própria pneumonia, tais como: comprometimento da função dos rins e da pressão arterial, dificuldade respiratória, caracterizada pela baixa oxigenação do sangue porque o alvéolo está cheio de secreção e não funciona para a troca de gases. Recomendações não fume e não beba exageradamente. observe as instruções do fabricante para a manutenção do ar-condicionado em condições adequadas. não se exponha a mudanças bruscas de temperatura. procure atendimento médico para diagnóstico precoce de pneumonia, para diminuir a probabilidade de complicações. JORNAL DE BRASILIA - DF | CIDADES DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS 21/08/2012 Veja a matéria no site de origem Vacinação para quase 22 mil Foram vacinadas 21.949 crianças no Distrito Federal no sábado, primeiro dia da Campanha Nacional de Multivacinação. Todas as vacinas do calendário básico da criança, inclusive contra a poliomielite, estão sendo aplicadas em menores de cinco anos e com o cartão desatualizado. O objetivo da campanha, que prossegue até sexta-feira, é imunizar crianças com esquema vacinal em atraso é diminuir o risco de transmissão de doenças preveníveis. Também foram introduzidas a vacina injetável contra a paralisia infantil e a pentavalente. Os pais devem levar o cartão de vacinação dos filhos aos postos de atendimento. "A caderneta é imprescindível nesta campanha, pois precisamos saber de quais vacinas a criança necessita", alerta a diretora de Vigilância Epidemiológica da SES, Sonia Geraldes. Estão disponíveis as salas de vacinação de rotina das regionais de Saúde. Serão oferecidas as vacinas recomendadas às crianças menores de cinco anos - contra sarampo, rubéola, difteria, Tuberculose, tétano, rotavírus, Hepatite B, entre outras. A estratégia pretende aumentar as coberturas vacinais para atingir a meta adequada e manter a eliminação do sarampo e da poliomielite. Também quer intensificar as ações de imunização para a administração do reforço das vacinas de poliomielite e DTP, e a segunda dose da tríplice viral. JORNAL DE BRASILIA - DF | OPINIÃO DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS 21/08/2012 Veja a matéria no site de origem Médico que atender jovem embriagado ou drogado deve avisar os pais dele? (Artigo) SIM Fábio Rodrigues de Oliveira Policial militar, suplente de deputado federal O uso de álcool e drogas por menores de idade é um dos grandes desafios que nossa sociedade precisa enfrentar com energia e convicção, por diversos motivos que, por serem já muito conhecidos, não é necessário repetir. Existe, por exemplo, uma correlação inegável entre drogas e criminalidade. Ainda que não pratique crimes, quem usa drogas as obtém de criminosos e está, portanto, estimulando e realimentando atividades criminosas. Assim os jovens, ao experimentarem ou usarem drogas, procuram ocultar o fato dos pais a todo custo, muitas vezes o conseguindo até o momento em que as consequências já são graves. Com frequência, menores de idade são atendidos em serviços de saúde embriagados ou drogados sem que o fato chegue ao conhecimento dos pais ou responsáveis, impedindo assim medidas precoces e efetivas. Isso ocorre porque, não havendo norma a respeito, os profissionais de saúde têm receio de, mesmo agindo com o bem-estar dos pacientes em mente, sofrerem sanções administrativas, éticas ou legais. Sendo dever legal, estabelecido por exemplo no Estatuto da Criança e do Adolescente, comunicar os pais sobre a embriaguez ou uso de drogas, o médico deixará de ter as mãos atadas, passando a contribuir significativamente para o enfrentamento ao problema. O conceito deve abarcar tanto drogas ilícitas como drogas lícitas utilizadas com finalidade não terapêutica, também responsáveis por muitos casos de atendimento médico. NÃO Tereza Rodrigues Vieira Mestre e doutora em Direito Civil, especialista em Interesses Difusos e Coletivos O Código de Ética Médica veda ao médico revelar fato de que tenha conhecimento em virtude do exercício de sua profissão, salvo por motivo justo, dever legal ou consentimento, por escrito, do paciente. Permanece a proibição mesmo que o fato seja público ou tenha o paciente falecido ou quando depoimento como testemunha. No caso de um menor atendido por embriaguez ou uso de drogas em estado grave, os pais são obviamente comunicados. Em casos, porém, sem risco imediato, fica bastante difícil arbitrar se há motivo justo. Já decidiu o Supremo Tribunal Federal, em matéria penal, o seguinte: "É constrangimento, ilegal exigir-se de clínicas ou hospitais a revelação de suas anotações sigilosas. O sigilo médico, embora não tenha caráter absoluto, deve ser tratado com a maior delicadeza, só podendo ser quebrado em hipóteses muito especiais; tratando-se de investigação de crime, sua revelação deve ser feita em termos, ressalvando-se os interesses do cliente, pois o médico não pode se transformar num delator se seu paciente". O Conselho Federal de Medicina reiterou a proteção ao segredo médico em casos de pacientes com Aids. Só se consente a quebra do sigilo por "justa causa", com o intuito de proteger a vida de terceiros. Toda essa proteção ao segredo médico constitui não apenas um direito do paciente, mas também um dever do médico. AGÊNCIA DE NOTÍCIAS DA AIDS | NOTÍCIAS ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES 20/08/2012 Veja a matéria no site de origem Governo paga mais por remédio do Farmácia Popular do que municípios, informa o Estado de S. Paulo Levantamento feito pelo jornal O Estado de São Paulo mostra que, em 2012, o governo federal pagou a mais por 17 de 21 medicamentos analisados; a diferença de valores, apenas neste ano, já chega a meio bilhão de reais. O coordenador do Programa Aqui Tem Farmácia Popular, Marco Aurélio Pereira, admite a diferença e diz, segundo o Estado, que o ministério economiza em outros gastos. Leia a matéria na íntegra: Por Lígia Formenti O Ministério da Saúde paga por uma cartela de anticoncepcional vendida no Programa Aqui Tem Farmácia Popular até 163 vezes mais do que municípios desembolsam pelo mesmo produto, distribuído gratuitamente nos postos de saúde de todo o País. Levantamento feito pelo Estado com base em dados de um banco público de compras mostra que o ministério pagou mais por 17 dos 21 itens analisados. A diferença entre o que saiu do caixa do governo federal e o menor preço encontrado no mercado, em compras feitas este ano no programa, ultrapassa meio bilhão de reais (R$504, 5milhões). O coordenador do Programa Aqui Tem Farmácia Popular, Marco Aurélio Pereira, admite a diferença e diz que o ministério economiza em outros gastos que teria se a compra não fosse feita dessa forma (leia mais nesta página). Acesso à medicação. O governo federal criou o Programa Farmácia Popular do Brasil para ampliar o acesso aos medicamentos para as doenças mais comuns. O programa possui uma rede própria de farmácias populares e também uma parceria com farmácias e drogarias da rede privada, chamada de Aqui Tem Farmácia Popular. Criado há seis anos, o Aqui Tem Farmácia Popular prevê desconto de até 90% para o consumidor no preço de remédios e produtos listados pelo governo federal. Medicamentos para hipertensão, diabete e asma são distribuídos gratuitamente. O Ministério da Saúde paga diretamente para as farmácias a diferença entre o valor fixado com o setor privado e o que é desembolsado pelo usuário. O programa vale apenas para farmácias credenciadas. O governo afirma que a iniciativa ampliou o acesso da população a medicamentos. Pelos cálculos da pasta, 11,2 milhões de pessoas foram atendidas pelo programa desde o seu lançamento. Apesar da grande movimentação no mercado, Aurélio Pereira afirma que, em relação aos preços, fica difícil de competir com compras públicas. "São as farmácias que fazem a negociação." O dinheiro investido, no entanto, é considerado extremamente alto por quem acompanha a política de assistência farmacêutica. "Se o governo pode gastar em média dez vezes mais em cada tratamento, porque esse investimento não foi feito antes na própria rede pública?", questiona o professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Augusto Afonso Guerra Júnior. Ele aponta ainda outro problema. "Há uma distorção: metade do orçamento da assistência farmacêutica - que é de R$ 1 bilhão - é consumida para comprar 25 itens do Farmácia Popular", explica. Outro bilhão tem de ser partilhado entre Estados e municípios, encarregados de comprar 343 medicamentos, entre anti-inflamatórios e imunossupressores, distribuídos gratuitamente à população. O vice-presidente da Associação Brasileira do Comércio Farmacêutico (ABCFarma), Álvaro Silveira Júnior, atribui as críticas a uma visão pouco abrangente. "Com o programa, o governo não se preocupa com a logística, não tem nenhuma surpresa com ineficiência no sistema, como dificuldades de licitação ou atrasos na entrega", disse. Além disso, o governo tem a disposição uma rede de farmácias com grande capilaridade, disponível para os usuários todos os dias da semana. Compras públicas. O promotor de Justiça Nélio Costa Dutra Júnior identifica um outro efeito do Farmácia Popular. "Como os preços pagos pelo governo federal são mais altos, fica desinteressante para o setor privado participar de disputas de compras nos Estados e municípios." Algo que, em sua avaliação, pode levar, no curto prazo, a um aumento do preço do remédio adquirido nas licitações. O valor do reembolso feito pelo ministério é fixado numa negociação com setor privado. "É preciso lembrar que, além do valor pago pelo governo, o setor privado ainda recebe a parcela do comprador", diz. Guerra Júnior avalia que esse sistema traz ainda outro problema: o desestímulo para a oferta das versões genéricas dos medicamentos. "Se o consumidor escolhe a marca mais cara, o varejista terá maior lucro. Como genéricos são mais baratos, eles são os últimos a serem oferecidos." Duplicidade. Excoordenadora de assistência farmacêutica no município de Goiânia, a integrante do Conselho Nacional de Saúde Lorena Baia observa ainda haver duplicidade no sistema. Vários dos remédios encontrados no Farmácia Popular também estão disponíveis para distribuição gratuita nos serviços públicos de saúde. Como não há troca de informações entre os dois sistemas, um paciente pode no mesmo mês receber o remédio no Farmácia Popular e também pegá-lo na unidade de saúde do município. Basta ter duas receitas. AGÊNCIA DE NOTÍCIAS DA AIDS | NOTÍCIAS ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES 20/08/2012 Veja a matéria no site de origem Governo paga mais por remédio do Farmácia Popular do que municípios, informa o Estado de S. Paulo AGÊNCIA DE NOTÍCIAS DA AIDS | NOTÍCIAS DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS | ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES 20/08/2012 Veja a matéria no site de origem Políticos e representantes da indústria farmacêutica criticam durante seminário em São Paulo altos impostos sobre medicamentos Mais de 32% do valor final dos medicamentos vendidos no Brasil são impostos. Como sete de cada 10 pessoas precisam comprar remédios com recursos próprios, metade não concluiu os tratamentos e 200 mil estão na Justiça exigindo medicamentos. A informação é divulgada pela Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma), que realizou, em parceria com o jornal Valor Econômico, o Seminário Medicamentos e Tributos. O evento reuniu na manhã desta segundafeira, 20 de agosto, em São Paulo, parlamentares, secretários estaduais e representantes dos laboratórios. Palestrante do Seminário, o senador Paulo Bauer (PSDB-SC) defendeu sua Proposta de Emenda à Constituição (PEC 115/2011), que prevê zerar os impostos sobre os remédios de uso humano. Bauer contou que o Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, já se mostrou favorável a ideia e que aguarda a tramitação no Congresso para a aprovação da medida. "Se Deus não paga imposto, por que vamos cobrar imposto dos filhos dele que precisam de medicamentos para viver?", criticou. Já o presidente executivo do Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (ETCO), Roberto Abdenur, disse que o Brasil é "um Estado vampiro ao cobrar taxas excessivas na comercialização dos medicamentos". Ele citou que os tributos brasileiros no setor são maior que na Índia e China, outros países emergentes, e 15% a mais do que a média cobrada pelos países da América Latina. O secretário da Fazenda do Paraná, Luiz Carlos Hauly, falou sobre as reduções que conseguiu para a venda de medicamentos no estado. Em 2008, houve uma diminuição de 18% para 12% e, segundo ele, a diferença foi repassada para outros produtos não essenciais. "O Brasil tem o sistema tributário mais desigual e injusto do mundo", disse. "Não podemos cobrar impostos de alimentos e medicamentos. No Paraná conseguimos diminuir os tributos dos medicamentos e mesmo assim aumentamos a receita do estado", acrescentou. Ivo Bucaresky, secretário executivo da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos, e Fernando Momberg, coordenador geral e de Tributação e Contencioso da Secretaria da Receita Federal, representaram o governo no evento. Eles afirmaram que a redução de impostos é muito complexa porque envolve uma série de cadeias produtivas. Momberg explicou que ao zerar o imposto de um produto é preciso reajustar as taxas de todos os outros materiais que são necessários para se chegar a esta produção. Porém, muitos desses materiais seriam isentados de impostos e teriam finalidades que não são essenciais. Segundo Bucaresky, a posição atual do governo federal, no entanto, é de rever a tributação de medicamentos. "O governo da Presidenta Dilma planeja reformas pontuais, já que não é possível fazer reformas tributárias globais", disse. Livro - Durante o evento foi lançado o livro Tributos e Medicamentos, organizado por Eduardo Perillo, Maria Cristina Sanches Amorim e Antônio Brito. Perillo, vice-coordenador do grupo de pesquisa Regulação Econômica e Estratégias Empresariais da PUC-SP, lembrou que 86 tributos e taxas incidem sobre o preço dos medicamentos no País. "O livro traz a academia para discutir temas sociais. A ideia é levantar os véu e mostrar onde está o problema na tributação dos medicamentos no Brasil", disse. Aids - Segundo informa o Ministério da Saúde, os Antirretrovirais que compõem o coquetel antiaids distribuído pelo governo, com exceção do Tipranavir, Raltegravir e Fosamprenavir, que foram incluídos no consenso terapêutico recentemente, não são tributados, assim como os remédios usados para o tratamento das hepatites virais. A Pasta busca também isentar esses três novos medicamentos dos impostos. Já os Preservativos são isentos do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e prestação de Serviços) desde 1998, depois de um convênio criado pelos estados da federação. Desde então, o Conselho Nacional de Política Fazendária (CONFAZ), que reúne as Secretarias das Fazendas de todos os Estados, vem prorrogando este convênio e possibilitando uma redução de 7 a 10% no valor final do insumo. Carga tributária sobre alguns produtos da área da saúde Medicamento para uso humano: 33,87% de tributo Pipeta de laboratório: 34,95% Maca: 34,48% Inalador: 35,54% Desfibrilador: 34,65% Bisturi: 39,59% Avental Médico: 30,63% Seringa: 29,92% Termômetro: 38,93% Soro: 30,05% Fonte: Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário Lucas Bonanno UOL | ECONOMIA ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES 21/08/2012 00:04 Veja a matéria no site de origem Press Release from Business Wire : Citi NOVA YORK, (BSW) - O Financial Times anunciou hoje a comissão julgadora participante do Prêmio FT/Citi Ingenuity: programa Ideias Urbanas em Ação, patrocinado pelo Citi. Os juízes, todos líderes em seus respectivos campos, selecionarão as soluções mais inovadoras para os desafios urbanos nas áreas de educação, saúde, energia e infraestrutura. "A maioria da população do mundo agora vive em cidades, atraídos para elas pela promessa de emprego e de uma vida melhor", disse Michael Skapinker, Editor Assistente e Editor de Relatórios Especiais no Financial Times. "Ao lado do dinamismo das cidades estão as tensões da superlotação e dos congestionamentos. Em todo o mundo, no entanto, pessoas e grupos estão surgindo com soluções inventivas para os problemas da vida urbana. Nossa Comissão Julgadora, totalmente composta por especialistas em seus campos, homenageará os melhores inovadores da cidade". "Estamos satisfeitos que estes líderes da indústria compartilharão sua habilidade para reconhecer as pessoas inventivas que estão desenvolvendo soluções práticas que positivamente e fundamentalmente afetam as cidadesâ€?, disse Francesco Vannid" Archirafi, Diretor-Presidente, Citi Transaction Services. "As exigências sobre as cidades nunca foram tão grandes quanto o são hoje em dia. Através do patrocínio deste programa pelo Citi, estamos empolgados por destacar aquelas pessoas que estão ajudando as cidades a perceber um futuro melhor e mais eficiente para todos". A Comissão Julgadora inclui: -- David Adjaye, OBE, Arquiteto Principal, Adjaye Architects: Arquiteto Líder do Reino Unido, atual professor visitante na Princeton University School of Architecture, Membro Afiliado RIBA e Bolsista Honorário AIA. -- Professor Abhijit Banerjee, Economista: Atual Professor Internacional de Economia da Ford Foundation no Massachusetts Institute of Technology; coautor de Poor Economics: A Radical Rethinking of the Way to Fight Global Poverty. -- John Bowis, OBE, Presidente Honorário, Health First Europe: Ex-Ministro da Saúde do Reino Unido, ex-membro do Parlamento do Reino Unido, ex-membro do Parlamento Europeu e Coordenador Chefe e Porta-Voz do Comitê Parlamentar do Meio Ambiente e da Saúde. -- Sir Terry Farrell, CBE, Diretor e Campeão de Projeto e Arquiteto Internacional, Terry Farrell and Partners: Arquiteto Chefe, atualmente na London Mayorâ€?s Design Advisory Panel and Outer London Commission, autor de muitos livros, inclusive Shaping London. -- Reinier de Graaf, Sócio, OMA: Arquiteto e Sócio do escritório de projetos e arquitetura OMA, palestrante frequente no ambiente acadêmico. -- Dame Zaha Hadid, DBE, Fundadora, Zaha Hadid Architects: (Presidente Honorário da Comissão Julgadora, não-votante): Conhecida internacionalmente por seu trabalho de construção, teórico e acadêmico; recebeu o prêmio Pritzker Architecture (considerado o Prêmio Nobel da arquitetura) em 2004; projetos recentes incluem o museu MAXXI em Roma e o Centro Aquático de Londres, Olimpíadas de Londres 2012. -- Edwin Heathcote, Crítico de Arquitetura e Projetos, Financial Times (co-presidente): Arquiteto, projetista e crítico do FT desde 1999; também escreveu diversos livros, inclusive Monument Builders: Modern Architecture and Death. -- Bruno Lanvin, Diretor Executivo, INSEAD eLab (co-presidente): Diretor Executivo do INSEADâ€?s eLab, um mecanismo de conhecimento global focado em quatro áreas principais: competitividade baseada em TI, internet e redes sociais, liderança em inovação e habilidades do século XXI. -- Professor Carlo Ratti, Engenheiro e Arquiteto Italiano: Sócio Fundador da prática de projeto "carlorattiassociati" e Diretor do MIT Senseable City Lab no Massachusetts Institute of Technology. -- Luanne Zurlo, Fundador e Presidente, Worldfund: Ex-analista de Valores Mobiliários em Wall Street (Smith Barney, CSFB e Goldman Sachs) e fundador do Worldfund, uma organização sem fins lucrativos que usa a educação para combater a pobreza na América Latina. Foram recebidas inscrições de 41 países, inclusive: Argentina, Austrália, Bahrain, Brasil, Bulgária, Canadá, Chile, China, Colômbia, Croácia, Dinamarca, Equador, Egito, Finlândia, França, Alemanha, Guatemala, Honduras, Índia, Indonésia, Japão, Quênia, Líbano, Lituânia, Macedônia, México, Países Baixos, Nicarágua, Nepal, Paquistão, Peru, Polônia, África do Sul, Espanha, Suíça, Uganda, Emirados Árabes Unidos, Reino Unidos, Estados Unidos e Uruguai. Mais da metade da população mundial vive em cidades, hoje, e tal número deverá aumentar nas próximas décadas. Em consequência, as cidades têm uma necessidade urgente de tratar dos desafios da urbanização e encontrar soluções que modernizem a infraestrutura, melhorem a eficiência, aperfeiçoem a qualidade de vida e promovam o crescimento e o desenvolvimento sustentável. O prêmio FT/Citi Ingenuity: Ideias Urbanas em Ação, um programa global patrocinado pelo Citi, foi desenvolvido para reconhecer os indivíduos que desenvolveram soluções inovadoras para os desafios urbanos que beneficiam cidades, cidadãos e comunidades urbanas nos campos da educação, energia, saúde e infraestrutura. Os critérios e mensurações para os Prêmios foram desenvolvidos pela INSEAD, uma das maiores e mais importantes Faculdades de Administração de Empresas do mundo todo. Todas as candidaturas serão analisadas pelo FT e INSEAD para sua qualificação, e um júri selecionará os finalistas e ganhadores. Em seu papel de patrocinador, o Citi não analisará nem julgará as candidaturas. As candidaturas serão analisadas com base em uma série de critérios, entre eles, originalidade, impacto, eficiência e resultados. Os finalistas das categorias terão seus perfis apresentados em uma série de revistas globais do Financial Times. Os vencedores das categorias e um vencedor global serão anunciados em um jantar de premiação a ser realizado na cidade de Nova York em Dezembro de 2012. Para obter outras informações sobre o prêmio FT/Citi Ingenuity Awards, acessewww.ft-live.com/ftcitiawards. Sobre o Financial Times: O Financial Times, uma das organizações de notícias comerciais líderes do mundo, é reconhecido internacionalmente por sua autoridade, integridade e exatidão. Fornecendo notícias, comentários, dados e análises essenciais para a comunidade empresarial global, o FT tem uma circulação combinada paga digital e impressa de quase 600.000 exemplares (Deloitte assegurou, 2 de abril de 2012 - 1 de julho de 2012) e uma média total de leitores diários das versões combinadas impressas e on-line de 2.1 milhões de pessoas no mundo todo (Garantido por PwC, maio 2012). O FT possui mais de 4,80 milhões de usuários registrados e mais de 300.000 assinantes digitais pagantes. O jornal tem uma tiragem de impressão global de 290.765 (ABC, julho de 2012). Sobre o Citi: Citi, a empresa global líder de serviços financeiros, tem aproximadamente 200 milhões de contas de clientes e faz negócios em mais de 160 países e jurisdições. A Citi oferece aos consumidores, corporações, governos e instituições uma ampla variedade de produtos e serviços financeiros, incluindo serviços bancários e crédito ao consumidor, corporativos e de banco de investimento, corretagem de títulos, serviços de transações e gerenciamento de riqueza. Informações adicionais podem ser encontradas emwww.citigroup.com| Twitter: @Citi | YouTube:www.youtube.com/citi| Blog:http://new.citi.com| Facebook:www.facebook.com/citi| LinkedIn:www.linkedin.com/company/citi Sobre o Citi for Cities: O Citi for Cities é uma iniciativa que aproveita o melhor do Citi em todo o mundo para permitir que as cidades se tornem mais eficientes, ao oferecer financiamentos que facilitam o comércio e a modernização e ao capacitar os cidadãos a acessarem serviços que melhoram a habitabilidade e a prosperidade. O Citi tem como objetivo ajudar as cidades a atingirem suas ambições nos principais ecossistemas que capacitam a cidade, inclusive administração, estradas e trânsito, portas de entrada, energia e serviços de utilidade pública, local de trabalho e educação, saúde e segurança e regeneração e desenvolvimento. A extensão do envolvimento do Citi com as cidades inclui os setores público e privado, o setor financeiro e os cidadãos e as comunidades onde eles vivem. Para obter outras informações, acessewww.citiforcities.com. O texto no idioma original deste anúncio é a versão oficial autorizada. As traduções são fornecidas apenas como uma facilidade e devem se referir ao texto no idioma original, que é a única versão do texto que tem efeito legal. Contact Financial Times Ryann Gastwirth New York +1-917-551-5094 [email protected] Citi Liz Fogarty Nova York +1-212-5590486 This material is not an AFP editorial material and AFP shall not bear responsability for the accuracy of its content. In case you have any questions about the content, kindly refer to the contact person mentioned in the text of the release. End of the Business Wire"s Press Release FOLHA ONLINE | EQUILÍBRIO E SAÚDE DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS 21/08/2012 05:00 Veja a matéria no site de origem Unifesp vai estudar síndrome de paciente que tomou Novalgina Em parceria com uma universidade japonesa, a Unifesp se prepara para estudar o perfil genético de pessoas que tiveram a síndrome de Stevens Johnson e, assim, mapear gatilhos para o desenvolvimento da doença. A síndrome é uma reação imunológica aguda, em grande parte desencadeada por medicamentos (mais de cem já foram relacionados) ou infecções. Provoca graves bolhas e queimaduras na pele e em mucosas, principalmente na boca, olhos e genitais. Matéria da Folha da semana passada mostrou que o Tribunal de Justiça do Distrito Federal determinou que o fabricante da Novalgina pagasse R$ 1 milhão em indenização à paciente Magnólia Almeida, por entender que ela teve essa síndrome a partir do remédio. O laboratório vai recorrer. Segundo José Álvaro Pereira Gomes, professor do departamento de oftalmologia da Unifesp e um dos médicos de Magnólia, ainda não se sabe o que leva uma pessoa a desencadear a síndrome --às vezes, a partir de um remédio usado com frequência. Estudos internacionais, diz, indicam que a predisposição pode estar no DNA da pessoa. "Algumas pessoas podem ser mais predispostas a desenvolver essa reação, mas a gente não consegue saber ainda. Se soubermos o perfil imunológico antes, a gente vai conseguir dizer: esse tipo de paciente não deve tomar esse tipo de medicação." No ambulatório de oftalmologia da Unifesp, são acompanhados cerca de 50 pacientes que tiveram a síndrome no passado e, hoje, têm complicações nos olhos decorrentes da doença, como falta de lubrificação, cílios virados para dentro e lesões no globo ocular. Questionário aplicado no ambulatório sobre a qualidade de vida de quem teve a síndrome mostrou que ela é parecida com a dos pacientes com HIV, afirmou Gomes. "Eles sentem dor, não enxergam, a maior parte é de jovens --há pacientes que são crianças. E ficam totalmente debilitados." FOLHA ONLINE | EQUILÍBRIO E SAÚDE ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES 21/08/2012 03:30 Veja a matéria no site de origem Brasil aprova primeiro remédio para endometriose A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorizou a venda no país do primeiro remédio específico para tratar a dor da endometriose, doença que afeta o endométrio (membrana interna do útero) e atinge 6 milhões de brasileiras. Segundo os médicos, a principal vantagem do novo medicamento (Allurene) é o uso prolongado e por via oral. Antes, o único tratamento aprovado para a doença eram drogas que interrompem o funcionamento dos ovários, causado uma menopausa temporária (análogos do GNRH). São administradas por injeção ou aerossol nasal. O problema é que elas não podem ser usadas por mais de seis meses porque tiram o cálcio dos ossos, levando à perda óssea (osteoporose). Outra opção (off label, ou seja, usada sem indicação oficial para esse fim) é o DIU Mirena, que bloqueia a menstruação e inibe o crescimento do endométrio. Mas muitas mulheres não se sentem confortáveis com ele. Para o ginecologista da Unicamp Carlos Alberto Petta, o Allurene não é a droga definitiva para tratar endometriose, mas é a única novidade nos últimos anos. Estudos clínicos demonstraram que o remédio alivia, principalmente, as dores menstruais e as que surgem durante relação sexual. Petta afirma, porém, que ainda não foram estudados os efeitos do remédio em grupos específicos de mulheres com endometriose, como aquelas em que a doença já se instalou no intestino ou na parede externa dos ovários (endometrioma). AÇÃO DO REMÉDIO O remédio é um repositor hormonal que inibe a produção do estrógeno no endométrio- o estrógeno é que alimenta a doença. Segundo o ginecologista Maurício Simões Abrão, professor da USP, o medicamento pode causar alteração do sangramento menstrual. Outros efeitos colaterais são dores de cabeça, desconforto nos seios e depressão. O preço da droga, em torno de R$ 170 (para cada caixa com 28 comprimidos de 2 mg), é um outro fator limitante para mulheres com poder aquisitivo menor. Petta e Abrão também alertam que ainda não há cura para a doença e que o tratamento deve ser adaptado para cada paciente. "Não existe uma única abordagem ideal", diz Petta. Estudos demonstram que quase metade das mulheres com endometriose pode sofrer de infertilidade. O diagnóstico costuma ser tardio. A mulher leva, em média, sete anos entre o início dos sintomas e a detecção e tratamento da doença. DEMORA Entre as mais jovens (abaixo dos 20 anos), o tempo é ainda maior: 12 anos. "A demora do diagnóstico está claramente associada ao avanço da doença", diz Abrão. Falta de informação e acesso aos serviços de saúde são as principais motivos. Segundo Abrão, o Ministério da Saúde estuda montar um programa com capacitação de médicos do SUS para um diagnóstico mais rápido e eficaz da doença. Hoje, o tratamento está disponível, principalmente,em centros médicos ligados às universidades públicas. FOLHA ONLINE | ILUSTRADA ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES 21/08/2012 03:24 Veja a matéria no site de origem "Sou otimista, é coisa de gente do interior", diz Reynaldo Gianecchini Protagonizar a próxima novela das sete da Globo será a última etapa vivida pelo ator Reynaldo Gianecchini, 39, para voltar à normalidade. Reynaldo Gianecchini vira a página e volta à TV com "Guerra dos Sexos" Após vencer uma batalha contra um linfoma raro, diagnosticado em julho do ano passado, ele já fez sua reestreia tanto no teatro, em março com a peça "Cruel", quanto em comerciais na TV. Em entrevista à Folha, o ator conta como voltou a trabalhar após o tratamento contra o câncer. Leia trechos da entrevista. A volta de Reynaldo Gianecchini * Folha - A discussão de "Guerra dos Sexos", que fala com humor da diferença de gêneros ainda é atual? Reynaldo Gianecchini - Sim, porque os homens continuam não entendendo muito as mulheres. Acho difícil entendê-las. Ainda mais esse novo modelo que está conquistando um monte de coisas e que ainda quer ter todo o tratamento anterior. Acho que até elas estão com dificuldade de se encontrar. Foi pesado fazer "Cruel"? Meu personagem era muito mau, mas eu tinha até dó dele, porque ele tinha uma razão para ser daquele jeito. Não era pesado, era engraçado. Ele usava muita ironia, tinha um humor ácido, não era pesado de fazer. Ele ia matando o outro, se vingando por meio da palavra. Nando é disputado por muitas mulheres; existe nisso uma proximidade com a sua vida? Nando é o gostosão que não sabe que é bonito. Nosso ponto em comum é que ele também é um cara do interior. Mas ele tem uma coisa que eu não tenho: ele é muito pessimista, acha que tudo vai dar errado --e dá. Eu sou superotimista, sempre fui assim, é coisa de gente do interior. Eu identifico quem vem de lá pelo olho, a pessoa tem, assim, um olhinho puro. Mais caipira? No sentido de ser ingênuo, de não acreditar muito na maldade. De viver num mundo muito desprotegido. Na cidade grande, você aprende desde cedo a se proteger demais, com toda a violência. O personagem, como você, também também se envolve com alguém mais velho? Eu sempre me envolvi com gente mais velha, mas isso não quer dizer que eu não gosto das mais novas, né? Acho que a idade deixa as pessoas mais interessantes, quando elas se cuidam. Eu me sinto muito mais bonito hoje, aos 39, do que com 20 e poucos anos. O tempo é muito benéfico se você não deixa tudo cair, com desleixo. Sempre teve certeza que gravaria a partir de julho? Durante o meu tratamento, o mais importante era ficar bem. Era um puta incentivo, saber que tinha um trabalho me esperando, mas eu tinha meu tempo. Sempre acreditei desde o começo que tudo ia sair certinho, mas claro poderia haver alguma intercorrência. Quando se faz o transplante, a gente fica muito fragilizado. Eu tinha dentro de mim uma grande certeza. Um mês após o transplante eu já estava fazendo exercício. Alguma leitura foi marcante ao longo tratamento? Li de tudo, de biografia a alimentação. Estava muito focado em como deveria ser a minha vida dali para a frente. Acho que o livro nos encontra. É impressionante como às vezes a gente compra um livro e deixa na pilha; um dia resolve ler e sempre é a hora certa. Agora estou lendo uma biografia que é quase uma proposta de trabalho: "Como Viver" [Objetiva] sobre Montaigne, um filósofo francês. Como a experiência do câncer afetou sua espiritualidade? Sempre busquei muito o entendimento, minha relação com desconhecido.[O câncer] mudou uma coisa muito profunda em mim que é até difícil de mensurar, principalmente na minha relação de troca entre seres humanos, uma coisa de amor. A gente tem uma natureza espontânea de ser solidário, numa tragédia as pessoas se unem. A gente é feito de amor, de luz, acho que foi só isso, me conectei mais com a minha essência. Você é espírita? Não sou praticante de nenhuma religião. O espiritismo foi umas das religiões que eu deixei as pessoas rezarem para mim, não fiz nenhum tratamento espiritual, meu pai fez. Para ele ajudou a se conectar, foi bacana. Eu não fiz operação espiritual. Você se incomoda com a especulação dos fãs sobre a sua Sexualidade? Nada me incomoda; acho que se você ficar pensando no que os outros acham, não vive. Resolvi viver a minha vida, as pessoas adoram inventar e ouvir uma historinha errada, mentirosa. Se eu fizesse 10% do que falam de mim, minha vida seria bem mais animada FOLHA ONLINE | COTIDIANO ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES 21/08/2012 03:00 Veja a matéria no site de origem Em debate, prefeitos do interior de SP dizem que a saúde é o principal problema Financiamento da saúde é o maior problema das prefeituras hoje. Mobilidade urbana será em breve o grande desafio das cidades médias. E a crise internacional reduzirá os orçamentos. Essas foram algumas das conclusões do debate entre prefeitos do interior paulista realizado na Folha ontem (20). Segundo o prefeito de São José dos Campos, Eduardo Cury (PSDB), a rede de saúde municipal atrai moradores da região "sem receber por isso". "O governo federal cria medidas demagógicas [como o programa Brasil Sorridente] e quem paga a conta são os municípios." Cury e os prefeitos de Sorocaba, Vítor Lippi, e de Piracicaba, Barjas Negri, todos do PSDB, criticaram a política para a saúde da presidente Dilma Rousseff (PT). "O Ministério da Saúde tem diminuído sua participação no financiamento da saúde", afirmou Negri. Para melhorar o trânsito, Cury e Lippi defenderam a ampliação das ciclovias, o desestímulo aos carros e a desoneração do transporte público. Já Negri disse que deve haver "grandes investimentos" em avenidas, "para fazer carros e motos que estão sendo vendidos rodarem". As três cidades têm montadoras de veículos. Os três prefeitos, que estão no último ano de seu segundo mandato e não podem se reeleger, afirmaram que todos os prefeitos terão dificuldades para fechar o caixa por causa da crise iniciada em 2008. Quanto à educação, os três avaliaram seus resultados como positivos. Isso ocorreu, segundo eles, porque as prefeituras têm mais "flexibilidade" para investir nessa área do que na saúde, por exemplo. Quanto a políticas sociais, eles consideraram o Bolsa Família importante. Cury, no entanto, criticou o "marketing" feito com o programa. Todos concordaram, por fim, que prefeituras de uma mesma região têm de trabalhar em conjunto para resolver os problemas locais. * CONFIRA ALGUNS TRECHOS DO DEBATE: OPOSIÇÃO "Ser oposição [ao governo federal] não ajuda na hora de receber recursos. Sorocaba tem conseguido recursos quando pleiteia financiamentos, como no Minha Casa, Minha Vida. Mas [recursos] a fundo perdido ou não reembolsáveis são uma raridade." Vítor Lippi, prefeito de Sorocaba "É muito claro que nos governo Lula e Dilma partidos de oposição têm recebido [recursos] em escala muito pequena em comparação com prefeituras da base [...] O PAC [Programa de Aceleração do Crescimento] na minha cidade praticamente não chegou." Barjas Negri, prefeito de Piracicaba CRISE INTERNACIONAL "Os prefeitos terão dificuldades para fechar suas contas neste ano. Como muitos tentarão reeleição, ou eles vão chegar e dizer aos eleitores que não vão cumprir suas promessas de campanha --o que é muito difícil no meio da disputa--, ou eles vão estourar seu orçamento." Eduardo Cury, prefeito de São José dos Campos "Neste ano, o saldo ainda será positivo, mas bem abaixo dos outros anos. A média [de empregos criados] era de 5.500. Não vamos alcançar 3.000, 4.000 neste ano. A prefeitura que não tiver feito ajustes no orçamento terá dificuldades para fechar o caixa." Barjas Negri, prefeito de Piracicaba SAÚDE "Hoje, o que é repassado [pelo governo federal] aos hospitais é insuficiente. E quem paga a conta? Os municípios. Para não deixar de prestar atendimento nós temos que cometer até algumas irregularidades, como colocar médicos das unidades de saúde municipais dentro dos hospitais para fazer cirurgias." Vítor Lippi, prefeito de Sorocaba MOBILIDADE "Esse vai ser o principal gargalo das prefeituras daqui para a frente. Os gargalos do passado --como saneamento básico e habitação-- estão sendo resolvidos nas cidades grandes e médias, ficando a questão da mobilidade [...] Estamos criando ciclovias, porque apostamos que as cidades do futuro não serão cidades do carro." Eduardo Cury, prefeito de São José dos Campos ESTADÃO ONLINE | CULTURA ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES 21/08/2012 03:10 Veja a matéria no site de origem Um artigo apócrifo por mim mesmo E outro: "adoro celulite... qual é essa de bundinhas duras? Bunda mole é bonito". No dia seguinte, na rua, fui abordado por uma senhora fina que me declarou arquejante de orgulho: "Eu tenho bunda mole!" E saiu andando, em doce euforia. Sou amado pelo que não escrevi. Há um site em que contei 23 artigos falsos, com meu nome. Não há como escapar; o ladrão tem vielas para fugir com a galinha, mas da internet você não se livra. Por isso, resolvi escrever um artigo apócrifo de mim mesmo. Se puserem na web, eu direi que não é meu. Vamos a isso. A mulher precisa do homem impalpável, impossível. Gosto do olhar de onça, parado, quando queremos seduzi-las, mesmo sinceramente, pois elas sabem que a sinceridade é volúvel. Um sorriso de descrédito baila nas lindas bocas quando lhes fazemos galanteios, mas acreditam assim mesmo, porque querem ser amadas, muito mais que "desejadas". O amor para elas é um lugar onde se sentem seguras. E todas querem casar. O termômetro das mulheres é: "estou sendo amada ou não? Será que ele me ama ainda?" A mulher não acredita em nosso amor. Quando tem certeza dele, para de nos amar. Nelson Rodrigues me contou: "Uma mulher me disse: quando um homem me diz "eu te amo", perco o interesse na hora". Elas estão sempre um pouco fora da vida social, mesmo quando estão dentro. Podem ser executivas brilhantes , mas seu corpo lateja sob o terninho. As mulheres têm uma queda pelo canalha. O canalha é mais amado que o bonzinho. Ela sofre com o canalha, mas isso a justifica e engrandece, pois ela tem uma missão amorosa: convencer o canalha que ele a ama, mas não sabe... Mulher não tem critério; pode amar a vida toda um vagabundo que não merece ou deixar de amar instantaneamente um sujeito devoto. Se você for realmente mau, saiba que isso é bom e lhe faz respeitado de forma oblíqua: "Meu marido é um canalha!" - geme a mulher para as amigas, com um tênue sorriso de orgulho. E as amigas suspiram, invejando-a pelo adorável canalha que a maltrata. Como são amados os malandros... O fiel não tem graça. É tedioso, está ali para sempre, enjoado, sem drama. O canalha é aventureiro, malvado, encarna um sonho intangível para a mulher. Todo galã é impalpável. Por outro lado, é preciso muita atenção para saber se a mulher te ama mesmo. Outra vez, o Nelson, que fez um teste infalível: "Ou a mulher é fria ou morde. Sem dentada, não há amor possível." Nada mais terrível que a mulher que cessa de te amar. Você vira uma espécie de "mulher abandonada". O homem abandonado se efeminiza em lágrimas vãs. A mulher instila medo no coração do homem. Mesmo com as carinhosas, há perigo no ar. A carinhosa total entedia os machos, que ficam claustrofóbicos. O homem só ama profundamente no ciúme. Só o corno conhece o verdadeiro amor. Mas, curiosamente, a mulher nunca é corna, mesmo abandonada, humilhada. A mulher enganada ganha ares de heroína, quase uma santidade. É uma vingadora, até suicida. Mas nunca corna. O homem corno é um palhaço. Ninguém tem pena do corno. O homem só vira homem quando é corneado. A mulher não vira nada nunca. Como no Homossexualismo: a lésbica não é veado. O homem é pornográfico; a mulher é amorosa. A pornografia é só para homens. O maior mistério do mundo é a diferença entre os sexos. Por mais que queiramos, nunca chegaremos lá: o mistério de ter ou não ter pau, o mistério gozoso de dar, o mistério de ver o mundo de dentro de um útero. Há alguns exploradores, os Travestis, escafandros que tentam mergulhar fundo neste mar e que voltam de mãos vazias. Nunca saberemos quem é o outro, aquele ser com seios, vagina, aquele ser ali, maternal, bom, terrível quando contrariado; e elas nunca saberão o que é um falo pendurado, um bigodão, um jogo de porrinha, um puteiro visitado. Se o amor como resposta deixa a desejar, é porque ele aspira secretamente a matar o outro. O amor aspira a abolir a diferença. Se o amor se contentasse com pouco, ele não deixaria tanto a desejar. O amor é uma patética falta de recursos. Daí, o ódio que os primitivos cultivam contra as mulheres; daí, os boçais assassinos do Islã apedrejando-as até a morte. As mulheres são sempre várias. Isso não as faz traidoras; nós é que nos achamos "unos". Só os autoconfiantes são traídos. Esta é uma das razões do sucesso das putas. O que buscamos nelas? Os homens pagam para que elas não existam. O amor exige coragem. E o homem é mais covarde. Elas ventam, chovem, sangram, elas têm inverno, verão, "t.p.m."s, raiam com a manhã ou brilham à noite, elas derrubam homens com terremotos, elas nos fazem apaixonados porque nelas buscamos um sentido que não chega jamais. Elas querem ser decifradas por nós, mas nunca acertamos no alvo, pois não há alvo, nem mosca. A mulher quer ser possuída em sua abstração, em sua geografia mutante, a mulher quer ser descoberta pelo homem para se conhecer. Querem descobrir a beleza que cabe a nós revelar-lhes. As mulheres não sabem o que querem; o homem acha que sabe. O masculino é o certo; o feminino é insolúvel. A mulher é metafísica; homem é engenharia. A mulher é muito mais exilada das certezas da vida que o homem. Ela é mais profunda que nós. A mulher deseja o impossível - esta é sua grande beleza. Ela vive buscando atingir a plenitude, mesmo que essa "plenitude" seja um "living" bem decorado, um lindo abajur ou o perfeito funcionamento do lar. Vejam o resultado. Muitas mulheres adoram os artigos que "não" escrevi. Mas, aposto que este será chamado de machismo politicamente incorreto. Cartas para a redação.