Questão 1 - Educacional

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Gramática
Questão 1
Leia com atenção os textos a seguir.
Texto 1
Todas as coisas
Do mundo não
Cabem numa ideia.
Mas tudo cabe numa
Palavra, nesta
Palavra tudo.
Arnaldo Antunes
Texto 2
Ano:
Turma:
Fonte: CCSP. http://ccsp.com.br/anuarios/pop_pecas.php?id=1669. Acesso em:
18/01/2011.
Os textos utilizam alguns termos referentes generalizantes que, dependendo do contexto, tudo ou nada dizem. É o caso de
todas, coisas, tudo, treco e coiso. No entanto, são usados com diferentes finalidades, a saber:
A. ( ) no texto 1, esses termos são os mais adequados para a concisão do poema.
B. ( ) no texto 2, o objetivo é ensinar, por meio do dicionário, a nomear os objetos.
C. ( ) os referentes do texto 1 remetem ao abstrato, já que levam a uma reflexão por parte do leitor; os do
texto 2 relacionam-se à concretude, na forma de um dicionário.
D. ( ) no texto 1, o poeta lança uma dúvida para o leitor quanto às possibilidades da palavra tudo.
Questão 2
Analise este anúncio publicitário produzido para a promoção de uma rádio.
Promoção EU OVO A PAN
QUER GANHAR UM OVO DE PÁSCOA À SUA ALTURA? ENTÃO SE LIGA NESSA!
Nessa peça publicitária, o verbo “ouvir” (irregular – “ouço”) foi substituído por “ovo”, teoricamente a forma popular que
corresponde a esse mesmo verbo. Essa estratégia da publicidade tem como objetivo:
A. ( ) enfatizar a promoção da emissora de rádio em uma data especial, que é a Páscoa.
B. ( ) conquistar as camadas mais populares da sociedade.
C. ( ) reiterar a irreverência que é peculiar à emissora de rádio, lançando sua promoção de Páscoa e fazendo
um trocadilho.
D. ( ) ridicularizar o padrão culto da língua portuguesa, tão distante dos falantes do idioma.
Questão 3
Considere este fragmento de Circuito fechado, de Ricardo Ramos.
“Chinelos, vaso, descarga. Pia, sabonete. Água. Escova, creme dental, água, espuma, creme de barbear, pincel, espuma,
gilete, água, cortina, sabonete, água fria, água quente, toalha. Creme para cabelo, pente. Cueca, camisa, abotoaduras, calça,
meias, sapatos, telefone, agenda, copo com lápis, caneta, blocos de notas, espátula, pastas, caixa de entrada, de saída, vaso
com plantas, quadros, papéis, cigarro, fósforo. Bandeja, xícara pequena. Cigarro e fósforo. Papéis, telefone, relatórios,
cartas, notas, vales, cheques, memorandos, bilhetes, telefone, papéis. Relógio. Mesa, cavalete, cinzeiros, cadeiras, esboços
de anúncios, fotos, cigarro, fósforo, bloco de papel, caneta, projetos de filmes, xícara, cartaz, lápis, cigarro, fósforo, quadronegro, giz, papel. Mictório, pia, água. Táxi. Mesa, toalha, cadeiras, copos, pratos, talheres, garrafa, guardanapo. Xícara.
Maço de cigarros, caixa de fósforos. Escova de dentes, pasta, água. [...]”
Fonte: RAMOS, Ricardo. Circuito fechado. São Paulo: Martins, 1972.
Analisando a estrutura e a organização do texto, observa-se que os substantivos foram agrupados:
A. ( )
aleatoriamente, considerando apenas a pontuação.
B. ( )
entre si, mantendo o mesmo campo semântico.
C. ( )
para que se mantivesse a repetição de ações.
D. ( )
para que não houvesse a interferência de outra classe gramatical.
Questão 4
Observe esta conhecida imagem para responder à questão.
Crédito: James Montgomery Flagg (1917).
Os substantivos que a identificam melhor são:
A. ( ) advertência e chamamento.
B. ( ) chamamento e coragem.
C. ( ) conselho e coragem.
D. ( ) advertência e intimidação.
Questão 5
Leia com atenção estes versos da canção “Marvada pinga”, um clássico da música caipira.
Marvada pinga
Domínio público
Com a marvada pinga
É que eu me atrapaio
Eu entro na venda e já dou meu taio
Pego no copo e dali num saio
Ali memo eu bebo
Ali memo eu caio
Só pra carregar é que eu dô trabaio
Oi lá
Verifica-se que a variante linguística nela encontrada:
A. ( ) busca depreciar o modo de falar do caipira.
B. ( ) busca representar o modo como o caipira fala (e canta).
C. ( ) faz apologia ao modo de falar caipira.
D. ( ) busca ironizar essa mesma variante linguística e seus falantes.
Questão 6
Leia com atenção o texto a seguir sobre o diretor Guel Arraes.
[...] Em linguagem comum, os entendidos de cinema dizem duas coisas: (1) que Guel não dá pausa para o
espectador respirar, pulando de uma imagem para outra com excesso de velocidade; e (2) que ele esquece de
filmar os personagens de longe, aquelas imagens que chamamos de “planos gerais”. Essas paisagens têm duas
funções básicas na linguagem cinematográfica. Uma é descansar a vista do espectador, e outra é ajudá-lo a
estabelecer melhor a geografia e a noção de espaço em que a ação do filme se desenvolve.
Quem reclama de Guel por causa desses detalhes estéticos não está errado. “Lisbela e o Prisioneiro” realmente
sofre de hiperatividade visual. É um filme muito veloz, excessivamente editado, como se o diretor e os roteiristas
(Jorge Furtado e Pedro Cardoso, dois amigos e parceiros profissionais do cineasta) tivessem mais idéias do
pudesse caber em duas horas de projeção. Da mesma forma, a falta dos planos gerais parece evidente. [...]
Guel Arraes é um sujeito corajoso. Ele está tentando, e essa tentativa não começou ontem, estabelecer uma
conexão mais orgânica entre cinema e televisão. Duas linguagens que já foram diferentes mas que caminham,
hoje, numa dinâmica muito parecida. Toda a obra de Hollywood, por exemplo, sofre do mal da super-edição. E
muitos filmes que vêem de lá ganham elogios profusos. Nesse caso, a super-edição parece não incomodar os
críticos de plantão. [...]
Fonte: Carreiro, R. (2004). Homepage Cine repórter
<http://www.cinereporter.com.br/dvd/lisbela-e-o-prisioneiro/>.
Acesso em: 12/12/2010.
A crítica feita ao trabalho do diretor Guel Arraes no filme Lisbela e o prisioneiro se deve ao fato de:
A. ( ) ele usar uma linguagem mais usual e menos ortodoxa.
B. ( ) ele ser paparicado na televisão brasileira.
C. ( ) ele usar a superedição no filme, como nos filmes de Hollywood.
D. ( ) a obra ter hiperatividade visual e superedição.
Questão 7
Analise este fragmento de texto no qual o deputado federal Aldo Rebelo comenta seu projeto de lei em defesa da língua
portuguesa.
“[...] A alma do projeto vive no seu artigo 2º. Ele incumbe o Poder Público, com a colaboração da comunidade, no intuito de
promover, proteger e defender a Língua Portuguesa do seguinte:
I- melhorar as condições de ensino e de aprendizagem da Língua Portuguesa em todos os graus, níveis e modalidades da
educação nacional;
II- incentivar o estudo e a pesquisa sobre os modos normativos e populares de expressão oral e escrita do povo brasileiro;
III- realizar campanhas e certames educativos sobre o uso da Língua Portuguesa, destinados a estudantes, professores e
cidadãos em geral;
IV- incentivar a difusão do idioma português, dentro e fora do País;
V- fomentar a participação do Brasil na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa;
VI- atualizar, com base em parecer da Academia Brasileira de Letras, as normas do Formulário Ortográfico, com vistas ao
aportuguesamento e à inclusão de vocábulos de origem estrangeira no Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa.
Acrescenta ainda no mesmo Artigo:
§ 1°. Os meios de comunicação de massa e as instituições de ensino deverão, na forma desta lei, participar ativamente da
realização prática dos objetivos listados nos incisos anteriores.
Mesmo quando trata no artigo 3º da obrigatoriedade do uso da Língua Portuguesa o projeto faz as cuidadosas ressalvas em
que ele não se aplica:
[...]”
Rebelo, A. (2001). Com Ciência
<http://www.comciencia.br/reportagens/linguagem/ling09.htm>. Acesso em: 12/12/2010.
Embora a iniciativa do deputado seja louvável, possui falhas de aplicação efetiva porque:
A. ( ) uma língua, especialmente a falada, é dinâmica e está sujeita a modificações constantes.
B. ( ) a população não vai aprender inglês para entender os estrangeirismos.
C. ( ) os conflitos ideológicos e sociais são intransponíveis.
D. ( ) os lojistas não vão permitir interferências desse tipo.
Questão 8
(Ufsm 2007)
"Os mensaleiros, os sanguessugas, os corruptos de todas as grandezas continuam aí,
expondo suas 'caras-de-pau' envernizadas, afrontando os que pensam e agem honestamente. Tudo isso,
entretanto, não é motivo para anular o voto ou votar em branco."
(Sergio Blattes, "Diário de snata Maria", 03 de agosto de 2006)
Assinale a frase em que os substantivos compostos também estão flexionados corretamente.
A. ( ) As autoridades desconsideraram os abaixos-assinados dos cirurgiões-desntistas.
B. ( ) Os vice-diretores foram chamados pelos alto-falantes.
C. ( )
Trouxe-lhe um ramalhete com sempre-vivas e amor-perfeitos.
D. ( ) Alguns populares ouviram os bate-bocas entre os guardas-costas do Presidente.
E. ( ) Alguns populares ouviram os bate-bocas entre os guardas-costas do Presidente.
Questão 9
A CIÊNCIA DO PALAVRÃO
Por que diabos m... é palavrão? Aliás, por que a palavra diabos, indizível décadas atrás, deixou de ser
um? Outra: você já deve ter tropeçado numa pedra e, para revidar, xingou-a de algo como filha da ..., mesmo
sabendo que a dita nem mãe tem.
Pois é: há mais mistérios no universo dos palavrões do que o senso comum imagina. Mas a ciência
ajuda a desvendá-los. Pesquisas recentes mostram que as palavras sujas nascem em um mundo à parte dentro
do cérebro. Enquanto a linguagem comum e o pensamento consciente ficam a cargo da parte mais sofisticada
da massa cinzenta, o neocórtex, os palavrões moram nos porões da cabeça. Mais exatamente no sistema
límbico. Nossa parte animal fica lá.
E sai de vez em quando, na forma de palavrões. A medicina ajuda a entender isso. Veja o caso da
síndrome de Tourette. Essa doença acomete pessoas que sofreram danos no gânglio basal, a parte do cérebro
cuja função é manter o sistema límbico comportado. E os palavrões saem como se fossem tiques nervosos na
forma de palavras.
Mas você não precisa ter lesão nenhuma para se descontrolar de vez em quando, claro. Justamente por
não pensar, quando essa parte animal do cérebro fala, ela consegue traduzir certas emoções com uma
intensidade inigualável.
Os palavrões, por esse ponto de vista, são poesia no sentido mais profundo da palavra. Duvida? Então
pense em uma palavra forte. Paixão, por exemplo. Ela tem substância, sim, mas está longe de transmitir toda a
carga emocional da paixão propriamente dita. Mas com um grande e gordo p.q.p. a história é outra. Ele vai
direto ao ponto, transmite a emoção do sistema límbico de quem fala diretamente para o de quem ouve. Por
isso mesmo, alguns pesquisadores consideram o palavrão até mais sofisticado que a linguagem comum.
(www.super.abril.com.br/revista/. Adaptado.)
(Unifesp 2009) No texto, o substantivo "palavrão", ainda que se mostre flexionado em grau, não reporta a ideia
de tamanho. Tal emprego também se verifica em:
A. ( ) Durante a pesquisa, foi colocada uma "gotícula" do ácido para se definir a reação.
B. ( ) Na casa dos sete anões, Branca de Neve encontrou sete minúsculas "caminhas".
C. ( ) Para cortar gastos, resolveu confeccionar "livrinhos" que cabem nos bolsos.
D. ( ) Não estava satisfeita com aquele "empreguinho" sem graça e sem perspectivas.
E. ( ) Teve um "carrinho" de dois lugares, depois um carro de cinco e, hoje, um de sete.
Questão 10
(Ibmecsp 2009) Analise o emprego do verbo "fazer" nos excertos a seguir:
I - Seria excessivo dizer que hoje já não se fazem bons filmes, mas não é excessivo dizer que já não se fazem
filmes como antigamente.
(Boris Fausto, "Folha de São Paulo", 28 de maio de 2006)
II - "Eu tinha apenas dezessete anos
No dia em que saí de casa
E não fazem mais de quatro semanas que eu estou na estrada"
("Primeira canção da estrada", Sá e Guarabyra).
III - Uma coisa é patente: não fazem mais espelhos como antigamente.
Indique V (verdadeiro) ou F (falso) em cada uma das alternativas a seguir:
(
) Nos três excertos, o sujeito de "fazem" tem a mesma classificação: é indeterminado.
(
) Em I, o verbo "fazer" está na voz passiva sintética, e o sujeito é simples.
(
) Em I, ocorre uma falha de concordância verbal, uma vez que o índice de indeterminação do sujeito
"se" exige verbo no singular.
(
) Em II, ocorre oração sem sujeito, por isso, o verbo não poderia ser flexionado no plural.
(
) Em III, seria obrigatória a inclusão do índice de indeterminação do sujeito.
A sequência CORRETA é:
A. ( ) V - F - V - F - V.
B. ( ) F - F - V - V - F.
C. ( ) F - V - F - V - F.
D. ( ) V - F - V - F - F.
E. ( ) F - V - F - V - V.
Questão 11
BRASIL, MOSTRA A TUA CARA
A busca de uma identidade nacional é preocupação deste século
João Gabriel de Lima
1
Ao criar um livro, um quadro ou uma canção, o artista 11brasileiro dos dias atuais tem uma preocupação
a menos: parecer brasileiro. A noção de cultura nacional é algo tão incorporado ao cotidiano do país que deixou
de ser um peso para os 12criadores. Agora, em vez de servir à pátria, eles podem servir ao próprio talento.
6Essa é uma 7conquista deste século. Tem como marco a Semana de Arte Moderna de 1922, 1uma espécie de
8grito de independência artística do país, cem anos depois da 2independência política. Até esta data, o
13brasileiro era, antes de tudo, um 14envergonhado. Achava que pertencia a uma raça inferior e que a única
solução era imitar os modelos culturais importados. Para acabar com esse complexo, foi preciso que um grupo
de artistas de diversas áreas se reunisse no Teatro Municipal de São Paulo e bradasse que ser brasileiro era
bom. O escritor Mário de Andrade lançou o projeto de uma língua nacional. Seu colega Oswald de Andrade
propôs o conceito de "antropofagia", segundo o qual a cultura brasileira criaria um caráter próprio depois de
digerir as influências externas.
2
A semana de 22 foi só um marco, mas pode-se dizer que ela realmente criou uma agenda cultural para o
país. Foi tentando inventar uma língua brasileira que Graciliano Ramos e Guimarães Rosa escreveram suas
obras, 3as mais significativas do 9século, no país, no campo da prosa. Foi recorrendo ao bordão da
antropofagia que vários artistas jovens, nos anos 60, inventaram a cultura pop brasileira, no movimento
conhecido como tropicalismo. No plano das ideias, o século gerou três obras que se tornariam clássicos da
reflexão sobre o país. "Os Sertões", do carioca Euclides da Cunha, escrito em 1902, é ainda influenciado por
teorias racistas do século passado, que achavam que a mistura entre negros, 15brancos e índios provocaria
4um "enfraquecimento" da raça brasileira. Mesmo assim, é 5um livro essencial, porque o repórter Euclides, que
trabalhava no jornal "O Estado de S. Paulo", foi a campo cobrir a guerra de Canudos e viu na frente de
18combate muitas coisas que punham em questão as teorias formuladas em gabinete. "Casa-Grande &
Senzala", do pernambucano Gilberto Freyre, apresentava pela primeira vez a miscigenação como algo positivo
e buscava nos primórdios da colonização portuguesa do país as origens da sociedade que se formou aqui. Por
último, o paulista Sérgio Buarque de Holanda, em "Raízes do Brasil", partia de premissas parecidas mas
propunha uma visão crítica, que influenciaria toda a sociologia produzida a partir de então.
VEJA, 22 de dezembro, 1999. p. 281-282
(Ufsm 2001) No texto, observa-se a ocorrência de alguns substantivos derivados de verbos - os deverbais.
Esses substantivos denotam AÇÃO e apresentam as terminações -a, -e, -o. O único substantivo que NÃO faz
parte desse grupo é
A. ( ) busca (subtítulo).
B. ( ) conquista (ref. 7).
C. ( ) grito (ref. 8).
D. ( ) século (ref. 9).
E. ( ) combate (ref. 10).
Questão 12
O Brasil ainda não é propriamente uma nação. Pode ser um Estado nacional, no sentido de um aparelho estatal
organizado, abrangente e forte, que acomoda, controla ou dinamiza tanto estados e regiões como grupos raciais
e classes sociais. Mas as desigualdades entre as unidades administrativas e os segmentos sociais, que
compõem a sociedade, são de tal monta que seria difícil dizer que o todo é uma expressão razoável das partes se admitimos que o todo pode ser uma expressão na qual as partes também se realizam e desenvolvem.
Os estados e as regiões, por um lado, e os grupos e as classes, por outro, vistos em conjunto e em suas
relações mútuas reais, apresentam-se como um conglomerado heterogêneo, contraditório, disparatado. O que
tem sido um dilema brasileiro fundamental, ao longo do Império e da República, continua a ser um dilema do
presente: o Brasil se revela uma vasta desarticulação. O todo parece uma expressão diversa, estranha, alheia
às partes. E estas permanecem fragmentadas, dissociadas, reiterando-se aqui ou lá, ontem ou hoje, como que
extraviadas, em busca de seu lugar.
É verdade que o Brasil está simbolizado na língua, hino, bandeira, moeda, mercado, Constituição, história,
santos, heróis, monumentos, ruínas. Há momentos em que o país parece uma nação compreendida como um
todo em movimento e transformação. Mas são frequentes as conjunturas em que se revelam as disparidades
inerentes às diversidades dos estados e regiões, dos grupos raciais e classes sociais. Acontece que as forças
da dispersão frequentemente se impõem àquelas que atuam no sentido da integração. As mesmas forças que
predominam no âmbito do Estado, conferindo-lhe a capacidade de controlar, acomodar e dinamizar, reiteram
continuamente as desigualdades e os desencontros que promovem a desarticulação.
(IANNI, Octávio. A ideia de Brasil moderno. São Paulo: Brasiliense, 1992.)
(Uerj 2002)
"o Brasil se revela uma vasta desarticulação"
A organização do trecho acima disfarça a condição sintaticamente passiva do termo sujeito.
Para remover o disfarce e manter o sentido, deve-se reescrever a sentença da seguinte forma:
A. ( ) O Brasil é percebido de maneira desarticulada.
B. ( ) O Brasil indica sua desarticulação aos brasileiros.
C. ( ) O Brasil é desarticulado em fragmentos dissociados.
D. ( ) O Brasil é mostrado como uma vasta desarticulação.
Questão 13
(Uerj 2001) "Os aliados não querem romper o NAMORO com FHC - querem é NAMORAR mais."
("Veja", 18/08/1999)
A comparação entre as palavras EM DESTAQUE acima demonstra que o significado geral de "expressar ação"
não é suficiente para identificar o verbo como classe gramatical, já que o NAMORO consta do dicionário como
"ato de namorar".
Para diferenciar o verbo do substantivo, por exemplo, seria necessário considerar, além do sentido de ação, a
seguinte características que só os verbos possuem:
A. ( ) terminação em "r"
B. ( ) flexão de tempo, modo e pessoa
C. ( )
presença indispensável à frase
D. ( ) anteposição de um substantivo
Questão 14
(Fuvest 2001) A única frase em que as formas verbais estão corretamente empregadas é:
A. ( ) Especialistas temem que órgãos de outras espécies podem transmitir vírus perigosos.
B. ( ) Além disso, mesmo que for adotado algum tipo de ajuste fiscal imediato, o Brasil ainda estará muito
longe de tornar-se um participante ativo do jogo mundial.
C. ( ) O primeiro-ministro e o presidente devem ser do mesmo partido, embora nenhum fará a sociedade em
que eu acredito.
D. ( ) A inteligência é como um tigre solto pela casa e só não causará problema se o suprir de carne e o
manter na jaula.
E. ( ) O nome secreto de Deus era o princípio ativo da criação, mas dizê-lo por completo equivalia a um
sacrilégio, ao pecado de saber mais do que nos convinha.
Questão 15
(Ita 2001) Os versos abaixo são da letra da música "Cobra", de Rita Lee e Roberto de Carvalho:
Não me cobre ser existente
Cobra de mim que sou serpente
Com relação ao emprego do imperativo nos versos, podemos afirmar que
A. ( ) a oposição imperativo negativo e imperativo afirmativo justifica a mudança do verbo cobre/cobra.
B. ( ) a diferença de formas (cobre/cobra) não é registrada nas gramáticas normativas, portanto há
inadequação na flexão do segundo verbo (cobra).
C. ( ) a diferença de formas (cobre/cobra) deve-se ao deslocamento da 3a para a 2a pessoa do sujeito verbal.
D. ( ) o sujeito verbal (3a pessoa) mantém-se o mesmo, portanto o emprego está adequado.
E. ( ) o primeiro verbo no imperativo negativo opõe-se ao segundo verbo que se encontra no presente do
indicativo.
Questão 16
(Fgv 2002) Assinale a alternativa ERRADA quanto ao uso da forma verbal.
A. ( ) Se ela fizer o trabalho, ficarei livre.
B. ( ) Caso você quiser, iremos vê-lo.
C. ( ) Quando elas chegarem, avisem-nas.
D. ( ) Embora se esforçassem, nada conseguiam.
E. ( ) Quanto mais estudava, mais ia aprendendo.
Questão 17
(Puccamp 2001) O verbo destacado está corretamente flexionado em:
A. ( ) CONTERAM-se diante das injustas críticas para não perder a razão.
B. ( ) Este tipo de debate CONSTITUE uma das formas mais democráticas de troca de ideias.
C. ( ) Dará para imprimir o texto todo só se ele REPOR a tinta gasta ontem.
D. ( ) A família RETEVE a maior parte das ações da empresa.
E. ( ) Se ele VIR até a secretaria antes de fechar o expediente, poderemos orientá-lo.
Questão 18
(Fgv 2001) Assinale a alternativa em que NÃO HAJA ERRO de conjugação de verbo.
A. ( ) Em pouco mais de três meses, a lesão do jogador poderá estar curada, se ele manter adequadamente
o tratamento.
B. ( ) O moderador interviu assim que ficou a par dos problemas técnicos.
C. ( ) Se a Patrícia previr tempo seco para o litoral, haveremos de descer a serra antes de o sol nascer.
D. ( ) Leocádia estava terrivelmente irritada. Tinha ganas de dizer a Alberto tudo o que ele merecia; mas se
deteu, esperando oportunidade melhor.
E. ( ) Quando o negociador propor uma saída honrosa, será o momento de todos o aplaudirmos.
Questão 19
(Ufpe 2000) Preencha as lacunas com um dos verbos entre parênteses.
1) O advogado _________ na questão entre posseiros e índios. (interviu - interveio)
2) Os deputados _________ -se por causa de questões indianistas. (desavieram - desaveram)
3) O que seria dos latifundiários se os índios _________ suas terras? (reouvessem - reavessem)
4) Os ecologistas _________ com bons olhos as causas indígenas. (veem - vêm)
A sequência correta é
A. ( ) interviu / desavieram / reouvessem / veem
B. ( ) interviu / desaveram / reouvessem / vêm
C. ( ) interveio / desavieram / reavessem / vêm
D. ( ) interveio / desaveram / reavessem / veem
E. ( ) Interveio / desavieram / reouvessem / veem
Questão 20
(Ufpel 2000) O cineasta Cacá Dieguez escreveu um artigo sob o título "O futuro passou", no qual lança o
desafio da possível construção de um novo Brasil. Desse texto, foi retirado o fragmento a seguir:
Para nós, durante a ditadura, o futuro, como tantos brasileiros, estava apenas exilado temporariamente:
ele voltaria nos braços da democracia restabelecida. Pensávamos, naqueles tristes momentos, que, derrubado
o muro da ditadura, ______________ de novo a estrada interrompida, ao longo da qual todos os problemas
seriam resolvidos . Não sabíamos que o país ________________ a inocência, para sempre. Se tivéssemos
prestado mais atenção à história da Colônia, do Império, da República Velha, ________________ que o Brasil
nunca foi muito diferente do que hoje é.
Assinale a alternativa com as formas verbais que preenchem as lacunas de acordo com a norma padrão.
A. ( ) encontraríamos - perdera - viríamos
B. ( ) encontrássemos - perdeu - veríamos
C. ( ) íamos encontrar - tinha perdido - havíamos visto
D. ( ) encontraríamos - havia perdido - teríamos visto
E. ( ) encontrássemos - perderia - viríamos
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