Textos do Exame 6º Ano

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A Campanha da Fraternidade é uma campanha realizada anualmente pela Igreja Católica
Apostólica Romana no Brasil, sempre no período da Quaresma. Seu objetivo é despertar a
solidariedade dos seus fiéis e da sociedade em relação a um problema concreto que envolve a
sociedade brasileira, buscando caminhos de solução. A cada ano é escolhido um tema, que
define a realidade concreta a ser transformada, e um lema, que explicita em que direção se
busca a transformação. A campanha é coordenada pela Conferência Nacional dos Bispos do
Brasil (CNBB). Quaresma, palavra que vem do latim quadragésima, é o período de quarenta
dias que antecedem a festa ápice do cristianismo: a ressurreição de Jesus Cristo, comemorada
no Domingo de Páscoa. Tempo de jejum, oração e esmola.
Campanha da Fraternidade 2012
Tema: Fraternidade e saúde pública. Lema: “Que a saúde se difunda sobre a terra!”(Cf. Eclo,
38,8)
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil foi fundada em 14 de outubro de 1952, no Rio
de Janeiro. A transferência da sede para Brasília aconteceu em 1977. A Conferência Nacional
dos Bispos do Brasil (CNBB) promove a Campanha da Fraternidade, desde o ano de 1964,
como itinerário evangelizador para viver intensamente o tempo da quaresma.
O SUS (Sistema Único de Saúde), inspirado em belos princípios como o da universalidade,
cuja proposta é atender a todos, indiscriminadamente, deveria ser modelo para o mundo. No
entanto, ele ainda não conseguiu ser implantado em sua totalidade e ainda não atende a
contento, sobretudo os mais necessitados destes serviços.
Objetivo Geral
Refletir sobre a realidade da saúde no Brasil em vista de uma vida saudável, suscitando o
espírito fraterno e comunitário das pessoas na atenção aos enfermos e mobilizar por melhoria
no sistema público de saúde.
Objetivos Específicos
a) Disseminar o conceito de bem viver e sensibilizar para a prática de hábitos de vida
saudável; b) Sensibilizar as pessoas para o serviço aos enfermos, o suprimento de suas
necessidades e a integração na comunidade.
c) Alertar para a importância da organização da pastoral da Saúde nas comunidades: criar
onde não existe, fortalecer onde está incipiente e dinamizá-la onde ela já existe; d) Difundir
dados sobre a realidade da saúde no Brasil e seus desafios, como sua estreita relação com os
aspectos socio-culturais de nossa sociedade;
e) Despertar nas comunidades a discussão sobre a realidade da saúde pública, visando à
defesa do SUS e a reivindicação do seu justo financiamento; f) Qualificar a comunidade para
acompanhar as ações da gestão pública e exigir a aplicação dos recursos públicos com
transparência, especialmente na saúde.
Revisando: Disseminar; Sensibilizar; Alertar; Difundir; Despertar; Qualificar;
As três partes da camapanha:
1ª Parte – Fraternidade e Saúde Pública. 2ª Parte – Que a Saúde se difunda sobre a Terra. 3ª
Parte - Indicações para a Ação transformadora no Mundo da Saúde.
8 Metas da ONU – do Início dos anos 90 até 2015
1 – Reduzir pela metade o número de pessoas que vivem na miséria e passam fome. 2 –
Educação básica de qualidade para todos. 3 – Igualdade entre os sexos e mais autonomia para
as mulheres. 4 – Redução da mortalidade infantil. 5 – Melhoria da saúde materna. 6 –
Combate a epidemias e doenças. 7 – Garantia da sustentabilidade ambiental. 8 – Estabelecer
parcerias mundiais para o desenvolvimento.
As três metas relacionadas à saúde são as de número 4, 5 e 6.
Pastoral da Criança:
Destaca-se neste âmbito o trabalho da Igreja através da Pastoral da Criança e da Pastoral da
Saúde. A Pastoral da Criança, em suas ações, promove o desenvolvimento integral das
crianças pobres, da concepção aos seis anos de idade em seu contexto familiar e comunitário,
com ações preventivas de saúde, nutrição, educação e cidadania.
Pastoral da saúde:
A Pastoral da Saúde representa a atividade desempenhada pela Igreja no setor da saúde, é
expressão de sua missão e manifesta a ternura de Deus para com a humanidade que sofre.
Conclusão:
Ao longo dos últimos anos, houve mudança no conceito de saúde: de ‘caridade’ para
‘direito’. Hoje em dia, no entanto, esse direito está sendo transformado em ‘negócio’, num
mercado livre sem coração! Há necessidade de empoderamento dos pobres, em termos de
reivindicação (cidadania) e para fazer algo concreto e forçar o direito básico à saúde.
Oração da Campanha da Fraternidade 2012
Senhor Deus de amor, Pai de bondade, nós vos louvamos e agradecemos pelo dom da vida,
pelo amor com que cuidais de toda a criação. Vosso Filho Jesus Cristo, em sua misericórdia,
assumiu a cruz dos enfermos e de todos os sofredores, sobre eles derramou a esperança de
vida em plenitude. Enviai-nos, Senhor, o Vosso Espírito. Guiai a vossa Igreja, para que ela,
pela conversão se faça sempre mais, solidária às dores e enfermidades do povo, e que a saúde
se difunda sobre a terra. Amém.
E agora analisemos a oração da Campanha! Ela está dividida em 3 etapas:
1ª Parte: Agradecimento. Senhor Deus nós vos agradecemos pelo dom da vida…
2ª Parte: Memorial. Vosso Filho Jesus Cristo, assumiu a cruz dos enfermos…
3ª Parte: Pedido. Enviai-nos, Senhor, o Vosso Espírito. Guiai a vossa Igreja…
Hino da CF2012
Letra: Roberto Lima de Souza. Música: Júlio Cézar Marques Ricarte
Ah! Quanta espera, desde as frias madrugadas, Pelo remédio para aliviar a dor! Este é teu
povo, em longas filas nas calçadas, A mendigar pela saúde, meu Senhor!
Ah! Quanta gente que, ao chegar aos hospitais, Fica a sofrer sem leito e sem medicamento!
Olha, Senhor, a gente não suporta mais, Filho de Deus com esse indigno tratamento!
Ah! Não é justo, meu Senhor, ver o teu povo Em sofrimento e privação quando há riqueza!
Com tua força, nós veremos mundo novo, (Cf Ap 21,1-7) Com mais justiça, mais saúde, mais
beleza!
Ah! Na saúde já é quase escuridão, Fica conosco nessa noite, meu Senhor, (Cf Lc 24,29) Tu
que enxergaste, do teu povo, a aflição E que desceste pra curar a sua dor. (Cf Ex. 3,7-8)
Ah! Que alegria ver quem cuida dessa gente Com a compaixão daquele bom samaritano. (
Lc. 10,25-37) Que se converta esse trabalho na semente De um tratamento para todos mais
humano!
Ah! Meu Senhor, a dor do irmão é a tua cruz! Sê nossa força, nossa luz e salvação! (Cf. Sl.
27,1) Queremos ser aquele toque, meu Jesus, (Cf. Mc. 5,20-34) Que traz saúde pro doente,
nosso irmão!
Refrão:
Tu, que vieste pra que todos tenham vida, (Jo 10,10) Cura teu povo dessa dor em que se
encerra; Que a fé nos salve e nos dê força nessa lida, (Mc 5, 34) E que a saúde se difunda
sobre a terra! (Cf Eclo 18,8)
Cartaz da CF 2012
Atualiza o encontro do Bom Samaritano com o doente que necessita de cuidado Lc 10,29-37
A mão do profissional da saúde segurando as mãos do doente afasta cultura da morte e
viabiliza a acolhida entre irmãos (o próximo). A Igreja como mãe, na sua samaritanidade,
aproxima e cuida dos doentes, de todos que se encontram à margem do caminho. O
profissional de pé, o enfermo sentado, olhos nos olhos, lembra a acolhida e o compromisso
do profissional de saúde, gera relação de confiança. A cruz que sustenta e ilumina o sentido
do cartaz recorda a salvação que Jesus Cristo nos conquistou
A alegria do encontro recorda aos profissionais da saúde que foram escolhidos para atualizar
em a atitude do Bom Samaritano em relação aos enfermos.
As relações homem X natureza. (6º ano)
Além dos elementos comportamentais, a proteção do meio ambiente envolve aspectos
transcendentais, capazes de inspirar uma conduta moral que leve a uma mudança de estilo de
vida, onde o “ser” prevaleça ao “ter”.
Nesta linha, o Compêndio da Doutrina Social da Igreja Católica reserva um capítulo
específico direcionada à “Salvaguardar o Ambiente”, cuja essência está no seguinte
ensinamento: “a relação que o homem tem com Deus é que determina a relação do homem
com os seus semelhantes e com o seu ambiente. Eis por que a cultura cristã sempre
reconheceu nas criaturas, que circundam o homem, outros tantos dons de Deus que devem
ser cultivados e conservados, com sentido de gratidão para com o Criador”.
O referido documento destaca que “o ambiente como ‘recurso’ corre o perigo de ameaçar o
ambiente como ‘casa’”, que o “desenvolvimento econômico deve considerar atentamente a
necessidade de respeitar a integridade e os ritmos da natureza” e que a tutela do ambiente
“trata-se do dever, comum e universal, de respeitar um bem coletivo”.
Ele também alerta, como crítica ao fanatismo de alguns movimentos ecológicos, que “uma
correta concepção do ambiente, se de um lado não pode reduzir de forma utilitarista a
natureza a mero objeto de manipulação e desfrute, por outro lado não pode absolutizar a
natureza e sobrepô-la em dignidade à própria pessoa humana”.
O capitalismo e a sociedade de consumo (6º ano)
Nas últimas décadas houve um aumento significativo do consumo em todo mundo,
provocado pelo crescimento populacional e, principalmente, pela acumulação de capital das
empresas. Chamamos de consumo o ato da sociedade de adquirir aquilo que é necessário a
sua subsistência e também aquilo que não é indispensável. Já ao ato do consumo de produtos
supérfluos, denominamos consumismo.
Para suprir as sociedades de consumo, o homem interfere profundamente no meio ambiente,
pois tudo que o homem desenvolve vem da natureza. Através da força de trabalho o homem
transforma a primeira natureza (intacta) em segunda natureza (transformada). É a natureza
que fornece todas matérias primas (solo, água, clima energia minérios etc) necessárias às
indústrias.
O modelo de desenvolvimento capitalista, baseado em inovações tecnológicas, em busca do
lucro e no aumento contínuo dos níveis de consumo, precisa ser substituído por outro, que
leve em consideração os limites suportáveis na natureza e da própria vida.
O planeta já mostra sinais de esgotamento, um exemplo disso é a escassez de petróleo que é
um recurso não renovável, e sua utilização corresponde a 40% da energia consumida no
mundo, tendo em vista a sua importância no cenário mundial a situação é preocupante, pois
alguns estudos mostram que o petróleo existente será suficiente por mais 70 anos. Não
podemos nos esquecer da água potável que está cada vez mais escassa e que se não
cuidarmos, em poucos anos não termos mais.
O que são símbolos religiosos?
Na vida humana, sinais e símbolos ocupam um lugar importante. Sendo o homem um ser ao
mesmo tempo corporal e espiritual, exprime e percebe as realidades espirituais por meio de
sinais e de símbolos materiais. Como ser social, o homem precisa de sinais e de símbolos
para comunicar-se com os outros, pela linguagem, por gestos, por ações. Vale o mesmo para
sua relação com Deus.
Usamos por exemplo no trânsito vários sinais, placas que indicam que devemos parar, que
indicam a localização de lugares, sinais luminosos em um semáforo e etc. Estamos cercados
de sinais. O movimento denominado Nova Era cada vez mais imprime seus sinais nos mais
diversos lugares, até mesmo em caixas de sabão em pó. Os símbolos de religiões orientais
estão presentes em casas de massagem, acupuntura, academias, etc.
A cruz, grande símbolo do cristianismo, está presente em praças públicas e no alto de morros
de nossa cidade. Enquanto criaturas, essas realidades sensíveis podem tornar-se o lugar de
expressão da ação de Deus que santifica os homens, e da ação dos homens que prestam seu
culto a Deus. Acontece o mesmo com os sinais e os símbolos da vida social dos homens:
lavar e ungir, partir o pão e partilhar o cálice podem exprimir a presença santificante de Deus
e a gratidão do homem diante de seu criador.
As grandes religiões da humanidade atestam, muitas vezes de maneira impressionante, este
sentido cósmico e simbólico dos ritos religiosos. A liturgia da Igreja pressupõe, integra e
santifica elementos da criação e da cultura humana conferindo-lhes a dignidade de sinais da
graça, da nova criação em Jesus Cristo.
Os significados dos símbolos religiosos
No final de julho de 2009, a Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão em São Paulo
ajuizou ação civil pública pedindo à Justiça que obrigue a União a retirar símbolos
religiosos, como crucifixos e bíblias, de áreas públicas de órgãos federais. O argumento é o
de que os objetos ofendem a liberdade de crença e sua permanência fere o princípio do
Estado laico. O arcebispo de São Paulo, dom Odilo Scherer, viu a decisão com estranheza.
“Ter um Estado laico não significa passar por cima da cultura de um povo”, afirma. Segundo
ele, a existência de crucifixos e bíblias faz parte da tradição cultural brasileira. “Uma posição
como essa não vem defender o interesse da maioria dos cidadãos”, afirmou. Entre grupos
religiosos, a retirada dos símbolos, apesar de considerada polêmica, encontra defensores.
Coordenador da bancada evangélica no Congresso, o deputado pastor Pedro Ribeiro
(PMDB-CE) diz que a bancada está de acordo com a iniciativa. “A retirada desses símbolos
a princípio choca muitos evangélicos. Mas a bíblia não é o instrumento religioso de todos.”
O secretário-geral do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil, Luiz Alberto Barbosa,
diz que não há consenso entre as chamadas igrejas cristãs históricas sobre a defesa ou não da
permanência de símbolos religiosos em locais públicos governamentais. O presidente da
Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, Walter Altmann, não concorda com uma
decisão de “cima para baixo”. Ele é a favor de audiências públicas para discussão do tema.
“A retirada [de cruzes e bíblias] fere o sentimento daquele para quem o símbolo é relevante”,
diz ele.
E você, aluno(a), o que acha?
Ecumenismo
A Igreja de Cristo é aquela que nosso Salvador depois de sua Ressurreição, entregou a Pedro
para que fosse seu pastor e confiou a ele e aos demais Apóstolos para propagá-la e regê-la.
Esta Igreja, constituída e organizada neste mundo como uma sociedade, é governada pelo
sucessor de Pedro e pelos Bispos em comunhão com ele.
O Decreto sobre o Ecumenismo, do Concílio Vaticano II, explicita: “Pois somente por meio
da Igreja de Cristo, ‘a qual é meio geral de salvação’, pode ser atingida toda a plenitude dos
meios de salvação. Cremos que o Senhor confiou todos os bens da Nova Aliança somente ao
Colégio Apostólico, do qual Pedro é o chefe, a fim de constituir na terra um só Corpo de
Cristo, ao qual é necessário que se incorporem plenamente todos os que, de alguma forma,
já pertencem ao Povo de Deus”.
Na realidade, na Igreja de Deus, já desde os primórdios, surgiram algumas cisões, que o
Apóstolo censura com vigor como condenáveis. Dissensões mais amplas nasceram nos
séculos posteriores. Comunidades não pequenas separaram-se da plena comunhão com a
Igreja, por vezes não sem culpa de homens de ambas as partes. As rupturas que ferem a
unidade do Corpo de Cristo não acontecem sem os pecados dos homens.
Os que hoje em dia nascem em comunidades que surgiram de tais rupturas e estão imbuídos
da fé em Cristo não podem ser argüidos de pecado de separação, e a Igreja os abraça com
fraterna reverência e amor. Justificados pela fé recebida no Batismo; estão incorporados em
Cristo, e por isso com razão são honrados com o nome de cristãos e merecidamente
reconhecidos pelos filhos da Igreja como irmãos no Senhor.
Além disso, muitos elementos de santificação e de verdade existem fora dos limites visíveis
da Igreja: A palavra escrita de Deus, a vida da graça, a fé, a esperança, a caridade, outros
dons interiores do Espírito Santo e outros elementos visíveis. O espírito de Cristo serve-se
dessas igrejas e comunidades eclesiais como meios de salvação cuja força vem da plenitude
de graça e de verdade que Cristo confiou à Igreja. Todos esses bens provêm de Cristo e
levam a Ele e chamam, por eles mesmos, para a unidade.
A unidade, “Cristo a concedeu, desde o início, à sua Igreja, e nós cremos que ela subsiste
sem possibilidade de ser perdida e esperamos que cresça, dia após dia, até a consumação
dos séculos”. Cristo dá sempre à sua Igreja o dom da unidade, mas a Igreja deve sempre orar
e trabalhar para manter, reforçar e aperfeiçoar a unidade que Cristo quer para ela. Por isso
Jesus mesmo orou na hora de sua Paixão, e não cessa de orar ao Pai pela unidade de seus
discípulos: ...Que todos sejam um. Como tu, Pai, estás em mim e eu em ti, que eles estejam
em nós, a fim de que o mundo creia que tu me enviaste. (Jo 17,21). O desejo de reencontrar
a unidade de todos os cristãos é um dom de Cristo e convite do Espírito Santo
A preocupação de realizar a união diz respeito à Igreja inteira, fiéis e pastores. Mas é preciso
também ter consciência de que este projeto sagrado, a reconciliação de todos os cristãos na
unidade de uma só e única Igreja de Cristo, ultrapassa as forças e as capacidades humanas.
Por isso depositamos toda a nossa esperança na oração de Cristo pela Igreja, no amor do Pai
por nós e no poder do Espírito Santo.
A missão da Igreja exige o esforço rumo à unidade dos cristãos. Efetivamente, as divisões
entre cristãos impedem a Igreja de realizar a plenitude da catolicidade que lhe é própria
naqueles filhos que, embora lhe pertençam pelo batismo, estão separados da plena comunhão
com ela.
A diversidade cultural e religiosa
A diversidade cultural é patrimônio comum da humanidade. A cultura adquire formas
diversas por meio do tempo e do espaço, que, por sua vez, manifestam-se na originalidade na
pluralidade das identidades que caracterizam os grupos e a sociedade que compõem a
humanidade. Sendo fonte de intercâmbio, inovação e criatividade, a diversidade cultural é
para o gênero humano tão necessária quanto a diversidade biológica para os organismos
vivos. Esta pluralidade em nossas sociedades garante uma interação harmoniosa quando
impulsionada pela vontade do conviver das pessoas, acolhendo a inter-relação com as
diferenças de forma dinâmica, formando uma única totalidade social, a humana. Portanto, as
políticas que favorecem a inclusão e a participação de todos são vitais para a construção da
paz entre as nações e no interior destas.
O desenvolvimento das comunidades, das sociedades, não se limita apenas ao econômico, à
educação físico-matemática, ao domínio da língua portuguesa, mas também ao acesso de
seus integrantes a uma vida intelectual produtiva, afetiva, moral e espiritual. Inclusive, em
toda a diversidade dos grupos que ocupam as mesmas regiões ou áreas vizinhas, pois, a
Declaração Universal dos Direitos Humanos (artigo 27) garante que: “Toda pessoa tem o
direito de participar livremente da vida cultural da comunidade, de fluir as artes e de
participar do processo científico e de seus benefícios”.
Este direito é um imperativo ético inseparável da dignidade do ser humano. Assim, os
direitos com respeito à diversidade cultural marcam a possibilidade de liberdade de
expressão nas mais variadas formas, pois divulgam as idéias e as particularidades das
comunidades manifestadas no teatro, na pintura, nos textos, rituais e outras formas de
expressão da identidade.
Deve-se lembrar, também, que toda criação tem suas origens nas tradições culturais
desenvolvidas ao longo da história das comunidades, valorizando o passado e sustentando o
futuro das gerações. É o diálogo entre os grupos que catalisam as relações, gerando novas
propostas de convivência mundial. Foi nesta perspectiva que ocorreu a homologação da
Declaração Universal da Diversidade Cultural.
O fato de toda pessoa ter a liberdade de pensamento, de consciência (crenças) e de religião
inclui a possibilidade de os indivíduos assumirem ou não uma opção de crença (um valor de
verdade) de forma coletiva ou individual. Neste sentido, a discriminação entre os seres
humanos é uma ofensa à dignidade humana e deve ser condenada como uma violação aos
Direitos Universais da pessoa. Contudo, a intolerância está aí e desafia a convivência das
comunidades. Um desafio que a educação deve se pôr, para efetivar a harmonia dos seres
humanos: desenvolvidos o melhor possível e de posse do conhecimento historicamente
construído.
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