Para calcular o custo do cibercrime, CIOs devem compartilhar mais dados sobre falhas Publicado por:GABRIELA STRIPOLIEditora Adjunta de TI CorporativaPublicado em 31 de March de 2014 às 18h12 O difícil compartilhamento de dados sobre falhas de segurança é a aposta da ferramenta colaborativa da The Economist Intelligence Unit, que visa calcular o custo do crime virtual É difícil calcular os prejuízos de um ataque virtual. O caso da brecha da varejista americana Target revelado em janeiro, por exemplo, foi calculado em US$ 61 milhões por expor dados de milhões de clientes. Ainda assim, essa conta não inclui a queda de mais de 5% das transações em um período crucial para o varejo, ao fim de 2013, no período de festas. Sem contar a perda de credibilidade entre os consumidores. Sabemos que a maior parte das companhias está sendo atacada com voracidade. Segundo um relatório da The Economist Intelligence Unit, 75% das organizações em todo o mundo sofreram ao menos um incidente nos últimos dois anos. Mesmo com a complexidade de medir os custos dos ciberataques, ainda há um receio das próprias empresas de revelar incidentes, por temor a suas consequências. Assim, criou-se uma cultura de “segredos”, dificultando ainda mais a aproximação de qualquer número com a realidade. As estatísticas, então, refletem apenas uma parcela do tamanho e da maneira com a qual os dados financeiros estão sendo roubados. Pensando nisso, a The Economist Intelligence Unit divulgou nesta segunda-feira (31) para o mercado sua ferramenta colaborativa que tenta calcular esse prejuízo, chamada CyberTab. A solução funciona em cima de inputs de vendas perdidas, valor do consumidor e gastos de negócio, dentre outras variáveis. Em cima dela, será feita uma pesquisa para calcular o valor do cibercrime, bem como trazer o benchmarking a fim de evitar a recorrência de ataques, como um “legado” para os CIOs dos mais diferentes setores. O grande desafio está no pedido da companhia – que os usuários do CyberTab compartilhem seus dados na ferramenta, que serão coletados anonimamente e criptografados para uso da The Economist Intelligence Unit. A companhia garante que só serão armazenadas informações dos usuários que optarem por isso, o chamado “opt-in”, e nada que identifique as companhias será usado. Resta saber se os CIOs irão revelar esses dados. Você revelaria?