UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
FACULDADE DE EDUCAÇAO
LICENCIATURA EM EDUCAÇAO DO CAMPO
DISCIPLINA: BIOLOGIA
ORIENTADORA: ALESSANDRA SHNADELBACH
LEIDINALVA DA SILVA GONÇALVES CALDAS
RESUMO DO LIVRO: EVOLUÇAO: O SENTIDO DA BIOLOGIA
SALVADOR – BA
2010
1 - A natureza instiga nossa curiosidade
A Biologia busca explicar os fatos entre os seres, uma série de explicações sobre o
funcionamento das características dos seres vivos. Os seres vivos são eficazes em
elaborar meios para sua sobrevivência como, por exemplo, as aranhas canibalisticas
que devoram os machos . Outro exemplo é como surgiu às penas das aves que função
desempenha? Ou será que são características dos ancestrais.
Para compreender todos esses fenômenos é importante compreender todo o processo
histórico o qual está inserido. No universo biológico é preciso entender as etapas da
evolução, e o que leva um ser vivo a passar por adaptações e mudanças, ou seja,
compreender todo processo que explique os fenômenos ou comportamento.
2 – A mudança é a regra
Na visão fixista os seres vivos se organizam numa cadeia desde os tempos primitivos
até hoje. A ordem atribuída a eles seria simplesmente reflexos da obra de Deus, o
criador de todas as coisas.
Para o fixista o homem não veio do macaco, cada ser vivo representa uma forma
isolada sem qualquer ligação com outro ser com características próprias e com
organismos planejados para exercer funções próprias.
Na visão evolucionista defendia a mudança no mundo natural. A teoria da evolução
biológica propõe que os seres vivos não são imutáveis. O conjunto dos seres vivos
presentes na terra se alteram ao longo do tempo.
Buffon, citado por Diogo Meyer e Charbel Nino El-Hani diz que as espécies
transformam de modo limitado e que na medida em que mudasse de região, a
influência do ambiente levaria mudança na forma original, resultando assim novas
variedades de espécies sendo que o ambiente influencia nas mudanças das espécies.
A teoria de Buffon, é baseada na geração espontânea onde seria capaz de dar origem a
diversas formas vivas que originam de um conjunto de seres vivos sob a influência do
ambiente, multiplica-se a diversidade de formas vivas. Lamarck, citado nesta obra,
defendia a idéia de que o ambiente desempenha papel central na explicação do
processo evolutivo.
O ambiente forçaria os seres vivos a modificar os hábitos devido à necessidade de
sobrevivência onde resultaria em uma alteração dos padrões de uso e desuso dos
órgãos, de modo que a estrutura orgânica poderia ser desenvolvida ou atrofiada.
As idéias de Buffon e Lamarck são diferentes. Buffon destaca a transformação como
resultada do efeito do ambiente sobre algumas formas por geração espontânea.
Lamarck destaca uma tendência inerente a vida de aumento de complexidade a qual
origina forma complexa apartir de formas primitivas que sugiram por geração
espontânea.
Na visão de mundo que pode ser entendida que o homem veio do macaco, houve um
momento da história da vida na terra onde todas as espécies originaram de uma única
espécie. Baseado nas idéias de Darwin há uma grande semelhança entre os seres vivos,
como por exemplo, as asas do morcego que são formadas por uma membrana de pele
esticada entre os ossos correspondentes aos nossos dedos da mão.
Hoje, é possível somar as idéias de Darwin às descobertas da Biologia Molecular e
da bioquímica, onde há uma grande importância quando se trata de código genético.
Grande parte do trabalho feito por Darwin traz evidencias que a evolução ocorre por
meio de um processo de descendência com modificações. Um exemplo são os órgãos
vestigiais que são estruturas aparentemente desprovidas de função nas semelhanças
de órgãos funcionais em outros organismos. Como vestígios de apêndices encontrados
nas cobras.
È notável que as espécies mais semelhantes ocorrem em localidade mais próximas
geograficamente. Isso significa que há uma variação geográfica, o que acontece é que
as espécies que originam de uma mesma região, é natural que seja de parentesco mais
próximo.
Há varias teorias que são intercaladas a diferentes aspectos do processo evolutivo
como: A teoria da evolução ocorre segundo Darwin é que os seres vivos tem um grau
de parentesco entre se; outra teoria a de que os seres vivos partilham ancestrais
comum, onde todas as espécies surgem de espécies existentes; A teoria: a variação
dentro da espécie origina diferenças ente espécies, para Darwin esse processo explica
não só a origem de diferenças entre populações, mas também as diferenças entre
espécies; outra teoria: a evolução é gradual, onde as grandes mudanças evolutivas
ocorrem com uma sucessão de mudanças menores que acumulariam gradativamente;
e a ultima teoria é da seleção natural é o mecanismo subjacente à mudança evolutiva,
há competição na natureza , como são produzidos indivíduos do que o numero que
pode ser mantido pelos recursos disponíveis, o resultado é a sobrevivência de apenas
uma parte , com freqüência uma parte mínima de indivíduos por geração.
3 - A seleção natural
Segundo Darwin e seus seguidores, a transformação das espécies é por meio de um
processo de descendência com modificação Ele atribuía à herança de características
adquiridas um papel em suas teorias apesar de enfatizar a seleção natural como um
mecanismo principal de mudança evolutiva.
Os neolamarkistas defendiam uma teoria evolutiva centrada na idéia de herança de
caracteres adquirida, as modificações sofridas por um organismo ao longo de sua vida
podiam ser herdadas pelos seus descendentes. Outra teoria antedarwinista de
mudança evolutiva ocorrida e com determinadas metas o que era essa tendência de
seguir um rumo preestabelecido, e não a seleção natural que explicava a
transformação evolutiva.
O mutuacionismo uma alternativa à seleção natural e mais influente, nasceu do
sucesso da genética experimental que o inicio do século XX, havia demonstrado a
ocorrência de mutações, súbitas alterações herdáveis em seres vivos.
A seleção natural ocupa um papel fundamental na biologia evolutiva. Ela procura
explicar às adaptações dos organismos as características do seu meio. A seleção
natural explica sobre as diversas características dos seres vivos.
Há várias evidências de que ocorre a seleção natural, pois, não é preciso vê-la para
saber que acontece. A teoria científica é capaz de explicar as adaptações e a
diversidade dos seres vivos como, por exemplo, o átomo, mas não é preciso vê-lo.
A evolução não ocorre em curto prazo para todas as espécies, como por exemplo, as
bactérias levam muitos anos para evoluírem. Existem casos de seleção natural que tem
origem de casos de uma ação feita pelo homem. Como é o caso das bactérias
resistentes ao uso de antibióticos. O surgimento de populações de bactérias
resistentes a antibióticos é um processo movido pela seleção natural, onde os agentes
seletivos são os antibióticos.
Ao longo de muitas gerações uma espécie pode ser transformada em sua aparência,
ou seu comportamento ou em sua constituição genética. Esse processo pode resultar
no surgimento de novas espécies se a diferença entre a espécie ancestral e suas
descendentes, aumentar o suficiente. Para realmente entender a Biologia é
fundamental assimilar esse pensamento moderno de evolução.
Há mudanças nas espécies que ocorre por acaso, como é o caso da cor dos pelos de
animais, irá predominar aquela de predominância maior, mesmo que a outra
apresentar alguma vantagem. O acaso pode ter um papel evolutivo importante nas
investigações sobre a variação genética. Na década de 1960 descobriu-se que maior
parte da variação genética. As mudanças ocorridas nas espécies por acaso é chamada
de deriva genética.
A evolução por seleção natural é um processo que relaciona com as condições
ambientais que estabelece os desafios os quais os organismos responderão
continuamente mudando, em parte pelas atividades próprias dos organismos. A
evolução humana também é um exemplo de como a evolução ocorre nas
características.A postura bípede surgiu em nossa linhagem há milhões de anos, sendo
provável que a seleção natural tenha favorecido.
Por tanto, pode-se afirmar que a seleção natural pode ocorrer de varias maneiras, mas
para isso é preciso examinar-la numa perspectiva história, situando no tempo e no
surgimento que ela passou a desempenhar uma função específica.
4 – Debates atuais na biologia evolutiva.
A biologia evolutiva é construída em torno das idéias de que todos os seres vivos são
aparentados uns aos outros, em decorrência do processo de descendência com
modificação, bem como da idéia de que a seleção natural nos oferece um mecanismo
poderoso para compreender como ocorre esse processo de mudança.
A teoria evolutiva oferece respostas sobre o mundo vivo. Ela pode ser vista como uma
ferramenta que ajuda a dar sentido ao mundo natural. A biologia evolutiva pode ser
considerada como um alvo de investigação científica, pois muitas questões sobre o
parentesco entre os seres vivos e os mecanismos que levam às mudanças constituem
desafios para tal ciência.
A teoria evolutiva neodarwinista enfrenta atualmente três desafios que podem ser
sintetizados através dos seguintes questionamentos: 1- Considerando que as formas
de vida na terra abrangem vários níveis de organização, desde moléculas até
ecossistemas, passando por células, tecidos, organismos, populações, etc. Em qual
desses níveis a seleção atua? 2 – A seleção natural é capaz de cumprir um papel
positivo na evolução, ou seja, ela é capaz de explicar não somente a eliminação do
menos adaptado, mas também o surgimento do mais adaptado? 3 – Aceitamos que a
seleção natural explica as pequenas alterações evolutivas, mas ela também é capaz de
explicar as grandes mudanças na árvore da vida?
Stephen Jay Gould entende que as respostas a essas três perguntas constituem o
núcleo central da teoria darwiniana da evolução, juntamente com o mecanismo da
seleção natural. As perguntas que foram referidas dizem respeito aos três princípios
presentes na formulação contemporânea do darwinismo chamados por Gould de:
agência, eficácia e alcance.
Como resposta em relação à seleção natural Darwin defende que ela atua sobre
organismos individuais, explicando dessa forma a pergunta a respeito do princípio da
agência. Ele insistia que a seleção natural atua sobre organismos que competem uns
com os outros. Admitiu que as situações em que um organismo fazia algo que fazia ser
deletério para si mesmo, sobretudo quando esse comportamento beneficiava outro
indivíduo da mesma população, representavam um grande desafio à sua teoria.
De acordo com o cientista vero Wynne-Edwards (1962), a resposta para a questão da
agência é bastante diferente daquela proposta por Darwin, pois em vez de somente
sobre o organismo individual, a seleção natural também estaria atuando sobre grupos
de organismos. Tal explicação foi bastante popular na primeira metade da década de
60, por seu apelo intuitivo que se baseia em um mecanismo conhecido como “seleção
de grupo”.
Apesar das muitas críticas relacionadas à seleção de grupo ainda deixavam sem
reposta uma questão fundamental que seria de que forma a seleção natural explicaria
a existência do altruísmo? As idéias desenvolvidas inicialmente por William Hamilton
(1936-2000) contribuíram de modo fundamental para explicar a evolução do
altruísmo. Ele propôs que o indivíduo altruísta está aumentando indiretamente as
chances de seus genes serem freqüentes na próxima geração, na medida em que
auxilia na sobrevivência de seus parentes, que compartilham com ele uma maior
proporção dos genes do que os demais membros da população. Tal mecanismo ficou
conhecido como seleção por parentesco.
Paul Sherman ao observar a experiência com uma espécie norte-americana de esquilos
percebeu que esses esquilos tendem a emitir os gritos de alarme muito mais
freqüentemente quando há parentes próximos na vizinhança. Nesse caso a
probabilidade de o indivíduo beneficiado partilhar genes com o altruísta é aumentada.
Esse raciocínio desloca o algo da seleção natural: não seriam os indivíduos que
estariam sendo selecionados, mas seus genes. Deste modo encontraram-se mais uma
vez uma resposta diferente daquela que foi dada por Darwin ao problema da agência.
A seleção de grupo que esteve em descrédito desde meados da década de 60, voltou a
merecer atenção. Isto devido à percepção de que o mesmo tipo de problema indicado
por Wiliam surge em casos nos quais é bem mais difícil negar a existência de altruísmo.
Organismos multicelulares são grupos de células que cooperam umas com as outras. E
as células carregam dentro de si grupos de genes.
As teorias darwinistas do século XIX a XX mostra o desenvolvimento de diversas linhas
de pesquisas sobre o pensamento evolutivo com abragncia em diversas áreas desde o
comportamento das aves até a análise dos fósseis, a caracterização genética das
diferentes espécies e genética do desenvolvimento, para assim compreender a
importância da seleção natural como um mecanismo evolutivo.
REFERENCIA:
MEYER, Diogo. Evolução: o sentido da biologia – São Paulo: Editora UNESP, 2005.
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