Histórico Pirâmides do Egito, muralhas da China, templos gregos

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Histórico
Pirâmides do Egito, muralhas da China, templos gregos, catedrais europeias, admiráveis obras de
arte e prodígios de técnica, motivos de orgulho para quem as projetou e deveriam ser, igualmente,
para as centenas de milhares de pessoas que trabalharam na edificação dessas maravilhas da
humanidade. Quantos sofreram acidentes e quantos morreram ao edificá-las?
Sabe-se que a preocupação com mortos e feridos, em épocas primitivas, era pequena. A mão-deobra abundante permitia a rápida substituição dos que sucumbiam. Ao lado da escravidão, o
nomadismo era frequente – e ele persiste até os dias de hoje como característica da mão-de-obra na
indústria da construção.
Incialmente os trabalhadores se alojavam em abrigos naturais (grutas, arvores), muito tempo depois
é que começaram a se instalar permanentemente, construído edifíces das formas que conhecemos
hoje.
As primeiras evidencia de preocupações com os ricos ocupacionais da construção civil foram
registrados por Bernadino Ramazzini (chamado de “Pai da medicina do Trabalho) por volta de 1700
D.C. Nesse livro ele descrevia riscos ligados aos ofícios de pedreiro, gesseiro, pisoeiros. Uma
recomendação espetacular desse livro era que quando se trabalhasse com cal (hidratação), seria
ideal o uso de pano embebido em óleo de amêndoas cobrindo o nariz e a boca para anular o efeitos
dos gazes liberado na hidratação da cal.
Desenvolvimento
A indústria da construção civil é um forte mercado que temos hoje. Responsável por 6,5% do PIB de
2005, esse ramo industrial abre oportunidades diretas e indiretas para empresas de todos os ramos.
De acordo com os dados da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), a cadeia produtiva da construção emprega diretamente
5,6 milhões de pessoas, representando 6,36% dos trabalhadores ocupados no Brasil.
A ascenção profissional desse trabalhadores é de forma empírica, começando do patamar mais
básico (servente, ajudante) e a medida que for adquirindo conhecimento e experiência nas área
podem ser promovidos a vagas especializadas (pedreiro, encanador, eletricista).
As características gerais da mão-de-obra da indústria da construção civil, de acordo com estudo
realizado pelo SESI – Departamento Nacional (Projeto SESI na Indústria da Construção Civil – 1998) –
eram:
Baixo nível de instrução e qualificação profissional: maioria com apenas o 1º grau completo, 20,0%
de analfabetos e 72,0% que nunca realizaram cursos e treinamentos;
Elevada rotatividade no setor: a maioria com menos de um ano na empresa;
Baixos salários: 50,0% dos trabalhadores ganhavam menos de dois salários mínimos;
Elevado índice de absenteísmo: 52,0% por problemas de saúde;
Alcoolismo: 54,3% ingeriam bebida alcoólica, 15,0% abusavam do consumo e 4,4% eram
dependentes.
Segundo a Relação Anual de Informações Sociais – RAIS, em 2005 havia 96.662 empresas de
Construção civil que empregavam 1.245.395 trabalhadores no território nacional. A maioria (97,9%)
destas empresas são de micro ou pequeno porte (de acordo com a classificação do Serviço Brasileiro
de Apoio às Micro e Pequenas Empresas -SEBRAE) que empregam 53,0% do total de trabalhadores.
Qtde de Funcionários
Até 19 funcionários
De 20 a 99 funcionários
De 100 a 499 funcionário
A partir de 500 empregados
Classificação
Microempresa
Pequena Empresa
Média empresa
Grande Empresa
Tabela 1: Classificação das Empresas por qtde. de funcionários. Fonte Sebrae
Porte
dos Região
Estabelecimentos
Norte
Microempresa
Pequena Empresa
Média empresa
Grande Empresa
Nordeste
Centro-Oeste
Sudeste
Sul
Total
12.183
44.514
21.794
142.868
62.613
283.972
19.054
76.489
33.795
188.227
58.350
375.915
24.483
72.249
22.043
184.484
38.204
341.463
7.120
40.149
22.166
156.151
18.459
244.045
Tabela 2: Número de Trabalhadores por porte do estabelecimento na Industria da construção civil. Rais 2005
“A construção é um dos setores de atividade econômica que mais absorve acidentes do trabalho e
onde o risco de acidentes é maior. De acordo com as estimativas da OIT, de aproximadamente 355
mil acidentes mortais anuais no mundo, 60 mil ocorrem em obras de construção.” (Fonte: OIT –
Secretaria Internacional do Trabalho – Documento 200, 2005).
De acordo com o Anuário Estatístico da Previdência Social, a industria da Construção Civil – Edificações no
Brasil registrou 171.398 acidentes de trabalho no período de 2009 a 2011. Como mostra a tabela a seguir,
no estado de Santa Catarina ocorreram 47.615 acidentes em 2011, dos quais 168 resultaram em óbito.
Quantidade de acidentes registrados em SC
52000.0
51000.0
50000.0
49000.0
Quantidade de acidentes
registrados em SC
48000.0
47000.0
46000.0
45000.0
1905ral
1905ral
1905ral
Grafico 01: Qtde de acidentes registrados em Santa Catarina. FONTE: Anuário estatístico do Ministério a Previdência Social
/ 2011.
No período podemos notar uma redução de aproximadamente 3% no numero de acidentes
registrados no estado. Já o numero de óbitos aumentou em aproximadame 12% em relação aos
registrado no período.
Quantidade de acidentes com óbtio
registrados em SC
180.0
160.0
140.0
120.0
100.0
Quantidade de acidentes com
óbtio registrados em SC
80.0
60.0
40.0
20.0
–
1905ral
1905ral
1905ral
Grafico 01: Qtde de acidentes registrados em Santa Catarina. FONTE: Anuário estatístico do Ministério a Previdência Social
/ 2011.
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