Mesa-Redonda A importância da destruição eficiente dos restos culturais Para os especialistas, o ideal é o produtor unir os métodos mecânicos aos químicos, e assim garantir uma eficiência no processo de quase 100% Durante o 10º Congresso Brasileiro do Algodão um dos temas que atraiu a atenção de muitos participantes foi o da mesa-redonda sobre a “Avaliação de diferentes métodos de destruição de restos culturais para variedades transgênicas e convencionais”. O debate sobre a medida de prevenção contra pragas e doenças foi considerado pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) um dos temas prioritários a ser discutido no evento. Conforme a palestra iniciada pelo pesquisador Valdinei Sofiatti, da Embrapa, os restos do algodoeiro necessitam ser eliminados logo após a colheita, para evitar que a planta perene continue vegetando e sirva de hospedeiro a pragas e doenças. “Os restos culturais desta planta, também denominados de soqueira, abrigam pragas prejudiciais como o bicudo, que continua a se reproduzir, aumentando o potencial de ataque nas lavouras do próximo ano”, alerta o pesquisador. O país conta atualmente com dois métodos de destruição da soqueira, o mecânico e o químico que, juntos, conseguem uma eficiência de aproximadamente 100% na eliminação dos restos do algodoeiro, disse Edson Andrade Junior, pesquisador do Instituto Mato-grossense do Algodão (IMAmt). Entretanto, grande parte dos produtores ainda escolhe um ou outro artifício apenas, por considerar que juntos eles encarecem os custos. “Na verdade os custos ficam iguais. Ainda mais se considerarmos a economia de aplicações de agroquímicos, que eles poupariam se destruíssem a soqueira com eficiência”, diz ele. Para o consultor técnico Wanderley Oishi, da Quality Cotton Cons. Agronômica Ltda., individualmente os métodos de destruição dos restos culturais também são eficientes, mas é preciso prestar atenção a alguns detalhes para evitar problemas. No caso da destruição química, o produtor precisa fazer pelo menos duas intervenções, uma logo após a colheita e a outra após o broto. “Os problemas deste processo é a dependência de um clima adequado, tempo para aplicações e as plantas transgênicas, que apresentam certa resistência a alguns agroquímicos”, ressalta. Já na prática mecânica, os riscos ficam por conta de possíveis erosões do solo, pois o mesmo é remexido para a retirada das soqueiras, além da maior possibilidade de falhas no processo. “Consideramos os métodos complementares, e os custos ficarão mais baixos com a redução das pragas”, garante Valmor dos Santos, consultor do Instituto PAS. “Agora só falta os produtores se atentarem para a importância da destruição das soqueiras.” Divulgação: Assessoria de Imprensa do 10º CBA Tempo de Comunicação – 03/09/2015 Jorn. Resp: Marília Moreira (MTb 11.381) – [email protected] Contato: Eduardo Buitron – [email protected] Celular: (11) 9 8489 6063