Espetáculo O MAL DITO Inspirado em Isidore Ducasse, interpretado por Fransérgio Araújo Figura 1 Fransérgio Araújo, foto de Vinicius Carvalho Estreia dia 5 de abril de 2013, no Espaço dos Satyros I, em São Paulo, o espetáculo O Mal Dito, com concepção e atuação de Fransérgio Araújo, da Cia Ópera Ritual. Fransérgio foi integrante por mais de dez anos do Teatro Oficina, coordenado pelo diretor Zé Celso Martinez Correa. Fransérgio Araújo, sozinho em cena, propõe uma construção teatral inusitada e visceral dos Cantos de Maldoror, de Isidore Ducasse. O livro poético foi escrito entre os anos de 1868 e 1869 e descreve cenas brutais, em que a crueldade, a maldade, a covardia e a estupidez humanas são os principais protagonistas da violência extrema. Trazer à cena a poética maldita de Isadore Ducasse é um desafio para qualquer ator. O autor é referência para grandes intelectuais de todo o mundo, e atemporal, foi admirado por importantes nomes da literatura universal como André Gide, Breton, Gaston Barchelard, Sartre, Camus, entre outros. Sinopse Um homem atormentado por sua existência questiona a razão da sua vida. Sua revolta contra o Criador o transforma em um individuo cruel, seu pessimismo o deprime. Ter assistido a morte de sua mãe quando era adolescente fez o autor impor a si ações humanas virulentas. Acreditando na morte como saída do seu desespero, ele dá seus últimos suspiros para fugir da crucificação, imposta pela providência divina. A Montagem Com uma pesquisa corporal baseada no Teatro da Crueldade de Antonin Artaud, a montagem desse espetáculo busca um vínculo com a exposição dos sentidos, apoiando-se na radicalidade, em busca de uma interpretação hipersensorial, para fugir ao naturalismo e autocontrole dos dias atuais. A pesquisa vivenciou também processos esquizofrênicos e bipolares e surtos psicóticos do próprio ator-autor durante sua pesquisa de atuação. A montagem pretende, por meio do trabalho performativo do ator, mostrar as entranhas que movem a revolta contra sua própria existência, especificamente aquela apoiada na maldade humana. A peça se propõe a desumanizar o individuo para que ele descubra de fato o que é ser humano. A Cia Ópera Ritual e o Teatro Selvagem A Cia Ópera Ritual nasceu para investigar e se aprofundar no conceito do Teatro Selvagem, que se baseia no "teatro e a peste", de Antonin Artaud. Em busca de um aprimoramento das técnicas para execução de um teatro que possa causar impacto sensorial e energético, a Cia Ópera Ritual quer despertar o pensamento transformador no intérprete e no espectador. O Teatro Selvagem é um teatro xamânico, fundamentado na fúria santa e no desregramento das emoções. É a força da metamorfose a serviço da vida. A identificação com a natureza selvagem é a inspiração para um rito desumanizador no sentido da extirpação do automatismo humano. A respiração fixada nos órgãos do corpo humano é o apoio para o salto vigoroso em direção à concentração ritualística. A atuação e direção de Fransérgio Araújo Trabalho autoral construído por Fransérgio Araújo, o objetivo aqui nesta performance é personalizar a atuação de forma a construir uma nova situação dramática a cada nova temporada, onde o a encenação se torne apenas objeto de execução da verve do ator. Fransérgio Araújo já atuou, em sua trajetória, com muitos diretores consagrados: José Celso Martinez Corrêa, Márcio Aurélio, Ron Daniels, Hamilton Vaz Pereira, Gleides Pamplona, Marcelo Drummond, Renée Gumiel, Tica Lemos, Antonio Mercado, Cesár Augusto, Lourival Paris, Roger Avanzi e Jacqueline Laurence. O autor Isidore Ducasse Segundo o ator Fransérgio Araújo, “A obra de Isidore Ducasse é enigmática, estranha. Diria que ela se utiliza da revolta, comum ao homem, para expressar o contrário, ou seja, a máxima docilidade que pode se encontrar no ser humano. Ele trabalha nestes dois extremos: entre a maldade humana e a vontade de superação deste sentimento. Lautréamont é um poeta para se saborear lentamente, degustando bem devagar. Sua imaginação delirante é de uma lucidez visionária”. Conde de Lautréamont é o pseudônimo do escritor francês Isidore Ducasse, nascido em 1846 e morto em 1870. Nestes vinte e quatro anos de existência, deixou um violento e longo livro intitulado "Cantos de Maldoror", admirados por Verlaine, André Gide e André Breton e estudados por Gaston Bachelard. Nascido no Uruguai, o autor morreu misteriosamente em 1870, desconhecido, em Paris. Serviço Dias e horários Sextas às 23h59 e domingos às 21h Temporada 5 de abril a 31 de maio de 2013 Ingressos 30 reais (meia 15 reais para idosos, estudantes e classe teatral) Local Teatro Satyros I - Praça Roosevelt, 214 - Fone: (11) 3258-6345 Lotação 60 lugares Duração 50 minutos Ficha Técnica Atuação e direção - Fransérgio Araújo Tradução - Claudio Willer Supervisão de Figurinos - Flávio Arciole Supervisão de Luz - Rudolfo García Vázquez Supervisão de Direção - Juliana Galdino Supervisão de Cenário - Rita Peripato Fotos de divulgação - Vinicius Carvalho Observação: O espetáculo conta também com uma participação especial de um guitarrista convidado para compor ao vivo uma trilha sonora a cada espetáculo. Produção Cia Ópera Ritual Informações para a imprensa Canal Aberto Assessoria de Imprensa Márcia Marques Fones: 011 2914 0770/ 3798 9510 Celular: 011 9 9126 0425 Email: [email protected] SKYPE: canal.aberto www.facebook.com/CanalAbertoAssessoriaDeImprensa www.canalaberto.com.br