Universidade Federal da Bahia - DEE Dispositivos Eletrônicos – ENG C41 Professora: Ana Isabela Araújo Cunha Segunda Avaliação – Semestre 2010.1 1) No sistema da Fig.1, o mercúrio líquido no interior do termômetro faz contato elétrico com a resistência RB1. Atingindo a marca de 100 oC o mercúrio faz contato elétrico também com o terminal de 12 V da fonte DC. A resistência RE deve aquecer o líquido até que o mesmo atinja 100 oC, após o quê a temperatura deve ser mantida através de um controle ON-OFF. Os transistores apresentam as seguintes características: VBE = 0,6 V na região ativa, VBESAT = 0,8 V, VCESAT = 0,2 V, IC0 desprezível, 1 = 125 e 2 = 500. a) Sabendo que a resistência RE de 12 deve fornecer ao sistema 3 W para que o líquido no tanque aqueça adequadamente, enquanto sua temperatura seja inferior a 100 oC, dimensione a resistência RC1. (Valor: 1,5) b) Dimensione a resistência RB1 para que o aquecimento seja totalmente interrompido à temperatura de 100 oC. Admita que os transistores entram em corte para VBE < 0,2 V. (Valor: 2,0) VCC RC1 100 oC RB1 T2 60 oC T1 20 oC RE Fig.1 a) POT = RE.IE2 = 3 W IE2 = 3/12 = 0,25 IE = 0,5 A VE = RE.IE = 12.0,5 = 6 V VCE = VCC – VE = 6 V > VCESAT, logo T2 opera na região ativa: IC2 = IB2 e IB2 = IE2/( + 1) = 0,5/501 = 998 A Por outro lado, IB1 = 0, pois enquanto o líquido se aquece é porque a temperatura não atingiu ainda 100 oC, logo o mercúrio não faz contato com a fonte VCC. Logo, T1 se encontra no corte e toda a corrente passando por RC1 é IB2. Assim, VCC R C1 I C1 VBE R E I E R C1 12 0,6 6 5.410 ,8 998 x10 6 b) A 100 oC, o contato se estabelece entre RB1 e VCC, fazendo T1 conduzir. Para que o aquecimento se interrompa, não deve haver corrente em RE, portanto T2 deve estar em corte. Assim, façamos T1 entrar em saturação, pois neste caso teríamos: VBE2 = VCE1 < VCESAT = 0,2 V. Então: I B1 V VCESAT 12 0,2 17,447 A VCC VBESAT I V I B1 lim C1 CESAT CC R B1 1 1 R C1 125 x 5410 ,8 R B1 12 0,8 17 ,447 x10 6 641,959 k 2) No circuito de polarização automática da Fig.2, RC = 3009 , RE = 4941,58 , RB1 = RB2 = 75 k, RB3 = 25 k, VCC = 12 V e o TBJ tem como características: = 100, VBE = 0,634 V na região ativa e IC0 desprezível. a) Determine os novos valores das resistências RC e RE para que o ponto de polarização permaneça o mesmo ao se fechar a chave. (Valor: 2,5) b) Determine a variação percentual em IC em cada caso (chave aberta ou fechada) para uma variação de 20 % em , e o mesmo ponto de polarização. (Valor: 1,0) VCC RB1 IC RC + VCE - RB3 RB2 RE Fig.2 a) Antes do fechamento da chave, o equivalente de Thévenin visto da base, à esquerda, é: VBB R B2 VCC 0,5VCC 6 V R B1 R B2 RB R B1 R B2 75000 37 ,5 k R B1 R B2 2 Assim, IB VBB VBE 6 0,634 10 A R B 1R E 37500 101 x 4941 ,58 I C I B 1 mA I E I C I B 1,01 mA VCE VCC R C I C R E I E 4 V Com a chave fechada, o equivalente de Thévenin visto da base passa a ser: VBBX R B2 // R B3 VCC 0,2VCC 2,4 V R B1 R B2 // R B3 R BX R B1 // R B2 // R B3 37500 x 25000 15 k 37500 25000 Assim, VBBX R BX 1R EX I B VBE R EX VBBX VBE R BX I B 2,4 0,634 15000 x10 x10 6 1600 IE 1,01x10 3 R CX I C VCC VCE R EX I E 12 4 1600 x1,01x10 3 6,384 V R CX 6384 b) A variação percentual de IC em termos da variação percentual de IB é: I C 1 x100 IC R E 1 R E RB x100 Para o caso da chave aberta: I C 1 x100 IC 100 x 4941 ,58 1 4941 ,58 37500 20 1,582 % Para o caso da chave fechada: I C 1 x100 20 1,88 % IC 100 x1600 1 1600 15000 3) No circuito da Fig.3, M1 e M2 fazem um divisor de tensão para fixar um potencial constante no terminal de porta da fonte de corrente M3. Sabendo que W1/L1 = 64,8, W3/L3 = 5, VDD = 5 V, VT0N = 0,75 V, VT0P = -1,0 V, nN = nP = 1,25, NC'ox = 100 A/V2, PC'ox = 75 A/V2 e que todos os transistores são muito longos: VDD M1 M3 vOUT IOUT RL M2 Fig.3 a) Dimensione a razão de aspecto de M2, W2/L2,para que a corrente de saída seja IOUT = 150 A. (Valor: 2,0) b) Determine o máximo valor da resistência de carga RL para que a fonte opere adequadamente. (Valor: 1,0) a) Para facilitar a resolução, vamos identificar todos os terminais no diagrama do circuito: S1 ≡ B1 ≡ S3 ≡ B3 VDD M3 M1 D3 vOUT G1 ≡ G 2 ≡ D 1 ≡ D2 ≡ G 3 IOUT RL M2 S2 ≡ B2 I OUT I D3 P Cox V n P W3 VP3 VSB3 2 1 DS3 2 L3 VA3 P Cox n P W3 VP23 2 L3 (sendo VSB3 = 0 e o efeito Early desprezível, ou seja, VA3 infinita) VP23 I OUT 150 0,64 1,25 n P W3 75 x x5 P Cox 2 2 L3 VP 3 0,8 V I D 2 I D1 P C ox V n P W1 VP1 VSB1 2 1 DS1 2 L1 VA1 P C ox n P W1 VP 3 2 2 L1 1,25 x 64 ,8x 0,64 1,944 mA 2 (VSB1 = 0 e o efeito Early é desprezível em M1 também. Além disto, VP1 = VP3) I D 2 75 x10 6 x N Cox n N W2 VP 2 2 1,944 mA 2 L2 (mais uma vez, VSB2 = 0 e o efeito Early é desprezível em M 2) I D 2 N Cox V n N W2 VP2 VSB 2 2 1 DS2 2 L2 VA 2 VDD = -VGB1 + VGB2 VP1 VGB1 VT 0 P nP VGB1 n P VP1 VT 0 P 1,25 x (0,8) 1 2 V VGB2 VDD VGB1 5 2 3 V VP 2 W2 L2 VGB2 VT 0 N 3 0,75 1,8 V nN 1,25 I D2 1944 9,6 n 1,25 2 1,82 100 N Cox N VP 2 2 2 b) Para M3 operar em saturação, devemos ter: vDB3 < VP3 vDB3 = vOUT – VDD vOUT – VDD < VP3 vOUTmáx = VDD + VP3 = 5 – 0,8 = 4,2 V RLmáx = vOUTmáx/IOUT = 4,2/150x10-6 = 28 k ************************************************************************ Formulário TBJ na região ativa: IC = IB + ( + 1)IC0 I I IC S C C na polarização automática R E 1 RE RB MOSFET em inversão forte ( VSB VP ), com VP na região de saturação ( VDB VP ) VT0, VDB, VSB e VGB > 0 no MOSFET canal N e VT0, VDB, VSB e VGB < 0 no MOSFET canal P I D Cox V Wn VP VSB 2 1 DS L 2 VA VGB VT 0 : n