A BANALIZAÇÃO DA VIOLÊNCIA NO NOTICIÁRIO POLICIAL BELENENSE: UM ESTUDO A PARTIR DA TEORIA CRÍTICA DA SOCIEDADE Mateus Abreu PEREIRA (Bolsista PIBIC/CNPq) - [email protected] Faculdade de Psicologia, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas. Prof. Dr. Mauricio Rodrigues de SOUZA (Orientador) - [email protected] Faculdade de Psicologia, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas. “A modalidade de cobertura jornalística denominada noticiário policial se caracteriza pela veiculação de fatos criminais, investigações policiais e outros assuntos referentes à segurança pública. Entretanto, este gênero de reportagem muitas vezes excede sua função de informar ao edulcorar as notícias com porções de sensacionalismo, lançando mão de imagens, manchetes e textos escandalizantes. A exposição de cadáveres, pessoas com ferimentos graves ou em estado de mutilação corporal se tornou uma prática comum em muitos jornais ao longo dos anos. Diante disto, o foco central deste estudo reside na análise destas práticas da imprensa no contexto específico da cidade de Belém do Pará. Para tanto, o principal referencial teórico adotado aqui é aquele proposto pela Teoria Crítica da Sociedade, em particular a noção de Indústria Cultural, de modo a cumprir com o objetivo de analisar elementos das práticas de banalização da violência cotidianamente presentes em um veículo da mídia impressa da capital paraense. Com efeito, utilizando recortes do suplemento Polícia, do jornal Diário do Pará, o estudo identificou elementos que permitem visualizar que o jornal contribui para o processo de banalização da violência ao expor de maneira explicita mutilações e ferimentos em cadáveres. Conclui-se que, por meio de estratégias típicas da indústria cultural (como a reificação, a mistificação das massas e a despotencialização da tragicidade dos elementos da realidade), o jornal trabalha no sentido de tornar a barbárie visual que publica algo banal e ordinário, volatilizando a dialética existente na complexa cadeia de elementos que compõem a violência e transformando-a em simples mercadoria”. Palavras-chave: Indústria cultural, jornalismo policial; banalização da violência Titulo do projeto do orientador: UMA QUESTÃO DE MÉTODO: ORIGENS, LIMITES E POSSIBILIDADES DA ETNOGRAFIA PARA A PSICOLOGIA SOCIAL. Classificação do trabalho na Tabela de Áreas do Conhecimento no CNPq. Grande-área: Ciências Humanas Área: Psicologia Sub-área: Psicologia Social