Hernandes José Pereira (matrícula 2008050195) turma “A” - Realengo Poluição dos rios, mares. Conseqüência para a biodiversidade. - Baia de Guanabara e rio tiete - tipos de poluentes - fonte poluidora Rio poluído por produtos químicos Fundamental para a vida em nosso planeta, a água tem se tornado uma preocupação em todas as partes do mundo. O uso irracional e a poluição de rios, oceanos, mares e lagos, podem ocasionar, em breve, a falta de água doce, caso não ocorra uma mudança drástica na maneira com que o ser humano usa e trata este bem natural. Os principais fatores de deteriorização dos rios, mares, lagos e oceanos são: poluição e contaminação por produtos químicos e esgotos. O homem tem causado, desde a Revolução Industrial (segunda metade do século XVIII), todo este prejuízo à natureza, através dos lixos, esgotos, dejetos químicos industriais e mineração sem controle. Em função destes problemas, os governos com consciência ecológica, têm motivado a exploração racional de aqüíferos (grandes reservas de água doce subterrânea). Na América do Sul, temos o Aqüífero Guarani, um dos maiores do mundo e ainda pouco utilizado. Grande parte das águas deste aqüífero situa-se em subsolo brasileiro (região sul). Pesquisa realizada pela Comissão Mundial de Água e de outros órgãos ambiental internacional afirma que cerca de três bilhões de habitantes em nosso planeta estão vivendo sem o mínimo necessário de condições sanitárias. Cerca de um milhão não tem acesso à água potável. Em razão desses graves problemas, espalham-se diversas epidemias de doenças como diarréia, leptospirose, esquistossomose, hepatite e febre tifóide, que matam mais de 5 (cinco) milhões de pessoas por ano, sendo que um número maior de doentes sobrecarregam os hospitais e postos de saúde destes países. Com o intuito de buscar soluções para os problemas dos recursos hídricos da Terra, foi realizado no Japão, entre 16 e 23 de março de 2003, o III Fórum Mundial de Água. Políticos, pesquisadores e autoridades de diversos países aprovaram vários documentos que visam à tomada de atitudes para resolver os problemas hídricos mundiais. Estes documentos reafirmam que a água doce é extremamente importante para a vida e saúde das pessoas e defende que, para que ela não falte no século XXI, alguns desafios devem ser urgentemente superados: o atendimento das necessidades básicas da população, a garantia do abastecimento de alimentos, a proteção dos ecossistemas e mananciais, a administração de riscos, a valorização da água, a divisão e a eficiente administração dos recursos hídricos do planeta. Embora muitas soluções sejam buscadas em esferas governamentais e em congressos mundiais, no dia-a-dia todas as pessoas podem colaborar para que a água doce não falte no futuro. A preservação, economia e o uso racional da água devem estar presentes nas atitudes diárias de cada cidadão. A pessoa consciente deve economizar, pois o desperdício de água doce pode trazer perigosas conseqüências num futuro pouco distante. Curiosidade: Produtos que mais poluem os rios, lagos e mares: detergentes, óleos de cozinha, óleos de automóveis, gasolina, produtos químicos usados em indústrias, tintas, metais pesados (chumbo, zinco, alumínio e mercúrio). Poluição hídrica Poluição da água Existem dois tipos de definição para descrever uma Água Poluida. Do ponto de vista económico, a poluição da água é uma alteração da qualidade que afeta o bem-estar do consumidor e reduz os lucros do produtor, exigindo-se assim o estabelecimento de um nível óptimo de poluição. Em termos ambientais, a poluição da água é uma alteração do ambiente que afecta os ecossistemas e directa ou indirectamente, o Homem. A classificação de água poluida depende do seu uso, e do equilíbrio que existe entre o meio aquático e a sua fauna e flora, assim sendo, uma água pode ser imprópria para consumo humano, mas estando em equilíbrio com o seu meio não poder ser classificada como poluida. Um exemplo é a água dos oceanos, que devido a sua composição mineral e iónica, não se encontra dentro dos padrões definidos para consumo humano, mas no entanto não pode ser considerada como poluida. Definições segundo a OMS Água poluída: Água cuja composição tenha sido directa ou indirectamente alterada, por forma a prestar-se menos facilmente aos usos que poderia ter no seu estado natural. Composição da água natural: Está em equilíbrio com o meio. As espécies que utilizam a água estão adaptadas às suas características. Classificação dos Poluentes da Água De acordo com a origem Pontual: Esgotos urbanos, industriais, mistos, de minas Difusa: Drenagem agrícola, águas pluviais, escorrimento de lixeiras Segundo a natureza dos contaminantes Agentes Químicos Orgânicos (biodegradaveis ou persistentes):Proteínas, gorduras, hidratos de carbono, Ceras, Detergentes, óleos, Tintas, pesticidas, solventes.. Inorgânicos: Ácidos, alcoois, tóxicos, sais solúveis ou inertes... Agentes físicos Radioatividade Calor Modificação do sistema terrestre, através de movimentação de terras ou afins Agentes Biológicos Bactérias Virus Animais e plantas não pertencentes ao habitat natural Sobre-exploração Lançamento de esgoto Os materiais orgânicos presentes no esgoto (excrementos etc.) nutrem as bactérias aeróbias decompositoras. Por serem aeróbias, consomem o oxigênio diluído na água, podendo matar por asfixia a fauna ali existente (principalmente os peixes). Juntamente com essas bactérias, podem existir ou não os agentes patogênicos: vermes , etc.), protozoários (giárdias e amebas, etc.), vírus (hepatite etc.) e bactérias (leptospirose, cólera, febre tifóide etc.). Como as bactérias aeróbias continuam a se multiplicar, e se a poluição continua elevada, a certa altura elas próprias morrem asfixiadas por esgotamento do oxigênio dissolvido na água, sendo substituídas então por um novo tipo de bactéria: as bactérias anaeróbicas, que não necessitam de oxigênio, exalando do metabolismo substâncias de muito mau cheiro, como o gás sulfídrico, que possui um odor típico de ovos podres, insuportável em certos rios, como o Tietê, o Tamanduateí e o Pinheiros na cidade de São Paulo e o Canal do Mangue, no Rio de Janeiro. Solução A solução que deve ser tomada a fim de evitar esses transtornos é tratar o esgoto produzido antes de lançá-lo nos rios ou mares, se estes não suportarem a carga poluidora, diminuindo assim a matéria orgânica, as substâncias tóxicas e os agentes patogênicos. Quando o corpo d'água absorve bem a matéria orgânica, pode-se fazer, sem maiores problemas, o lançamento dos esgotos através de emissários submarinos bem projetados e bem calculados como em Boston e em Santa Mônica (EUA), Ipanema e Barra da Tijuca no Rio de Janeiro, Santos, Maceió, etc. Doenças transmitidas pelas águas poluídas A água poluída pode causar diversos efeitos deletérios à saúde humana: Poluição por esgotos: provocam doenças como febre tifóide, cólera, disenteria, meningite e hepatites A e B. Água poluída por vetores (mosquitos): paludismo, dengue, malária, doença do sono, febre amarela Água poluída por parasitas: verminoses Doenças geradas pela escassez de água: lepra, tuberculose, tétano e difteria Águas poluídas por rejeitos industriais: contaminação por metais pesados geram tumores hepáticos e de tiróide, alterações neurológicas, dermatoses, rinites alérgicas, disfunções gastrointestinais, pulmonares e hepáticas. No caso de contaminação por mercúrio, podem ocorrer anúria e diarréia sanguinolenta. Floração das águas Este fenômeno é causado pelo uso agrícola de adubos e fertilizantes, que contêm fósforo e nitrogênio (também denominado azoto) que ao atingir os cursos d'água, nutrem as plantas aquáticas, transformando a água em algo semelhante a um caldo verde, vindo daí o título Floração das Águas. Poluição com dejetos não-biodegradáveis Os compostos citados acima são orgânicos; logo, são biodegradáveis e podem ser decompostos por bactérias. Mas há compostos inorgânicos sintéticos, que se acumulam nos seres vivos, causando-lhes graves danos em certos casos. Exemplos de produtos não-biodegradáveis são: os detergentes, os combustíveis, tais como petróleo, gasolina ou a poluição provocada por metais pesados: chumbo, alumínio, zinco e mercúrio (provindo da extração dos garimpos). O que é biodiversidade? O termo biodiversidade - ou diversidade biológica - descreve a riqueza e a variedade do mundo natural. As plantas, os animais e os microrganismos fornecem alimentos, remédios e boa parte da matéria-prima industrial consumida pelo ser humano. Para entender o que é a biodiversidade, devemos considerar o termo em dois níveis diferentes: todas as formas de vida, assim como os genes contidos em cada indivíduo, e as inter-relações, ou ecossistemas, na qual a existência de uma espécie afeta diretamente muita outras. A diversidade biológica está presente em todo lugar: no meio dos desertos, nas tundras congeladas ou nas fontes de água sulfurosas. A diversidade genética possibilitou a adaptação da vida nos mais diversos pontos do planeta. As plantas, por exemplo, estão na base dos ecossistemas. Como elas florescem com mais intensidade nas áreas úmidas e quentes, a maior diversidade é detectada nos trópicos, como é o caso da Amazônia e sua excepcional vegetação. Quais as principais ameaças à biodiversidade? A poluição, o uso excessivo dos recursos naturais, a expansão da fronteira agrícola em detrimento dos habitats naturais, a expansão urbana e industrial, tudo isso está levando muitas espécies vegetais e animais à extinção. A cada ano, aproximadamente 17 milhões de hectares de floresta tropical são desmatados. As estimativas sugerem que, se isso continuar, entre 5% e 10% das espécies que habitam as florestas tropicais poderão estar extintas dentro dos próximos 30 anos. A sociedade moderna - particularmente os países ricos - desperdiça grande quantidade de recursos naturais. A elevada produção e uso de papel, por exemplo, é uma ameaça constante às florestas. A exploração excessiva de algumas espécies também pode causar a sua completa extinção. Por causa do uso medicinal de chifres de rinocerontes em Sumatra e em Java, por exemplo, o animal foi caçado até o limiar da extinção. A poluição é outra grave ameaça à biodiversidade do planeta. Na Suécia, a poluição e a acidez das águas impedem a sobrevivência de peixes e plantas em quatro mil lagos do país. A introdução de espécies animais e vegetais em diferentes ecossistemas também podem ser prejudiciais, pois acaba colocando em risco a biodiversidade de toda uma área, região ou país. Um caso bem conhecido é o da importação do sapo cururu pelo governo da Austrália, com objetivo de controlar uma peste nas plantações de cana-de-açúcar no nordeste do país. O animal revelou-se um predador voraz dos répteis e anfíbios da região, tornando-se um problema a mais para os produtores, e não uma solução. Poluição Industrial Cerca de 400 indústrias, do total de 14.000, são responsáveis pelo lançamento de quantidades expressivas de poluentes na Baía de Guanabara e nos rios da sua bacia. A maior dessas indústrias, a Refinaria Duque de Caxias (REDUC), da Petrobras, contribui com elevada carga de derivados de petróleo e metais pesados. Uma estimativa da carga diária de poluentes despejada na baía, considera: 400 toneladas de esgoto doméstico 64 toneladas de lixo orgânico industrial 7 toneladas de óleo 300 quilos de metais pesados Acidentes Ambientais Somam-se, ainda, os acidentes ambientais como vazamentos de óleo, que ocorrem com certa freqüência nas refinarias, portos comerciais, estaleiros e postos de combustíveis. Como exemplo, ocorreu em janeiro de 2000 um vazamento de 1,3 milhão de litros de óleo na Baía de Guanabara, causando grandes danos aos manguezais, praias e à população de pescadores, ou em março de 2006, diante de uma mortandade de peixes e óleo invadindo a praia de Ramos, os moradores da região acusando o Aeroporto Internacional Antonio Carlos Jobim por lavar os aviões e deixar óleo escoar para as águas da baía. A poluição é a liberação de substâncias químicas ou agentes contaminantes em um ambiente, prejudicando os ecossistemas biológicos ou os seres humanos. Mesmo produtos relativamente benignos da atividade humana podem ser considerados poluentes, se eles precipitarem efeitos negativos posteriormente. Os óxidos de nitrogênio produzidos pela indústria, por exemplo, são freqüentemente citados como poluidores, embora a própria substância não seja prejudicial. Na verdade, é a energia solar (luz do Sol) que converte esses compostos em poluição. Muitas vezes, depende-se do contexto para classificar um fenômeno como poluição ou não. Surtos descontrolados de algas e a resultante asfixia de lagos e baías são considerados poluição quando são alimentados por nutrientes vindos de dejetos industriais, agrícolas ou residenciais. O exemplo do Rio Tietê O Rio Tietê é um rio brasileiro do Estado de São Paulo. O Tietê percorre a Região Metropolitana de São Paulo e percorre 1100 quilômetros, até o município de Itapura, em sua foz no Rio Paraná, na divisa com o Mato Grosso do Sul. Embora seja um dos rios mais importantes economicamente para o país, o Rio Tietê ficou tristemente conhecido pelos seus problemas ambientais, especialmente no trecho que banha a cidade de São Paulo. Podemos levantar as causas da poluição do Rio Tietê, que coincide com a expansão da industrialização da cidade de São Paulo. E tal degradação do Rio Tietê coincide com a construção da Represa de Guarapiranga, pela Light, para geração de energia. Embora esta decisão política tenha permitido uma grande expansão do parque industrial de São Paulo, ela inviabilizou o uso do Rio Tietê para o abastecimento da cidade. Isso retirou a vontade política do governo de gastar recursos em sua manutenção, o que aliado à crescente demanda (fruto da expansão econômica da cidade), degradou o rio a níveis intoleráveis. A partir de 1992, após intensa pressão popular (a sociedade civil chegou a colher mais de um milhão de assinaturas: foi o maior abaixo-assinado já realizado no país), o governo estadual se comprometeu a a estabelecer um programa de despoluição. O Estado buscou recursos junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento - o BID - e tem feito o maior projeto de recuperação ambiental do país. No início do programa, o percentual de esgotos tratados em relação aos esgotos coletados não ultrapassava os 20% (na Região Metropolitana de São Paulo). Em 2004, esse percentual estava em 63% (incluindo tratamento primário e secundário). Espera-se que até o final do programa, esse índice alcance os 90%. Por outro lado, é preciso lembrar que ao longo do rio, apenas 60% dos municípios da bacia possuem coleta de esgotos mas nenhum deles apresenta qualquer tipo de tratamento. Na Capital, região onde o rio está completamente poluído em uma extensão de 100 quilômetros, apenas 9 a 10% do total dos esgotos sofrem tratamento primário e secundário. Além do tratamento de esgoto (com construção de ligações domiciliares, coletores-tronco, interceptadores e estações de tratamento de esgotos), o programa de despoluição do Tietê também foca no controle de efluentes das indústrias. De acordo com o governo estadual, mil e duzentas indústrias, correspondente a 90% da carga poluidora industrial lançada no rio Tietê, aderiram ao projeto e deixaram de lançar resíduos e toda espécie de contaminantes no curso d'agua. Desde o início do programa de despoluição em 1992, já foram gastos mais de US$ 1,5 bilhão de dólares.