TEMA Poluição dos rios, mares, conseqüência para a biodiversidade. ►Baia de Guanabara e Rio Tietê. ►Tipos de poluentes. ►Fonte poluidora. Introdução Poluição é a alteração indesejável nas características físicas, químicas ou biológicas da atmosfera, litosfera ou hidrosfera que cause ou possa causar danos à saúde, a sobrevivência ou as atividades dos seres humanos e outras espécies ou ainda deteriorar materiais. Gera diminuição da qualidade de vida. Poluição dos rios, mares, conseqüência para a biodiversidade. POLUIÇÃO DOS RIOS Como fruto da atuação do homem sobre o meio ambiente, surge o problema da poluição dos rios. As fontes de poluição da água dos rios resultam entre outros fatores, dos esgotos domésticos, despejos industriais, escoamento da chuva das áreas urbanas e das águas de retorno de irrigação. O grande crescimento populacional e o desenvolvimento industrial, além do uso, cada vez maior, de fertilizantes químicos e inseticidas nas lavouras tem causado sérios danos aos rios e a vida. As grandes concentrações de nitrogênio e fósforo, usados nos adubos e fertilizantes, constituem um tipo muito comum de poluição da água. As enxurradas transportam para os rios os fosfatos e nitratos. Estes nutrem as plantas aquáticas, as quais, multiplicando-se (especialmente algas), absorvem o oxigênio da água. A falta de oxigênio provoca a morte de muitas plantas e animais que, ao se decomporem aumentam a poluição. No Brasil vários rios estão poluídos: O Rio Tietê que passa por várias cidades do Estado de São Paulo recebendo seus esgotos atravessa a cidade de São Paulo como um esgoto a céu aberto. Rio Pardo e Mogi recebem poluentes industriais das usinas e açúcar e álcool. Rio São Francisco, poluído, provavelmente, por receber metais pesados vindo de fábricas próximas e Agrotóxicos. Aspecto das águas de rios que recebem substâncias tóxicas, através dos esgotos domésticos ou industriais. BAIA DE GUANABARA A Baia de Guanabara, segunda maior baía do litoral brasileiro, possui uma área de cerca de 380km², englobando praticamente toda a Região Metropolitana do Estado do Rio de Janeiro. Os atuais níveis de poluição da Baia de Guanabara são decorrentes de um processo de degradação que se intensificou, principalmente, nas décadas de 1950-1960, com o elevado crescimento urbano verificado, especialmente, na Região Sudeste do Brasil. Intervenções nas bacias hidrográficas vem promovendo, nos ambientes estuarinos mudanças nos diversos compartimentos aquáticos, tais como: na qualidade das águas, nos efeitos que alteram as taxas e os padrões de sedimentação e na qualidade desses sedimentos. Apesar da renovação cíclica de suas águas com as do mar, a baía é receptora de uma significativa bacia hidrográfica, a qual, por sua vez, recebe uma gama variada de lançamentos líquidos e sólidos. Dentre as potenciais fontes poluidoras, encontra-se diversas tipologias industriais, terminais marítimos de produtos oleosos, dois portos comerciais, diversos estaleiros, duas refinarias de petróleo, entre outras atividades econômicas. O crescimento populacional e o desenvolvimento industrial trouxeram, além da poluição, questões ambientais de ordem física, tais como a destruição dos ecossistemas periféricos à Baía, os aterros de seu espelho d’água, o uso descontrolado do solo e seus efeitos adversos em termos e deslizamentos de terra. Ao mesmo tempo, sérios problemas de saúde pública vêm caracterizando a região da Baía de Guanabara, refletindo a inadequada gestão dos esgotos sanitários e dos resíduos sólidos urbanos. Durante todo esse tempo, a execução dos serviços de infra-estrutura de saneamento e drenagem não acompanhou o crescimento populacional. RIO TIETÊ O Rio Tietê é um rio brasileiro do estado de São Paulo. É famoso nacionalmente por atravessar o estado e a cidade de São Paulo. O nome Tietê significa “ rio verdadeiro” ou “águas verdadeiras”. POLUIÇÃO NO RIO TIETÊ Embora seja um dos rios mais importantes economicamente para o estado de São Paulo e para o país, o Rio Tietê ficou mais conhecido pelos seus problemas ambientais, especialmente no trecho que banha a cidade de São Paulo. Não faz muito tempo que o Rio Tietê se tornou poluído. Ainda na década de 1960, o rio tinha até peixes no seu trecho da capital. Porém, a degradação ambiental do Rio Tietê tem início de maneira sutil na década de 1920, com a construção da Represa de Guarapiranga, pela empresa canadense light, para posterior geração de energia elétrica nas usinas hidrelétricas Edgar de Souza e Rasgão, localizadas em Santana de Parnaíba. Porém, ainda nas décadas de 1920 e 1930, o rio era utilizado para pesca e atividades desportivas: eram famosas as disputas de esportes náuticos no rio. Nesta época, clubes de regatas Tietê e Espéria, clubes que existem até hoje. O processo de degradação do rio por poluição industrial e esgotos domésticos no trecho da Grande São Paulo tem origem principalmente no processo de industrialização ocorrido nas décadas de 1940 a 1970, acompanhada do pelo aumento populacional ocorrido no período, em que o município evoluiu de uma população de 2.000.000 de habitantes na década de 1940 para mais de 6.000.000 na década de 1960. A mancha de poluição do Rio Tietê, que na década de 90 chegou a 100 km, tem se reduzido gradualmente no decorrer das obras do projeto Tietê. Poluição visível nas águas do Rio Tietê. TIPOS DE POLUENTES São os principais poluentes: ►Orgânicos biodegradáveis (gorduras, carboidratos e proteínas), ►Orgânicos refratários (agrotóxicos, detergentes sintéticos e petróleo e seus derivados), ►Metais, ►Nutrientes (sais de nitrogênio e fósforo), ►Organismos patogênicos ( bactérias, fungos, vírus e helmintos), ►Sólidos em suspensão, ►Calor e ►Radioatividade. FONTE POLUIDORA A POLUIÇÃO INDUSTRIAL A Indústria constitui, sem dúvida, o setor de atividade mais poluidor da água. Nos circuitos de produção, a água é utilizada como dissolvente ou reagente químico, na lavagem (com adição de detergentes), na tinturaria e no arrefecimento, acabando forçosamente por se poluir, e de frequentemente, tal maneira que se torna imprópria para quaisquer usos. Com elevadas cargas orgânicas, químicas e substancias tóxica e, por isso extremamente venenosa, essa água é lançada, direta ou indiretamente, nos rios, ribeiras, lagos e albufeiras, onde provoca graves desequilíbrios ecológicos, com a morte de muitas espécies aquáticas e anfíbias. A POLUIÇÃO AGRO-PECUÁRIA Como já tivemos oportunidade de salientar, a maciça utilização de fertilizantes químicos e pesticidas na agricultura moderna tem como conseqüência, para além da poluição dos solos a degradação dos recursos hídricos, quer superficial quer subterrâneo. As águas das chuvas e de irrigação conduzem parte desses produtos para os rios, lagos e albufeiras, onde provocam graves perturbações ou mesmo a morte dos seres vivos pela infiltração desse produto no solo eles com as conseqüências fáceis de calcular. A POLUIÇÃO DOMÉSTICA As atividades domésticas e hoteleiras (hotéis, pensões, restaurantes) constituem também importantes fontes de poluição das águas, em especial nas ares de forte concentração urbana. Carregados com grandes quantidades de matéria orgânica, nutrientes e microrganismos, as águas residuais e dos esgotos são também frequentemente lançadas, sem tratamento prévio, nos rios, lagos e albufeiras, o que constitui uma grave ameaça para a saúde das populações. ´ Poluição doméstica. SALINIZAÇÃO Os recursos hídricos utilizáveis podem ser superficiais (rios, lagos, albufeiras de barragens, etc.) ou subterrâneos (nascentes naturais, minas, poços e furos). Porem, em termos globais, a maior parte da água potável consumida no mundo é de origem subterrânea. Ora, é precisamente ao nível dos recursos subterrâneos que se coloca a maior dificuldade de aproveitamento de água potável. Com efeito, a intensa exploração da água dos aqüíferos provoca uma excessiva descida das toalhas freáticas de água doce, o que pode tornar inacessível. CONSEQUÊNCIA DA POLUIÇÃO PARA BIODIVERSIDADE A poluição, o uso excessivo dos recursos naturais, a expansão da fronteira agrícola em detrimento do habitat natural, a expansão urbana e industrial, tudo isso está levando muitas espécies vegetais e animais à extinção. A cada ano, aproximadamente 17 milhões de hectares de floresta tropical são desmatados. As estimativas sugerem que, se isso continuar, entre 5% e 10% das espécies que habitam as florestas tropicais poderão estar extintas dentro dos próximos 30 anos. A sociedade moderna - particularmente os países ricos - desperdiça grande quantidade de recursos naturais. A elevada produção e uso de papel, por exemplo, é uma ameaça constante às florestas. A exploração excessiva de algumas espécies também pode causar a sua completa extinção. Por causa do uso medicinal de chifres de rinocerontes em Sumatra e em Java, por exemplo, o animal foi caçado até o limiar da extinção. A poluição é outra grave ameaça à biodiversidade do planeta. Na Suécia, a poluição e a acidez das águas impedem a sobrevivência de peixes e plantas em quatro mil lagos do país. A introdução de espécies animais e vegetais em diferentes ecossistemas também podem ser prejudiciais, pois acaba colocando em risco a biodiversidade de toda uma área, região ou país. Um caso bem conhecido é o da importação do sapo cururu pelo governo da Austrália, com objetivo de controlar uma peste nas plantações de cana-de-açúcar no nordeste do país. O animal revelou-se um predador voraz dos répteis e anfíbios da região, tornando-se um problema a mais para os produtores, e não uma solução. Fonte: internet (origem: wikipédia, a enciclopédia livre).