A Guerra - História

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HISTÓRIA
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Profª Isabel Cristina Simonato
A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
A Guerra
A aviação alemã, a Luftwaffe, destruiu os aviões poloneses no solo, atacou tanques e bombardeou as redes de
defesa. Tanques abriram brechas nas defesas polonesas e paraquedistas, lançados por trás das linhas inimigas,
tomaram posições importantes. Em 8 de setembro de 1939, os alemães avançaram até Varsóvia. Dezenove dias
depois, a Polônia rendeu-se. Era a “Blitzkrieg” ou “guerra relâmpago”. A conquista da Polônia anunciava o desejo de
um império alemão. Quando as condições fossem propícias, a Alemanha lançaria uma grande ofensiva no oeste.
O período de seis meses que se seguiu foi denominado “guerra de mentira” ou drôle de guerre, pois
consistiu apenas em uns poucos conflitos terrestres na fronteira franco-germânica. Então, em abril de 1940, a
Blitzkrieg alemã voltou-se contra a Dinamarca e a Noruega. Hitler queria assegurar o aceso ao aço sueco, que lhe
chegava através da Noruega. Além disso, esperava estabelecer bases navais nesse país, a partir das quais faria ataques
submarinos à Inglaterra.
Uma força anglo-francesa prestou ajuda aos noruegueses, mas os desembarques, mal coordenados e sem apoio
aéreo, falharam. Em questão de horas levou à queda de Chamberlain e à ascensão de Winston Churchill, que se
opusera ao apaziguamento.
Em 10 de maio de 1940, os alemães invadiram a Bélgica, a Holanda e Luxemburgo, países neutros.
Acreditando ser esse o principal ataque alemão, as tropas francesas acorreram à Bélgica, mas uma ameaça ainda maior
surgiu ao sul da França. Em 12 de maio, unidades alemãs estavam em solo francês, próximas a Sedan. Ao mesmo
tempo, a Luftwaffe bombardeava as praias do norte da França e cerca de 338 mil soldados ingleses e franceses fugiam
pelo Canal da Mancha em destróiers, navios mercantes, barcos de pesca e embarcações de recreio. Diante da derrota
generalizada, o gabinete francês apelou para um armistício, que foi assinado em 22 de junho, no mesmo vagão
ferroviário em que a Alemanha firmara o armistício que pusera fim à Primeira Guerra Mundial.
De acordo com os termos do armistício, a Alemanha ocupou o norte do país e o litoral voltado para o Canal da
Mancha. O exército francês foi desmobilizado e seu governo, agora sediado em Vichy, no sul, era chefiado pelo
marechal Pétain, herói da Primeira Guerra, colaboraria com as autoridades alemãs da zona ocupada. Recusando-se a
aceitar a derrota, o General Charles de Gaulle fugiu para Londres e organizou a resistência francesa.
O próximo passo de Hitler foi a Inglaterra, com fortes ataques aéreo e marítimo. Em agosto de 1940, a
Luftwaffe começou seu ataque às bases navais e áreas inglesas. Diariamente travavam-se batalhas aéreas nos céus
ingleses, enquanto os habitantes de Londres buscavam refúgio nas estações de metrô e nos porões para escapar às
bombas. O aperfeiçoamento do radar, a habilidade dos pilotos britânicos e a incapacidade alemã de compensar suas
pesadas perdas aéreas impediram uma vitória nazista.
1. A invasão da União Soviética
A destruição do bolchevismo e a conquista da União Soviética eram elementos básicos da ideologia de Hitler.
Além disso, uma invasão a esse país garantiria aos alemães, trigo, petróleo e manganês. Para a guerra contra a Rússia,
o führer havia preparado uma força de quatro milhões de homens, 3.300 tanques e cinco mil aviões. Nas primeiras
horas de 22 de junho de 1941, os alemães lançaram sua ofensiva: a operação Barba Ruiva. Avançaram, isolando as
forças russas, desorganizadas e despreparadas. Descrevendo a guerra como uma cruzada para salvar a Europa do
“bolchevismo judaico”, a propaganda nazista afirmava que a vitória estava assegurada. As tropas alemãs, no entanto,
longe de suas linhas de abastecimento, começaram a sofrer a com a falta de combustível, de suprimentos que não
chegavam, pois os caminhões alemães pararam nos atoleiros da Rússia, e tiveram de enfrentar estradas que se
transformavam num mar de lama durante as chuvas de outono. Além disso, um inverno rigoroso prejudicou a tentativa
alemã de ocupar Moscou.
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Os alemães também não conseguiram tomar Leningrado, que desde setembro ficou cercada e sob constante
bombardeio. Durante o cerco, os cidadãos locais revelaram uma coragem extraordinária para enfrentar a fome, as
doenças e os bombardeios que custaram quase um milhão de vidas. A campanha russa demonstrou que os nazistas não
eram invencíveis.
A Nova Ordem
Em 1942, a Alemanha governava praticamente
toda a Europa, do Atlântico até os confins da Rússia. Parte
do território conquistado foi simplesmente anexado; outros
eram administrados por funcionários alemães; e havia,
ainda, os governados por personalidades locais
simpatizantes do nazismo. Sobre esse vasto império, Hitler
e seus seguidores impuseram uma Nova Ordem.
Os nazistas saqueavam sistematicamente as terras
conquistadas, levando seu ouro, obras de arte, máquinas e
alimentos para a Alemanha. Os soldados alemães eram
alimentados com a produção da França e da Rússia
ocupadas; lutavam com armas tchecas e com o petróleo
fornecido pela Romênia. Além disso, cerca de sete milhões
de pessoas foram levadas para a Alemanha como
trabalhadores forçados, particularmente da Rússia e da
Polônia, cujos cidadãos o nazismo classificava como subhumanos. Muitos deles morreram de fome, enfermidades e
exaustão. A cela da prisão, a câmara de torturas, o pelotão
de fuzilamento e o campo de concentração simbolizavam a Nova Ordem. Na Polônia, a maioria das escolas não elementares foi
fechada. Hitler insistia em que às crianças polonesas bastava aprender aritmética simples, escrever o próprio nome e a doutrina de
que era lei divina obedecer aos alemães. Os nazistas foram particularmente impiedosos com os russos. De seus 5,5 milhões de
prisioneiros de guerra, amontoados em campos e deixados à fome, mais de 3,5 milhões morreram.
2. A resistência
Todo país ocupado teve seus colaboradores nazistas, que viam com satisfação o desaparecimento da
democracia e consideravam Hitler a defesa contra o comunismo. Mas também tiveram movimentos de resistência.
Na Europa Ocidental, a resistência salvava pilotos, enviava informações militares para a Inglaterra e sabotava
instalações. Os resistentes noruegueses explodiram o estoque alemão de água pesada, necessário à pesquisa atômica.
Os dinamarqueses sabotaram as ferrovias. Os gregos dinamitaram um viaduto, interrompendo o abastecimento das
tropas alemãs no norte da África. Os poloneses interferiam nas remessas de abastecimento para os nazistas na frente
oriental. As montanhas e florestas da Iugoslávia constituíram um terreno excelente para a guerra de guerrilha. O
principal exército iugoslavo de resistência era comandado por Josip Broz (1892-1980), mais conhecido como Tito, que
organizou uma força de combate disciplinada, que acabou libertando seu país do domínio nazista.
3. A entrada dos Estados Unidos no conflito
Em 1940 o Japão voltou os olhos para o sudeste asiático – Indochina francesa, Birmânia e Malásia britânicas e
as Índias Orientais holandesas. Esperava obter dessas áreas o petróleo, a borracha, o estanho e o arroz. Achava que um
golpe rápido contra a frota estadunidense no Pacífico lhe daria tempo para ampliar e consolidar seu império. A 7 de
dezembro de 1941, os aviões japoneses atacaram a base naval de Pearl Harbor, no Havaí. Enquanto os Estados
Unidos declararam guerra ao Japão. A partir daquele momento, a imensa capacidade industrial estadunidense poderia
ser usada contra os países do Eixo.
4. A política externa brasileira
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O governo brasileiro soube tirar proveito da tensa situação internacional ao final da década de 1930.
Desenvolvendo uma política pragmática, o Brasil manteve estreitas relações diplomáticas e econômicas tanto com os
Estados Unidos quanto com a Alemanha. A indefinição do quadro internacional e a divisão interna das lideranças
políticas brasileiras impediam o alinhamento com qualquer das duas potências.
Simpatizantes do nazismo
Os generais Góis Monteiro e Eurico Gaspar Dutra e o chefe de polícia do Distrito Federal, o major Filinto Müller, eram
simpatizantes declarados do nazismo. Oficiais alemães frequentavam os círculos do poder brasileiro e haviam saudado com
entusiasmo o golpe de 1937. Acordos comerciais para a aquisição de armamentos para o Brasil, a participação de 25% de
mercadorias alemãs no total de importações brasileiras e extradições de militantes comunistas de origem germânica eram
significativos da proximidade diplomática.
Em 1942, alegando o torpedeamento de navios brasileiros pelos alemães, Vargas declarou guerra às forças do
Eixo.
A agressão alemã não foi gratuita, como pode parecer à primeira vista. Após quase três anos de negociações, o
Brasil “fechou” um importante acordo com os Estados Unidos, que emprestaram 20 milhões de dólares para a
construção de uma usina siderúrgica no país. Em troca, os estadunidenses ganharam o direito de estabelecer bases
militares (Natal, RN), utilizar portos, aeroportos, meios de comunicação e estradas de ferro e de rodagem no Brasil,
em caso de necessidade. Em abril de 1941, Vargas anunciou o início da construção da Companhia Siderúrgica
Nacional (CSN) em Volta Redonda, Rio de Janeiro. No ano seguinte, os norte-americanos já estavam na guerra. Em
janeiro de 1942 o governo brasileiro rompeu relações diplomáticas com o Eixo. O Brasil já tinha feito sua escolha. E
ganhara com ela. Quando os alemães atacaram as embarcações brasileiras, o país, na prática, não estava mais numa
posição de neutralidade.
Para o governo dos Estados Unidos, a América do Sul fazia parte do círculo de segurança de suas fronteiras.
Não se esperava o envio de tropas brasileiras para a Europa. Bastava estabelecer bases de ação militar e impedir que
os alemães tivessem livre trânsito pelo hemisfério Sul. Antes de entrar na guerra, os Estados Unidos garantiram sua
retaguarda com uma ampla ofensiva política, cultural e econômica que, além do Brasil, também se dirigiu à Argentina
e ao México. Foi a Política da Boa Vizinhança, criada oficialmente a partir de 1940.
Além da CSN, o governo brasileiro criou, em 1942, a Companhia Vale do Rio Doce, para a extração de
minério em Minas Gerais, e a Fábrica Nacional de Motores (FNM), no Rio de Janeiro. Com essas empresas buscavase abastecer o mercado interno com matérias primas, bens intermediários (barras de aço, motores, chassis, peças e
engrenagens) e bens de produção (máquinas e equipamentos industriais) necessários à produção de outros bens e à
diversificação industrial. O impulso à industrialização e à modernização do país realizava-se sob um governo
caracterizado pelo autoritarismo. Mas a ambiguidade de Vargas teria seu preço.
Para ler Zé Carioca
O convencimento das autoridades brasileiras para o apoio às forças Aliadas, não se realizou apenas pela grande remessa
de dólares dos Estados Unidos. Como estratégia da política da boa vizinhança, o coordenador dos Negócios Interamericanos,
Nelson Rockfeller, promoveu uma série de viagens de artistas, diretores e produtores de Hollywood para a América Latina, em
especial para o Brasil. Em 1939, os brasileiros eram “honrados” com o sucesso de Carmem Miranda nos palcos dos teatros norteamericanos. A portuguesa vestida de baiana, carregada de penduricalhos e balangandãs, conhecida como “a pequena notável”,
logo se tornaria um sucesso musical e cinematográfico. “Yes, nós temos bananas”.
Tempos depois, os Estúdios Disney foram encarregados de criar um personagem brasileiro para seus desenhos. Em 1942,
no filme “Alô, Amigos”, que significativamente descreve a viagem de uma missão cultural norte-americana por países da América
do Sul, duas aves domésticas se encontram: o Pato Donald e o papagaio Zé Carioca. Afável e hospitaleiro, Zé Carioca fica
encantando com a visita do ilustre estadunidense e leva-o a conhecer as maravilhas do Rio de Janeiro: samba, cachaça e uma
mulher branca que requebra ao som da inebriante batucada. Ao fundo, o Pão de Açúcar, a baía de Guanabara e o Cristo Redentor.
Bananas para dar e vender.
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5. O final da guerra
Na primavera de 1942, o Império Japonês incluía a costa da China, a Indochina, a Tailândia, a Birmânia, a
Malásia e as Índias Orientais holandesas, as Filipinas e outras ilhas do Pacífico. A Alemanha controlava a Europa
quase até Moscou. Quando o ano terminou, porém, três batalhas decisivas – Midway, Stalingrado e El-Alamein –
provocaram uma reviravolta.
No início de junho de 1942, o corpo principal da frota japonesa dirigiu-se para Midway, cerca de 1.700
quilômetros a noroeste de Pearl Harbor; a outra parte rumou pra as Ilhas Aleutas, numa tentativa de dividir a frota
estadunidense. Mas estes haviam decifrado o código naval japonês e tinham conhecimento do plano. No dia 4,
travaram uma batalha naval quase exclusivamente suportada por aeronaves baseadas em porta-aviões. Demonstrando
acentuada superioridade sobre seu adversário, os pilotos estadunidenses destruíram quatro porta-aviões e 322 aviões
japoneses. A batalha de Midway roubou a iniciativa da guerra.
Na primavera e verão de 1942, o grande objetivo de Hitler era Stalingrado, o grande centro industrial às
margens do rio Volga. O controle da cidade daria à Alemanha o comando de uma rede ferroviária fundamental. A
batalha de Stalingrado foi uma luta na qual soldados e civis russos disputaram cada edifício, cada casa e cada rua da
cidade. Um contra-ataque russo em novembro “pegou” os alemães numa armadilha. Depois de sofrer dezenas de
milhares de novas baixas, e estando numa posição indefensável, os remanescentes do Sexto Exército alemão
renderam-se, era o dia 2 de fevereiro de 1943, data que marca “a virada na guerra”.
Em janeiro de 1941, Hitler dera ao general Erwin Rommel (1891-1944) a tarefa de deter o avanço britânico na
África. Em princípios de 1942, o general avançou, pretendendo conquistar o Egito. O Oitavo Exército Britânico,
comandado pelo general Bernard L. Montgomery, o deteve na batalha de El-Alamein, em outubro. A essa vitória
seguiu-se, no mês seguinte, uma invasão anglo-americana do noroeste da África. Em maio de 1943, alemães e
italianos foram derrotados no norte da África.
O holocausto
A tarefa de impor a “solução final ao problema judaico” coube às SS, elite militar do Partido Nazista. Grupos
especiais, treinados para assassinatos em massa, acompanhavam os exércitos alemães na Rússia. Entravam nas cidades e aldeias
ocupadas, prendiam os judeus, amontoavam-nos em campos de execução e os dizimavam com metralhadoras e fuzis.
Para apressar a “solução final”, os campos de concentração, que originalmente se destinavam a presos políticos, foram
transformados em centros de execução. Judeus de toda a Europa foram presos – para “relocalização”, como lhes era dito.
Amontoadas em vagões de gado, as vítimas – 80 ou 90 em cada vagão – viajavam por vezes durante dias, sem alimentos ou água,
sufocadas com o cheiro de vômito e excrementos, e deprimidas pelos gritos das crianças.
Auschwitz, na Polônia, era a maior “fábrica de morte”. Ali, muitos judeus morreram nas câmaras de gás. As chaminés
exalavam uma fumaça negra e o cheiro de carne queimada impregnava a região. O extermínio dos judeus era a realização das
teorias raciais nazistas. O Estado alemão matou cerca de seis milhões de judeus, dois terços da população judaica da Europa.
Desse total, cerca de 1,5 milhão eram crianças.
Os líderes fascistas italianos voltaram-se
contra Mussolini, e o rei o demitiu do cargo de
primeiro-ministro. Em setembro, o novo governo
rendeu-se aos Aliados e, no mês seguinte, a Itália
declarou guerra à Alemanha. Os antifascistas
italianos resistiram aos alemães, que estavam
dispostos a se manter na Itália. Ao mesmo tempo, os
Aliados avançaram para a península. A luta na Itália
durou até o fim da guerra. Aprisionado pelos
resistentes, Mussolini foi executado em 28 de abril
de 1945, e seu corpo, pendurado de cabeça para
baixo, foi exibido publicamente.
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Em 6 de julho de 1944 – o Dia D –, os Aliados desembarcaram na Normandia, na França, com uma força de
dois milhões de homens e cinco mil navios. Embora suspeitando da iminência de uma invasão, os alemães não
acreditavam que ela ocorresse na Normandia, muito menos naquele dia, em que as condições meteorológicas eram
desfavoráveis. O sucesso do Dia D dependia da conquista das praias e da marcha para o interior, o que os Aliados
fizeram, apesar da grande resistência alemã enfrentada em certos pontos. Em fins de julho, os Aliados haviam
consolidado sua posição na França com 1,5 milhão de homens.
Enquanto os Aliados avançavam no oeste, os russos continuavam sua marcha no leste, atravessando a Polônia
e a Hungria, e, em fevereiro de 1945, chegaram a 150 quilômetros de Berlim. A 7 de março do mesmo ano, soldados
estadunidenses atravessaram o Reno e penetraram na Alemanha. Em abril, tropas estadunidenses, inglesas e russas
entraram em Berlim pelo leste e oeste. A 30 de abril de 1945, com os russos a uma distância de alguns quarteirões, o
führer suicidou-se. Em 7 de maio de 1945, uma Alemanha abatida e devastada rendia-se incondicionalmente (acima,
foto de Berlim em 1945).
No front japonês, depois da vitória de Midway, em junho de 1945, os Estados Unidos lançaram uma bomba
atômica sobre Hiroshima, matando mais de 78 mil pessoas e destruindo 60% das casas da cidade. O presidente
Truman alegou ter ordenado o ataque a fim de evitar uma invasão norte-americana ao Japão, que teria custado aos
Estados Unidos centenas de milhares de vidas. Após o lançamento de uma segunda bomba atômica sobre Nagasaki,
três dias depois, os japoneses pediram a paz.
Repercussões da guerra
A Segunda Guerra Mundial foi a mais destrutiva da História. As estimativas do número de mortos atingiram 50 milhões,
incluindo 20 milhões de russos, que sacrificaram, em população e recursos materiais, mais do que os outros participantes. Houve
uma massiva migração de povos sem paralelo na história europeia moderna. A União Soviética anexou as terras bálticas da
Letônia, Lituânia e Estônia, e a parte leste da Prússia Oriental. A maior parte dessa última foi ocupada pela Polônia. Milhões de
alemães fugiram ou foram expulsos da Prússia, de regiões da Tchecoslováquia, Romênia, Iugoslávia e Hungria.
A Segunda Guerra Mundial provocou ainda uma modificação nas estruturas de poder. Os Estados Unidos e a União
Soviética surgiram como os dois mais poderosos Estados do mundo, obscurecendo as antigas potências, Inglaterra, França e
Alemanha. Os Estados Unidos tinham a bomba atômica e um imenso poderio industrial; a União Soviética tinha o maior exército
do mundo e estendia seu domínio à Europa Oriental.
Por outro lado, a Segunda Guerra Mundial acelerou a desintegração dos impérios europeus de além-mar. Imediatamente
depois da guerra, a Grã-Bretanha abriu mão da Índia, a França deixou o Líbano e a Síria e os holandeses partiram da Indonésia.
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