Fase entre corrente e tensão em Circuitos RC e RLC em série Introdução: Neste experimento analisaremos a diferença de fase entre corrente e tensão no circuito RLC em série. Também estudaremos as figuras de Lissajous gerado por esta diferença de fase. Modelo Teórico: Sabemos que as reatâncias indutivas e capacitivas são dados por, respectivamente: X L W .L 1 onde: XC W .C W= freqüência angular L=Indutância C= Capacitância Sabemos também que, no circuito RLC abaixo: a corrente está adiantada 900 em relação a tensão do capacitor; a corrente está atrasada de 90º em relação a tensão do indutor Figura I: Circuito a ser estudado Desta forma podemos construir os seguintes diagramas de fasores: Figura II: Diagrama de fasores com a tensão de cada componente projetada no Eixo Vertical. Figura II Figura III: Diagrama de fasores, verificamos que o fasor da fonte é a soma vetorial dos demais. Figura III Da figura III, obtemos: tg VL VC IX L IX C X XC tg L VR IR R Sabemos da mecânica elementar que: S v t S 0 0 S v.t Dividindo ambos os lados por r: s v s t ,representa o deslocamento angular. r r r v ,representa a velocidade angular. r w.t 2 t t Sabemos que a corrente no circuito RLC segue a seguinte equação: I (t ) I MAX senwt Se substituirmos, I(0) = i0, obtemos: i0 I MAX sen 0 sen i0 I MAX Como é um número positivo, temos i arcsen 0 I MAX Podemos obter facilmente estes dados utilizando o modo x.y do osciloscópio. Num canal colocamos um sinal proporcional a corrente (a tensão do resistor R) para localizarmos IMAX. No outro canal colocamos o sinal do gerador, para podermos localizar i0. Previsão Para os valores teóricos de R, L e C, esperamos obter o seguinte gráfico de w : Gráfico teórico de em função de 2 1,5 1 0,5 0 -0,5 0 5000 10000 15000 20000 25000 30000 -1 -1,5 -2 Figura IV: previsão do gráfico Sabemos que o indutor utilizado apresenta uma resistência interna, então usaremos a X XC seguinte correção tg L R RL Prevemos também que, as figuras mostradas pelo osciloscópio no modo xy serão figuras de Lissajous, conforme as figuras abaixo: Figura V: Figura com Lissajous com próximo de 90º Figura VI: Figura com Lissajous com = 90º Figura VII: Figura com Lissajous com = 0º Para o caso da Figura VII, podemos calcular a freqüência f0 X XC 1 1 tan 0 0 L X L X C W0 L W02 R W0 C LC W0 2f f 0 1 2 1 LC No Experimento esperamos encontrar f 0 1516 Hz w0 9534,6rad Dados Experimentais Tabela 01 Frequencia Periodo(ms) 157 6,385 202 4,94 343 2,916 620 1,625 886 1,1285 1090 0,916 1260 0,7935 1491 0,6708 1638 0,6104 1797 0,5564 2000 0,499 2420 0,4136 2960 0,3378 3958 0,2527 5400 0,1859 6855 0,1459 7865 0,12715 t(ms) -1,6 -1,2 -0,69 -0,38 -0,23 -0,09 -0,011 0,000 0,05 0,08 0,09 0,09 0,07 0,06 0,04 0,04 0,03 Erro (ms) 0,2 0,2 0,05 0,05 0,05 0,05 0,005 0,01 0,01 0,01 0,01 0,005 0,005 0,005 0,002 0,002 rad) -1,55894 -1,55729 -1,47955 -1,45696 -1,28828 -0,6376 -0,0831 0 0,526763 0,889403 1,09491 1,305803 1,306939 1,414056 1,449231 1,51512 1,494062 Tabela 01 Gráfico da defasagem da corrente em relação a tensão por freqüência Defasagem (rad) 2 1,5 1 0,5 0 -0,5 0 -1 Seqüência1 2000 4000 6000 8000 10000 -1,5 -2 Frequência (Hz) Figura 8 Quando f=f0, tg =0 X L X C 0 X L X C W0 L 1 1 1 W 2 f0 W0 C LC 2 1 LC f 0 1491Hz Conclusão: Verificamos que os pontos obtidos na execução da experiência apresentaram-se próximos da curva teórica esperada. Observamos que quanto mais próximo da freqüência f0, os erros foram ampliando, pois uma pequena variação na freqüência ocasionava uma grande mudança de fase. Utilizando as curvas de Lissajous, obtivemos o valor de f0, cujo erro está na tabela abaixo: Frequencia (Hz) 1491 Frequencia Teorica (Hz) Erro Obtido (%) 1516 0,98 . Verificamos que a freqüência f0 calculada aproximou-se bastante da medida, indicando que o modelo teórico foi bem elaborado.