física acústica

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ANATOMIA DA ORELHA
Prof. Waldir Carreirão Filho
I. ORELHA EXTERNA
A orelha externa é constituída pelo pavilhão auricular e pelo
conduto auditivo externo, tendo como limite a face externa da membrana
timpânica.
Pavilhão Auricular -O terço anterior do pavilhão está fixo em torno do
orifício do conduto auditivo externo, enquanto os dois terços posteriores
estão livres e formam com a face lateral da cabeça um ângulo céfaloauricular de 20 a 30 graus, que pode se abrir até 90 graus.
O pavilhão apresenta uma face medial (ou posterior) convexa e
outra lateral (ou anterior) côncava. A face lateral apresenta saliências e
depressões que lhe conferem aspecto característico. Na porção média do
pavilhão observa-se uma escavação profunda, a concha que se continua
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com o CAE. Em torno da concha encontram-se 4 saliências : a hélix, a
anti-hélix, o trago e o anti-trago. Inferiormente observa-se uma saliência
destituída de cartilagem que corresponde ao lóbulo da orelha. As
anormalidades de desenvolvimento do pavilhão são freqüentes. P.e.:
Coloboma (ou Fístula Auris) são pequenos cistos epiteliais que permanecem
e que se abrem através de uma pequena fístula , geralmente próximo à raiz
da hélix. Estas fístulas drenam intermitentemente e podem se infectar.
O pavilhão auricular é constituído de:
a) A cartilagem auricular apresenta uma estrutura elástica e continua
para baixo e para frente para formar o esqueleto cartilaginoso da porção
mais externa do CAE.
b) Os ligamentos e músculos do pavilhão
c) A pele da orelha contém : pêlos pouco numerosos (exceto na região
do trago e anti-trago), glândulas sebáceas e sudoríparas.
Conduto Auditivo Externo - (CAE) tem de 22 a 27 mm de comprimento
na sua parede póstero superior e cerca de 31 mm na ântero-inferior, devido
à inclinação da M.T. Apresenta um diâmetro vertical de 8 a 10 mm e um
diâmetro ântero-posterior . O conduto é constituído
por um canal
fibrocartilaginoso em sua porção externa e por um canal ósseo interno.
O revestimento cutâneo do conduto é contínuo com o do pavilhão.
A pele do conduto também apresenta pêlos, glândulas sebáceas e
sudoríparas modificadas(gl. ceruminosas), esta última produtora de
cerumem, sobretudo na porção externa ou fibrocartilaginosa.
Relações anatômicas do CAE:
a) anterior: gl. parótida e mais medialmente com a cavidade glenóide,
que pode estar deiscente. (Tal relação é importante clinicamente pois lesões
desta articulação freqüentemente geram sintomatologia auricular)
b) posterior: células da mastóide e, medialmente, o muro do facial.
c) inferior: loja parotidiana.
d) superior: andar médio da base do crânio.
A irrigação do pavilhão auricular o do CAE é feita basicamente por
ramos da artéria temporal superficial e da auricular posterior (ramos da
carótida externa).
A inervação sensitiva da orelha externa é bastante rica e complexa
II. ORELHA MÉDIA
Constitui-se da cavidade timpânica e da parte óssea da tuba
auditiva. A cavidade timpânica corresponde ao espaço compreendido entre
a M.T. e o labirinto ósseo. Mede em seu diâmetro ântero-posterior cerca de
15 mm e no diâmetro transverso, de 2 a 6 mm. Divide-se em 3 andares : o
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mesotímpano (ou átrio) que corresponde à parte tensa da M.T.; o
hipotímpano (abaixo do sulco timpânico) e o recesso epitimpânico (ou ático)
logo acima do processo lateral do martelo.
A cavidade timpânica tem como limites:
a) teto ("tegmen timpani"): delgada lâmina óssea que separa a caixa
timpânica da fossa média. (Há canalículos vasculares no tegmen que podem
atuar como via de infecções, levando a meningites e abscessos de lobo
temporal)
b) assoalho: lâmina óssea que separa a caixa do bulbo da jugular
interna.
c) posterior : tem formato triangular, sendo mais estreito inferiormente,
onde há céls. aéreas, e mais amplo superiormente, ode se encontra o
"aditus ad antrum" que faz a comunicação com o antro mastoídeo.
d) anterior : parede do canal carotídeo que se localiza imediatamente
abaixo do osteo timpânico da tuba.
e) medial : promontório, que corresponde à espira basal da cóclea;
janelas oval e redonda; canal de Falópio.
f) lateral : membrana timpanica
A mucosa do ouvido médio reveste a cav. timpânica e as várias
estruturas nela contidas, formando várias bolsas sendo as mais importantes
a de Prussak (entre a membrana de Shrapnell e o colo do martelo) e as de
von Troltsch, relacionadas com os ligamentos maleares anterior e posterior.
Estas pregas e bolsas membranosas podem influenciar a localização e
direção de disseminação de um colesteatoma na caixa.
A irrigação da cavidade timpânica tem participação da carótida
externa e interna.
A inervação sensitiva da caixa é dada pelo nervo timpânico (Jacobson),
ramo do IX e que supre a mucosa do ouvido médio, da mastóide e da tuba.
ESTRUTURAS DO OUVIDO MÉDIO
a) Membrana Timpânica :
A M.T. tem forma elíptica medindo 8 x 10 x 0,1 mm e dispõe-se em
inclinação de 40 graus com a parede inferior do CAE. Tanto a parte flácida
como a tensa apresenta 3 camadas: a lateral, contínua com a pele do
conduto, a medial, contínua com a mucosa da caixa e uma lâmina própria,
entre estas duas. A distribuição e constituição do tecido conectivo na lâmina
própria parece ser o responsável pela diferença estrutural encontrada entre
a parte tensa e a parte flácida da M.T.
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A inervação é dada pelos nervos timpânico (ramo do IX), ramo auricular do
X. Cabe ressaltar que a parte tensa da M.T. é suprida por poucos nervos
sensitivos, ao contrário da parte flácida, ricamente inervada.
b) Ossículos:
b1) martelo (mede 7,6-9,1mm): Encontra-se inserido na camada
intermediária da M.T.e divide-se anatomicamente em cabeça, colo e cabo
(ou manúbrio). Possui dois processos: anterior e lateral (ou curto). Na região
do manúbrio, próximo ao colo e do lado oposto ao processo curto, insere-se
o tendão do m. tensor do tímpano
b2) bigorna : Tem um corpo que se articula com o martelo, um ramo
curto (5mm) que ocupa a fossa incudis e é suspenso pelo ligamento
posterior da bigorna e um ramo longo (7mm) que articula com a cabeça do
estribo através do processo lenticular.
b3) estribo : Anatomicamente divide-se em: cabeça, colo (onde se
insere o tendão do m. estapédio, inervado por um ramo do VII), crura
anterior e posterior e platina.
c) Nervo Facial (VII par)
O nervo Facial em seu segmento timpânico mede de 12 a 13 mm,
seguindo quase paralelamente ao canal semi-circular lateral, dele se
afastando ligeiramente à medida que se dirige no sentido caudal. Na região
do nicho da janela oval o osso do canal de Falópio pode ser extremamente
delgado e até deiscente em 50-60 % dos casos.
III. ORELHA INTERNA
Também chamada de labirinto, é dividida em anterior
(correspondendo à cóclea) e posterior (abrangendo os canais semicirculares
e o vestíbulo). Constitui-se de um labirinto membranoso preenchido por
endolinfa e que contem céls. sensoriais e vasos e um labirinto ósseo,
separado do anterior por perilinfa e servindo de arcabouço para o mesmo.
A cóclea está localizada entre o conduto auditivo interno e o canal
carotídeo.
A cóclea óssea é constituída por 3 partes ligadas entre si: a
columela, o canal espiral e a lâmina espiral. A columela é a parte central em
forma de cone em cujo redor está o canal espiral. Este descreve 2 1/2 a 2
3/4 de volta sobre a columela, perfazendo em média 34 mm. A lâmina
espiral acompanha a canal espiral aderindo em sua face interna,
apresentando uma borda livre onde se situa o ducto coclear.
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A parte membranosa da cóclea divide diversos compartimentos no
seu interior, onde estão situadas diversas estruturas responsáveis pela
transformação de energia mecânica em estímulos elétricos. O ducto coclear
tem morfologia triangular e situando-se na borda livre da lamina espiral
divide o canal espiral em 3 compartimentos: a escala vestibular
(anteriormente), a escala timpânica (posteriormente) e a escala média,
entre ambas. As escalas timpânica e vestibular contém perilinfa
(ionicamente similar ao fluido cerebroespinhal, rico em sódio), enquanto a
escala média contém endolinfa (similar ionicamente ao fluido intracelular,
rico em potássio). As escalas timpânica e vestibular se unem no ápice da
cóclea na região denominada helicotrema.
O ducto coclear contém em suas paredes:
- parede lateral:
* ligamento lateral (ou espiral) constituído de tecido conectivo e
inserido na parede óssea, serve de inserção à membrana de Reissner e
membrana basilar.
* proeminência do ligamento espiral
* estria vascular; composta de céls. epiteliais e rica rede capilar sendo
responsável pela geração do potencial elétrico do ducto coclear e da
natureza iônica da endolinfa.
- parede vestibular:
* membrana de Reissner : Tem origem no ligamento espiral e
inserção na faixa sulcada da lâmina espiral. É composta por uma camada
de céls. epiteliais (na face voltada para a escala média) e uma camada de
céls. conectivas ( na face voltada para a escala vestibular). Estas camadas
previnem a mistura da endo com a perilinfa, que é tóxica para o órgão de
Corti.
- parede timpânica:
* membrana basilar : É basicamente fibrosa, tendo origem no
ligamento espiral e inserção na faixa sulcada. Tem papel importante na
condução da onda sonora. Torna-se mais larga e sua elasticidade diminui
em direção ao ápice da cóclea, característica importante no estudo da
fisiologia da audição.
O órgão de Corti está situado na superfície da membrana basilar
embebida na endolinfa da escala média. É composto por células sensoriais
e de suporte, recobertas por uma membrana gelatinosa (membrana
tectória). As céls. sensoriais são divididas em céls. ciliadas internas e
externas, sendo assim chamadas por apresentarem estereocílios (na
verdade, microvilos).
As céls. ciliadas externas são cilíndricas e estão dispostas em 3 a 5
fileiras ao longo da membrana basilar, em número que varia de 10.000 a
14.000 céls.
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As céls. ciliadas internas alinham-se em uma única fileira de células,
localizadas no lado modiolar do órgão de Corti, perfazendo um número de
3.400 céls. aproximadamente.
A irrigação do ouvido interno se dá pela artéria labiríntica (ou auditiva
interna).
Seus ramos coclear e modiolar espiral são responsáveis pela irrigação da
cóclea.
A cóclea é inervada por 3 tipos de fibras nervosas: autonômicas,
eferentes e aferentes. As fibras autonômicas não atuam sobre o órgão de
Corti. Contudo, parecem estar associadas com vasos e nervos do modíolo e
lamina espiral. As fibras eferentes são encontradas terminando diretamente
na base das céls. ciliadas externas e nas fibras aferentes das céls. ciliadas
internas.
A inervação aferente das céls. ciliadas do órgão de Corti é feita
pelo VIII par. Os corpos celulares dos neurônios estão localizados no canal
de Rosenthal, formando o gânglio espiral, com cerca de 30.000 células.
Do gânglio espiral de Corti partem fibras do nervo auditivo (ou
coclear) que no tronco cerebral fazem sinapse com neurônios de 2a. ordem
nos núcleos cocleares dorsal e ventral. Daí, a maioria das fibras cruza para
o lado oposto através do corpo trapezóide para alcançar o complexo olivar
superior (COS) contralateral. Alguma fibras atingem o COS ipsilateral.
Através do leminisco lateral, as fibras de ambos os lados ganham o colículo
inferior, que recebe a maioria, senão todas as fibras ascendentes dos
centros auditivos baixos. Daí, as fibras partem para o corpo geniculado
medial no tálamo e através das radiações auditivas (tálamo-corticais)
atingem o córtex auditivo, localizado no lobo temporal. Como pudemos
notar, os impulsos de um ouvido são transmitidos através das vias auditivas
de ambos os lados, com discreta preponderância na via contra-lateral.
O córtex cerebral responsável pela audição possui duas áreas distintas : o
córtex auditivo primário e o córtex secundário (ou de associação auditiva),
que é excitado por impulsos do córtex primário e por projeções de áreas
associativas talâmicas adjacentes ao corpo geniculado medial. Lesões que
afetam as áreas auditivas associativas , mas que preservam o córtex
auditivo primário não diminuem a capacidade da pessoa em ouvir ou
diferenciar tons sonoros e interpretar padrões simples de som. Contudo, o
indivíduo torna-se incapaz de interpretar o significado do som ouvido.
A função auditiva requer mecanismos neuofisiológicos tais como a
atenção, habituação, condicionamento e memorização. A integração auditiva
pode ser esquematizada em 3 estados:
1. identificação,
correspondendo ao reconhecimento das
características acústicas do estímulo sonoro. (ruídos puros)
2. identificação de elementos sonoros mais complexos, necessitando de
condicionamento prévio e memorização. (ruídos e fonemas)
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3. compreensão de um conjunto de elementos sonoros simbólicos e
que possuem um valor informativo. (vocábulos e linguagem)
FÍSICA ACÚSTICA
É uma parte da Física que tem como objeto de estudo o
som, analisando suas vibrações e ondas mecânicas.
I. SOM
É a modificação de pressão, que se propaga em meios elásticos, não
sendo, portanto, transmitido no vácuo. É o resultado do movimento
ordenado e vibratório das partículas materiais, que se propagam em
oscilação em torno de uma posição de equilíbrio.
II. PARÂMETROS DO SOM
FREQÜÊNCIA
Indica o número de ciclos, oscilações completas do corpo em
vibração por unidade de tempo.
AMPLITUDE
Corresponde a intensidade de compressão e rarefação que ocorre
durante a vibração. Um grande distúrbio de uma partícula promoverá um
maior deslocamento de ar, correspondendo a uma alteração da intensidade
do som .
COMPLEXIDADE
O som pode ser puro ou complexo. Considera-se som puro aquele
que tem uma única freqüência. Este ocorre muito raramente na natureza.
O som complexo possui mais do que uma freqüência.
III. RUÍDO
É um som complexo que não possui períodos regulares, ou seja, não há
movimentação rítmica das partículas.
Quando se fala em ruído não se caracteriza freqüência,
comprimento, período ou ciclo. Pode-se dizer que abrange intervalos de
freqüência aproximados.
RUÍDO BRANCO (WHITE NOISE)
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Contém todas as freqüências do espectro.
RUÍDO COM ESTREITAMENTO DE BANDA (NARROW BAND NOISE)
É o ruído branco com filtragem de sons acima e abaixo de
determinado nível.
RUÍDO DA FALA (SPEECH NOISE)
É o ruído branco com filtragem de sons acima de 3.000Hz e
abaixo de 300Hz.
IV. RESSONÂNCIA
É a capacidade que um objeto produtor de som tem de promover
vibração a um segundo objeto. Isto é possível quando a freqüência que
primeiro objeto estiver emitindo for igual à freqüência natural do segundo
objeto.
V. MEDIDAS DO SOM
FREQÜÊNCIA
Tem como unidade de medida ciclos por segundo ou Hertz.
VELOCIDADE DO SOM
A velocidade de propagação do som não está relacionada à
freqüência, dependendo estritamente do meio. Tanto os sons de alta
freqüência assim como os de baixa freqüência tem a mesma velocidade.
No ar a velocidade do som é de 330 m/s.
INTENSIDADE
É a pressão exercida pelas partículas vibráteis sobre a outra.
Sua medida é o decibel.
VI. DECIBEL
É um logaritmo, uma razão, e portanto é uma medida relativa. O
zero dB não significa ausência de som.
Não é linear, ou seja, o aumento de 1 para 3 dB é diferente do
aumento de 5 para 7 dB.
Pode ser expresso com diferentes níveis de referência:
1. IL Intensity Level (Nível de Intensidade)
2. SPL Sound Pressure Level (Nível de Pressão
Sonora)
3. HL Hearing Level (Nível de Audição)
4. SL Sensation Level (Nível de Sensação)
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Nível de Audição - HL
Sua referência é o nível de audição.
O zero dB HL de cada freqüência é a intensidade do som
necessária para que um ouvido normal perceba o som. Ou seja, para cada
freqüência é necessária uma intensidade diferente. Esta intensidade não é
linear, sendo necessário um dB SPL maior para as freqüências mais baixas.
Esta é a medida utilizada nos audiômetros.
PSICOACÚSTICA
É uma Ciência que se fundamenta na relação entre os
aspectos objetivos e subjetivos do som. Esta relação não é uma propriedade
do som físico, mas uma relação entre ele e a sensação que produz no ser
humano.
I. NÍVEL DE AUDIÇÃO
O nível de audição dos humanos, que é dada em decibéis, não é linear
ou proporcional à freqüência sonora e à intensidade, havendo uma
determinada intensidade para cada freqüência (pressão audível mínima).
O nível de audição é menor entre 1.000 e 5.000Hz. O nível sobe
rapidamente acima de 10KHz, e poucas pessoas, incluindo jovens, tem
qualquer audição acima de 20KHz. Para freqüências menores acredita-se
que o nível mínimo de audição seja de 10 a 16 Hz, porém estes valores são
arbitrários, pois nestas freqüências pode ocorrer percepção tátil do som. (
Há divergências na Literatura quanto ao intervalo de freqüência audível no
ser humano.)
II. DISCRIMINAÇÃO DA FREQÜÊNCIA
O ouvido tem uma grande habilidade para perceber pequenas
alterações na freqüência e intensidade sonora. Consegue-se detectar, por
exemplo, que dois sons não são iguais com uma diferença de 1Hz para
freqüências menores que 1.000Hz. Acima de 1.000Hz a discriminação é de
0,1% de sua freqüência.
III. DISCRIMINAÇÃO DA INTENSIDADE
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A sensação subjetiva de intensidade não aumenta na mesma
proporção que a intensidade do som, ou seja, quando a intensidade
aumenta, a sensação subjetiva também aumenta porém não
proporcionalmente para cada uma das freqüências.
Há uma dependência não somente da intensidade física da
freqüência como também da duração. Um som que tem a duração menor do
que 100mseg é menos intenso que um som com a mesma intensidade
física, mas que dura mais do que 100mseg. Um exemplo disto é que um
som com freqüência de 1.000Hz e acionado por 500mseg precisa ser
aumentado em 10dB (intensidade física) para ser audível com mesma
intensidade se for acionado por 10mseg.
A medida que o som se torna mais intenso, a amplitude da
membrana basilar e das células ciliadas também aumenta. Este aumento da
amplitude da vibração tem como resultado a estimulação de um número
cada vez maior de células ciliadas, causando uma somação de impulsos
com excitação maior de número de fibras nervosas.
Acredita-se, também, que certas células ciliadas não são
estimuladas até que a vibração da membrana basilar alcance intensidade
relativamente elevada. A estimulação destas células é que informa ao
Sistema Nervoso Central de que o som é muito intenso.
IV. LOCALIZAÇÃO DA FONTE SONORA
Os humanos são capazes de discriminar uma fonte sonora que
possua somente 2 graus de diferença com o plano horizontal se este
estiver localizado à sua frente. A habilidade de determinar a direção da fonte
sonora está baseada no fato de que os sons chegam aos dois ouvidos em
tempo, fase, intensidade e/ou freqüência diferentes.
Esta capacidade é melhor em sons
transitórios, de baixa
freqüência e ruídos, pois baseia-se em pequena variações de tempo.
Os sons cuja fonte se localiza em frente ou atrás, porém com desvio
para a direita ou esquerda chegam aos ouvidos com pequena diferença de
tempo ou com latência, pois o som viajará por distâncias diferentes para
chegar aos ouvidos. Consegue-se detectar latências de 10 a 20 microseg.
A cabeça também pode atuar como um atenuador e um amplificador
de som, resultando em uma melhor percepção da direção da fonte (se a
diferença de intensidade for de 5 a 15 dB à 2 KHz). Isto ocorre pois a
cabeça serve de obstáculo para a chegada de sons em um dos ouvidos
chegando em menor intensidade (efeito sombra), enquanto que o outro
ouvido receberá os sons sem anteparo e com reflexão destes, havendo um
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aumento de intensidade do som (efeito baffle ou ilusório). Estes efeitos
estão mais presentes em freqüências acima de 500 Hz.
Há também discriminação da fonte regida pelo Sistema Nervoso
Central, córtex e núcleos olivares.
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FISIOLOGIA DA AUDIÇÃO
A função auditiva é muito importante, á medida que dá informações
essenciais para a integração das pessoas no mundo físico e social,
possibilitando o “controle” do ambiente inclusive a longa distancia.
As crianças deficientes auditivas apresentam seu desenvimento global
alterado, já que, sem as sensações auditivas, não há integração do individuo
com o ambiente.
A integridade do sistema auditivo é muito importante para a aquisição da
fala e , portanto, para o desenvolvimento da linguagem e da cognição.
Intervindo-se precocemente, tem-se uma melhor adaptação da criança,
principalmente nos primeiros anos de vida, quando neurologicamente se
está apto para a aquisiçào do maior número de conhecimentos.
A perda auditiva causa alterações emocionais e sociais também na vida do
deficiente auditivo adulto.
Encontramos problemas como insegurança, e dependencia, até depressão e
isolamento social.
O som pode chegar ao ouvido interno, onde ocorre a transdução deste,
através de duas maneiras: pelo conduto auditivo externo e médio (condução
aérea) ou pela vibração do crânio (condução óssea). Apesar da vibração do
crânio ser utilizada para o diagnóstico clínico usual, ela tem pouca
importância fisiológica.
I. OUVIDO EXTERNO
O ouvido externo desempenha um papel passivo no processo da
audição.
O pavilhão auricular e a cabeça, que possuem propriedades acústicas
próprias, podem afetar a propagação do som no espaço e
consequentemente afetar o sinal acústico, que chega ao conduto auditivo,
agindo como atenuador ou amplificador de sons de determinada freqüência
(efeito sombra e efeito ilusório).
Cada uma das partes do ouvido possui uma ressonância, que
permite um ganho na intensidade do som proveniente do meio externo. A
concha tem uma ressonância de 5 KHz, enquanto que o restante da orelha
irregular produz ressonâncias e anti-ressonâncias. Nos recém-nascidos a
ressonância do conduto auditivo é de aproximadamente 8 KHz e aos 2 anos
e meio atinge os mesmos valores que nos adultos que é 3,5 KHz.
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II. OUVIDO MÉDIO
É um sistema com mecanismo passivo que possui massa, os
ossículos, e elemento complacente, cavidade preenchida de ar, ambos com
propriedades ressonantes. A ressonância natural do ouvido médio é de 500
a 3000 Hz.
Ele responde à várias freqüências, fazendo com que mais da
metade da energia que penetra pelo ouvido médio seja transmitida à cóclea
de forma linear.
A principal função do ouvido médio é melhorar a transmissão sonora
para o ouvido interno pois reduz a reflexão da onda sonora que ocorre
quando esta incide do ar sobre uma superfície fluída. Ou seja, pode-se
considerá-lo um transformador de impedância (resistência), pois há uma
tentativa de diminuir a alta impedância do fluído coclear em valor
semelhante a do ar. Quanto maior a impedância, maior pressão será
necessária para fazer as partículas vibrarem. Isto é possível graças à três
mecanismos distintos e que resultam num ganho de 25 a 30dB.
1. a área vibrátil efetiva da membrana timpânica é 17 a 20 vezes
maior que a área da platina do estribo, havendo um aumento efetivo da
energia transmitida
2. o processo longo da bigorna é mais curto que o manúbrio do
martelo na proporção de 1:1,3, havendo um efeito de alavanca
3. certas áreas da membrana timpânica vibram com maior amplitude
(efeito de membrana curva)
Os ossículos , fazendo a transmissão do som diretamente à janela
oval, protege a janela redonda do som, que chegam à ela mais fraco, débil.
Se isto ocorresse, o som chegaria ao mesmo tempo às duas janelas com a
mesma magnitude e na mesma fase sonora, pois a distância entre elas é
muito pequena, e isto não promoveriam a movimentação dos fluídos do
ouvido interno como veremos a seguir.
A membrana timpânica protege o ouvido médio de corpos
estranhos do conduto auditivo externo e a manutenção de um colchão de ar
no ouvido médio previne a entrada de corpos estranhos da nasofaringe
através da tuba de Eustáquio.
Os músculos tensor do tímpano e do estapédio tem como função
promover a rigidez da cadeia ossicular,.
Uma importante função do músculo do estapédio é a sua
contração na forma de um reflexo consensual bilateral com aumento da
rigidez dos ossículos e da membrana timpânica em resposta aos sons
maiores que 80dB SPL mono ou biaural, atenuando-se sons menores que
2KHz. Existe uma latência do reflexo de 10 a 150 mseg, dependendo da
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intensidade do estímulo (valores são divergentes entre Baeley e Cummings),
fazendo com que a cóclea fique desprotegida por períodos curtos.
III. OUVIDO INTERNO
Os sons se propagam do estribo para a escala vestibular até o
helicotrema e depois até a escala timpânica onde finaliza na janela
redonda. Há movimentação dos líquidos perilinfáticos graças à existência da
janela redonda, que permite uma compensação do líquido comprimido pelo
movimento em pistão do estribo sobre a janela oval. Segundo Miniti e
colaboradores o movimento do estribo é do tipo rotativo para dentro e para
fora da janela oval.
O processo de transdução, com a transformação da energia
mecânica em elétrica, começa com o deslocamento da membrana basilar
em resposta ao processo mecânico (Békésy). O pico ou amplitude máxima
de deslocamento da membrana basilar varia em função da freqüência do
estímulo, sendo que a base responde à freqüências maiores (10KHz) e no
ápice à freqüências menores (125Hz).
A membrana basilar é mais rígida na base que no ápice e por causa
disto a onda viajante progride da base para o ápice. Ela vai crescendo de
amplitude e provoca vibração da membrana basilar até atingir um máximo,
que constitui o envelope. Daí por diante a amplitude cai rapidamente a zero
e há uma alteração na fase da vibração. Neste ponto há a estimulação das
células ciliadas para esta determinada freqüência. Os sons de freqüência
muito baixa (abaixo de 100Hz) provocam mobilização de toda a membrana
basilar, da base ao ápice até o local onde novamente a amplitude cai a zero
e muda de fase. Este mecanismo não só permite a cóclea ter a habilidade
de ter freqüências seletivas caracterizando-o como um órgão sensível, como
também permite detectar sons bem tênues , apagados.
A vibração da membrana basilar e a porção do ducto coclear leva a
uma força resultante com direção perpendicular ao eixo dos estereocílios.
Mais recentemente alguns autores defendem a teoria do mecanismo
da cóclea ativa através do sistema de células ciliadas externas e internas.
As células ciliadas externas não teriam a capacidade de atuar como
receptor da mensagem sonora. Apresenta dois tipos de contração: rápida e
lenta . Nas contrações rápidas liberariam uma energia mecânica, que seria
transmitida para a cadeia ossicular e menbrana timpânica, caracterizando as
otoemissões acústicas, com função de amplificação sonora, capaz de
acurada seletividade frequencial. As contrações lentas seriam do tipo
muscular (actina e miosina) controlando as rápidas. As células ciliadas
externas
torna a cóclea um verdadeiro amplificador mecânico com
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amplificação de até 50 dB da intensidade do estímulo , provocando um
aumento na amplitude da vibração da membrana basilar, permitindo um
aumento da estimulação das células ciliadas internas cujos estereocílios
encontram-se em contato com a membrana tectorial.
SEMIOLOGIA DA AUDIÇÃO
QUEIXAS PRINCIPAIS –
HIPOACUSIA, ZUMBIDO, OTALGIA, OTALGIA REFLEXA,AUTOFONIA,
PRURIDO AURICULAR, VERTIGEM
INSPEÇÃO –
PAVILHÃO,MASTÓIDE E CONDUTO AUDITIVO EXTERNO
Procura-se vizualizar desde processos inflamatorios, até rolha de cera,
corpos estranhos ou má-formações congenitas.
PALPAÇÃO –
GANGLIOS REGIONAIS E PROCESSOS DOLOROSOS principalmente da
mastóide.
OTOSCOPIA CONDUTO AUDITIVO EXTERNO E MEMBRANA TIMPANICA (COR
PEROLÁCEA, TRIANGULO LUMINOSO, INSERÇÃO DO CABO DO
MARTELO)
Quadrantes da membrana timpanica: são 4 (antero-superior, antero-inferior,
postero-superior, postero-inferior)
TÉCNICA DE OTOSCOPIA
RETIFICAÇÃO DO CONDUTO – são manobras indispensáveis para uma
boa otoscopia. No adulto traciona-se o pavilhao auricular para cima e para
traz, já nas crianças traciona-se o lóbulo da orelha para traz e para baixo.
ESCOLHA DO ESPÉCULO – é importante selecionar o calibre do espéculo
auricular de acordo com o calibre do conduto.
POSIÇÃO DO PACIENTE – crianças abaixo de 6 meses deverão ser
examinadas deitadas. Crianças maiores de 6 meses preferentemente
sentadas no colo da mãe, são mais colaboradoras com o exame. Já
crianças maiores de 6 anos e adultos serão examinados sentados na
cadeira de exame.
MOBILIDADE DA MEMBRANA TIMPANICA é avaliada por insuflação feita
através do especulo pneumático de Siagle.
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SEMIOLOGIA DA TUBA AUDITIVA
PERMEABILIDADE DA TUBA – para se avaliar a permeabilidade da tuba
auditiva, faz-se insuflaçoes de ar através do rinofaringe. A permeabilidade
da tuba é necessaria e indispensável para que haja equilibrio de pressão
entre o ar contido no ouvido médio e o ar atmosférico contido no conduto
auditivo externo.
DISFUNÇÃO TUBÁRIA – mal funcionamento da tuba auditiva sem que haja
obstrução mecanica da mesma. Ex. Rinite alérgica
OBSTRUÇAO TUBÁRIA – dada pela obstrução mecânica da tuba auditiva.
Ex. Vegetações adenoides.
Manobra de Valsalva – é uma expiração forçada, como se fosse assoar o
nariz, com a oclusão das duas narinas com os dedos, e com a boca
fechada.
Neste caso o ar que forçosamente penetrou na tuba irá insuflar a membrana
timpanica, dando ao paciente sensaçao de pressão nos ouvidos. No caso de
obstrução tubária estas sensaçoes estão ausentes uni ou bilateralmente.
Atualmente a melhor maneira de se avaliar a permeabilidade tubária é
através da impedanciometria (imitanciometria)
EXAME RADIOLÓGICO
Existem tres incidencias básicas: a incidencia de Schuller para estudo da
apófise mastóide. A incidencia de Mayer dá imagem do antro mastoideo e
do ático. A incidencia de Stenvers é indicada para estudo do rochedo e dos
elementos anatomicos do labirinto. Para vizualizar estruturas da caixa do
timpano podemos solicitar a incidencia de Guillen e Chaussé III.
A tomografia computadorizada e a ressonancia magnética tem grande
utilidade nas diversas doenças do aparelho auditivo.
OUVIDO HUMANO
(PERCEBE FREQUENCIA DE 16 A 20.000 HERTZ)
16 – 512. HZ - SONS GRAVES
512 – 2.048 HZ - PALAVRA FALADA
2048 – 20.000 HZ - SONS AGUDOS
OUTROS ANIMAIS
Cães e gatos - 10 – 50.000 Hz
Morcegos 10 – 120.000 Hz
Golfinhos 10 – 240.000 Hz
ACUMETRIA - PROVAS COM DIAPASÕES ( TOPO DIAGNOSTICO)
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128 hz
256 hz
512 hz
1024 hz
2048 hz
PROVA DE WEBER (512hz)
COMPARAÇÃO ENTRE A AUDIÇÃO PELA VIA OSSEA ENTRE O OUVIDO
DIREITO E OUVIDO ESQUERDO.
- INDIFERENTE ( NORMAL)
- LATERALIZADO PARA O OUVIDO BOM ( NEUROSENSORIAL)
- LATERALIZADO PARA O OUVIDO RUIM ( TRANSMISSÃO)
PROVA DE RINNE
COMPARAÇÃO ENTRE A CONDUÇÃO AEREA E OSSEA NO MESMO
OUVIDO
TEMPO DA VIA AEREA NORMAL - 40 SEGUNDOS = RINNE NORMAL
TEMPO DA VIA OSSEA NORMAL - 20 SEGUNDOS = RINNE NORMAL
RINNE ENCURTADO OU POSITIVO PATOLÓGICO - CAI O TEMPO DA
VIA AEREA E CAI O TEMPO DA VIA OSSEA = (NEURO SENSORIAL)
RINNE NEGATIVO OU INVERTIDO - VIA OSSEA MELHOR QUE A VIA
AEREA = (CONDUÇÃO)
AUDIOMETRIA
FIXAR O LIMIAR DE AUDIÇÃO EM CADA FREQUENCIA
.
AUDIOMETRIA TONAL LIMINAR(sons puros)
FREQUENCIAS - 250 A 8000 HZ
INTENSIDADES - -10 A 110 DB
ZERO AUDIOMETRICO = MEDIA DOS INDIVIDUOS NORMAIS
VIA AÉREA MEDIDA COM FONE DE OUVIDO
VIA ÓSSEA MEDIDA COM VIBRADOR COLOCADO NA APÓFISE
MASTOIDE.
SIMBOLOS CONVENCIONAIS
OUVIDO DIREITO < OSSEA (VERMELHO)
o AEREA (VERMELHO)
OUVIDO ESQUERDO > OSSEA (AZUL)
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x AEREA (AZUL)
As audiometrias devem ser realizadas em câmaras silenciosas.
AUDIOGRAMA é a representação gráfica da audiometria tonal. Na
abcissa, representa-se as frequencias em Hz e, na ordenada, as
intensidades em db.
TIPOS DE CURVAS
( TRANSMISSÃO, NEURO SENSORIAIS, MIXTAS )
HIPOACUSIA DE TRANSMISSÃO (Doenças localizadas na orelha externa
ou na orelha média)
HIPOACUSIA NEUROSENSORIAL (Doenças localizadas no ouvido interno
ou vias centrais)
HIPOACUSIA MIXTA (Doenças que tem componente de transmissão e
componente neurosensorial juntos)
CLASSIFICAÇÃO DAS PERDAS AUDITIVAS
Normal -10 db a 26 db
Perda discreta 27 db a 40 db
Perda moderada 41 db a 55 db
Perda moderada severa - 56 db a 70 db
Perda severa 71 db a 90 db
Perda profunda > 90 db
AUDIOMETRIA VOCAL
LOGOAUDIOMETRIA
Pesquisa o grau de recepção e de discriminação da linguagem oral,
interferindo tambem os centros auditivos corticais, localizados no lobo
temporal (area 41 e 42).
Usa-se uma lista de dissílabos foneticamente balanceados, e mede-se o
percentual de acertivas.
AUDIOMETRIA DE RESPOSTAS ELÉTRICAS
ELETROCOCLEOGRAFIA
Tem por objetivo essencial o registro dos potenciais de ação do nervo
acústico ao nível da coclea.
Sua principal indicação é determinar limiar auditivo nas crianças.
AUDIOMETRIA DE TRONCO CEREBRAL (BERA)
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Representa respostas de varios neuronios ao longo da via auditiva.
As aplicações clínicas são avaliar audição em rescem nascidos ou em
crianças de dificil teste, diagnosticar lesões do nervo acústico ou das vias
auditivas centrais.
EMISSÕES OTOACÚSTICAS (EOA)
É u exame objetivo, rápido e mais economico que o bera.
O estudo dos produtos de distorção das emissões otoacústicas tem várias
aplicações clínicas: avaliaçao auditiva de doentes de dificil testar. Doentes
que por outras doenças tem dificuldade de realizar audiometria
convencional.
Crianças pequenas ou mesmo lactentes. Monitorar PAIR. Diagnostico
precoce de neurinoma do acústico.
IMPEDANCIOMETRIA ou IMITANCIOMETRIA
A imitanciometria informa com certa precisão sobre a integridade funcional
do conjunto timpano-ossicular e permite a pesquisa objetiva do fenômeno do
recrutamento.
TIMPANOMETRIA
é usada para diferenciar as patologias condutivas entre si e tambem
permite avaliar a função da tuba auditiva.
TIPOS DE CURVAS TIMPANOMÉTRICAS A - NORMAL
As - RIGIDEZ
Ad - DESARTICULAÇÃO
B - OTITE SEROSA
C - OBSTRUÇÃO TUBÁRIA
PESQUISA DO REFLÉXO ESTAPÉDICO
No individuo normal sons com intensidade de 70 a 90 db acima do limiar
auditivo, desencadeiam contração do músculo estapédio. As alteraçoes
deste reflexo normal caracterizam determinadas doenças. O reflexo pode
estar ausente nas mínimas alterações no conjunto timpano-ossicular. Nas
lesoes neurosensorias, pode estar ausente, presente ou recrutante,
dependendo do graú da lesão.
SEMIOLOGIA VESTIBULAR
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



principal objetivo de exame otoneurológico é o de excluir a
presença de doenças centrais.
Ao contrário das síndromes vestibulares centrais, que apresentam
um conjunto de sinais característicos, o diagnóstico da sindrome
vestibular periférica é um diagnóstico de exclusão.
RM e TC auxiliam no diagnóstico de lesões que ocupam espaço no
SNC.
O exame otoneurológico é mais sensível nas lesões vasculares do
SNC
PROVA DE ROMBERG
LATERALIZADO (PERIFERICO)
PARA TRAZ OU PARA DIANTE (CEREBELAR)
ROMBERG SENSIBILIZADO
PROVA DOS BRAÇOS ESTENDIDOS
LATERALIZAÇÃO - (VESTIBULAR)
HIPOTONIA - (CEREBELAR)
DESVIO DE UM SÓ BRAÇO (CENTRAL)
DISMETRIA
(RÓTULA --- NARIZ)
DISSINERGIA(DOENÇAS CEREBELARES)
DISDIADOCOCINESIA
(SUPINAÇÃO E PRONAÇÃO DAS MÃOS)DIFICULTADA NAS LESÕES
CEREBELARES
PROVA CALÓRICA HIPERREFLEXIA -( LESÃO CENTRAL)
NORMO E HIPORREFLEXIA (PERIFERICA OU CENTRAL)
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