Visualização do documento Mini curso de antenas.doc (889 KB) Baixar http://www.eletrica.ufu.br/ftp/files/Antenas/Antenas%201.doc CAPÍTULO 1 FUNDAMENTOS EM ANTENAS 1.1 Introdução Antena é um dispositivo por meio do qual recebe ou transmite uma onda eletromagnética. Qualquer pedaço de fio pode ser usado como uma antena, sendo que evidentemente pode não possuir um bom rendimento. É comum pendurar um pedaço de fio na entrada da antena de uma TV ou rádio para melhorar a recepção do sinal. A explicação porque uma antena transmite ou recebe um campo elétrico, não é uma tarefa as vezes fácil. A análise e cálculo dos campos irradiados e recebidos de uma antena é explicado pelas equações de Maxwell, que por meio das quais calculamos os campos elétrico e magnético à uma distância qualquer da antena, como veremos futuramente. Uma outra função de uma antena é direcionar a intensidade de radiação em uma determinada direção na qual se deseja transmitir o sinal, como é o caso de ligação ponto a ponto de um enlace de microondas e comunicação via satélite. Figura 1.1 Antena como um dispositivo de transmissão Os principais tipos de antenas existentes na literatura são: - Radiador Isotrópico O radiador isotrópico é uma antena hipotética que irradia igualmente em todas as direções, como se fosse uma fonte pontual. Normalmente as propriedades das outras antenas são definidas com respeito ao radiador isotrópico. - Dipolo meia onda e maior do que meia onda O dipolo meia onda é uma antena tipo filamentar que possui tamanho l = /2 e é o mais usado na prática, devido a sua facilidade de construção e de casamento de impedância. Outras antenas de tamanho maior como de um comprimento de onda, um e meio comprimento de onda , etc. também podem ser encontradas na literatura. A figura 1.2b mostra um dipolo meia onda com sua distribuição de corrente ao longo do mesmo. As figuras 1.2c e 1.2d mostra um dipolo para outros comprimentos diferentes do meio comprimento de onda, com com suas distribuições de correntes. Figura 1.2 dipolo (a) curto, (b) meia onda, (c) e (d) outros valores de l - Dipolo ideal e dipolo curto O dipolo curto e dipolo ideal são antenas do tipo filamentar cujo comprimento (l) da mesma é muito menor do que o comprimento de onda ( l << ) . Estas antena são usadas quando a frequência é muito baixa, como é o caso de f < 1 Mhz. A figura 1.2a apresenta um dipolo curto alimentado por uma corrente de intensidade linear I. O grande problema destas antenas surge devido ao casamento de impedância pois a resistência de radiação das antena dipolo curto é muito baixa, como veremos. Estas antenas apresentam também como um elemento capacitivo dificultando também o casamento de impedância, sendo necessário adicionar uma bobina no circuito da antena. A vantagem desta antena é possuir um tamanho reduzido, pois quando trabalhamos com baixas frequências o comprimento de onda é grande, e o tamanho da antena dipolo meia onda fica muito impraticável ( como por exemplo para uma frequência de 1 MHz, uma antena dipolo meia onda terá comprimento de 150m ). - Antena tipo loop A antena tipo loop apresenta na forma de uma espira ou mais como mostra a Fig. 1.3b. Ela as vezes pode ser feita como uma bobina, em que o núcleo pode ser de ar ou ferrite. Uma antena muito utilizada na prática quando se usa polarização circular é a antena helicoidal, como mostra a Fig. 1.3c. Figura 1.3 (a) dipolo, (b) loop circular, (c) helicoidal - Antena Monopolo A antena dipolo curto é uma antena filamentar de tamanho igual à um quarto de comprimento de onda ( l = /2). Elas são usadas em transmissão de rádio AM, e são colocadas verticalmente próximo `a superfície da terra, e como a frequência é baixa a terra torna boa condutora fazendo com que a teoria das imagens seja aplicada, e tudo se passa em termos de radiação como se antena fosse de meio comprimento de onda. Para aumentar a condutividade do solo coloca-se fios de cobre radialmente distribuídos a partir do ponto central é colocada a antena. Em algumas situações estas antenas são colocadas sobre regiões pantanosas pois nestas regiões a condutividade do solo é alta. - Antenas faixa Larga As antenas faixa larga são usadas quando se deseja que a mesma opere em uma faixa de frequência larga como é o caso a banda dos canais de TV. As duas antenas mais comuns usadas como faixa larga são : helicoidal e log-periódica . A antena helicoidal é construida como uma hélice e sua polarização é circular. A antena logperiódica é constituída de vários dipolos colocados em paralelo, como será visto no capítulo V. O ganho desta antena pode variar de 10 até aproximadamente 100 vezes comparado ao radiador isotrópico. - Antena Yagi-Uda A antena Yagi-Uda (Fig. 1.4a) é formada também de um conjunto de dipolos em paralelo onde apenas um elemento é ativo e os outros elementos são elementos passivos que são usados como refletores e diretores aumento o ganho para valores em média de 10 vezes comparadas à um radiador isotropico. Figura 1.4 (a) antena Yagi, (b) conjunto, (c) conjunto de guias de ond - Conjunto de Antenas Um conjunto de antenas é constituído por uma ou mais antenas de maneira disposta tal que o ganho do conjunto é maior do que quando se usa apenas uma antena. A distância entre as antenas e a fase da corrente que alimenta as mesmas é feita de modo a termos um efeito construtivo dos campos no ponto que se deseja calcular o campo. - Antena Tipo Abertura As antenas em abertura mais comuns são as antenas cornetas ( Fig. 1.5) Estas antenas são largamente usadas em comunicações via satélite por possuir um ganho elevado. Figura 1.5 Antenas tipo abertura - Antenas Refletora O processo de reflexão é o fenômeno explicado com base na teoria da ótica geométrica, quando um raio incidente em uma superfície da origem `a uma onda refratada e uma onda refletida. A onda refletida pode estar em fase com a onda direta produzindo um fenômeno construtivo. A superfície refletora pode ter várias configurações. A superfície refletora mais comum encontrada na prática é do tipo parabólica. Estas antenas possuem um ganho de potência elevado e pode atingir valores superiores à 100 mil vezes quando comparado ao ganho do radiador isotrópico. Elas são mais usadas em frequência superior a 1 Ghz, como é o caso de enlaces de comunicação via satélite e microondas. A Fig. 1.6 mostra alguns tipos de superfícies refletoras com seus elementos alimentadores. A Fig. 1.6(a) mostra um refletor parabólico com alimentador frontal, a Fig.1.6(b) mostra um refletor parabólico com um sub-refletor também parabólico no foco da parábola. Esta configuração é chamada de Casseggrain. A Fig. 1.6(c) mostra um refletor tipo refletor de canto. Todos produzem um focolização dos feixes para o ponto focal onde se situa o alimentador ou o sub-refletor como no caso da antena tipo Cassegrain. Figura 1.6 Antenas refletoras 1.2 Mecanismos de Irradiação Uma das primeiras perguntas que surge sobre as antenas é “como se dá o processo de radiação de uma antena ?“. Em outras palavras como um campo eletromagnético é gerado em uma fonte, guiada por uma linha e escapa para o espaço livre? Vamos considerar uma fonte de tensão conectada à uma linha de transmissão de dois condutores que é conectada à uma antena, como mostrado na figura 1.7 . A tensão aplicada nos dois condutores cria um campo elétrico entre os dois condutores da linha. O campo elétrico tem associado à ele suas linhas de força as quais são tangentes ao campo elétrico em cada ponto e sua intensidade é proporcional à intensidade do campo elétrico. As linhas de força do campo elétrico tem uma tendência de atuar nos eletrons livres associados aos condutores e força os mesmos a se deslocarem. O movimento das cargas cria uma corrente que por sua vez cria em torno dos um campo magnético. Associados ao campo magnético estão as linhas força magnética as quais são tangentes ao campo magnético. As linhas de força magnética sempre formam loops fechadas enciclando os condutoes porque não há carga magnética. As linhas do campo elétrico desenhadas entre os dois condutores auxilia a distribuição das cargas. Se assumimos que a fonte de tensão é sinoidal, esperamos que o campo elétrico entre os condutores também é senoidal com período igual ao da fonte. A intensidade do campo elétrico indicará a densidade das linhas de força com a seta mostrando a direção relativa (positiva ou negativa). A criação do campo elétrico e magnético variável no tempo entre os dois condutores forma uma onda eletromagnética que viaja ao longo da linha de transmissão. A onda eletromagnética entra na antena e tem associado a ela cargas elétricas e as correspondentes correntes. Se removemos parte da antena mostrado na figura , ondas no espaço livre pode ser formadas por conexão do final aberto das linhas elétricas. As ondas no espaço livre são periódicas mas um ponto de fase constante Po move para fora com velocidade da luz e desloca para uma distância /2 (ponto P1) em um tempo de meio período. A figura mostra a criação e deslocamento no espaço livre de ondas no espaço livre de uma antena meio comprimento de onda em instante de tempo t = 0, T/2, T/4, 3T/8. Figura 1.7 Fonte de radiação fonte e linha de transmissão As linhas de força partem do campo elétrico partem das cargas positivas para as negativas. Elas também podem partir das cargas positivas e terminar no infinito ou partir do infinito e terminar nas cargas negativas ou formar um loop não partindo nem terminando em nehuma carga 1.3 Equações Eletromagnéticas Fundamentais O sistema de coordenadas usados nos capítulos seguintes são dados na figura 1.8. Faremos aqui uma análise resumida de como calcular o campo produzido por uma distribuição de corrente em um volume qualquer. Inicialmente calculamos calcula-se o vetor potencial elétrico e o potencial escalar para em seguida obter o campo elétrico e magnético. O campo calculado por uma antena dipolo ideal será alvo de discussão no parágrafo seguinte, mas para isso precisamos determinar o vetor potencial. Figura 1.8 Coordenadas esféricas para um sistema de radiação As equações fundamentais do eletromagnetismo são, (1.1a) (1.1b) (1.1c) (1.1) (1.1e) são o campo elétrico, a indução magnética e o vetor deslocamento, respectivamente e são a corrente total e densidade de corrente. Todas as os campos possuem variação com x,y,z e t. Considerando os campos como tendo variação harmônica, ou seja a variação no tempo é do tipo ejt, (1.2 a) (1.2 b) etc. Utilizando a notação simplificada, etc. e substituindo nas quatro equações de Maxwell teremos, (1.3a) (1.3b) (1.3c) (1.3d) (1.3e) a corrente total JT é dada por, (1.4) A corrente total é a soma da corrente de condução (Ē) e da corrente imposta J. A corrente de condução aparece no elemento condutor devido à indução que é produzida pela corrente imposta que normalmente passa em outro condutor. As relações constitutivas são dadas por, ,e (1.5) substituindo (1.4) e (1.5) em (1.3b) temos, (1.6) O conjunto de equações(1.3) poderá ser escrito como, (1.7a) (1.7b) ... Arquivo da conta: wmerson Outros arquivos desta pasta: Apostila centro paula souza TELECOMUNICACOES.pdf (30789 KB) apostila de transmissão de ondas eletromagneticas.pdf (1149 KB) Apostila Ondas e Antenas.pdf (1498 KB) circuitos de comunicação.pdf (277 KB) Circuitos Osciladores-apostila.pdf (830 KB) Outros arquivos desta conta: Circuitos e aplicações circuitos eletricos CLP eletrônica digital Instalações eletricas Relatar se os regulamentos foram violados Página inicial Contacta-nos Ajuda Opções Termos e condições Política de privacidade Reportar abuso Copyright © 2012 Minhateca.com.br