CHARM12abr - Letras Unirio

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CHARM10abr
slide
[What can we hear from Casa Edison's old records?
Martha Tupinambá de Ulhôa
Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro]
Slide c/ texto:
Casa Edison, Brazilian first record company - active from 1902 to 1932.
Casa Edison, Rio de Janeiro, named after Thomas Edison, issued from 1902 to 1927 more that half of the circa
of seven thousand mechanical records of the first Brazilian professional popular music artists, Baiano (Manuel
Pedro dos Santos, 1870-1944), Cadete (Manuel Evêncio da Costa Moreira, 1874-1960), Eduardo das Neves
(1874–1919), and Anacleto de Medeiros (1866-1907), as well as genres that were the basis for modern Brazilian
popular music (modinhas, cançonetas, lundus, maxixes, sambas, fox-trots, one-steps, etc.) together with solos,
duets and overtures of opera and operetta standards.
[slide] com texto: Fred Figner (1866-1946)
Fred Figner (1866-1946)
Casa Edison was founded in March 22, 1900, by the Tcheck-Jew Frederico (Fred) Figner (1866-1946), who had,
since 1897, been making cylinder recordings of Rio de Janeiro’s street serenaders.
Em outubro de 1891, Figner chega a Belém do Pará, norte do Brasil, instala um fonógrafo e passa a gravar
cilindros com hóspedes do Hotel Central onde se hospedara, incluindo um discurso improvisado contra a
República Brasileira feito por um Dr. Cabral (que fez muito sucesso em exibições posteriores no sul do país).
Em Belém e posteriormente em Salvador, Bahia, outro ponto de sua excursão pelo Brasil, grava também vários
cilindros com árias de ópera com a Companhia de Concetta Bondalba. Gravou também muita música local pelas
cidades costeiras em que passava exibindo o fonógrafo, observando ser este o repertório que mais agradava às
pessoas. Passa pelo Rio de Janeiro, onde desembarcara em abril de 1892, mas só se instala definitivamente na
cidade em 1896, depois de viajar pelo sul do Brasil, Uruguai e Argentina e uma estada em Milão, onde mostra
sua máquina falante a não menos que Verdi e Boito.
Em 1901, o americano Frederich M. Prescott, fundador da Zon-O-Phone Internacional de Berlim (rival da
Grammophone/Victor), oferece a Figner um terço da patente para discos de face dupla a serem distribuídos no
Brasil. No início de 1902 vêm ao Rio de Janeiro dois técnicos alemães (Hagen em janeiro e Pancoast em maio)
que gravam cerca de 500 cilindros de cera, enviados à Alemanha, transformados em matrizes de cobre e
prensados na Telephon-Fabrik Berliner em Hanover, de onde eram feitas as cópias a retornar ao Brasil. Fred
Figner passa então a anunciar chapas com "modinhas nacionais impressas dos dois lados e também modinhas de
um lado e do outro uma ópera, ou uma execução da Banda do Corpo de Bombeiros e da outra um canto."
Beginning 1902, Casa Edison started commercializing Berliner gramophones and records, imported from North
America.
[slide CAPA DO CATÁLOGO – COMENTAR] A capa do catálogo
In 1904 Figner/Casa Edison makes the first recordings with technical support from German Zon-O-Phone. The
studio functioned at a back room at 105 Rua do Ouvidor (Ouvidor Street), central Rio de Janeiro. There, the
recordings were made on wax cylinders which were then sent to Joseph Berliner’s Hanover factory to be
transformed into copper matrices, from which were made the copies to return to Brazil. Fred Figner held one
third of the rights of the German patent. From this period were the seven inches Zon-O-Phone 10.000 series and
the ten inches X-1.000 series. Also in 1904, Casa Edison started issuing International Talking Machine Odeon
label records (like the Brazilian two-faced ten and a half inches (10,5 in) 40.000 series). In 1912, Odeon
associated with Fred Figner set in Tijuca, Northern Rio de Janeiro, a record factory, that between 1921 and 1926,
issued the series 122.000, with recordings of artists like Francisco Alves, Araci Cortes and Patrício Teixeira,
who saw their careers consolidated during the electric system phase, beginning 1927, when Casa Edison and
others were overcame by foreign industries such as Odeon, RCA Victor and Columbia.
Usando inicialmente fonógrafos, cujos cilindros de cera podiam ser reaproveitados e posteriormente gramofones,
cujas matrizes eram prensadas em disco, Figner produziu cerca de 6850 músicas entre 1902 e 1932. Entre as
primeiras 228 matrizes gravadas no espaço de uma semana por um técnico enviado pela fábrica Zon-O-Phone,
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recebe a etiqueta 10.001 o famoso Isto é bom, lundu de Xisto Bahia, cantado por Bahiano, peça que ouviremos
logo a seguir. Outros gêneros nativos desta fase inicial incluíam modinhas, cançonetas, discursos, dobrados,
valsas, polcas, tangos, maxixes, bem como a abertura do Guarani de Carlos Gomes e outras músicas
instrumentais interpretadas pela Banda do Corpo de Bombeiros e seu regente Anacleto de Medeiros. Outros
artistas pioneiros, como Eduardo das Neves, Pepa Delgado, Mário Pinheiro, Francisco Alves entre outros,
gravavam canções populares, que nos discos de duas faces eram acopladas a outras músicas, algumas sem
nenhuma relação entre si, já que por contrato Figner devia distribuir também música estrangeira. As músicas
eram compradas de seus autores e, para que os técnicos na Alemanha pudessem identificá-las eram anunciadas
no início da gravação, prática deixada de lado em 1912, com a instalação da Fábrica Odeon, à frente da qual
Figner permanece até 1927.
Repertoire (Italian operas and operettas, + local production)
O catálogo de 1902 traz, além do anúncio de vários tipos de fonógrafos e gramofones importados, uma listagem
razoável de cilindros, e principalmente importante para a nossa pesquisa, por ter sobrevivido uma boa parte de
discos com um “Grande e escolhido repertório de fonogramas nacionais e estrangeiros”.
[INTRODUZIR PG 43 DO CATÁLOGO – PHONOGRAMASoPERAiTALIANO]
O anúncio indica que os pedidos do interior serão despachados no mesmo dia em que forem recebidos e que as
encomendas devem ser sempre acompanhadas de um vale postal ou ordem sobre uma casa comercial. Os
pedidos devem ser feitos indicando o número do catálogo e não o nome da música e a casa reserva o direito de
mudar até 3 fonogramas em um pedido de 24.
Depois de um glossário de abreviações para os tipos de voz solo e em dueto a listagem inicial das Operas em
italiano em ordem alfabética. Africana com as árias O paradiso para tenor, Addio terra nativa para soprano,
Alerta Marinar, para barítono e Balata para Baixo. Do item número 5 ao 11 árias de Aida de Verdi, iniciando
pela famosa Celeste Aida para tenor, do número 12 ao 16, árias do Ballo in Mascara de xxxx e iniciando no
número 17 do catálogo árias e duetos do Barbieri di Seviglia.
[INTRODUZIR PG 44]
Na página seguinte uma seleção da Boheme, Fausto, Cavaleria Rusticana; Gioconda; Íris (Mascagni); Carmem,
Dinorah; Ernani; Lucia de Lammemour; Ebrea; Favorita; Lohegrin; Lucrecia Borgia e também da ópera O
Guarany do compositor brasileiro Carlos Gomes.
[Introduzir pg 46]
Na página 46 do catálogo, a partir do no número 178, operetas, cançonetas napolitanas, cantos em espanhol e
finalmente trechos executados “pelas melhores bandas e orquestras estrangeiras”, sem indicação do grupo,
apenas o nome das marchas (nupcial de Mendelsohn, Washington Post, Boulanger (?), La serenata, etc.
[INTRODUZIR PG 48]
Finalmente na página 48, depois da seção de solos instrumentais e de gargalhadas inglesas o repertório de
modinhas cantadas e acompanhadas ao violão pelo “Cadete”. Com uma foto de Manuel Evêncio da Costa
Moreira (1874-1960), as primeiras canções nacionais, a grande maioria delas de tradição oral, e algumas
oriundas do teatro.
[INTRODUZIR PG 49]
Na página 49 o anúncio de Cançonetas e lundus, repertório ligado principalmente ao teatro de revista
(vaudeville) e fotografia do popular cançonetista brasileiro Bahiano (Manuel Pedro dos Santos, 1870-1944).
[INTRODUZIR PG 52
Na página 52 do catálogo de 1902 da Casa Edison as gravações em discos para Gramaphone e Zonofone. O texto
menciona ser a Casa Edison a única a ter discos gravados no Rio de Janeiro com as conhecidíssimas modinhas
do popular cançonetista Bahiano e do apreciado Cadete assim como as melhores polcas, valsas e dobrados, etc.
tocadas pela banda do Corpo de Bombeiros, pelo que fez contrato com a International Zonophone Company de
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New York e Berlim. O texto também diz que além dos itens catalogados, Fred Figner tem sempre em depósito
todas as óperas, as melhores bandas de Milão, etc.etc.
A seguir novamente o repertório do Bahiano, só que agora com identificação de número de série 10001. Entre os
primeiros números anunciados os lundus Isto é bom e Bolim bolacho, cuja letra retrata bem a brejeirice deste tipo
de repertório.
[slide com letra]
Iaiá você quer morrer
Quando morrer, morramos juntos
Que eu quero ver como cabem
Numa cova dois defuntos
E o refrão que dá nome ao lundu:
Isto é bom, isto é bom
Isto é bom que dói!
Xx se acontecer a tradução colocar slide com letra
??? NÃO SEI SE É POSSÍVEL TRADUZIR
Bolim bolacho, bole em cima,
Bolim bolacho por causa do bole embaixo
Quem não come da castanha caruru
Não percebe do caju
Quem não come do caju
Não percebe do fubá
As letras são cheias de duplo sentido e muitas delas caracteristicamente se utilizam da ironia para fazer a crítica
social, como nesta estrofe abaixo que comenta que tanto o pobre, enterrado numa cova e coberto somente com
terra, quanto o rico, enterrado em um túmulo bem feito e coberto de pedra, ao fim de cinco anos são somente
ossos.
Vai o pobre para a cova
E o rico para a carneira
Mas ao fim de cinco anos
Ao abrir a salgadeira
Quer do pobre, quer do rico
Há só ossos e caveira.
As gravações de fonogramas feitas para a Casa Edison no início do século XX são registros preciosos da música
popular de tradição oral no Brasil, tais como cançonetas, números cômicos, marchas, lundus e modinhas,
algumas conhecidas desde o século anterior. Entre elas algumas canções de compositores populares conhecidos
como Xisto Bahia (1841 - 1894) como a modinha Quis debalde e o lundu.
Xisto Bahia (1841-1894)
Teve atuação de destaque como ator, compositor e cantor de modinhas e lundus na fase do iniciante teatro de
costumes do século XIX, cenário para sucessos musicais, novos gêneros e intérpretes da música popular
brasileira.
Isto é bom, até bem pouco tempo atrás tido como a primeira gravação comercial gravada no Brasil, por ter
recebido o número inicial da série. Foi gravado com outras 227 músicas, em trabalho realizado pelo técnico
alemão Hagen entre a segunda quinzena de janeiro, e a primeira de fevereiro de 1902 na recém-instalada sala de
gravação da Casa Edison.
Os discos de 78 rotações produzidos por Figner tinham prensagem aleatória. Registrados no Brasil, os
fonogramas eram enviados à fábrica da Zon-O-Phone, em Berlim e, ali, acoplados sem ordem aparente e
enviados de volta ao Brasil. Uma polca, por exemplo, poderia ser comercializada, com um monólogo da atriz:
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Sarah Bernhard no lado B da chapa, uma vez que Figner tinha por contrato que distribuir também a produção
estrangeira.
O anúncio no início da gravação: “Isto é bom, lundu cantado pelo Bahiano para a Casa Edison, Rua do Ouvidor
107” – era rotina para todas gravações, para que os técnicos em Berlim que prensavam e etiquetavam os discos,
pudessem saber de que música se tratava e não se enganar na hora de etiquetar o disco.
Ouçamos a gravação da primeira versão, de 1902
[ISTO É BOM – Bahiano]
Isto é bom (Xisto Bahia), Bahiano. Odeon 1031 (1902-1904).
E agora Isto é bom em outra gravação, gravada entre 1907 e 1912.
[ISTO É BOM – Eduardo das Neves]
Isto é bom (Xisto Bahia), Eduardo das Neves. Odeon 108076 (1907-1912).
Creio que devem ter percebido como a linha melódica é um tanto quanto diferente.
Ouçamos mais uma vez as duas gravações agora com a letra
[ISTO É BOM – Bahiano com letra]
Isto é bom (Xisto Bahia), Bahiano. Odeon 1031 (1902-1904).
[ISTO É BOM – Eduardo das Neves com letra]
Isto é bom (Xisto Bahia), Eduardo das Neves. Odeon 108076 (1907-1912).
Outra canção de Xisto Bahia, agora num outro gênero – a modinha é o próximo exemplo. Quis debalde varrer-te
da memória ou Agora e Sempre é música de Xisto Bahia, com versos de Plínio Augusto Xavier de Lima. De
linha melódica ondulada, Quis debalde fala de amor, como geralmente todas as modinhas.
[QUIS DEBALDE (Xisto Bahia), Mário Pinheiro Odeon 108222 (1907-1912).
Modinha de Xisto Bahia, com versos de Plínio Augusto Xavier de Lima
Quis debalde varrer-te da memória
E o teu nome arrancar do coração
Amo-te sempre, oh! Que martírio infindo!
Tem a força da morte esta paixão!
Eu sentia-me atado aos teus prestígios,
Por grilhões poderosos e fatais
Nem me vias sequer, te amava ainda
Motejavas de mim, te amava mais
A seguir um exemplo de outra canção, composta por Eduardo das Neves já na era da gravação – Santos Dumont
gravada por Bahiano em 1902
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Santos Dumont (Eduardo das Neves) Bahiano, Zon-O-Phone 621 (1902)
A Europa curvou-se ante o Brasil
E aclamou parabéns em meigo tom
Brilhou lá no céu mais uma estrela
Apareceu Santos Dumont.
E a segunda estrofe e sessão B da canção:
Assinalou para sempre o século vinte
O herói que assombrou o mundo inteiro
Mais alto que as nuvens, quase Deus
É Santos Dumont um brasileiro
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A letra de Santos Dumont é característica do entusiasmo que acomete as classes populares diante de pessoas que
conseguiram grandes feitos em relação a outros países. Foi assim com Carlos Gomes, cultuado no século XIX
como um herói por ter se firmado no cenário europeu (italiano) como um igual a seus pares.
O mesmo acontece em relação ao pioneiro da aviação, cujo centenário de vôo em torno da torre Eiffel com um
dirigível enseja a criação de uma canção em sua homenagem onde o sucesso e a popularidade de Santos Dumont
são devidos menos aos seus trabalhos de aviação que ao ter causado a admiração de Paris. Observemos a letra da
canção gravada em 1906 por Bahiano. A autoria é de Eduardo das Neves, palhaço, ator e cantor também atuante
na Casa Edison.
Ouçamos a gravação
SLIDE – ORAL AND AURAL TRANSMISSION
Enquanto Isto é bom é um exemplo de música transmitida de forma oral (lembremo-nos de que Xisto Bahia, o
autor da mesma morreu em 1894, antes do aparecimento da gravação), Santos Dumont já passa por um outro
processo. Mesmo tendo sido composta por um cantor sem instrução musical ela é gravada logo em 1902,
recebendo um registro em partitura em 1909.
[Capa da partitura de Santos Dumont]
No canto de cima à direita da capa da partitura um retrato de Eduardo das Neves (1874-1919), o autor de Santos
Dumont, ou A Conquista do Ar, Cântico ao arrojado aeronauta Santos Dumont, a glória do Brasil. Logo abaixo a
menção de que a música foi transcrita para a partitura por Manoel Coll. Ou seja, é coisa feita por músico não
letrado, que precisa de um precisou de uma transcrição feita por um músico letrado. Só que em vez de
transmissão oral já estamos na era da transmissão aural. As gravações posteriores demonstram certa fidelidade
ao modelo inicial.
Como exemplo uma versão instrumental executada pela Banda da Casa Edison, nosso último exemplo da sessão.
Como referência auditiva mais uma vez a versão cantada com Bahiano.
Santos Dumont (Eduardo das Neves) Bahiano, Zon-O-Phone 621 (1902)
Santos Dumont (Eduardo das Neves) Banda da Casa Edison, Odeon 40069 (1904-1907)
Intro | A :| B (TUNE) | C melodia no baixo :| etc.
ESTOU NA DÚVIDA SE NÃO DEVERIA COMEÇAR FALANDO DO GRUPO DE PESQUISA PARA
DEPOIS MOSTRAR O MATERIAL. ASSIM, ELES JÁ FICAM SABENDO QUE EU ESPERO RECEBER
SUGESTÕES...
O grupo de pesquisa a que pertenço lida essencialmente com gravações de música popular urbana. Temos
pesquisadores e estudantes trabalhando com repertórios os mais variados (a comparação do fox-trot brasileiro e
americano; o estudo da flexibilidade rítmica do acompanhamento no samba; o estudo de gravações de bandas do
início do século XX; o estudo estilístico da performance na guitarra elétrica; heavy metal no Rio de Janeiro, etc.
Grande parte do nosso trabalho utiliza procedimentos bastante semelhantes aos que vários pesquisadores do
CHARM empreendem – o estudo comparativo de determinados repertórios.
Meu foco de interesse é a análise da canção popular, estando no momento bastante interessada na questão da
transmissão oral e aural (além da transmissão escrita, que não foi objeto dessa comunicação). Depois de
trabalhar com material do final do século XX, senti a necessidade de uma incursão no passado em busca das
matrizes musicais e matrizes culturais da música brasileira popular.
Working with historical phonograms of Brazilian popular songs I became interested in learning more about the
recording process of old 78rpm mechanical recordings and that’s why I am here.
People interested in old records of Brazilian popular music are rather lucky of having a big part of this repertoire
available in the internet. All recordings we will listen today are 78rpm mechanical discs, available through the
Instituto Moreira Salles site (www.ims.com.br).
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One of the problems my research group encounters while dealing with transferred / compressed material caught
in the web is the difficulty of understanding the lyrics of the old records. We are transposing this setback
partially through a search for the lyrics in old cancioneiros from the second half of the 19th century and early 20th
century. That’s where we found the words for the songs heard today.
TENHO QUE CONTINUAR AINDA
VOU FALAR SOBRE O ESTUDO PARALELO DOS CANCIONEIROS.
A ÚLTIMA PERGUNTA [OU A PERGUNTA QUE TENHO – AGORA ESTÁ ME PARECENDO
PERTINENTE COMEÇAR POR ESTE PEDAÇO!] É: TENDO OUVIDO UMA PEQUENA AMOSTRA DO
TIPO DE MATERIAL COM QUE ESTOU LIDANDO, O QUE OS SENHORES ME SUGEREM?
RESUMO ENVIADO:
Working with historical phonograms of Brazilian popular songs, most of them done for Casa Edison, the first
record company in the country - active from 1902 to 1932 - I became interested in learning more about the
recording process of old 78rpm mechanical recordings. Casa Edison, commanded by Fred Figner (1866-1946)
produced between 1902 and 1927, circa of more then 7,000 double-faced phonograms, 728 items of which were
done in 1902, what makes this repertory one of the largest in the world. A great part of this repertory is available
online (www.ims.com.br), having being already transferred to a digital media. Having chosen to study closely
two song genres through recordings (the modinha and the lundu) now it's time of identifying which musical
aspects can be analyzed, and what has been the transfer process impact on the resulting sound. The session will
consist of a presentation of a sample of Casa Edison's repertoire and the kinds of problems our research group
have been encountering while dealing with historical recordings.
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