DISPLASIA CEMENTÁRIA PERIAPICAL: DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL PEREIRA, Dardânia Beatriz Espíndula (FOUFU/IQO, [email protected]) FARIA, Rodrigo Antônio de (Unitri/IQO, [email protected]) CORDEIRO, Mirna Scalon (Unitri, [email protected]) GEORJUTTI, Renata Pereira (Unitri/IQO, [email protected]) VIEIRA, Bruno Mussa (IQO, [email protected]) Resumo:A Displasia Cementária Periapical (DCP) integra o grupo das lesões fibroósseas benignas, nas quais o tecido ósseo é substituído por tecido conjuntivo denso e trabéculas ósseas imaturas. Apresenta maior prevalência no gênero feminino e na região dos incisivos inferiores e, sua descoberta é realizada através de exames radiográficos de rotina uma vez que não apresenta sinais ou sintomas clínicos característicos. Devido às suas características radiográficas o diagnóstico diferencial deve ser com lesões periapicais inflamatórias de origem endodôntica, cistos periodontais e outras lesões fibroósseas. O objetivo deste trabalho é relatar um caso de DCP e ressaltar a importância de um correto diagnóstico para o estabelecimento do tratamento adequado. Paciente C.J.M., gênero masculino, 45 anos, procurou o Curso de Aperfeiçoamento Clínico em Endodontia do IQO/Vanguarda para tratamento Odontológico. Ao exame radiográfico, verificou-se lesões periapicais radiolúcida e de radiopacidade mista, na região dos incisivos inferiores. Ao teste de sensibilidade pulpar com estímulo frio, o paciente não apresentou nenhum sintoma. Entretanto, por inexperiência do operador, o mesmo partiu para anestesia, isolamento absoluto e abertura coronária. O sangramento vermelho vivo evidenciou uma polpa viva e, com anuência do paciente, o tratamento endodôntico radical foi prosseguido com preparo mecânico-químico com hipoclorito de sódio à 2,5% e curativo com pasta de hidróxido de cálcio associado à clorexidina. Mediante a conduta realizada e o transcorrer do tratamento, o paciente foi então encaminhado para uma avaliação Estomatológica na UNITRI que, mediante às características clínicas e radiográficas, sugeriu tratar-se de uma displasia cemento-óssea periapical. Após 15 dias realizou-se a obturação endodôntica com guta-percha e cimento a base de Óxido de Zinco e Eugenol. O paciente encontra-se em proservação. Conclui-se assim, mediante o caso clínico exposto, que o diagnóstico diferencial de lesões periapicais deve ser mais cuidadoso tanto na análise radiográfica quanto na detecção das respostas pulpares para se evitar tratamentos indevidos e iatrogenias odontológicas. Palavras-chave: lesões; incisivos; sintomatologia Referências Bibliográficas PEREIRA, R. M., et al. Displasia cementária periapical – estudo de prevalência. Innovations Implant Journal – Biomaterials and Esthetics. V.3 N.5 p.43-46., 2008. Disponível em: <http://www.innovationsjournal.com.br/pdf/33.pdf> Acesso em: 24/09/2012 BITTENCOURT, S., et al. Displasia cementária periapical – relato de caso. Rev Inst Ciênc Saúde. V.25 N.3 p.319-321., 2007. Disponível em: < http://www.unip.br/comunicacao/publicacoes/ics/edicoes/2007/03_jul_set/V25_N3_2007_p 319-321.pdf> Acesso em : 24/09/2012 RAITZ, R. Lesões fibro-ósseas benignas dos maxilares: Uma revisão histórica. Revista Brasileira de Ciências da Saúde, V.2 N.4 p.23-28., 2004. Disponível em: < http://seer.uscs.edu.br/index.php/revista_ciencias_saude/article/view/467/316> Acesso em: 16/10/2012