Guardo a casa ao meu dono, gosto de um osso roer. Se alguém me fizer mal, até consigo morder. Meu corpo é de madeira ou de outro material. Sirvo para te sentares, o que sou eu, afinal? Sou uma caixa fechada, mágica pareço ser. Se carregares num botão, bonecos tu irás ver. Sou redonda, redondinha, jogada ao pé ou à mão, bato, salto e rebolo deslizando pelo chão. Sempre tapada com roupa, no quarto costumo estar. Deitas-te em cima de mim, à noite para descansar. Bebe-se para matar a sede, serve para o banho tomar; cai das nuvens quando chove, aonde há muita, é no mar. É um verdadeiro amigo, muito nos pode ensinar. Tem letras e até desenhos, nunca se deve rasgar. Têm um ar fofo Parecem algodão; Se estiver para chover, Cinzentas ficarão. São duas pernas, Não sabem andar. Quando as vestes, Elas vão passear. Alguém que é teu amigo e te costuma auscultar, quando estás doentinho, ajuda-te a curar. CUSTÓDIO, Lourdes - Adivinhas no Jardim de Infância, Porto: Ambar, 2005.