Plano de Negócios Petrobrás

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PLANO DE NEGÓCIOS DA PETROBRAS PARA O PERÍODO 2007-2011
Destaca-se neste Plano, pela primeira vez, uma meta de produção de petróleo de longo
prazo para 2015, um avanço na área de gás natural, e uma ampliação da participação da
companhia na petroquímica, no biorefino e nos biocombustíveis.
Este Plano de Negócios tomou como premissa fundamental o posicionamento definido no
Plano Estratégico Petrobras 2015, aprovado em maio de 2004 no que se refere à Missão
e à Visão 2015, e ajustou as estratégias e os objetivos corporativos.
Em linhas gerais, o Plano de Negócios 2007-2011 mantém as metas agressivas de
crescimento da Companhia. A produção de óleo, LGN e gás natural no Brasil e no exterior
deverá alcançar 3.493 mil boed em 2011, sendo que 2.925 mil boed no Brasil. A
Companhia também anunciou, pela primeira vez, a sua meta de produção de longo prazo
para 2015 de 4.556 mil boed, o que reforça a robustez do novo plano de investimentos.
As projeções também levam em conta a manutenção de uma confortável razão
reservas/produção.
Na área de refino as metas aprovadas refletem a preocupação de manter o equilibrio
entre sua produção e capacidade de processamento e ampliar os negócios em
Petroquímica e Fertilizantes, promovendo sinergias com as demais operações da
Petrobras. A carga fresca de petróleo processada no Brasil e exterior deverá alcançar
2.376 mil bpd em 2011 e 3.201 mil bpd em 2015.
Metas Corporativas
Realizado
2005
Meta
2006
Meta
2011
2.217
2.403
3.493
1.958
2.169
2.925
259
234
568
1.727
1.774
1.877
1.830
1.908
2.376
Volume de Comercialização do Excedente de
Petróleo Nacional (Mil bpd)
263
415
632
Custo Operacional Unitário do Refino - Brasil
(US$/boe)
1,90
2,05
2,90
Custo Unitário de Extração sem Participação - Brasil
(US$/boe)
5,73
5,96
5,60
Indicadores
Produção de Óleo e Gás Natural – Total
(Mil boe/dia)
Produção de Óleo e Gás Natural – Brasil
(Mil boe/dia)
Produção de Óleo e Gás Natural – Internacional
(Mil boe/dia)
Carga Fresca Processada – Brasil
(Mil bbl/dia)
Carga Fresca Processada - Brasil e Exterior
(Mil bbl/dia)
O plano prevê investimentos de US$ 87,1 bilhões no período, representando uma média
de US$ 17,4 bilhões por ano, sendo 86% (US$ 75,0 bilhões) no Brasil e 14% (US$ 12,1
bilhões) no exterior. Este montante representa um aumento de 66% em relação ao plano
anterior.
Dos investimentos no Brasil, além do expressivo crescimento em Exploração & Produção
e Abastecimento, destaca-se o incremento em Gás e Energia para atendimento da
crescente demanda de gás no País e em Distribuição visando a assegurar a liderança e a
expansão da companhia neste segmento.
Na atividade internacional, 70% dos investimentos deverão ser aplicados na área de
Exploração e Produção, com foco no Oeste da África e Golfo do México.
O crescimento da carteira de projetos deve-se a: US$ 17,4 bilhões referentes a novos
projetos, US$ 7,8 bilhões referentes a aumento de custos devido ao aquecimento do
mercado de equipamentos e serviços do setor, US$ 4,2 bilhões em razão da valorização
cambial e o restante referente a outros fatores tais como mudança no escopo dos
projetos, no modelo de negócio, etc.
Investimentos (US$ bilhões)
2007-2011
Inv 2007-11
(PN 2006-10)
Dif (%)
Exploração e Produção
40,7
25,0
63
Abastecimento
23,1
14,3
62
Gás & Energia
7,2
4,6
56
Internacional
12,1
6,7
82
Distribuição
2,2
0,9
131
Corporativo
1,7
1,0
81
Total
87,1
52,4
66
Área
Nos investimentos acima estão incluídos US$ 17,6 bilhões a serem aplicados, pelas
diferentes áreas, na cadeia brasileira de gás natural, visando desenvolver, liderar e
garantir o suprimento confiável de gás natural ao mercado brasileiro. Os parceiros da
Petrobras no setor deverão investir US$ 4,5 bilhões adicionais no mesmo período.
A Companhia está mantendo uma política de alinhamento dos preços de venda de seus
produtos ao mercado internacional. Com isso, estima obter uma geração própria de caixa
da ordem de US$ 86,7 bilhões no período (líquido de pagamento de dividendos), recursos
suficientes para financiar praticamente a totalidade de seu Plano de Investimentos. As
captações no mercado financeiro serão de US$ 12,6 bilhões e a amortização das dívidas
de US$ 12,2 bilhões.
Financiabilidade do plano de investimentos (US$ bilhões)
Fontes e Usos
Fontes
Usos
Recursos de terceiros
12,6
-
Geração de caixa líquida de dividendos
86,7
-
Amortização de dívidas
-
12,2
Investimentos
-
87,1
A Petrobras continuará com sua política de alongamento do prazo da dívida e redução da
alavancagem financeira de forma que apesar do aumento dos investimentos, o índice de
alavancagem financeira média será inferior ao do plano anterior.
Indicadores de retorno e alavancagem financeira
Média
PN
2006-10
Média
PN
2007-11
Retorno sobre o Capital Empregado (ROCE) (%)
15
16
Alavancagem Financeira (%)
28
25
Indicadores Financeiros
A revisão do plano incorpora, de forma realista, os aumentos do preço do petróleo no
mercado internacional. Este aumento gerou reflexos em toda a cadeia produtiva,
principalmente no que concerne aos custos de serviços, manutenção, equipamentos e
operações especializadas do setor petrolífero, com impactos nos custos de extração e de
refino de todas as empresas do setor. O aquecimento da economia mundial também teve
reflexo direto em diversos segmentos industriais que compõem a cadeia de fornecedores
de insumos e materiais básicos para a indústria.
As premissas quantitativas relacionadas às tendências do mercado e de preços e
margens do petróleo e derivados, a nível internacional, foram reavaliadas tendo em vista
o elevado patamar de preço do petróleo atingido a partir de 2004.
Premissas macroeconômicas
2007-2011
Indicadores
PIB – Mundo
(% ao ano) – PPP
4,3
PIB – América Latina
(% ao ano) – PPP
3,7
PIB - Brasil
(% ao ano)
4,0
Taxa de Câmbio
(R$/US$)
2,50
Brent de Robustez (US$/bbl)
23,00
Brent para financiabilidade (US$/bbl)
Preços de derivados
62,00 (2006), 55,00 (2007), 40,00
(2008), 35,00 (2009+)
Parametrizados pelos preços do
mercado internacional, sem
alteração nos preços relativos
A partir deste Plano a Petrobras passa a divulgar metas de emissões de gases de efeito
estufa, em linha com a sua estratégia de crescimento sustentável.
Com relação aos biocombustísveis, a companhia visa expandir a participação neste
mercado, liderando a produção nacional de biodiesel e ampliando a participação no
negócio de etanol. Em linha com esta estratégia, o H-BIO, tecnologia recentemente
desenvolvida pela companhia, representa uma alavanca para o crescimento deste
mercado.
Metas Corporativas de Segurança, Meio-Ambente e Saúde
Perspectiva de Processos Internos
Meta 2011
Volume máximo tolerável de Vazamento (m3)
601
Taxa de Freqüência de Acidentados com Afastamento (TFCA
Composto) (Nº Acidentados / Milhão HHER)
0,50
Total de Emissões Evitadas de Gases de Efeito Estufa
(Milhões de Toneladas de CO2 Equivalente)
3,93
Disponibilização de Biodiesel (Mil m3/ano)
855
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