Aluno (a) - ______________________________________________Ano /Série: 3ª ___ Professora – JANETE Data :___/08/2015 3º Bimestre SIMULADO DE INTERPRETAÇÃO DE TEXTO E REDAÇÃO Leia o texto abaixo para responder às questões de 1 a 5. Crescimento do Brasil leva estrangeiros a aprenderem português O crescimento da economia brasileira e a maior presença de multinacionais no país aumentaram o interesse de estrangeiros em aprender a língua portuguesa. Enquanto europeus e americanos enfrentam altas taxas de desemprego e risco de recessão, o Brasil se tornou o país da moda no exterior – e a língua portuguesa esta cada vez mais pop. Na última década, o número de inscritos no Celpe-Bras, exame de proficiência e português reconhecido pelo Ministério da Educação, saltou de 1.155 para 6.139.”A importância [do português] está crescendo, uma vez que o Brasil tem se destacado internacionalmente por sua economia considerada estável e suas relações internacionais. O valor de uma língua está extremamente associado ao mercado”, afirma Matilde Scaramucci, diretora do Instituto de Estudos da Linguagem da Unicamp. Aplicado em 48 países, o Celpe-Bras pode ser usado, por exemplo, por um executivo que queira comprovar a proficiência no idioma para atuar em multinacionais do Brasil ou por um estrangeiro interessado em estudar numa universidade brasileira. […] 1 – Segundo o texto, as causas de valorização da língua portuguesa são, EXCETO: a) A economia brasileira tem se mantido estável. b) O risco de recessão no Brasil ainda não causou aumento nas taxas de desemprego. c) O Brasil tem se destacado no cenário internacional. d) O Brasil tem sido considerado um país promissor por empresas estrangeiras. 2 – A partir da leitura do texto, é INCORRETO afirmar que a) a procura pelo Celpe-Bras aumentou em mais de 500% nos últimos dez anos. b) há uma relação de proporcionalidade entre mercado e valor do idioma. c) é sempre necessário comprovar a proficiência em um idioma quando se quer estudar em um país estrangeiro. d) atualmente o Celpe-Bras é aplicado em 48 países. 3 – A palavra “pop”, presente tanto no título quanto no corpo do texto, a) é um verbete da língua inglesa e deveria estar entre aspas. b) é um verbete de origem inglesa já incorporado ao léxico da língua portuguesa. c) deveria ser evitada como forma de valorização do idioma. d) é usada com valor depreciativo devido à massificação do idioma. 4 – O verbo ―aumentar‖, no primeiro parágrafo, está no plural porque concorda com: a) “crescimento” e “presença”. b) “multinacionais”. c) “estrangeiros”. d) “língua portuguesa”. 5 – No segundo parágrafo, a palavra “enquanto” estabelece relação de: a) causa. b) consequência. c) simultaneidade. d) conclusão. REDAÇÃO Leia os textos abaixo. Elabore um texto dissertativo pertinente à temática por eles abordada. Seu texto deve apresentar argumentação que considere a relevância do futebol para a cultura brasileira. Texto A: Abertura dos Portões Que espetáculo é esse, capaz de atrair a atenção de 1 bilhão de pessoas por noventa minutos? Que mistério é esse, capaz de fazer 1/6 da população mundial parar para acompanhar 25 homens correndo em direções desconexas sobre um palco verde com linhas brancas? Por que apenas um desses homens, com uma esfera nos pés, é capaz de hipnotizar a multidão e, a seguir, surpreendê-la? Por que algo tão simples como chutar uma bola modifica vidas, produz riqueza, paralisa países? [...] (POLI, Gustavo; CARMONA, Lédio. Almanaque do futebol. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2006.) Texto B: Letras louvando Pelé Pelé, pelota, peleja. Bola, bolão, balaço. Pelé sai dando balõezinhos. Vai, vira, voa, vara, quem viu, quem previu? GGGGoooollll. Menino com três corações batendo nele, mina de ouro mineira. Garoto pobre sem saber que era tão rico. Riqueza de todos, a todos doada, na ponta do pé, na junta do joelho, na porta do peito. E dança. Bailado de ar, bola beijada, beleza. A boa bola bólide, Brasil-brincando. A trave não trava, trevo de quatro, de quantas pétalas, em quantas provas, que não se contam? Mil e muitas. Mundo. O gol de letra, de lustre, de louro. O gol de placa, implacável. O gol sem fim, nascendo natural, do nada, do nunca; se fazendo fácil na trama difícil, flóreo. Feliz. Fábula. Na árvore de gols Pelé colhe mais um, romã rótula. No prato de gols papa mais um, receita rara. E não perde a fome? E não periga a força? E não pesa a fama? Ama. Ama a bola, que o ama, de mordente amor. Os dois combinam, mimam-se, ameigam-se, amigam-se. “Vem comigo”, e entram juntos na meta. Quem levou quem? Onde um termina e a outra começa, mistura fina? Saci-pererê, saci-pelelê, só Pelé, Pelé, na pelada infantil. Assim se forma um nome, curto, forte, aberto. Saci com duas pernas pulando por quatro. Nunca vi. Nem eu. Mas vi. Saci corta o ar em fatias diáfanas. Corta os atacantes, os defensores, saci-bola, tatu-bola, roaz, reto, resplandece. A arte que se tira do corpo, as belas-artes do movimento, do ritmo. Músculos, nervos, tecidos, domados, acionados. Reflexos em flor, florindo sempre. Escultura que a todo instante se modela e desfaz e refaz, diferente, fluida. Pelé, escultor de si mesmo. A esmo. Errante. Constante. Presente. Presciente. Próvido. O sonho de todas as crianças a envolvê-lo. O sonho a continuar nos adultos, novelo, desvelo. Não é do Santos, é de todos os santos e pecadores. Sua foto leal, seu jeito legal. Um que sabe e não é prosa: a maior proeza.[...] (ANDRADE, Carlos Drummond de. Quando é dia de futebol. Rio de Janeiro: Record, 2002.) Texto C: Carta para Tito Futebol também é cultura. Hoje, para júbilo e gáudio dos amantes das letras clássicas, publicarei uma carta do imperador Vespasiano a seu filho Tito. Vamos a ela: 22 de junho de 79 d.C. Tito, meu filho, Estou morrendo. Logo eu serei pó e tu, imperador. Espero que os deuses te ajudem nesta árdua tarefa, afastando as tempestades e os inimigos, acalmando os vulcões e os jornalistas. De minha parte, só o que posso fazer é dar-te um conselho: não pare a construção do Colosseum. Em menos de um ano ele ficará pronto, dando-te muitas alegrias e infinita memória. Alguns senadores o criticam, dizendo que deveríamos investir em esgotos e escolas. Não dê ouvidos a esses poucos. Pensa: onde o povo prefere pousar seu clunis: numa privada, num banco de escola ou num estádio? Num estádio, é claro. “Será uma imensa propaganda para ti. Ele ficará no coração de Roma por omni a saecula saeculorum, e sempre que o olharem dirão: “Estás vendo este colosso”? Foi Vespasiano quem o começou e Tito quem o inaugurou.” Outra vantagem do Colosseum: ao erguê-lo, teremos repassado dinheiro público aos nossos amigos construtores, que tanto nos ajudam nos momentos de precisão. “Moralistas e loucos dirão que mais certo seria reformar as velhas arenas”. Mas todos sabem que é melhor usar roupas novas que remendadas. Vel caeco appareat (Até um cego vê isso). “Portanto deves construir esse estádio em Roma, assim como a gente de Brasília construirá monumentais estádios em Natal, Cuiabá e Manaus, mesmo que nem haja ludopédio por esses lugares. [...] “Enfim, meu filho, desejo-te sorte e deixo-te uma frase: Ad captandum vulgus, panem et circenses (Para seduzir o povo, pão e circo).“Esperarei por ti ao lado de Júpiter.” [...](TORERO, José Roberto. Carta para Tito. Folha de São Paulo, 22 de outubro de 2011.)