Fórum das ONGs AIDS do Estado de São Paulo Reunião Ordinária Aos dezoito dias do mês de março de dois mil e onze no Hotel São Paulo Inn, Largo Santa Efigênia, 44 – São Bento, as nove e trinta horas do período matutino, foi realizada a Reunião Ordinária do Fórum das ONGs AIDS do Estado de São Paulo. A reunião foi presidida por Rodrigo Pinheiro, Presidente do Fórum, tendo como pauta manhã: 1) Sustentabilidade das ONGs; 2) Cancelamento de benefícios de aposentadoria; 3) Desabastecimento de anti-retroviriais; 4) Manifestação 7 de abril; 5) Novos métodos de prevenção e, Informes: a) Colóquio Aids e Desafios da Metrópole; b) Crack e HIV (GAPAC); c) Recadastramento de ONGs Filiadas; d) Sonho Nosso; e) Secretaria Direitos Humanos; f) Aniversario Centro de Referencia da Diversidade. pauta tarde 1) Grade de Medicamentos; 2) Boletim epidemiológico; 3) Plano enfrentamento HSH. 1) Sustentabilidade das ONGs: Betinho (FOAESP) mencionou a preocupação do FOAESP frente ao fechamento de ONGs filiadas por questões administrativas e financeiras. Os representantes das ONGs citaram como dificuldades: a falta de recursos para continuidade de projetos de geração de renda; pouca participação de usuários nas atividades; perda de trabalhadores/militantes para mercado de trabalho, universidade e governo; pessoas capacitadas para gestão dos projetos; perda doações (alimentos) com a lei de mudança de CNPJ (Emilio GAAVE); dividas e ações trabalhistas (Eliane APV). Questionamentos foram feitos quanto a dependência do governo e o interesse dos usuários apenas por benefícios (Albert RNP SOL); responsabilidade das ONGs em relação ao Estado, preocupação com a captação de recursos e formação de militantes (Humberto/Rosaine CEFRAN). Betinho relatou algumas ações (formações) do FOAESP em anos anteriores para contribuir com a superação de tal situação pelas ONGs, porem percebe que as mesmas não surtiram efeito. Ainda, mencionou a ação de politização de usuários pelas ONGs porem a contrariedade quanto a viabilização de espaços para participação dos mesmos; falta assistidos para atividades dos projetos financiados e pessoas para assumir diretoria. Algumas ONGs relataram ações para contribuição da sustentabilidade: Recursos Humanos parcerias com universidades (Cintia HIVIDA) e marketing (Alexandre RNP Atibaia) Encaminhamento: capacitação de lideranças (presente em planejamento do FOAESP 2011). Desenvolver curso de emersão de alguns dias sobre formas de sustentabilidade. 2. INSS: Claudio relatou que RNP Catanduva enviou e-mail de pessoas que estão sendo desligadas da aposentadoria; pessoas recorrem à justiça, mas não ganham processo. Como sugestão solicitou que as pessoas se subsidiem com o maior numero de documentos para açoes coletivas. Encaminhamento: Levantar casos para compor processo junto ao Ministério da Previdência e Frente Parlamentar para buscar garantia de reabilitação da normativa do INSS. FOAESP enviar e-mail para as ONGs sobre tal demanda e deliberação. 3) Desabastecimento de anti-retrovirais: Informado fracionamento/falta a nível nacional do medicamento Atazanavir e, nota técnica lançada pelo Ministério da Saúde sobre proposta de mudança de medicamentos e ou genotipagem. MOPAIDS fez denúncia na agencia AIDS. Encaminhamento: Entrar com processo junto ao Ministério Publica, pois não está se cumprindo uma lei federal. FOAESP confeccionar documento e solicitar assinatura dos demais Fóruns Estaduais e demais coletivos que representam o Movimento de AIDS. Solicitar aos usuários em tal situação a confecção de carta do próprio punho. Anexar carta assinada pela Presidenta Dilma junto ao Movimento de luta contra a AIDS. Solicitar informações sobre o processo de requisição e compra dos medicamentos para identificar setores responsáveis. 4) Novos métodos de prevenção: Alexandre (RNP Atibaia) mencionou preocupação sobre os métodos de prevenção, como a ação de distribuição de preservativos e palestras, os quais não estão surtindo efeito e, a necessidade de se pensar novos métodos. Relatou casos em que se evidencia descaso com a contaminação. Amina relatou trabalho de prevenção da ONG mediante ações ação lúdica com bastante resultado. Rodrigo mencionou o método de profilaxia pós exposição com uma ação propositiva. Encaminhamento: Levar tal tema para discussão para EEONG. 5) Ato Político 7 de abril: Rodrigo informou que dialogará com sindicatos e proporá a composição do Ato junto com o movimento de luta contra a AIDS, visto que pretendem realizar um ato noutro espaço. o Ato do Movimento acontecerá as 11h30min em frente a Secretaria Estadual de Saúde. Informe a) Colóquio Aids e desafios na Metrópole: Américo informou que o evento será realizado no dia 06 e 07 de abril no Hotel São Paulo INN com realização do MOPAIDS. Pretende-se aproximar novos atores e segmentos às discussões do movimento. O evento se desenvolverá em GTs sobre os temas: sexualidade, controle social, direitos humanos, empregabilidade, ONG direcionamento político e técnico. b) Crack e HIV: Rosangela (GAPAC) relatou a demanda de crack entre adolescentes na região do interior, e conseqüentemente, a vulnerabilidade de tais adolescentes no contagio com HIV, prevenção DST/HIV e adesão ao tratamento. Betinho mencionou que por vezes não tem profissionais especializadas nos serviços públicos. Dejenoel (RNP Sampa) relatou demanda de alcoolismo de usuários em tratamento no SAE Campos Eliseos, falta de vaga nos CAPS Encaminhamento: Levar tal tema para discussão no EEONG. Solicitar informações do Programa Estadual sobre tal demanda. c) Recadastramento das ONGs: Betinho relembrou o período de finalização de recebimento de documentação de ONGs: março e, ultimo prazo para pagamento com abono de 2 mensalidades. Informou que o relatório de atividades poderá ser enviado em julho. Rodrigo enfatizou a importância da ficha de recadastramento. d) ONG Sonho Nosso: Jô enfatizou dificuldade de Castilho e de todos os municípios do interior em relação ao crack e o diagnostico tardio. Trouxe para apreciação do Fórum a dificuldade encontrada junto ao Programa DST/AIDS com projeto aprovado porem com ressalvas de redução de 60% dos recursos. Tal edital oriundo do Distrito Federal não tinha teto de financiamento. Os representantes de ONGs e a própria Jô trouxeram questionamentos quanto ao edital e proposta de assinatura. Encaminhamento: Enviar documentação ao FOAESP para diálogo junto ao Programa Estadual DST/AIDS. e) Secretaria de Direitos Humanos: Eliane (APV) informou que as empresas aéreas não estão emitindo recibo de embarque de passagem aérea. Em contato com Departamento foi informada sobre regras novas. Encaminhamento: Solicitar consulta publica como observação à nova reestruturação das redes de aviação. f) Centro de Referencia da Diversidade: Abel (Pela Vidda) convidou os presentes a participarem do aniversário de 3 anos da construção do CRD, as 19h30min na sede do Serviço. Pauta da tarde Participação de representantes do Programa Estadual e Municipal DST/AIDS 1) Grade de Medicamentos: Nilva (gerencia de apoio técnico do PE) informou que de 33 medicamentos em distribuição pelo PE, 3 estão com estoque critico: Atazanavir, saquinar e Lopinavir Baby dose. Relatou nota técnica emitida pelo Ministério da Saúde sobre o fracionamento e ou substituição do medicamento Atazanavir 300mg. Informou que o Atazanavir é um dos inibidores de protease (terapia inicial) junto ao Retronavir. A opção do Programa Nacional foi primeiro de substituir o Atazanavir 300mg por Atazanavir 200mg menos eficaz ou a troca por kaletra. Se o paciente estivesse na terapia de resgate 2ª ou 3ª a troca se daria por genotipagem. Rosaine (CEFRAN) citou a falta de medicamento no Hospital Emilio Ribas e Heliopolis. Rodrigo questionou a recorrente situação de falta e fracionamento de medicamentos na rede de saúde. Maria Clara (gestora do PE) informou que na próxima semana o medicamento estará a disposição para distribuição na rede de serviços e deu o prazo de 15 dias para normalização. 2) Boletim Epidemiológico: Maria Clara informou que até 2005 o Ministério publico utilizava o SINAN para controle de dados epidemiológicos. Posteriormente passou a utilizar o SINCON e SINCEU (banco carga viral) e SIM (sistema de mortalidade). Apresentou dados do Boletim quanto ao número de casos; o cruzamento de dados do SINAN e SEADE e, nuance de variação frente a anos anteriores quanto a faixa etária. 3) Plano de enfrentamento HSH (gays, HSH e travestis) 2009 a 2012: Marcia (PE ) apresentou a proposta do Plano de enfrentamento HSH. Enfatizou prioridades: prevenção, qualidade assistência e melhorar a promoção de vida e os objetivos. Enfatizou ações em desenvolvimento: Ambulatório Transexual/Travesti. Encaminhamento: Criar Grupo de Trabalho para acompanhar monitoramento das ações. Ao final, Rodrigo agradeceu a presença de todos. Nada mais tendo a relatar, eu José Humberto Soares encerro a presente Ata.