Instituto Federal de São Paulo Campus Cubatão Metodologia de

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Instituto Federal de São Paulo
Campus Cubatão
Metodologia de Pesquisa
Ciência versos ideologia
Prof.Admilson Toscano
Aluna - Claudia Ferreira de Santana
TUR171 - Gestão em Turismo
Cubatão
2012
ÍNDICE
1 Introdução
2 metodologia( desenvolvimento)
9 Resultado
10 Conclusão e / ou discussão
11 Referências bibliográficas
Introdução
Vamos falar sobre ciência e ideologia as diferenças muitos confundi que
ciência é ideologia. Quem diz é a mesma coisa não sabe o que diz vão ser
abordados sobre o assunto
Ciência e Ideologia
Quem proclama que ciência é ideologia só prova, com isso, que é um ideólogo
e não um homem de ciência, pois a identidade de ciência e ideologia só vale
como preceito ideológico e não como regra do método científico. Essa
proclamação não expressa uma identidade real, mas um desejo: ciência e
ideologia não são a mesma coisa, mas o ideólogo desejaria que fossem, para
que nenhuma prova científica pudesse valer contra as pretensões de sua
ideologia.
Que duas coisas costumem aparecer juntas não quer dizer que sejam a
mesma coisa. A mistura usual da ciência com elementos ideológicos não
apenas não constitui prova de que ciência seja ideologia, mas, bem ao
contrário, a possibilidade mesma de assinalar aí a presença desses elementos
repousa na distinção entre eles e a ciência genuína. Dito de outro modo: se
ciência fosse ideologia, seria impossível provar que há elementos ideológicos
numa teoria científica qualquer. A identidade de ciência e ideologia é, pois, um
desses casos de escabrosidade intelectual em que o conteúdo do enunciado é
desmentido pelo fato mesmo de que seja possível alguém enunciá-lo, como,
por exemplo, quando um sujeito diz que aquilo que está dizendo é indizível. O
indivíduo que é adestrado para repetir frases desse tipo sem atentar para a
incongruência da situação se torna progressivamente um alienado verboso e
sem consciência de si.
Nas ciências sociais, filosofia e áreas afins, o termo ideologia é empregado
com muita frequência. Em uma de suas canções, o músico e letrista brasileiro
Cazuza fez uma crítica sagaz à ausência de uma ideologia para seguir nos
tempos
atuais.
O verso de Cazuza - "Ideologia. Eu quero uma pra viver" pode ser nosso ponto
de partida para perguntar: mas afinal, qual é o significado desse termo e como
ele
surgiu?
O conceito ideologia foi criado pelo francês Antoine Louis Claude Destutt de
Tracy (1754-1836). Este filósofo o empregou pela primeira vez em seu livro
"Elementos de Ideologia", de 1801. Para designar o "estudo científico das
ideias".
Destutt de Tracy usou alguns métodos e teorias das ciências naturais (física e
biologia basicamente) para compreender a origem e a formação das ideias
(razão, vontade, percepção, moral, entre outras) a partir da observação do
indivíduo em interação com o meio ambiente.
Novos significados de ideologia
Nas décadas seguintes à publicação do livro de Destutt de Tracy, o termo
ideologia foi utilizado com outros significados. Ele também reaparece de
maneira recorrente nos estudos dos filósofos e pensadores que fundaram a
sociologia.
O francês Auguste Comte, criador da doutrina positivista, compartilha da
definição de Destutt de Tracy: a ideologia é uma atividade filosófico-científica
que estuda a formação das ideias a partir da observação do homem no seu
meio
ambiente.
Por outro lado, o sociólogo francês Émile Durkheim usa o termo de maneira
distinta. Para Durkheim, os fatos sociais são considerados objetos únicos de
estudo da sociologia. Na perspectiva durkheimiana, as ideias e valores
individuais (ou seja, a ideologia) são irrelevantes porque os fatos sociais são
manifestações externas, isto é, estão fora e acima das mentes de cada sujeito
que
integra
a
sociedade.
Portanto, para Durkheim, a ideologia é negativa porque nasce de uma noção
"pré-científica" e, por isso mesmo, imprópria para o estudo objetivo da
realidade social.
A ideologia segundo Marx
A referência ao pensador e filósofo alemão Karl Marx, é muito importante para
qualquer estudo sobre os significados do termo ideologia. O estudo mais
relevante de Marx sobre o tema é o texto chamado de "A Ideologia Alemã".
Para Marx, a produção das ideias não pode ser analisada separadamente das
condições
sociais
e
históricas
nas
quais
elas
surgem.
Em "A Ideologia Alemã", o fundador do marxismo dirige inúmeras críticas a
vários filósofos e ideólogos alemães justamente para demonstrar que o
pensamento, as ideias e as doutrinas produzidas por eles não são neutras.
Muito pelo contrário, elas estão impregnadas de noções, isto é, de ideologias
provenientes das condições sociais particulares da Alemanha daquele período.
Marx também distingue tipos de ideologias que são produzidas: política,
jurídica, econômica e filosófica. Com base nos pressupostos teóricos do
materialismo histórico, o pensador alemão demonstra que a ideologia é
determinada pelas relações de dominação entre as classes sociais.
Ao se referir à ideologia burguesa, Marx entende que as ideias e
representações sociais predominantes numa sociedade capitalista são
produtos da dominação de uma classe social (a burguesia) sobre a classe
social
dominada
(o
proletariado).
A existência da propriedade privada e as diferenças entre proprietários e não
proprietários aparecem, por exemplo, nas representações sociais dos
indivíduos como algo que sempre existiu e que faz parte da "ordem natural"
das coisas. Essas representações sociais, porém, servem aos interesses da
burguesia, classe social que controla os meios de produção numa sociedade
capitalista.
Função social da ideologia
Na perspectiva marxista, a ideologia é um conceito que denota "falsa
consciência": uma crença mistificante que é socialmente determinada e que se
presta a estabilizar a ordem social vigente em benefício das classes
dominantes. Quando a ideologia da classe dominante sofre sérios abalos,
devido ao surgimento de conflitos sociais (contradições sociais), há riscos de
ocorrer uma ruptura da ordem social vigente por um movimento revolucionário.
Uso corrente do termo "ideologia"
Nas pesquisas sociológicas empíricas (ou seja, de caráter não teórico), é
bastante comum o emprego do termo ideologia. Porém, ele é utilizado como
recurso
metodológico.
O objetivo é somente descrever o conjunto de ideias, valores ou crenças que
orientam a percepção e o comportamento dos indivíduos sobre diversos
assuntos ou aspectos sociais, como, por exemplo, as opiniões e as
preferências que os indivíduos têm sobre o sistema político vigente, a ordem
pública, o governo, as leis, as condições econômicas e sociais, entre outros.
Ideologia e alienação
Podemos falar em três grandes formas de alienação existentes nas sociedades
modernas ou capitalistas:
A alienação social, na qual os humanos não se reconhecem como produtores
das instituições sociopolíticas e oscilam entre duas atitudes: ou aceitam
passivamente tudo o que existe, por ser tido como natural divino ou racional, ou
se rebelam individualmente, julgando que, por sua própria vontade e
inteligência, podem mais do que a realidade que os condiciona.
A alienação econômica, na qual os produtores não se reconhecem como
produtores, nem se reconhecem nos objetos produzidos por seu trabalho. Em
nossas sociedades modernas, a alienação econômica é dupla:
Em primeiro lugar, os trabalhadores, como classe social, vendem sua força de
trabalho aos proprietários do capital (donos das terras, das indústrias, do
comércio, dos bancos, das escolas, dos hospitais, das frotas de automóveis, de
ônibus ou de aviões, etc.). (Vendendo sua força de trabalho no mercado da
compra e venda de trabalho), os trabalhadores são mercadorias e, como toda
mercadoria, recebem um preço, isto é, o salário. Entretanto, os trabalhadores
não percebem que foram reduzidos à condição de coisas que produzem
coisas; não percebem que foram desumanizados e coisificados.
Em segundo lugar, os trabalhos produzem alimentos (pelo cultivo da terra e
dos animais), objetos de consumo (pela indústria), instrumentos para a
produção de outros trabalhos (máquinas), condições para a realização de
outros trabalhos (transporte de matérias-primas, de produtos e de
trabalhadores). A mercadoria-trabalhador produz mercadorias. Estas, ao
deixarem às fazendas, as usinas, as fábricas, os escritórios e entrarem nas
lojas, nas feiras, nos supermercados, nos shoppings centers parecem ali estar
porque lá foram colocadas (não pensamos no trabalho humano que nelas está
cristalizado e não pensamos no trabalho humano realizado para que
chegassem até nós) e, como o trabalhador, elas também recebem um preço.
A alienação intelectual, resultante da separação social entre trabalho material
(que produz mercadorias) e trabalho intelectual (que produz ideias). A divisão
social entre as duas modalidades de trabalho leva a crer que o trabalho
material é uma tarefa que não exige conhecimentos, mas apenas habilidades
manuais, enquanto o trabalho intelectual é responsável exclusivo pelos
conhecimentos. Vivendo numa sociedade alienada, os intelectuais também se
alienam. Sua alienação é tripla:
Primeiro, esquecem ou ignoram que suas ideias estão ligadas às opiniões e
pontos de vista da classe a que pertencem, isto é, a classe dominante, e
imaginam, ao contrário, que são ideias universais, válidas para todos, em todos
os tempos e lugares.
Segundo, esquecem ou ignoram que as ideias são produzidas por eles para
explicar a realidade e passam a crer que elas se encontram gravadas na
própria realidade e que eles apenas as descobrem e descrevem sob a forma
de teorias gerais.
Terceiro, esquecendo ou ignorando a origem social das ideias e seu próprio
trabalho para criá-las, acreditam que as ideias existem em si e por si mesmas,
criam a realidade e a controlam, dirigem e dominam. Pouco a pouco, passam a
acreditar que as ideias se produzem umas as outras, são causas e efeitos
umas das outras e que somos apenas receptáculos delas ou instrumentos
delas. As ideias se tornam separadas de seus autores, externas a eles,
transcendentes a eles: tornam-se outro.
As três grandes formas da alienação (social, econômica e intelectual) são a
causa do surgimento, da implantação e do fortalecimento da ideologia.
A ideologia:
A alienação social se exprime numa “teoria” do conhecimento espontânea,
formando o senso comum da sociedade. Por seu intermédio, são imaginadas
explicações e justificativas para a realidade tal como é diretamente percebida e
vivida.
Um exemplo desse senso comum aparece no caso da “explicação da pobreza,
em que o pobre é pobre por sua própria culpa (preguiça, ignorância) ou por
vontade divina ou por inferioridade natural”. Esse senso comum social, na
verdade, é o resultado de uma elaboração intelectual sobre a realidade, feita
pelos pensadores ou intelectuais da sociedade – sacerdotes, filósofos.
Cientistas, professores, escritores, jornalistas, artistas -, que descrevem e
explicam o mundo a partir do ponto de vista da classe a que pertencem e que é
a classe dominante de sua sociedade. Essa elaboração intelectual incorporada
pelo senso comum social é a ideologia. Por meio dela, o ponto de vista, as
opiniões e as ideias de uma das classes sociais – a dominante e dirigente –
tornam-se o ponto de vista e a opinião de todas as classes e de toda a
sociedade.
, a ideologia afirma que somos todos cidadãos e, portanto, temos todos os
mesmos direitos sociais, econômicos, políticos e culturais. No entanto,
sabemos que isso não acontece de fato: as crianças de rua não têm direitos; os
idosos não têm direitos; os direitos culturais das crianças nas escolas públicas
é inferior aos das crianças que estão em escolas particulares, pois o ensino
não é de mesma qualidade em ambas; os negros e índios são discriminados
como inferiores; os homossexuais são perseguidos como pervertidos, etc.
A maioria, porém, acredita que o fato de ser eleitor, pagar as dívidas e
contribuir com os impostos já nos faz cidadãos, sem considerar as condições
concretas que fazem alguns serem mais cidadãos do que outros. A função da
ideologia é impedir-nos de pensar nessas coisas.
Os procedimentos da ideologia:
Como procede a ideologia para obter esse fantástico resultado? Em primeiro
lugar, opera por inversão, isto é, coloca os efeitos no lugar das causas e
transforma estas últimas em efeitos. Ela opera como o inconsciente: este
fabrica imagens e sintomas; aquela fabrica ideias e falsas causalidades.
Por exemplo, o senso comum social afirma que a mulher é um ser frágil,
sensitivo, intuitivo, feito para as doçuras do lar e da maternidade e que, por
isso, foi destinada, por natureza, para a vida doméstica, o cuidado do marido e
da família. Assim o “ser feminino” é colocado como causa da “função social
feminina”.
Ora, historicamente, o que ocorreu foi exatamente o contrário: na divisão
sexual-social do trabalho e na divisão dos poderes no interior da família,
atribuiu-se à mulher um lugar levando-se em conta o lugar masculino: como
este era o lugar do domínio, da autoridade e do poder, deu-se à mulher o lugar
subordinado e auxiliar, a função complementar e, visto que o número de braços
para o trabalho e para a guerra aumentava o poderio do chefe da família e
chefe militar, a função reprodutora da mulher tornou-se imprescindível,
trazendo como consequência sua designação prioritária para a maternidade.
Estabelecidas essas condições sociais, era preciso persuadir as mulheres de
que seu lugar e sua função não provinham do modo de organização social,
mas da Natureza, e eram excelentes e desejáveis. Para isso, montou-se a
ideologia do “ser feminino” e da “função feminina” como naturais e não como
históricos e sociais. Como se observa, uma vez implantada uma ideologia,
passamos a tomar os efeitos pelas causas.
A segunda maneira de operar da ideologia é a produção do imaginário social,
através da imaginação reprodutora. Recolhendo as imagens diretas e
imediatas da experiência social (isto é, do modo como vivemos as relações
sociais), a ideologia as reproduz, mas transformando-as num conjunto
coerente, lógico e sistemático de ideias que funcionam em dois registros: como
representações da realidade (sistema explicativo ou teórico) e como normas e
regras de conduta e comportamento (sistema prescritivo de normas e valores).
Enfim, uma terceira maneira de operação da ideologia é o silêncio. Um
imaginário social se parece com uma frase onde nem tudo é dito, nem pode ser
dito, porque, se tudo fosse dito, a frase perderia a coerência, tornar-se-ia
incoerente e contraditória e ninguém acreditaria nela. A coerência e a unidade
do imaginário social ou ideologia vêm, portanto, do que é silenciado (e, sob
esse aspecto, a ideologia opera exatamente como o inconsciente descrito pela
psicanálise).
Ideologia e inconsciente:
Dissemos que a ideologia se assemelha ao inconsciente freudiano. Há, pelo
menos, três semelhanças principais entre eles:
1. O fato de que adotamos crenças, opiniões, ideias sem saber de onde
vieram, sem pensar em suas causas e motivos, sem avaliar se são ou não
coerentes e verdadeiras;
2. Ideologia e inconsciente operam através do imaginário (as representações e
regras saídas da experiência imediata) e do silêncio, realizando-se
indiretamente perante a consciência. Falamos, agimos, pensamos, temos
comportamentos e práticas que nos parecem perfeitamente naturais e racionais
porque a sociedade os repete, os aceita, os incute em nós pela família, pela
escola, pelos livros, pelos meios de comunicação, pelas relações de trabalho,
pelas práticas políticas. Um véu de imagens estabelecidas interpõe-se entre
nossa consciência e a realidade;
3. Inconsciente e ideologia não são deliberações voluntárias. O inconsciente
precisa de imagens, substitutos, sonhos, lapsos, atos falhos, sintomas,
sublimação para manifestar-se e, ao mesmo tempo, esconder-se da
consciência. A ideologia precisa das ideias-imagens, da inversão de causas e
efeitos, do silêncio para manifestar os interesses da classe dominante e
escondê-los como interesse de uma única classe social. A ideologia não é o
resultado de uma vontade deliberada de uma classe social para enganar a
sociedade, mas é o efeito necessário da existência social da exploração e
dominação, é a interpretação imaginária da sociedade do ponto de vista de
uma única classe social.
Resultado
Se ciência fosse ideologia seria impossível provar que há elementos
ideológicos uma teoria cientifica qualquer.
Conclusão
Ciência e Ideologia há diferença muitos ainda apertam a mesma tecla com
suas conclusões ou às vezes as pessoas se confundem.
Referências Bibliográficas
Disponível em:<http://
Site: www.olavodecarvalho.org/semana/cideologia.htm
Site: educação. uol.com. BR/.../ideologia-termo-tem-varios-significados-em-...
Site: leandrvs. wordpress.com/fique-por-dentro/ideologia-x-alienaçao/
Acesso em: 29 janeiro. 2012.
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