SOP 001/98 CONJUNTO ESSENCIAL DE INFORMAÇÕES DO PRONTUÁRIO PARA INTEGRAÇÃO DA INFORMAÇÃO EM SAÚDE Documento PRC: PRC-1999-11-12 Versão final 1.0 Recomendação final do Comitê 1 Histórico Em março de 1999 o comitê técnico do PRC emitiu a solicitação de proposta sobre o conjunto essencial de dados: documento SOP001.zip. Ao mesmo tempo foi disponibilizado um documento com um exemplo de resposta: documento HC_V11.ZIP Em agosto 1999 foram recebidas três respostas a SOP001: Submissão inicial : RJ_V11.zip - submissão inicial de versão 1.1 Claudia Travassos, Monica Martins, Carla Gouvêa, Frederico Caixeiro; PA_V12a.zip - Versão 1.2 da proposta encaminhada por: Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Pronto Socorro Municipal, Hospital Moinhos de Vento, PROCEMPA, INFOSAUDE, Hospital Mãe de Deus; HC_ V11.zip- Versão 1.1 da proposta encaminhada pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP – HC-FMUSP; Em outubro de 1999 as propostas do HC-FMUSP e Porto Alegre foram unificadas após a segunda reunião presencial no documento: Unif_V13.zip Versão 1.3 da proposta unificada encaminhada por: Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP – HCFMUSP, Hospital de Clínicas de Porto Alegre - HCPA / UFRGS, Procempa - Companhia de Processamento de Dados do Município de Porto Alegre, Hospital Pronto Socorro de Porto Alegre, Hospital Moinhos de Vento, INFOSAÚDE, Hospital Mãe de Deus. Finalmente, na reunião do comitê técnico em outubro de 1999 buscou-se unificar as duas respostas numa recomendação final. O presente documento reflete este trabalho e identifica pontos de discussão que deverão ser discutidos em próximas SOPs. 2 Sumário 1. Introdução.................................................................................... 4 1.1 Proponentes ................................................................................ 4 1.2 Convenções................................................................................. 4 1.3 Glossário ..................................................................................... 4 1.4 Abrangência/ Validação/Justificativas.......................................... 5 2 Descrição da proposta ................................................................... 5 2.1 Introdução ................................................................................... 5 2.2 O Conjunto Essencial de Dados ................................................. 7 2.2.1 Dados Administrativos Demográficos ..................................... 7 2.2.2 Dados Administrativos do Prestador da Assistência e da Fonte Pagadora ...................................................................... 11 2.2.3 Dados Clínicos Relevantes ..................................................... 12 2.2.3.1 Alergias e ou Reações Adversas .......................................... 12 2.2.3.2 Dados Clínicos Relevantes / Doenças Crônicas Pré-existentes ......................................................... 12 2.2.4 Dados do evento ou atendimento realizado ............................. 13 2.2.4.1 Dados do evento / óbito ........................................................ 15 2.2.4.2 Dados do evento / Diagnósticos............................................ 15 2.2.4.3 Dados do evento / Procedimentos realizados ....................... 16 2.2.4.4 Dados do evento / Exames realizados .................................. 16 3 Tópicos de discussão..................................................................... 16 4 Conclusão ...................................................................................... 18 5 Referências .................................................................................... 20 3 1 Introdução 1.1 Proponentes Esta recomendação final contou com a participação dos seguintes proponentes: Instituição Nome E-mail Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP – HCFMUSP Antonio Carlos O Lira Deborah Pimenta Ferreira Umberto Tachinardi Mariza Klück [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] Clarice Porciúncula Rosmaria Zambom Braga [email protected] [email protected] Beatriz de Faria Leão Sandra Krug Seabra Nairio A Augusto P dos Santos Noêmia Maria Zappas Ana Karina Marimom da Cunha Eugênio Zimmer Neves Miriam Roman Claudia Travassos Mônica Martins Carla Gouvêa Frederico Caixeiro [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] Hospital de Clínicas de Porto Alegre – HCPA / UFRGS Procempa – Companhia de Processamento de Dados do Município de Porto Alegre / Hospital Pronto Socorro de Porto Alegre Hospital Moinhos de Vento INFOSAÚDE Hospital Mãe de Deus 1.2 Convenções Na tabela que descreve os ítens da proposta os nomes dos campos estão escritos com letra MAIÚSCULA , o texto entre delimitado entre os sinais de “<” e “>” deve ser substituído pela informação correspondente. Assim < sobrenome > indica que neste local deve se inserido o sobrenome do paciente. 1.3 Glossário AIH – Autorização de Internação Hospitalar ASTM – American Standards and Testing Materials ATC – Anatomic Therapeutical Chemical - Classificação dos fármacos da OMS CBO - Classificação Brasileira de Ocupações CIH – Comunicação de Internação Hospitalar CNAE – Cadastro Nacional de Atividades Econômicas DCB – Denominação Comum Brasileira – Ministério da Saúde – SVS HL 7 – Health Level 7 IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ISO – International Standards Organization NOB – Norma Operacional Básica OMG – Object Maganement Group PIDS – Person Identification Service SIA – Sistema de Informações Ambulatorial SINASC – Sistema de Informações sobre nascidos vivos SINAN – Sistema de Informação de Agravos de Notificação SUS – Sistema Único de Saúde 4 1.4 Abrangência/ Validação/Justificativas A presente proposta representa o consenso entre as respostas à SOP001 com o objetivo de identificar um conjunto essencial de dados para estabelecer troca eletrônica de informação entre as instituições. O enfoque desta proposta é apresentar um conjunto essencial de dados clínicos que visam suportar o processo da assistência. Não houve intenção de se abranger os dados administrativos e/ou de faturamento ou qualquer tipo de especialização para programas ou especialidades (por exemplo: Pediatria ou Obstetrícia ou, ainda, de programas específicos como AIDS, hipertensão ou transplantes, ou procedimentos de atenção básica e promoção em saúde). A visão desta proposta é que independentemente que o paciente tenha sido internado, atendido em ambulatório ou, ainda, por algum programa especial, existe um conjunto essencial de dados a partir do qual podem ser construídas as especializações para as demais áreas de atenção em saúde. SIA Ambulatório Conjunto Essencial de Dados AIH / CIH Internação Hospitalar Atenção Primária Atendimento Domiciliar SIM / SINASC/ SINAN 2 Descrição da Proposta 2.1 Introdução A mudança de paradigma nos sistemas de saúde e na prestação de serviços de saúde em todo o mundo, tem levado à uma crescente demanda por informações que permitam o gerenciamento de recursos públicos e privados, com o objetivo de se chegar a melhores serviços a menores custos ao maior número possível de pessoas. Novos modelos de atendimento à Saúde tem sido propostos. Entretanto, nenhum modelo pode ser implantado e gerenciado sem um suporte adequado de informação que permita avaliar seu desempenho e sem os mecanismos que permitam ajustar os modelos de acordo com as avaliações realizadas. O conjunto essencial de dados proposto é constituído de dados de identificação e dados clínicos relevantes. Esta definição permitirá que a informação do paciente possa vir a ser compartilhada com outras instituições de saúde, seguindo os mesmos padrões em todo o 5 território nacional. Pretende-se, desta forma melhorar a qualidade da assistência ao paciente, iniciando a implementação do conceito de assistência continuada. Esta assistência está baseada na evolução do conceito de assistência à saúde que tem provocado mudanças no foco da prestação dos serviços de saúde e sua gestão. A nova visão da saúde privilegia a sua promoção em detrimento do tratamento de doenças; percebe o indivíduo de forma integrada, ao invés de centrar-se em órgãos ou sistemas; assume o conceito da assistência continuada em substituição a uma assistência focada em consultas e encontros; valoriza o conceito de saúde comunitária enquanto minimiza a questão do cuidado intensivo; assume o conceito de equipe multidisciplinar e não o de assistência médica; é baseada na prestação de serviços por múltiplos programas e instituições em diferentes locais, diminuindo a importância dos hospitais, e assume um padrão para a tomada de decisão baseado em evidências e resultados e não mais no conhecimento tradicional e no ritual médico. Enquanto se discutem outros aspectos relacionados a este conceito (como, por exemplo, a integração dos diferentes serviços e a mudança de atitude dos profissionais), é necessário entender que assumir este conceito requer sistema de informações que dê suporte a um prontuário de pacientes efetivamente virtual e longitudinal e um sistema de telecomunicações adequado para sua implementação. A longo prazo, o conjunto de dados proposto poderá ser expandido para acomodar mais dados clínicos, laudos médicos e, até imagens de várias modalidades. Este conjunto deverá ser continuamente expandido para conter toda a informação do paciente, buscando chegar ao prontuário eletrônico do paciente, subsidiando a assistência continuada. 6 2.2 O Conjunto Essencial de Dados Alguns campos foram considerados de preenchimento obrigatório, ou seja o campo deve ser informado sempre. Caso não se disponha da informação favor indicar com a variável indicada para tanto. Verificar na coluna de valores possíveis e na coluna de obrigatório . 2.2.1 DADOS ADMINISTRATIVOS DEMOGRÁFICOS ÍTEM Descrição CÓDIGO DO PACIENTE Número do cartão SUS NOME Nome completo do Paciente. No caso de Recémnascido informar RN seguido do nome da mãe DATA DE NASCIMENTO Data de Nascimento do Paciente IDADE APARENTE No caso de não se dispor da data de nascimento este campo deve ser preenchido Valores possíveis Número ou N = Não sabe Nome completo do paciente, registrado em campo único ou em se tratando de nome desconhecido escrever no campo do nome: IGNORADO ou RN de seguido do nome da mãe Formato DD/MM/AAAA Formato 999 e unidade ( dias, meses, anos) Categoria/ Segmentos* Dados administrativos/D emográficos Dados administrativos/D emográficos Obrigatório SIM, quando existir SIM Dados administrativos/D emográficos Não (no caso de não preenchi mento deste campo o campo abaixo – IDADE APAREN TE deverá estar preenchid o, obrigatori amente) Não Padrão Portaria 3947/GM, 25/11/1998 PRC Portaria 3947/GM, 25/11/1998 PRC 7 ÍTEM Descrição LOCAL DE NASCIMENTO – MUNICÍPIO/ ESTADO Município /Estado de nascimento do paciente LOCAL DE NASCIMENTO PAÍS País de nascimento do paciente - SEXO Sexo do paciente TIPO DO DOCUMENTO DE IDENTIFICAÇÃO Documentos apresentados pelo paciente no ato do atendimento, enquanto não prevalecer o Cartão Nacional de Saúde. Caso o paciente não tenha sido registrado informar SR = sem registro NÚMERO DO DOCUMENTO DE IDENTIFICAÇÃO Números dos Documentos correspondentes aos tipos acima especificados. Nome da Mãe FILIAÇÃO (MÃE) NÚMERO DO DOCUMENTO DE ONDE FOI COLETADO O NOME DA MÃE Número do Documento de onde foi coletado o nome da Mãe, correspondentes ao tipo acima especificado. Valores possíveis Tabela IBGE de municípios-UF – usar os 7 dígitos ou N = Não Sabe ou E=estrangeiro Tabela ISO Categoria/ Segmentos* Dados administrativos/D emográficos Obrigatório SIM Dados administrativos/D emográficos NÃO M-Masculino FFeminino IIndeterminado N – Não sabe CN=Certidão de Nascimento CT=Carteira de Trabalho RG=Registro Geral CH=Carteira de Habilitação TE-Título de Eleitor CF=Cadastro de Pessoas Físicas RE=Registro de Estrangeiro CR=Certificado de Reservista CC=Certidão de Casamento PA=Passaporte SR = sem registro <num_doc>^<co mplemento> Dados administrativos/D emográficos SIM Dados administrativos/D emográficos NÃO PRC Dados administrativos/D emográficos NÃO PRC Dados administrativos/ Demográficos SIM Portaria 3947/GM, 25/11/1998 Dados administrativos/ Demográficos NÃO Portaria 3947/GM, 25/11/1998 nome completo da mãe conforme documento de identificação ou “IGNORADO quando o nome da mãe não estiver disponível <num_doc>^<co mplemento> Padrão IBGE ISO3166 – padrão alfabético com três caracteres Portaria 3947/GM, 25/11/1998 8 ÍTEM Descrição FILIAÇÃO (PAI) Nome do Pai TIPO DO DOCUMENTO DE ONDE FOI COLETADO O NOME DO PAI NÚMERO DO DOCUMENTO DE DE ONDE FOI COLETADO O NOME DO PAI Tipo de Documento de onde foi coletado o nome do Pai. Idem ao paciente Número do Documento de onde foi coletado o nome do Pai, correspondentes ao tipo acima especificado. Visa identificar a situação familiar da pessoa, buscando informar se mora só ou acompanhada <num_doc>^<co mplemento> COR/RAÇA Cor/raça A identificação será feita pelo registrante. Branca, negra, amarela, parda, indígena, indeterminada ESCOLARIDADE GRAU Escolaridade do paciente Curso mais elevado que freqüentou no qual concluiu pelo menos uma série? Alfabetização de adultos; Antigo primário; Antigo ginásio; Antigo clássico, científico etc.; Ensino fundamental ou 10 Grau; Ensino Médio ou 20 grau; Superior, graduação; Superior, mestrado ou doutorado; Nenhum Ignorado SITUAÇÃO FAMILIAR Valores possíveis Nome completo do pai do Categoria/ Segmentos* Dados administrativos/ Demográficos Dados administrativos/ Demográficos Obrigatório NÃO Padrão NÃO PRC Dados administrativos/ Demográficos NÃO PRC SIM PRC Dados administrativos/ Demográficos SIM PRC Dados administrativos/ Demográficos SIM IBGE – Censo 2000 Vive sozinho; Vive com cônjuge ou companheiro(a); Vive com outros familiares; Outros Ignorado; PRC 9 ÍTEM Descrição ESCOLARIDADE SÉRIE Qual a última série concluída com aprovação? (observar que deve ser respondida a última série concluída do grau indicado no quesito anterior) ENDEREÇO DO PACIENTE Endereço do Paciente ENDEREÇO STATUS TELEFONE DE CONTATO1 DESCRIÇÃO DO CONTATO1 Este campo só será preenchido se o endereço do paciente não for possível de identificar quer por que o paciente é sem-teto ou o endereço é ignorado Telefone de contato do paciente Valores possíveis Primeira; Segunda; Terceira; Quarta; Quinta; Sexta; Sétima; Oitava; Nenhuma; Ignorado; Categoria/ Segmentos* <Nome da via pública> <número> <complemento> <Bairro / Distrito> <Município> <Estado> <CEP> Dados administrativos/ Demográficos IBGE – Município e Estado e CEP Portaria 3947/GM, 25/11/1998 <999> - <99-9999-99> (código de área) + <número> YYYY/MM/DD HH:MM:SS IBGE – Censo 2000 No caso de não preenchimento é obrigatório o preenchimento do campo abaixo ou seja ENDEREÇO STATUS PRC Dados administrativos/ Demográficos Texto que descreve como se chegar no contato Data em que foi realizada a inclusão e ou atualização da identificação do paciente gerada automaticamente pelo sistema de informações Padrão I = ignorado S = sem - teto E-MAIL DATA E HORA (TIMESTAMP) / Obrigatório SIM Dados administrativos/ Demográficos Dados Administrativos / Demográficos NÃO PRC NÃO PRC NÃO PRC SIM HL7 /ASTM 10 ÍTEM Descrição NOME COMPLETO DO REGISTRANTE Nome completo do registrante da informação RIC DO REGISTRANTE Registro de identificação civil do registrante ( quando disponível) Valores possíveis <Nome de família>^<Prénome>^ <Nome Intermediário>^< Sufixo>^<Prefixo> ^<Titular>. Os campos <sufixo>^<prefixo >^<titulos> são opcionais <RIC> Categoria/ Segmentos* Dados administrativos/ Demográficos Obrigatório NÃO Padrão Dados administrativos/ Demográficos Não enquanto RIC não disponível PRC HL7 2.2.2 DADOS ADMINISTRATIVOS DO PRESTADOR DA ASSISTÊNCIA E DA FONTE PAGADORA ÍTEM Descrição Valores possíveis Nome fantasia ou marca ou sigla da da insituição prestadora da assistência NOME COMPLETO DA INSTITUIÇÃO PRESTADORA DA ASSISTÊNCIA CNPJ DA INSTITUIÇÃO PRESTADORA DA ASSISTÊNCIA Número identificador do prestadora da Assistência TIPO DA OPERADORA Indica o tipo de operadora CÓDIGO DA EMPRESA Categoria/ Segmentos* Dados administrativos/Pre stador da Assistência Obrigatório SIM Padrão < CNPJ, desagregado por unidade nas instituições públicas> Padrão ABRAMGE < 1> <Medicina de Grupo> <2> <Auto Gestão> <3> <Seguro Saúde> <4> <Cooperativas > <5><Administr ação> <9> <SUS> Dados administrativos/Pre stador da Assistência SIM HL7,PRC Portaria 3947/GM, 25/11/1998 Dados administrativos/Fon te Pagadora NÃO ABRAMGE Padrão ABRAMGE < 99999> Dados administrativos/Fon te Pagadora NÃO ABRAMGE PRC / Portaria 3947/GM, 25/11/1998 / 11 ÍTEM Descrição CÓDIGO DO PLANO CÓDIGO DO BENEFICIÁRIO Valores possíveis Padrão ABRAMGE < 999> 9999999 9999.999 Categoria/ Segmentos* Dados administrativos/Fon te Pagadora Dados administrativos/Fon te Pagadora Obrigatório NÃO Padrão NÃO ABRAMGE ABRAMGE 2.2.3 DADOS CLÍNICOS RELEVANTES 2.2.3.1 ALERGIAS e ou REAÇÕES ADVERSAS Este segmento é de preenchimento opcional. Entretanto, caso o paciente apresente alergia é obrigatório o preenchimento da codificação CID ou do texto livre exceto quando o CID for Z88.0 - História pessoal de alergia a penicilina ou Z88.2 - História pessoal de alergia as sulfonamidas. Não existe restrição de número de ocorrências a serem informadas. ÍTEM Descrição ALERGIAS e ou REAÇÕES ADVERSAS Texto livre com indicação das alergias e ou reações adversas do paciente. Observar que esta informação pode ser relatada apenas pelo paciente e/ou familiares Tabela de Codificacão de Diagnóstico utilizada para descrever a causa básica TABELA DIAGNÓSTICOS UTILIZADA CODIFICAÇÃO DO DIAGNÓSTICO DA ALERGIA Codificação da alergia Valores possíveis < texto livre > Categoria/ Segmentos* Dados Clínicos / Alergias Obrigatório Tabela de Diagnósticos utilizada Dados Clínicos / Alergias Depende da tabela utilizada Dados Clínicos / Alergias SIM _ quando for utilizada alguma classificaç ão para o diagnóstic o NÃO Padrã o PRC NÃO ( ver obs. acima) CID10 CID10 2.2.3.2 DADOS CLÍNICOS RELEVANTES / DOENÇAS CRÔNICAS PRÉ-EXISTENTES Este segmento é de preenchimento opcional e visa obter a informação sobre o passado mórbido relevante do paciente. Recomenda-se que patologias pré-existentes, mesmo que apenas relatadas pelo paciente, tais como: diabete, hipertensão, AVC, cardiopatia isquêmica, cancer, SIDA, hepatites e/ou outras doenças crônico-degenerativas sejam aqui indicadas com a respectiva classificação CID. 12 No caso de preenchimento deste módulo é obrigatória a informação do CID10. Em se tratando de casos específicos como oncologia, por exemplo, poderá ser informado, adicionalmente, a critério da instituição prestadora da assistência, o código nas classificações complementares da CID, tais como CID-O, CID-P. Não existem restrições de número de ocorrências a serem informadas. ….. ÍTEM Descrição TABELA DIAGNÓSTICOS UTILIZADA CODIFICAÇÃO DO DIAGNÓSTICO DAS DOENCAS CRONICAS Tabela de Codificacão de Diagnóstico utilizada para descrever a causa básica Codificação da doença crônica Valores possíveis Tabela de Diagnósticos utilizada Categoria/ Segmentos* Dados Clínicos / AMP ( antecedente mórbido pessoal) Obrigatório NÃO Padrã o CID10 Depende da tabela utilizada Dados Clínicos / AMP NÃO CID10 2.2.4 DADOS DO EVENTO OU ATENDIMENTO REALIZADO Nesta proposta o conceito de EVENTO ou ATENDIMENTO REALIZADO é definido pela ocorrência da interação entre um paciente e um profissional ou equipe de saúde, com a finalidade de diagnosticar doenças ou receber os cuidados assistenciais necessários ao seu tratamento, independente do local de ocorrência. Faz parte do evento a execução de atos e procedimentos, aplicação de insumos terapêuticos assim como, a realização de exames complementares de diagnóstico e tratamento. São exemplos de eventos: Atendimento ambulatorial – cada ocorrência será considerada como um evento; Visita domiciliar - cada visita será considerada como um evento; Internação domiciliar - caracteriza-se por um período com data de admissão e alta, procedimentos, atos realizados, evolução e prescrição diária; Internação hospital-dia - cada internação será considerada como um evento Internação hospitalar – caracteriza-se por um período com data de admissão e alta, procedimentos e atos realizados; Atendimento de emergência - cada ocorrência será considerada como um evento; Este módulo deverá conter todos os profissionais que prestaram atendimento ao paciente, sendo que é obrigatório informar o profissional responsável pelo evento/atendimento. Não existe limitação para o número de profissionais a serem informados. 13 ÍTEM Descrição TIPO DE EVENTO/ATENDIMEN TO NOME COMPLETO DO PROFISSIONAL RESPONSÄVEL PELO EVENTO OU ATENDIMENTO DO PACIENTE NÚMERO DO REGISTRO NO CONSELHO NOME DO CONSELHO PROFISSIONAL E UF DO CONSELHO PROFISSIONAL TIPO DO PROFISSIONAL Valores possíveis Consulta ambulatorial; Visita domiciliar; Internação domiciliar; Internação hospital-dia; internação hospitalar; emergência; outros Número do registro no conselho da unidade federada Descreve qual o tipo de profissional Médico, Enfermeiro, Odontólogo, Farmacêutico, Fisioterapeuta, Nutricionista, Psicólogo AAAA/MM/DD HH:MM:SS DATA E HORA ENTRADA DA Data e hora da Internação do paciente DATA E SAÏDA DA Data e hora da Alta do paciente AAAA/MM/DD HH:MM:SS TIPO DE SAÍDA Descreve o motivo da saída Decisão médica; óbito; transferência (para outra instituição; fuga; a pedido; administrativa; indisciplina; encaminhamento para continuidade de tratamento CONDIÇÕES DA ALTA Descreve as condições da alta quando se tratar de internação hospitalar Informar o número do prontuário quando existir Código a numérico – Melhorado, curado, inalterado, piorado HORA NÚMERO PRONTUÄRIO DO Categoria/ Segmento s* Dados administrati vos/do evento Obriga-tório Padrão SIM PRC Dados administrati vos/do evento SIM Portaria 3947/GM, 25/11/199 8 Dados administrati vos/do evento SIM Portaria 3947/GM, 25/11/199 8 Dados administrati vos/do evento Dados administrati vos/do evento SIM Portaria 3947/GM, 25/11/199 8 PRC Dados administrati vos/do evento Dados administrati vos/do evento Dados administrati vos/do evento SIM SIM Padrão Portaria 213 GM/1999 Padrão Portaria 213 GM/1999 PRC Dados administrati vos/do evento NÃO PRC NÃO PRC SIM SIM 14 2.2.4.1 DADOS DO EVENTO/ ÓBITO Este módulo é de preenchimento opcional, todavia se o tipo de saída for ÓBITO, os dados passam a ser de preenchimento obrigatório. ÍTEM Descrição Valores possíveis DATA / HORA ÓBITO Data da Alta AAAA/MM/DD HH:MM:SS - TABELA DIAGNÓSTICOS UTILIZADA Tabela de Codificacão de Diagnóstico utilizada para descrever a causa básica Codificação causa básica do óbito Tabela de Diagnósticos utilizada CAUSA IMEDIATA DO ÓBITO ENCAMINHADO PARA NECRÓPSIA Tabela de Diagnósticos utilizada Sim ou Não / Ignorado Categoria/ Segmento s* Dados Clínicos / Óbito Dados Clínicos / Óbito Obrigatório Padrão SIM PRC SIM CID10 Dados Clínicos / Óbito Dados Clínicos / Óbito SIM CID10 SIM 2.2.4.2 DADOS do EVENTO/ DIAGNÓSTICOS ÍTEM Descrição Valores possíveis CID10 Categoria/ Segmentos* Dados Clínicos / Diagnósticos Obrigatório SIM TABELA DIAGNÓSTICOS Tabela de Codificacão de Diagnóstico utilizada CODIFICAÇÃO DO DIAGNÓSTICO PRINCIPAL CODIFICAÇÃO DOS DIAGNÓSTICOS SECUNDÁRIOS Padrão Codificação do Diagnóstico CID10 Dados Clínicos / Diagnósticos SIM Portaria 213 GM/199 9 e Portaria 3497 CID10 Codificação do Diagnóstico CID10 NÃO CID10 2.2.4.3 DADOS do EVENTO / PROCEDIMENTOS REALIZADOS OU ASSOCIADOS AO EVENTO Sugere-se que apenas os procedimentos mais relevantes sejam informados, por exemplo: procedimentos cirúrgicos, exames de alto custo, quimioterapia, hemodiálise, imunizações. 15 ÍTEM Descrição MÉTODO DE CODIFICAÇÃO DO PROCEDIMENTO Descreve qual a tabela de descrição de procedimentos que foi utilizada CÓDIGO DO PROCEDIMENTO Código do Procedimento NÚMERO DO REGISTRO NO CONSELHO Número do registro no conselho da unidade federada do responsável pela execução do procedimento Valores possíveis LPM 99, Tabela SUS Categoria/ Segmentos* Dados Clínicos/ Procedimentos Obrigatório SIM SIM Padrã o Portari a 3947/ GM, 25/11/ 1998 Portari a 3947/ GM, 25/11/ 1998 Portari a 3947/ GM, 25/11/ 1998 Portari a 3947/ GM, 25/11/ 1998 PRC De acordo com a Tabela selecionada Dados Clínicos/ Procedimentos SIM SIM NOME DO CONSELHO PROFISSIONAL E UF DO CONSELHO PROFISSIONAL SIM DATA E HORA DA REALIZAÇÃO DO PROCEDIMENTO AAAA/MM/DD HH:MM:SS 2.2.4.5 DADOS DO EVENTO / EXAMES REALIZADOS ÍTEM MÉTODO DE CODIFICAÇÃO DO EXAME REALIZADO CÓDIGO DO EXAME REALIZADO RESULTADO Descrição Valores possíveis LPM99 ou SUS Categoria/ Segmentos* Dados Clínicos/ Exames Obrigatório SIM Padrã o LPM99 Código do Exame De acordo com a Tabela selecionada ALTERADO /`NORMAL AAAA/MM/DD HH:MM:SS Dados Clínicos/ Exames SIM LPM99 NÃO PRC SIM PRC Informa se alterado ou normal DATA E HORA DA REALIZAÇÃO DO EXAME 3 TÓPICOS DE DISCUSSÃO Ainda que reduzido, este conjunto de dados possui vários tópicos que merecem uma discussão mais ampla, especialmente porque entram em discordância com portarias anteriores. Justificativas e comentários abaixo: 16 Dados administrativos demográficos IDADE APARENTE – foi incluída nos dados de identificação do paciente, para manejar casos onde não se dispõe da data de nascimento do paciente. Entende-se que a situação ideal é informar a data de nascimento do paciente, todavia a prática nos demonstra que nem sempre isto é possível. LOCAL DE NASCIMENTO PAÍS – incluído nos dados demográficos com a proposta de utilização do padrão ISO 3166, para pacientes não brasileiros (fato comum nos estados do sul). Tabela atualizada de países poderá ser obtida em: RIPE Network Coordination Centre (NCC) no servidor FTP: ftp://info.ripe.net/ SITUAÇÃO FAMILIAR – optamos por colocar situação familiar em vez de estado civil pois do ponto de vista epidemiológico o que importa é se o paciente vive só ou em companhia de familiares. Atualmente com a tendência de des-hospitalização, atendimento domiciliar e mesmo internação domiciliar, este passa a ser um dado ainda de maior importância. OCUPAÇÃO – Na prática a tabela da CBO conforme proposto pelas portarias do MS temse mostrado de difícil utilização quando do cadastro do paciente na instituição. A grande dificuldade é a sua complexidade e a dificuldade de identificação da categoria correta no momento de atendimento do paciente em um processo realizado por pessoal que não é especialista na CBO. Pensou-se em utilizar a tabela do IR, entretanto não houve consenso a respeito tendo em vista que existe já uma base de dados legada que contém a informação da ocupação com a CBO. Resolveu-se retirar este ítem da proposta e recomendar a RIPSA a ativação de um comitê, com participação de especialistas da área de saúde do trabalhador do Ministério da Saúde, do Ministério do Trabalho, e do IBGE para tratar o assunto com a profundidade necessária. RAÇA /COR – optou-se por colocar amarelo e indígena em categorias separadas em atenção a importância que os programas relativos a saúde do índio tem assumido para o Ministério da Saúde. Dados Administrativos do prestador da assistência e da fonte pagadora A identificação da fonte pagadora segue o padrão proposto pela ABRAMGE ainda que este não seja ainda de uso universal. Entendemos que esta é uma oportunidade para ampliar a sua utilização. Dados Clínicos Relevantes A utilização do CID-10 para identificação dos diagnósticos é uma recomendação desta proposta. Apenas no ítem de ALERGIAS pode-se preencher um texto livre, tendo em vista que existem poucos códigos CID-10 para descrever com detalhes as alergias e/ou reações adversas que o paciente vier a apresentar. PROCEDIMENTOS - Em primeiro lugar é importante ressaltar a necessidade de dispormos de algum tipo de padrão capaz de registrar o ato assistencial de forma clara, objetiva e 17 unívoca. Somente com a obtenção de registros adequados do que foi feito será possível construir base que permita além do correto tratamento do paciente, a avaliação de tendências, perfis e indicadores. A grande questão na descrição dos procedimentos é que não se dispõe hoje de um sistema de classificação voltado para a descrição do ato assistencial. Tanto a LPM99 como a tabela SUS possuem a visão da remuneração do ato assistencial e não a de informar a outro profissional qual os atos que foram realizados para orientar a continuidade do tratamento. Por não dispormos, no momento de tal sistema de classificação recomendamos que neste conjunto de dados seja utilizado qualquer uma das duas tabelas disponíveis: LPM99 e SUS, especificando qual delas está sendo utilizada. Recomendamos ainda que o Ministério da Saúde promova a elaboração de uma tabela padrão para descrição dos procedimentos médicos, adequada aos requisitos do atendimento clínico. O HC-FMUSP tem utilizado a LPM99, com as extensões propostas pela sua equipe de especialistas, o que, até agora, tem se mostrado adequada aquela instituição, EXAMES-REALIZADOS - apesar da padronização para descrição dos exames ser a mesma do ítem procedimentos entendemos ser importante a separação dos exames em categoria separado para indicar se o resultado foi normal ou não. 4 Conclusão Esta resposta expressa o consenso entre várias instituições e especialistas na área de informática em saúde. Por ser uma iniciativa pioneira na sua metodologia se estabelece um marco no processo de padronização da informação em saúde no País. A Internet tem modificado todas as área de atuação e a saúde também foi afetada. A tendência hoje para a troca eletrônica de documentos é da utilização do padrão XML – Extended Markup Language. A padronização deste conjunto de dados numa DTD – Document Type Definition de acordo com o padrão XML permitirá a troca de informação em todas as instâncias. Recomendamos que o DATASUS promova a transformação dessas especificações em DTD, mantendo o padrão em seu site Internet, junto com recursos que permitam aos desenvolvedores validar a consistência dos documentos produzidos. O processo de adoção de padrões é lento e talvez haja necessidade de se revisar a metodologia de trabalho e ou prazos para que se consiga num menor espaço de tempo se chegar ao consenso. Várias outras SOP devem se seguir a esta com participação maior da comunidade uma vez que este conjunto de dados não contempla aspectos importantes como atenção primária e saúde da família. Foi sentida adicionalmente a necessidade de estabelecer um padrão para informar a medicação em uso pelo paciente. A proposta de utilização da parte química da classificação ATC não foi referendada pelos hospitais universitários participantes do comitê, e não foi possível chegar a um consenso, principalmente devido pouco ao tempo ainda disponível para 18 esta SOP. Entretanto o fato de cada um dos hospitais participantes estar usando um tabela interna diferente, inviabilizando a troca direta de informações, coloca esta aspecto como área prioritária para padronização. Para que este trabalho tenha continuidade é essencial que DATASUS mantenha este comitê de padronização em caráter permanente, emitindo as solicitações de propostas necessárias e apoiando os teste de campo relativos a validação dos padrões recomendados. É importante que o DATASUS se prepare também para certificar o grau de adesão aos padrões dos produtos de informatização hospitalar disponíveis no mercado, tornando-se efetivamente responsável pela manutenção de todos os padrões nacionais de vocabulários. Sugere-se também que o DATASUS, além de disponibilizar para download as versões atualizadas dos padrões e dos vocabulários, mantenha em seu site Internet, links atualizados para informações relativas ao padrões internacionais. Finalmente é importante ressaltar a importância da iniciativa do Ministério da Saúde em promover este trabalho que não teria sido possível se não fosse a infra-estrutura da RIPSA, OPAS e DATASUS. Ao assumir o papel de órgão regulador e promotor da atividade de padronização das informações em saúde, o Ministério da Saúde coloca o Brasil em situação de igualdade com países mais desenvolvidos, nos quais a atividade de padronização da informação em saúde é objeto da ação governamental há vários anos. 19 5 REFERÊNCIAS A relação tem por obketivo referenciar endereços Internet (URL) que hospedam as principais atividades de padronização no País e no exterior. 1. _ Consórcio de Componentes de Software para a Saúde – CCSSIS www.dataus/gov.br/ccssis 2. _ 1999 Annual Book of ASTM Standards - Volume 14.01 Health Care Informatics: Computerized Material and Chemical Property Data. ASTM, Easton,MD, 1999 3. _ HL 7 – Health Level 7 - www.hl7.org 4. CORBAMed - Common Object Request Broker Architecture for Medicine – www.omg.org/corbamed 5. Cairns T, Casey M., Fowler M., Thursz M., Timini H. The Cosmos Clinical Process Model. National Health Service, Information Centre, 15 Federeick Rd, Birmingham, B15 1JD, England. Report ECBS20A & ECBS20B,http://www.sm.ic.ac.uk/medicine/cpm,1992. 6. Lindberg DAB, Humphreys BL, McCray AT. The Unified Medical Language System. Methods Inf Med. 1993; 32:281-9. 7. _ ASTM - American Standards and Testing Materials – Committee E31 _ Health Informatics - www.astm.org/COMMIT/e-31.htm 8. _ CÓDIGO DOS PAÍSES – PADRÃO ISO 3166. ftp://info.ripe.net/ (Versão em português desta tabela estará disponível em www.datasus.gov.br/prc ) 20