PSICOLOGIA DAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS II OBJETIVO

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PSICOLOGIA DAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS II
OBJETIVO: Avançar no desenvolvimento pessoal e profissional com treinamento de
repertórios de comportamentos desejados e importantes para uma vivência interpessoal
satisfatória.
BIBLIOGRAFIA
DEL PRETE, Z. A. P.; DEL PRETE, A. Habilidades Sociais, desenvolvimento e aprendizagem.
Campinas: Alinea, 2003.
www.rh.com.br
www.jurisway.org.br
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

EMPATIA E AUTO-CONTROLE

EXPRESSÃO DOS SENTIMENTOS

MEDIAÇÃO DE CONFLITOS

ESTUDO DO COMPORTAMENTO

DINÂMICA DO COMPORTAMENTO HUMANO

TRABALHO EM EQUIPE

LIDERANÇA

EMPATIA

EMOÇÃO
Emoção, numa definição mais geral, é um impulso neural que move
um organismo para a ação. A emoção se diferencia do sentimento, porque, conforme
observado, é um estado neuropsicofisiológico.
O sentimento, por outro lado, é a emoção filtrada através dos centros
cognitivos do cérebro, especificamente o lobo frontal, produzindo uma mudança fisiológica em
acréscimo à mudança psicofisiológica.
Emoção cognitiva
Cognição diz respeito ao conhecimento, então, emoção cognitiva é
aquela que sentimos e sabemos definir o porque de senti-la. Um bom exemplo é quando
vemos alguém atirar com uma arma em nossa direção e sabemos que são tiros de festim.
Provavelmente nossa emoção é menor do que se não soubéssemos a
respeito do festim. A avaliação cognitiva é importante pois através dela podemos aprender a
controlar uma determinada emoção.
EMPATIA
A empatia é, segundo Hoffman (1981), a resposta afetiva vicária a
outras pessoas, ou seja, uma resposta afetiva apropriada à situação de outra pessoa, e não à
própria situação.
O termo foi usado pela primeira vez no início do século XX, pelo
filósofo alemão Theodor Lipps (1851-1914), "para indicar a relação entre o artista e o
espectador que projeta a si mesmo na obra de arte.“
Na psicologia e nas neurociências contemporâneas a empatia é uma
"espécie de inteligência emocional" e pode ser dividida em dois tipos: a cognitiva - relacionada
à capacidade de compreender a perspectiva psicológica das outras pessoas; e a afetiva relacionada à habilidade de experimentar reações emocionais por meio da observação da
experiência alheia.
Pesquisas indicam que a empatia tem uma resposta humana universal,
comprovada fisiologicamente. Dessa forma a empatia pode ser tomada como causa do
comportamento altruísta, uma vez que predispõe o indivíduo a tomar atitudes altruístas.
Não foram encontrados estudos interculturais específicos para a
empatia, mas há um vasto número de experiências que demonstram a ativação empática em
diversos grupos etários, frente a pessoas que exibem sinais de aflição. Estudos feitos com
crianças de 4 a 8 anos mostram experiência empática (através de relatos) frente a slides
mostrando outras crianças em situações afetivas.
Mac Lean sugere que o sistema límbico, uma das partes mais
antigas do nosso cérebro, e suas conexões com o córtex pré-frontal estariam envolvidas na
empatia. Eles proporcionariam aos homens a capacidade de se colocar no lugar dos outros.
Dessa forma, uma empatia primitiva estaria presente desde cedo na evolução humana, e com
a aquisição de novas estruturas cerebrais e circuitos neurais adicionou-se a essa empatia uma
forma de cognição, de tal forma que pôde ser experienciada em conjunto com uma
consciência social mais desenvolvida.
Estudos de neuro-imagem sugerem que regiões associadas com
emoções específicas podem ser ativadas pela visão da expressão facial da mesma emoção,
fenômeno descrito como contágio emocional. Em um estudo comparou-se a atividade cerebral
na imitação de expressões faciais e na observação das mesmas em fotos, em outro se
comparou respostas neurais eliciadas pela visão de faces com expressões de desgosto e prazer
com respostas induzidas por odores prazerosos ou aversivos.
Essas experiências mostraram ativação em áreas relacionadas com a
percepção e produção de expressões faciais de emoção (sistemas emocionais e faciais), assim
como na aspiração de odores desagradáveis.
Singer (2004), comprovaram que, de fato, a experiência empática tem
bases neuronais, através de uso imagens da atividade cerebral,obtidas por ressonância
magnética. As experiências nas quais voluntárias recebiam uma estimulação de dor na mão e
da comparação desses resultados com aqueles obtidos nas mesmas voluntárias quando seus
esposos recebiam o estímulo doloroso, no mesmo aposento.
Observou-se que as regiões cerebrais que sinalizam a sensação
subjetiva de dor (a aflição dolorosa) – o córtex insular anterior e o córtex cingulado anterior,
por exemplo – aumentavam sua atividade no cérebro das esposas como se o choque tivesse
sido aplicado à mão delas mesmas. Já regiões como o córtex insular posterior, que sinaliza a
dor física, ‘objetiva’, só eram acionadas quando elas realmente recebiam o estímulo de dor.
Conclui então que a atividade neural da estimulação empática não
corresponde todo o sistema de dor, relaciona-se apenas com os componentes emocionais da
ativação neural da dor, não se observando estimulação nos componentes sensoriais.
 Choro reflexo do recém nascido
Estudos mostram o choro reflexo do recém-nascido como um
precursor possivelmente inato de ativação empática. Esse choro reativo é evidenciado como
resposta ao choro de um outro bebê, sendo descrito como um choro vigoroso, intenso,
semelhante com o choro espontâneo, de maior intensidade do que o choro em resposta a
outros estímulos sonoros de igual intensidade, do que a simulação computadorizada do choro
de um bebê, do choro espontâneo de uma criança mais velha e até mesmo ao choro do
próprio bebê, gravado.
Esse choro é a resposta empática predominante durante o primeiro
ano de vida, sendo depois substituída por respostas empáticas mais maduras, como a tentativa
de conforto à vítima.
Hoffman (1981), cita dois tipos de ativação empática que têm
características de resposta comuns a toda espécie, sendo então possivelmente inatos.
O primeiro tipo é a imitação de outras pessoas pelos observadores,
com movimentos posturais e de expressão facial que, quando produzidos, criam no indivíduo
indicadores internos que contribuem para compreender e sentir a emoção em si próprio.
O segundo modo empático é feito por indicadores de dor ou prazer do
outro, que fazem associações com sensações já experiência das pelo observador, resultando
numa reação afetiva empática, que é involuntária e praticamente automática. Dessa forma,
Hoffman propõe que ajudar deve evocar uma resposta empática de aflição.
 Comportamento de ajuda, dados de desenvolvimento e processos perceptuais
A resposta empática de aflição contribui para o comportamento de
ajuda. Ela diminui de intensidade depois dessa ação ou continua ativada caso o
comportamento de ajuda não tenha sido oferecido. A existência de empatia anterior ao
comportamento de ajuda é evidenciada pelos experimentos de Geer em 1973. Foi observado
que quanto maiores os sinais de dores de uma vítima, aumenta também o nível de ativação
empática e a velocidade com que o observador presta ajuda.
Em seu trabalho, Gaertner e Dovidio (1977) fizeram estudantes
universitários entrarem em contato com uma pessoa que arrumava cadeiras e, em
determinado momento, esta pedia por ajuda. De maneira geral, quanto maior a resposta
cardíaca dos sujeitos, mais rapidamente eles prestavam assistência à pessoa necessitada.
Darley e Latané (1968) demonstraram que a aflição empática diminui depois de oferecida a
ajuda com um experimento em que sujeitos se deparavam com uma pessoa que demonstrava
estar tendo ataque epilético.
Os indivíduos que não ajudavam a vítima do ataque continuavam a
apresentar aflição, tremores e suores nas mãos, ao passo que os sujeitos respondiam ao
pedido de ajuda apresentavam menos sinais de perturbação.
Considerando que a aflição empática é fisiologicamente ativada, podese inferir que crianças sejam estimuladas por ela, mesmo antes que desenvolvam habilidades
cognitivas para ajudarem alguém em perigo da forma mais correta.
Hoffman observou que crianças menores de 1 ano, que não têm
consciência de individualidade, confundem a dor do outro com a sua própria, agindo como se
ela mesma estivesse sentindo dor.
Já as crianças entre 1 e 2 anos, que não têm noção de que as pessoas
têm pensamentos e sentimentos, tentam ajudar fazendo algo que agradaria a elas mesmas –
um exemplo é da criança que traz sua mãe para consolar um amigo que chora, mesmo estando
a mãe do garoto angustiado tão disponível quanto a mãe do garoto que oferece ajuda.
Crianças de 3 e 4 anos manifestavam preocupação e apresentam
comportamento de ajuda.
O ajustamento inclusivo pode ser um fator determinante do
altruísmo. Na medida em que as sociedades tornaram-se complexas, o reconhecimento de
parentesco e a avaliação custo/benefício anterior ao comportamento de ajuda ficaram
dificultados.
Para diferenciar parentes e não-parentes nesse novo ambiente, os
indivíduos podem usar a similaridade entre si e os outros como um modo alternativo de
ajustamento inclusivo. Feschbach e Roe fortalecem essa teoria com estudos que evidenciam
que garotas de 6 e 7 anos mostram maior empatia ao assistirem a slides com outras meninas
em situações que demonstram entre outras sensações, alegria e tristeza do que garotos
assistindo a slides com outros garotos nas mesmas situações.
Klein aplicou um teste semelhante, mas separou as garotas negras e
brancas. As meninas que participaram da experiência verbalizaram empaticamente com
garotas de sua própria etnia.
 Super-ativação empática
A super-ativação empática ocorre quando a ativação empática é tão
intensa que o observador volta a atenção para si mesmo em vez de voltá-la para a vítima.
Nesses casos, há pouca probabilidade de que ocorra uma ação altruísta. Isso pode ocorrer no
caso de alguém que se propõe a ajudar uma vítima de um atropelamento e quando chega ao
local do acidente sua aflição é tão intensa que este desmaia ou simplesmente sai do local,
deixando de ajudar a vítima.
Contudo, considerando-se uma situação de ausência de esperança
para a vítima, esse fenômeno pode ter sido um fator adaptativo, pois, assim, “preservando as
suas próprias energias em vez de ajudar, quando a situação não oferece esperanças, o
indivíduo continua disponível para ajudar outras pessoas, quando a ajuda pode ser mais
efetiva”.
 Auto-recompensa
Quando a vítima exibe sinais de alívio ou alegria após ter sido ajudada,
a pessoa que ajudou pode sentir alegria empática. Uma vez tendo experienciado alegria
empática, a pessoa pode sentir-se motivada a ajudar novamente de modo a sentir a alegria
empática outra vez. Essa auto-recompensa inerente na empatia não é um processo consciente
e pode ter sido um fator adaptativo.
AUTO-CONTROLE
Auto-controle é a capacidade de um controle das emoções e desejos, é
a capacidade de gestão eficiente para o futuro.
Autocontrole é sinônimo de auto-conscientização, de auto-libertação,
de auto-realização, de auto-educação, de auto-criação, de auto-transformação e de autorenascimento, individual e coletivo.
Portanto, o autocontrole é um assunto grandemente atrativo e
entusiástico para todas as consciências inconscientes e para aqueles sem segurança, sem
liberdade, sem independência, sem criatividade e sem esperança, que vivem em meio a
dificuldades imensas, impossibilitados para a realização do autocontrole.
A palavra controle é usada aqui no sentido de equilíbrio. Sem controle
não pode haver equilíbrio. Controle é equilíbrio. Controle é, exatamente, o controle da vida,
equilíbrio da vida, especialmente da vida educativa.
A base da educação da vida é a educação da criança. Por isso, para o
desenvolvimento da capacidade humana, a aplicação da filosofia do Princípio Único é
indispensável.
Existem duas formas, dois aspectos, duas ordens opostas, de
totalidade e parcialidade, de principalidade e complementação, de globalidade e
fragmentação, de força centrífuga e centrípeta, de negativo e positivo, de yin e yang, na
formação da memória, da imaginação e do entendimento.
São ordens existentes, como a da polarização antagônica entre
magnetismo e eletricidade, os sexos opostos, etc.
MEDIAÇÃO DE CONFLITOS
 A RIVALIDADE
A rivalidade entre equipes torna-se um problema somente se causar
algum dano à empresa como um todo. Às vezes é benéfica, quando equipes de vendas que
competem ferozmente levam as vendas gerais a índices cada vez mais altos, ou quando há
uma concorrência sadia de “grupos de aprimoramento” que implementam uma iniciativa atrás
da outra, a fim de eliminar custos.
Os sintomas de rivalidade problemática entre equipes são os
seguintes:






O trabalho não é feito: uma equipe joga a culpa na outra.
As informações fluem entre as equipes de forma imprevisível ou lenta, até mesmo
quando essas informações são consideradas importantes.
Quando uma equipe pede o auxílio de outra, recebe como resposta: “Isso é
problema seu”.
Geralmente as tarefas que precisam da ação conjunta de equipes passam por
dificuldades sérias.
As pessoas não apreciam — e isso de forma enfática — ser
transferidas de uma equipe para outra.
Dois tipos de iniciativas ajudam a superar a rivalidade inadequada entre
equipes. O primeiro é fazer algo que agrupe todas as equipes, ou pelo menos parte delas.
Podemos citar:

eventos sociais;

atividades de preparação de equipes, “misturando” equipes de trabalho verdadeiras;

convidar membros de outras equipes para participar de suas reuniões;

identificar os problemas comuns entre você e as outras equipes, definindo grupos que
realizarão tarefas, formados por componentes de diversas equipes, a fim de solucionar
esses problemas.
O segundo tipo de iniciativa proveitosa é apresentar formas de medir a eficácia
das equipes que incluam a observação de até que ponto uma equipe proporciona um serviço
para as equipes de colegas. Citamos como exemplos:

pedir às equipes de colegas informações sobre o que sua equipe faz que poderia
ajudar outras equipes, e o que poderiam fazer de modo diverso a fim de auxiliá-los
ainda mais;

distribuir um questionário sobre “satisfação do consumidor” de sua equipe para
outras com as quais interage;

convidar uma pessoa em cargo bastante importante dentro da empresa para
conversar com sua equipe a respeito e suas opiniões sobre até que ponto a equipe
presta um auxílio eficiente para as outras.
O CONFLITO
A maioria de nós detesta conflitos — daí expressões como “Não mexa em
vespeiro” e “Não cutuque a onça com vara curta”*. Entretanto, as equipes são como famílias:
são organizadas para tornar as pessoas mais próximas, de modo que, de certa forma, umas
dependam das outras. Logo, os riscos de se ter algum conflito são maiores.
Certos tipos de conflitos podem ser apenas “uma fase pela qual uma equipe
esteja atravessando”. Se é apenas uma questão de se lutar para conseguir lucidez, batalhar
para desenvolver uma forma por meio da qual a equipe vai realizar suas tarefas, então não
quer dizer que o conflito será destrutivo (mas o pensamento atual sustenta que não é
necessário haver conflitos antes de se ter um bom trabalho em equipe — portanto, não fique
procurando por eles!).
Como saber se o conflito interno é um problema e não uma fase de
desenvolvimento da equipe? Se qualquer um dos itens abaixo for verdadeiro, o conflito pelo
qual sua equipe está passando é, de fato, um problema:

O conflito é repetitivo.

As pessoas se magoam.

Ele não resolve problema algum.

Pode haver um tom pessoal ou amargo nele.

Você se envergonha dele.

Por causa dele, as pessoas abandonam a equipe.
O que você pode fazer a respeito?
Estruturar melhor o trabalho em equipe, para proteger as pessoas. Há maiores
probabilidades de surgir um conflito em espaços abertos. Faça reuniões mais concisas.
Deixe bem claro quais os papéis e as responsabilidades. Estabeleça limites entre as
pessoas, tarefas e eventos.
Peça a uma pessoa “de fora”, porém hábil, que trabalhe com a equipe durante um período
limitado, especificamente para resolver o conflito. Recentemente fui convidada a dirigir
uma determinada equipe de vendas por um dia.
Essa equipe estava se destruindo devido a conflitos estruturados
principalmente por um histórico de afrontas pessoais entre uma pessoa e o resto da equipe.
Seus membros precisavam discutir todos os assuntos de modo franco, de uma vez por todas, e
assim passariam a realizar as tarefas de modo diferente no futuro.
CONFRONTOS DE PERSONALIDADE
Algumas vezes, dois membros de uma equipe têm profunda antipatia
um pelo outro, não sabem conversar sem que um irrite o outro, ou precisam de ambientes de
equipe de trabalho completamente diferentes.
Um quer estrutura, outro deseja espontaneidade. Um deles se
desenvolve no barulho e na discussão, o outro com muita reflexão. Entretanto, os dois
indivíduos são necessários como parte da mesma equipe.
A primeira medida que você, deve tomar é verificar se não há um
conflito de interesses ou um conflito histórico que esteja causando o problema.

converse com os dois em separado sobre o problema, fora do contexto da equipe,
e veja quais sugestões oferecem;

defina os papéis e responsabilidades de cada um deles o mais clara e
separadamente possível;

certifique-se de que eles possam manter distância um do outro, de forma a não
desequilibrar a equipe; comece com etapas práticas, como garantir que as mesas
de cada um não fiquem muito próximas ou que, durante os eventos sociais, não
haja nada que force a intimidade.
Existem poucos objetivos de equipe que podem ser atingidos somente
se todos simpatizam uns com os outros. A abordagem “quanto mais suave melhor” que estou
sugerindo permitirá que o respeito mútuo se desenvolva, mesmo se a amizade pessoal estiver
fora de cogitação.
As equipes guardam muito mais semelhança com famílias do que
descrevemos no início do capítulo: elas acabam adquirindo hábitos ruins. Um hábito ruim que
estão inclinadas a desenvolver são os padrões de comunicação destrutivos. Eis alguns
exemplos:
O rebaixador
— tende a humilhar os outros
“Esse tipo de sugestão fora da realidade é algo bem seu, Jeff”.
“Você está brincando, não?”
O incitador
— tende a aumentar a ansiedade
“Enquanto falamos a respeito, seu grupo ainda não atendeu aos pedidos que precisamos...”
“Eu não gostaria de estar em seu lugar.”
“Que pretensão, hem?”
O cínico que não se compromete
— tende a fugir das responsabilidades
“Já vimos tudo isso antes.”
“Ai de você se fizer, e ai de você se não fizer.”
O censor
— tende a se achar superior
“Não acredito que você esteja falando sério sobre isso...”
“Você quer dizer ‘e’, não ‘mas’!”
Esses tipos de padrões de comunicação destrutivos podem aparecer
por meio de tons de voz, assim como pelas palavras. E cada equipe terá seu conjunto de
padrões favoritos.
Pela minha experiência, as equipes podem identificar seus próprios
conjuntos, e vão divertir-se bastante ao policiá-los e eliminálos. Geralmente, isso faz com que
se mostre quanto tempo e energia esses padrões desperdiçam, e como chegar a uma forma de
comunicação construtiva e criativa.
ESTUDO DO COMPORTAMENTO
Comportamento humano
É o estudo do comportamento do ser humano, e tem como
objetivo ajudar a entender as ações realizadas pelas pessoas em determinadas situações.Bem
como os motivos que condicionam tais ações,e todas as possíveis alterações que o meio e as
relações sociais, ao longo da vida,proporcionam a cada individuo.
Comportamento humano é a expressão da ação manifestada pelo
resultado da interação de diversos fatores internos e externos que vivemos, tais como:
personalidade,cultura, expectativas, papéis sociais e experiências.
O comportamento é definido como o conjunto
de reações de um sistema dinâmico em face às interações e realimentações propiciadas pelo
meio onde está inserido. Exemplos de comportamentos são: comportamento social,
comportamento humano, comportamento animal, comportamento atmosférico, etc.
Quando tratamos de individualidades, podemos definir como o
conjunto de reações e atitudes de um indivíduo ou grupo de indivíduos em face do meio social.
Em teoria de sistemas, comportamento é a resposta observável de um
estímulo. Nos animais, por exemplo, envolve essencialmente instintos e hábitos aprendidos.
Dois exemplos clássicos de comportamento são instintivo e cultural,
desenvolvidos ao extremo, são o dos insetos, por um lado, e dos mamíferos, por outro.
Enquanto que os primeiros praticamente não têm aprendizado e
nascem com quase toda a informação que precisam para sobreviver, os segundos são seres
com comportamento social e que precisam da convivência em grupo (pelo menos na infância)
para adquirir o acúmulo de sucessos das gerações anteriores, transmitido culturalmente e não
no equipamento genético. A cultura é algo que herdamos de um povo ou grupo social que nos
"pegam" influências.
Os comportamentos são divididos em duas classes: Respondente e
Operante.

Respondente ou Reflexo: involuntário; ação de componentes físicos do corpo (ex:
glândulas, sudorese, etc...);

Operante: voluntário; ação de músculos que estão sob controle espontâneo (ex:
comer, falar...); é controlado pelas suas conseqüências.
Em psicologia, o comportamento é a conduta, procedimento, ou o
conjunto das reações observáveis em indivíduos em determinadas circunstâncias
inseridos em ambientes controlados. Podendo ser descrito como uma contingência
tríplice composta de antecedentes-respostas-conseqüências, ou respostas de um
membro da contingência.
O comportamento é objeto de estudo do Behaviorismo, uma das mais
importantes abordagens da psicologia, que se iniciou no começo do século XX, e foi proposto
por John Broadus Watson.
Freud salientou a importante relação existente entre o
comportamento de um ser humano adulto e certos episódios de sua infância, mas resolveu
preencher o considerável hiato entre causa e efeito com atividades ou estados do aparelho
mental.
Desejos conscientes ou inconscientes ou emoções no adulto
representam esses episódios passados e são considerados como os responsáveis diretos de
seu efeito sobre o comportamento.
Cinco fatores que influenciam o comportamento humano:
Antropológicos ou culturais – fator relacionado a questão de cultura
de um povo ou grupo social. Por exemplo, as pessoa que freqüentam uma determinada igreja
tem hábitos semelhantes quanto a vestimenta, atitudes e comportamento em geral.
Pessoas que mudam de religião tendem a assumir novas posturas
exigidas ou recomendadas por este novo grupo. Lembro da história de um amigo que era uma
pessoa totalmente desregrada na vida. Viveu muito tempo com diversos vícios e
comportamentos anti-sociais. Determinado dia entrou para uma igreja e freqüentar. Com o
tempo passou a agir de modo mais tranqüilo, sem vícios e altamente sociável.
Sócio-Econômicos – pessoas que moram em locais mais pobres ou
ricos tem, em geral, características mais semelhantes entre si. É comum termos notícias de
pessoas que se tornaram ricas de forma rápida e passaram a agir de modo diferente com seus
amigos, parentes etc.
O contrário também ocorre. Outro exemplo é que em situações
econômicas de crise algumas pessoas podem sofrer alterações de comportamento devido a
endividamento, desemprego etc.
Biológicos ou Fisiológicos – está relacionado ao físico. Um exemplo
clássico é a mulher grávida. A alteração hormonal proporcionada pela gravidez gera em
algumas mulheres alteração no comportamento.
Também temos diversos relatos de pessoas que sofreram algum tipo
de lesão ou AVC e, posteriormente, passam a agir de modo diferente de como se
comportavam antes do acidente. A maioria passa a agir de modo mais contemplativo,
harmonioso, tolerante etc.
Ambientais – tem a ver com o local onde as pessoas moram,
trabalham, vivem. Estudos comprovam que cidades onde há maior incidência de sol as pessoas
tendem a agir de modo mais alegre, receptivo e espontâneo. Locais mais frios, com pouca
incidência de luz natural na maior parte do tempo faz que seus habitantes tenham mais
comportamentos sóbrios, depressivos e individualistas.
Em países, como o Brasil, onde temos um vasto território podemos
perceber as diferenças no modo de agir característico de cada povo. Quando as pessoas
acostumadas a uma determinada temperatura mudam para cidade ou região diferente há uma
considerável mudança de humor, que poderá ser positiva ou negativa.
Psicológicos – está relacionado ao estado emocional das
pessoas, modo como foram criadas e tratadas desde a infância até o momento atual. Pessoas
que só receberam elogios tendem a não ter noção dos limites. Aqueles que na maior parte do
tempo foram criticados por parentes, amigos, professores e outras pessoas tendem a
desenvolver uma baixa auto-estima.
Sob uma forte pressão emocional as pessoas também podem
apresentar reações inesperadas, seja de alegria ou agressividade. A perda de uma pessoa
importante pode acarretar uma mudança momentânea ou definitiva no comportamento de
uma pessoa, por exemplo.
Certamente que estes fatores não são definitivos, apenas apontam
alguns caminhos. Quanto mais analisamos estes fatores, mais conseguimos compreender
determinadas reações e atitudes humanas e suas influências.
O Comportamento humano é estudado através dos tempos
por filósofos como Platão, Sócrates, Sigmund Freud, entre outros. Na verdade poderemos
tentar aqui explicar atitudes do ser humano que nem sempre são benéficas, portanto essa
mesma palavra Atitude, tema que escolhi em um artigo passado, é a palavra com sentido
contrário neste texto.
A atitude de cada um de nós em determinadas situações,
podem influenciar ou desencadear uma situação totalmente desconfortável, inóspta a si e aos
outros também, podendo ocasionar, um desajuste no ambiente de trabalho.
Por mais que tentamos justificar fatos e atos, não conseguimos
achar uma explicação plausível, fica difícil esclarecer certas ações e situações. Costumo dizer
que o ser humano é uma caixinha de surpresa, você nunca sabe quando ele poderá ser ou não
ser verdadeiro!
Em certas situações de nossas vidas, sempre procuramos estar dentro
de um padrão, no qual achamos ser síntese de aprendizado através dos tempos, e que
trazemos de nossos pais e avós, o que é ser correto, justo e verdadeiro sempre!!!
Um aprendizado! E muitos usam essa frase bem típica para essa ocasião, "Vem
do Berço", não é bem assim! Todo ser humano tem personalidade própria, que naturalmente
vem com ele, se esse ditado fosse verdadeiro, não poderia usa-lo, pois o que diremos dos
homens que vivem à marginalidade da vida, atribuímos também a tal berço?
Acho que não!!!
Cada ser é um, não podemos atribuir aos antepassados deste, sua
atitude presente. Seria uma injustiça aos pais dessa criatura, pois em muitos casos estes são
trabalhadores humildes que defendem seu pão de cada dia, e jamais em determinado
momento de sua vida achou que seu filho criado dentro de seus padrões normais de
humildade e honestidade, fosse enveredar por caminhos tortuosos.
Para esses pais, foi uma fatalidade da vida que levou seu filho a ser um
marginal, o contrário seria esse o melhor filho do mundo e tendo como espelho seus pais.
Difícil, não?
Por isso digo o ser humano é realmente um caixinha de surpresa, por
mais que tentamos explicar não conseguimos.
Alguns dos nossos pensadores da história tentaram,
conseguiram explicar com fatos o comportamento humano, mais, como os tempos mudam, o
ser humano acompanha as mudanças, seu comportamento também toma formas e foge do
convencional, padrões até então idealizado por nossos pensadores históricos.
Fica aqui hoje algo para pensarmos:-"Devemos estar sempre atentos,
não fazendo de nossas vidas cotidianas como um ato impensado, que possa gerar uma atitude
contrária, um desconforto à nós e as pessoas que conosco convivem".
"O verdadeiro homem não é aquele que comete erros, e sim o que tem a capacidade
de admiti-los"
MENSAGEM
QUANDO O AMOR ACABA
EXPRESSÃO DOS SENTIMENTOS
SENTIMENTOS
EXPRESSÃO DOS SENTIMENTOS
Significado_dos_Sentimentos
 EXPRESSÃO DOS SENTIMENTOS
 A alegria
O altruísmo
 A amizade
O amor
 A atitude
A Bondade
 A confiança
A coragem
 A criatividade
A curiosidade
 A dignidade
O entusiasmo
 A felicidade
A franqueza
 A gratidão
 A harmonia
A honestidade
 O idealismo
O otimismo
 A ousadia
A paciência
 A persuasão
A prontidão
 A renúncia
A saudade
 A serenidade
A simplicidade
 A ternura
A tolerância
 O triunfo
 A ansiedade
A autocompaixão
 A avidez
O ciúme
 A compulsão
O desespero
 O egoísmo
A emulação
 A frivolidade
A hipocrisia
 A indiferença
A infidelidade
 A inveja
A maledicência
 O medo
O medo da morte
 A mentira
O ódio
 A perversidade
A raiva
 O ressentimento
O sensualismo
 O tédio
A timidez
 A tristeza
A vaidade
 A vulgaridade
LIDERANÇA
LIDERANÇA - GESTÃO DE PESSOAS E MOTIVAÇÃO
COMPETÊNCIAS DA LIDERANÇA
TRABALHO EM EQUIPE
Não se deve tentar mudar completamente um indivíduo, mas sim
tentar identificar suas qualidades e extrair o máximo de eficiência dentro do que for possível.
Caberá sim ao indivíduo reconhecer a necessidade de aprimorar suas habilidades de interação,
sobretudo porque o mercado tem exigido cada vez mais este atributo.
Cada um possui um jeito próprio de ser e agir, tanto sozinho como em grupo. É
o reflexo daquilo que a pessoa se tornou a partir das experiências que teve. A visão e atitude
mudam constantemente, uma vez que o passar do tempo sempre aprimora as perspectivas.
Aprende-se em todas as situações do dia-a-dia. Inclusive do ponto de
vista de trabalhar em equipe...
O excesso de competitividade também prejudica o clima
organizacional e de uma equipe. A ansiedade interfere diretamente no planejamento, que é
etapa fundamental no desempenho de uma equipe ou projeto. Logo, a demora por atingir um
consenso pode incomodar aqueles mais voltados para resultados práticos e ascenção
profissional.
1.1 - Formando uma equipe
Convém frisar que um grupo composto por excelentes profissionais
não irá funcionar bem como equipe se não houver um processo sólido e condições para
agregarem seus conhecimentos rumo a um objetivo comum. O bom entrosamento e a
celebração dos resultados são alguns dos pilares de uma equipe coesa.
A evolução é gradativa, sendo que no começo em que os
colaboradores estão se conhecendo há baixa produtividade, justamente em função da
ausência de confiança e entrosamento. Aos poucos as diferenças ganham forma e as
discussões se tornam freqüentes. Ocorrem muitas acusações e há insatisfação generalizada.
Se a equipe conseguir superar esta etapa começará a ganhar forma e
acertar o padrão de trabalho, de modo a aprimorá-lo. O clima melhora e as idéias começam a
circular de forma mais participativa e unificada. A tendência é de que com o tempo os esforços
fiquem cada vez mais alinhados, com o diálogo prevalecendo e as regras de convivência bem
definidas.
Na obra "Equipes de alta performance", os autores Jon Katzembach e
Douglas Smith apresentam o conceito de disciplina do líder único e da verdadeira equipe. O
termo disciplina não é utilizado por acaso. O foco no resultado final move as ações de ambas
as modalidades, sendo que ao final os colaboradores irão compartilhar o resultado, seja ele
satisfatório ou não. A idéia é integrar esforços e habilidades complementares, atingindo
patamares de sucesso além do que seria possível com a mera soma de trabalhos isolados.
1.2 - A disciplina do líder único
A disciplina do líder único pressupõe uma centralização na figura do
líder, de modo que ele tenha a prerrogativa de poder tomar as principais decisões, definir
metas e alterar a forma de trabalho a ser desenvolvido pela equipe. Embora possa parecer
menos eficiente, em certas situações será a disciplina mais adequada tendo em vista a
complexidade do desafio (conforme puder ou não ser atingido pela mera soma das
contribuições individuais).
Geralmente, trabalhos padronizados que demandam prazos curtos
serão melhor executados dentro do conceito de disciplina por líder único.
1.3 - A disciplina da verdadeira equipe
A disciplina da verdadeira equipe prega a divisão da liderança, de
modo que os integrantes irão contribuir efetivamente para formatar o modelo de trabalho a
ser desenvolvido, desde as formas de comunicação até a determinação das atividades a serem
executadas por cada membro e por todos coletivamente.
As decisões partem da pessoa com maior conhecimento técnico da
área, de modo que o senso de compromisso é mais intenso, à medida que todos se sentem
responsáveis pelos resultados alcançados.
A combinação integrada do know-how de cada um permite resultados
mais expressivos do que a mera soma dos talentos individuais. De fato, alguns projetos apenas
podem ser executados em equipe, sob pena de se tornarem inviáveis. É o que ocorre com
projetos que requerem grandes planejamentos e análises, acarretando impactos relevantes
para a empresa.
1.4 - Planejamento
Trata-se de um passo importantíssimo para evitar discussões futuras.
Padronizar a forma de trabalho é a primeira etapa do planejamento que existe em qualquer
projeto. Aqui os membros irão esclarecer suas dúvidas e buscar prevenir diferenças em termos
de importância e volume nos trabalhos a serem desempenhados pelos membros.
Este primeiro contato direto fornece as primeiras impressões e um
conhecimento ainda que precário acerca das características individuais. Um levantamento de
habilidades e experiências anteriores poderá representar em grandes ganhos de
produtividade, especialmente se conciliado com o estabelecimento de regras claras.
Afinal, exemplos positivos servem como referência tanto em matéria do que
aquele colaborador domina, como problemas pelos quais já passou em outras equipes e como
os resolveu.
Dentre as decisões a serem tomadas nesta etapa destacam-se, a título
de exemplo: a relação de comportamentos proibidos, a metodologia de tomada de decisões,
as ferramentas para soluções de conflitos, matrizes de tarefas, definir os meios de
comunicação, freqüência de encontros, divisão de tarefas e funções, etc.
O planejamento deve sempre ter em vista os valores e objetivos
pretendidos pela organização mantenedora da equipe. A conjuntura de quem patrocina e
solicita a formação do vínculo entre os integrantes deve nortear os objetivos traçados pelos
mesmos.
O resultado a ser perseguido dentro do prazo previamente
convencionado deverá assumir a condição de meta comum dos participantes, que irão gozar
dos benefícios de sua conquista, ou os efeitos de seu fracasso.
1.5 - Objetivos e metas
O foco no resultado é pilar estrutural do trabalho em equipe, de modo
que toda sistemática de como se desenvolverão as atividades precisará de constante
monitoramento, amparado por uma comunicação clara entre os membros.
O resultado final a ser alcançado deve proporcionar um desafio
atingível, provocando a capacidade de cada membro da equipe, desafiando-a. A primeira
medida a fazer é subdividir o objetivo em metas menores, passíveis de conquistas paulatinas e
que irão manter o foco de todos no desenrolar da atividade.
A definição em conjunto do objetivo possibilitará uma ampla discussão de
idéias e compreensão clara dos termos ao final desta etapa. Isto será importante para
coordenar os esforços na mesma linha de raciocínio e propiciar saídas alternativas e criativas
para os problemas.
A idéia central que deve nortear essas primeiras conversas é que o
objetivo deve refletir "o que foi pedido", e não "o que deveriam pedir". Uma vez assimilado o
contexto e importância do objetivo, será bem mais fácil assegurar o comprometimento mútuo.
Conflitos e Feedback
1.1 - Conflitos
Aceitar o risco trazido pelo esforço alheio pode repercutir na postura e
atitudes que adotamos para nós. Quando alguém se entrega à proposta, mas não sente a
reciprocidade, cria um embaraço e hostilidade, ainda que contidos e esperando momento
posterior para aflorar. E o acúmulo leva ao desgaste. O momento de eclosão da carga negativa
é apenas a cereja do bolo: a falta de diálogo e a atitude incorreta inviabilizam qualquer
tentativa de trabalho conjunto.
1.2 - Efeito benéfico do conflito
Todavia, a ausência de conflito também prejudica. Quando não se
questionam as idéias, muito pouco se evolui. A inércia leva ao descaso. Discussões construtivas
visam aprimorar o trabalho. Daí a importância de membros participativos e pró-ativos: tomar a
iniciativa abre portas, da mesma forma que as criticas irão delinear o melhor caminho a se
seguir.
1.3 - Como lidar com o conflito profissional
A melhor maneira de se preparar para as desavenças em âmbito
profissional é adequar nossa reação ao estímulo que o desencadeou. Existe um campo do que
é considerado "razoável" em matéria de postura e atitude, que garante a defesa de nossos
interesses e não ataca a outra parte.
Sempre que possível é recomendável evitar assumir qualquer posição
acerca de um comentário que acaba de ser feito ou chegar ao nosso conhecimento. Isso
porque sempre precisamos de um tempo para refletir e tentar descobrir a real intenção de ser
do comentário.
Uma boa forma de nos disciplinarmos é pedir explicações à pessoa
responsável pelo comentário, sempre que for possível. Isso porque previne fofocas e
interpretações errôneas, além de permitir um feedback construtivo.
E se a afirmação da pessoa tiver realmente a intenção de ofender sem
motivo aparente é uma boa forma de sair por cima da situação. Afinal, de nada adianta
prejudicar seu trabalho e se preocupar em função de críticas destrutivas.
1.4 - Reconhecendo o limite entre conflitos benéficos e problemas
O conflito positivo visa à melhoria do processo ou solução de um
problema. É a resolução de diferenças que visem acertar a forma de trabalho e de postura
entre os colaboradores. Portanto, percebe-se que a intenção deve sempre ser pautada na
intenção de aprimorar algum aspecto e abranger apenas o âmbito profissional. E aí repousa a
linha que separa os dois tipos de conflito.
Um problema ocorre quando não há qualquer benefício para o grupo daquele
impasse, seja por atingir apenas as pessoas envolvidas ou não ser proveitoso para os
propósitos da equipe. Discussões repetitivas, tons agressivos, assuntos irrelevantes e ofensas
genéricas geralmente sugerem são sinais de conflito destrutivo, devendo haver uma
intervenção para solucioná-lo ou evitá-lo.
1.5 - Tons de voz e comentários agressivos
Comentários pessimistas e irônicos também devem ser evitados a
qualquer custo. Ainda que não haja a clara intenção de prejudicar o andamento dos trabalhos,
a forma como uma frase soa pode desestimular o espírito da equipe e gerar discussões mais
calorosas.
O ideal é que não se chame atenção de forma pejorativa ou irônica
para comentários dos outros, ou sugestões dadas pelos mesmos. Quando alguma postura
desta natureza for identificada deve ser desde logo rechaçada veementemente, para que não
volte a ocorrer.
1.6 - Técnicas para administrar um conflito
O diálogo entre duas pessoas tenderá sempre a um choque de valores,
uma vez que todos nascemos e crescemos diferentes. O conflito surgido poderá servir para o
aprendizado mútuo, ou servirá como desculpa para travar uma forte discussão, visando-se a
imposição das próprias idéias como correspondendo àquela mais sábia.
Quando se percebe que a discussão pode levar a um mal-estar,
algumas medidas podem ser tomadas:

Imposição: o líder da equipe ou superior hierárquico intervém, encerrando a discussão
ao determinar unilateralmente os efeitos. Ou seja, uma pessoa de fora irá determinar
a forma de resolução daquele conflito, podendo haver inclusive alguma punição.

Adiamento: evita-se o assunto ou fato que motivou a discussão. É uma forma bastante
precária que visa apenas resguardar o grupo em curto prazo, em razão de uma medida
urgente que esteja pendente. Logo, o grupo irá apenas fingir que nada aconteceu e
solicitar que aquilo não se repita, pois existem questões de maior importância a serem
resolvidas.

Conciliação: sendo possível, as partes entrarão em acordo, ainda que forçado. Cada
um cederá em parte seu propósito e o assunto se encerra. Não é necessário que os
dois estejam juntos no momento, mas que aceitem o que for melhor para o grupo,
ainda que isso não os satisfaça completamente.

Intermediação: um terceiro senta-se com as partes envolvidas e busca uma solução
que agrade a ambos. É sem dúvida a forma mais adequada de se resolver a questão
sem causar seqüelas ou insatisfação contida de uma das partes. É uma busca pelo
ponto de discórdia e propositura de soluções, que pode levar algum tempo, mas que
visa resguardar o bom clima geral no grupo por meio da transparência.
1.7 - Feedback
O termo é utilizado para expressar todo tipo de informação captada
por um interlocutor, no sentido de chamar sua atenção para uma característica positiva ou que
deva ser aprimorada. São estímulos que enaltecem e valorizam a conduta de um indivíduo,
podendo assumir ainda a condição de crítica construtiva visando uma mudança de
comportamento.
Deve existir sob a plataforma de via de mão dupla, permitindo ao receptor
fazer críticas em momento oportuno, ou na mesma ocasião, desde que não pretenda apenas
se defender. A finalidade deve sempre ser de aprimoramento do desempenho da pessoa ou do
grupo como um todo, resguardada a hipótese de configurar apenas um elogio.
A chave de um feedback está na abrangência do comentário: uma
crítica construtiva geralmente se refere a um fato específico, geralmente sendo dado em
particular e num tom ameno. A crítica destrutiva geralmente é focada na própria pessoa de
forma genérica, que pode inclusive ensejar uma postura defensiva por parte do receptor da
mensagem.
O momento e utilidade dos comentários também contam bastante.
Nem todos recebem bem as críticas, por melhor que seja a intenção. Desde que a intenção
seja realmente a melhoria de algum aspecto na conduta do receptor, o interlocutor deve ser
incentivado a auxiliar os demais colaboradores, com todo tipo de comentário pertinente e
elaborado na ocasião certa.
Outra dica muito útil se refere também ao formato do feedback. É
interessante evitar ao máximo a subjetividade ou impressões, para não descaracterizar o
propósito que é de ajudar. Quanto menos a pessoa mencionar motivos ou suposições, mais
crédito seu comentário terá em relação ao receptor.
Feedbacks positivos e bem dosados num ambiente público podem ser
a chave para desenvolver a confiança e contagiar o restante da equipe, embora essa
ferramenta deva ser usada com cautela para não gerar ciúmes.
Elogios utilizados em demasia perdem seu efeito estimulante, devendo
ser usado principalmente em situações em que se perceba uma entrega destacável, com uma
contribuição efetiva e de grande repercussão para os objetivos do grupo.
Papéis e Reuniões
1.1 - Funções nas equipes
O verdadeiro trabalho de equipe agrega os valores e atributos dos
colaboradores, amparado pelo princípio de que todos são diferentes. Sendo assim, poderá
haver pessoas mais ou menos participativas, organizadas, metódicas, apaziguadoras, ou até
mesmo dominadoras e desinteressadas. Algumas das funções que usualmente figuram nas
equipes são:
* identificar critérios de desempenho e traça estratégias de ação;
* fazer uso da visão sistêmica para entrelaçar recursos;
* criticar construtivamente o processo e as idéias, comentando os passos dados;
* auxiliar na assimilação de alguns conteúdos necessários para a execução das tarefas;
* promover o diálogo entre os integrantes, intermediando conflitos e fomentando a
confiança recíproca;
* incentivar os demais membros, elogiando avanços e contribuições;
* dar suporte às discussões ouvindo atentamente as idéias e ponderando sua viabilidade;
Mas há também algumas funções negativas que podem aparecer, tais como:
* impor autoridade e forçar aceitação das próprias idéias;
* contestar os passos dados, por puro descrédito ou por se sentir contrariado;
* desqualificar idéias e opiniões, zombando dos colegas para parecer engraçado;
* falar bastante como forma de enaltecer os próprios feitos e se vangloriar deles;
1.2 – Brainstorm
O preceito básico da técnica do brainstorm é de que o grupo deva
estar focado em criar o maior número de idéias o mais rapidamente possível. Não apenas
idéias tradicionalmente aceitas ou sequer atingíveis num primeiro instante devem ser
sugeridos como toda e qualquer idéia que tenha relação com o problema. Logo, toda idéia
deve ser considerada e nenhuma pode ser censurada.
E não apenas do ponto de vista da propositura de idéias o procedimento é
válido. O clima de descontração e o estímulo à participação fortalecem os laços entre os
colaboradores de tal forma que o trabalho se torna prazeroso e interessante.
1.3 - Reuniões
O contato físico direto é importante para consolidar o espírito
coletivo e o senso de responsabilidade mútuo. O incentivo à participação efetiva é um
incentivo à integração de todos e uma grande oportunidade de celebrar resultados e elogiar
posturas publicamente.
Nessas ocasiões é possível reforçar e exercer a manutenção
dos compromissos assumidos, fiscalizando posturas e criando um espaço de comunicação
direta entre os membros.
Esses encontros podem servir apenas para atualizar os membros quanto aos
avanços conquistados, problemas surgidos e decisões tomadas. Nestes casos haverá pautas
fixas e um caráter precipuamente administrativo em relação aos progressos e informações.
Contudo, pode ser também uma oportunidade para solucionar algum empecilho...
Nessas reuniões é aconselhável que a pauta seja divulgada com
antecedência para que os membros se preparem adequadamente. Deve haver parâmetros
definidos sobre o que deve ser decidido e as dificuldades que deverão ser superadas.
Cada circunstância ensejará uma postura apropriada, com definição de
papéis antes, durante e depois do encontro. Será importante uma participação ativa do líder
para não deixar a discussão perder a produtividade.
Alguns fatos observados nessas situações podem sugerir sinais de
desgaste ou ineficiência da equipe. É o caso de atrasos e faltas dos colaboradores, falta de
avanço na discussão dos tópicos, sensação de tédio e improdutividade, discussões irrelevantes,
pessoas que querem resolver de qualquer forma.
Tudo isso são indícios de que as reuniões não estão sendo bem
conduzidas, ou que a equipe não está em sintonia.
Outro ponto crucial é o referente à contribuição democrática dos
integrantes da equipe. O fato de haver várias pessoas pode servir de justificativa para que uns
se omitam, chancelados pelo fato de que o restante irá dar conta do recado.
Acontece que esta postura desestimula os demais e gera um prejuízo
significativo.
A chave acaba sendo fomentar a confiança motivacional de todos,
celebrando resultados e cobrando a participação efetiva e igualitária de todos.
1.4 - Consenso
Numa equipe eficaz o conflito é de certo modo estimulado até que se
atinja um certo nível de maturidade e discussão, disso nós já sabemos. Não se deve pretender
alcançar unanimidades, pois isso pode significar uma ausência de críticas e melhorias às idéias
originais. O ideal é que se busque o consenso.
Todos devem respeitar e escutar atentamente o ponto de vista do
outro, devendo ser capaz de, ao final da exposição, explicar a essência da idéia apresentada.
Uma vez que todas as propostas sejam ouvidas, tentar-se-á extrair o melhor de todas elas.
Uma vez que todas as idéias sejam efetivamente compreendidas, fica
mais fácil aceitar a escolha do grupo pela que parecer mais sensata.
1.5 - Análise crítica
Alison Ardingham, na obra "Trabalho em equipe", traz o modelo de avaliação
PERFORM, como mecanismo de monitoramento da eficiência da equipe. São algumas
questões que sintetizam bem o objetivo de analisar o andamento das tarefas.

Produtividade: A equipe está realizando trabalho suficiente?

Empatia: Os membros da equipe sentem-se à vontade uns com os outros?

Regras & objetivos: Eles sabem o que devem fazer?

Flexibilidade: Estão abertos para influências e contribuições externas?

Objetividade: Eles dizem o que pensam?

Reconhecimento: Elogiam-se uns aos outros e divulgam seus resultados?

Moral: As pessoas querem fazer parte dessa equipe?
A dificuldade, portanto, não está expressar-se de modo a convencer
ninguém, e sim estar aberto às escolhas que integrem o melhor das opiniões manifestadas.
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