. Rio Grande/RS, Brasil, 23 a 25 de outubro de 2013. O USO DA EMPATIA POR PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM: UMA REVISÃO INTEGRATIVA ANDRADE, Tamires Gonsalves de CARVALHO, Deciane Pintanela de BORGES, Liane Rodrigues COSTA, César Francisco Silva da SILVEIRA, Rosemary Silva da FERNANDES, Geani Farias Machado MENDES, Daniel Pinho FERREIRA, Simone Zanotta VAGHETTI, Helena Heidtmann [email protected] Evento: Congresso de Iniciação Científica Área do conhecimento: Ciências da Saúde Palavras-chave: Empatia, Enfermagem 1 INTRODUÇÃO: A empatia na enfermagem se constitui a partir da ferramenta de comunicação no processo de trabalho do cuidado, prestando assistência na integralidade do sujeito, suas crenças, em um tratamento digno, por meio do diálogo entre o enfermeiro e o paciente e seus familiares, escutando e compreendendo os sentimentos, emoções e sensações expressadas. (BECK, 2007). O objetivo desta revisão foi conhecer e caracterizar a produção científica sobre empatia na Enfermagem. 2 MATERIAIS E MÉTODOS: Trata-se de uma revisão integrativa realizada no primeiro semestre de 2012 que envolveu cinco etapas: formulação do problema, coleta dos dados, avaliação dos dados coletados, análise e interpretação dos dados, e apresentação dos resultados. (SOUZA; SILVA; CARVALHO, 2010). A formulação do problema se caracterizou pela questão norteadora: como é caracterizado o uso da empatia por profissionais de enfermagem na produção científica? Para a coleta de dados utilizou-se as bases de dados LILACS, Scientific Electronic Library Online (Scielo) e CINAHL, por meio dos descritores: “empatia” e “enfermagem”. Estabeleceram-se como critérios de inclusão: artigos em português; publicados no período de 2007 a 2011. Os critérios de exclusão foram: artigos sem acesso ao texto completo; não disponíveis online. Para análise se utilizou leitura criteriosa dos estudos para verificar a aproximação com a temática. 3 RESULTADOS e DISCUSSÃO: Dos 9 artigos que corresponderam aos critérios, 7 (77,7%) tiveram como local as instituições hospitalares, sendo 3 (33,3%) em unidade de pediatria, 2 (22,2%) em unidade de terapia intensiva, 1 (11,1%) a emergência e 1 (11,1%) hospital geral. Em contrapartida, a atenção básica apresentou 2 artigos (22,2%) em unidades com Estratégia Saúde da Família (ESF) .A partir da leitura criteriosa dos artigos classificados foram categorizados dois grupos para análise: “A empatia como ferramenta de comunicação e humanização” e “Empatia e sofrimento do trabalhador”. “A empatia como ferramenta de comunicação e humanização” é destacada em diversos estudos . Rio Grande/RS, Brasil, 23 a 25 de outubro de 2013. Faquinello (2007), Dias (2008), Chaves (2008), Carneiro (2009), Costa (2009), Haddad (2011), Maranhão (2011) onde a comunicação e humanização da assistência ao paciente e/ou familiares contribui para um cuidado compartilhado. Para Haddad (2011), a comunicação verbal e não-verbal constitui-se como importante ferramenta nas relações enfermagem e paciente podendo potencializar ou enfraquecer a assistência, conforme o estilo de comunicação adotado. Assim, o profissional de enfermagem utiliza a empatia no cuidado humanizado e situações dilemáticas do agir levando em conta a subjetividade de crenças, e ética profissional para as tomadas de decisões (CHAVES, 2008). Já a “empatia e sofrimento do trabalhador”, de acordo com estudos realizados por Chaves (2008), Silveira (2009), Belancieri (2010), evidenciaram esse sofrimento de trabalhadores que absorvem os sentimentos derivados da identificação empática no cuidado a pacientes com carga emocional intensa. Belancieri (2010) observou que os profissionais de enfermagem sofrem com estresse relacionados com o ambiente físico, psíquico e organizacional, podendo comprometer a saúde do trabalhador, o rendimento profissional e a qualidade da assistência prestada. 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS: Observa-se que a preocupação em prestar o cuidado ao paciente de forma humanizada e o ambiente de trabalho são capazes de gerar estresse e desconforto,. Os profissionais são afetados diariamente pelo estado emocional daqueles para os quais prestam o cuidado, sendo pela empatia que estes se tornam vulneráveis e sem ela, frios e indiferentes. REFERÊNCIAS BECK CLC, GONZALES RMB, DENARDIN JM, TRINDADE LL, LAUTERT L. A humanização na perspectiva dos trabalhadores de enfermagem. Texto e Contexto Enferm, Florianópolis, 2007 jul-set; 16(3):503-10. CARVALHO, W.B; PEDREIRA, M.L.G; AGUIAR, M.A.L. Nível de ruídos em uma unidade de cuidados intensivos pediátricos. Jornal de Pediatria, v. 81, n.6,p.495498, 2005. 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