Discurso da Diretora do IPUSP, Emma Ottta

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COMEMORAÇÃO DOS 40 ANOS DO IPUSP
Discurso da Diretora Profa. Emma Otta
01.08.2011
Acabamos de ouvir memórias da Psicologia na USP e da criação
do Instituto, contadas pela Profa. Ecléa Bosi e pelo Prof. Arrigo
Angelini e que também suscitam em nós muitas lembranças. Na
comemoração dos 40 Anos do IPUSP somos desafiados a fazer um
balanço do que aconteceu no passado e do que desejamos e
esperamos para o futuro, tendo sempre como meta o Instituto de
Psicologia como modelo de qualidade no ensino, na pesquisa, no
atendimento à comunidade e na divulgação do conhecimento
produzido. Gosto de usar a imagem do deus Janus, o guardião das
portas e do início e do fim dos ciclos, que olha para o passado com a
face velha e se volta ao mesmo tempo para o futuro com uma face
jovem. A área da Psicologia apresenta-se em franco desenvolvimento,
com idéias criativas, novas teorias e aplicações práticas para melhorar
a vida das pessoas na escola, no trabalho, na saúde. Todos os meses
aparecem
descobertas
novas
e
significativas
nos
periódicos
acadêmicos e muitas delas chegam rapidamente à sociedade, através
da divulgação feita pela mídia. Pontes estão sendo construídas entre
áreas de conhecimento antes separadas. Por exemplo, é o que se
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constata em periódicos como Neuropychoanalysis, que visa facilitar a
consiliência entre psicanálise e neurociência.
Nosso curso prepara os alunos para a atuação profissional. Além
de oferecer uma sólida base teórica, oferece estágios supervisionados
nas várias áreas da psicologia no Centro de Atendimento Psicológico,
em que são atendidos gratuitamente moradores da região da
subprefeitura do Butantan e a comunidade USP. O trabalho que é
desenvolvido no CAP baseia-se nas contribuições pioneiras de Raquel
Rosemberg, Maria Margarida Carvalho, Durval Marcondes, Amina
Maggi entre outros.
Temos interação ativa com o Hospital Universitário e estamos
sempre conversando com a superintendente Profa. Sandra Grisi sobre
a possibilidade de ampliação da nossa parceria. A Divisão de
Psicologia no HU, primeiro sob a coordenação da Profa. Elisa Parayba
e agora da Profa. Martha Hubner, está cheia de projetos. Através da
profa. Ianni Scarcelli a psicologia está representada na Comissão de
Saúde da Zona Oeste. Recentemente, submetemos Profa. Sandra
Grisi e eu, em parceria com o Instituto de Saúde, à Agência USP de
Inovação, na área das chamadas tecnologias leves, um Projeto de
Intervenção com bebês envolvendo a tríade pai-mãe-bebê.
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Concordamos com a Pró-Reitora de Graduação, profa. Telma
Zorn, que “em adição ao conhecimento acadêmico e profissional, a
educação superior deve estimular o desenvolvimento pessoal e a
responsabilidade social, encorajando os estudantes a assumirem a
condição de cidadãos.” Os nossos alunos são incentivados a se
envolver em projetos sociais, especialmente nas disciplinas de Ações
Comunitárias I e II. Na extensão destaca-se também a participação no
Programa Bandeira Científica, realizado anualmente em conjunto com
várias unidades da USP e que recebeu em 2009 o Prêmio Cidadania
Sem Fronteiras. A Profa. Ecléa Bosi idealizou, em 1991, o Programa
Universidade Aberta à 3ª Idade junto à Pró-Reitoria de Cultura e
Extensão, que permanece sob sua coordenação até hoje. Temos
discutido com a Profa. Maria Arminda do Nascimento Arruda novos
projetos na área de Extensão em articulação com pesquisa e formação
de recursos humanos.
Em meados da minha gestão fui procurada por representantes
da SPTrans, que coloquei em contato com o Prof. Marcelo Ribeiro e a
psicóloga Anete Farina. Fiquei satisfeita em saber que se abriu mais
uma oportunidade de estágio para nossos alunos. Um desdobramento
dessa experiência é a proposta de uma Empresa Junior, sem fins
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lucrativos, por nossos alunos de graduação, proposta que será
apreciada na próxima reunião da Congregação. Recentemente fui
procurada pelo Diretor do IML Dr. Roberto Souza Camargo e fizemos
algumas reuniões. A Profa. Henriette Morato, a Profa. Maria Julia e o
Prof. Andrés estão desenvolvendo uma proposta e provavelmente
mais oportunidades de estágio serão abertas para os nossos
estudantes. O Dr. Camargo gostaria que a psicologia participasse da
elaboração de um protocolo nacional para atuação em situações de
desastres de massas. Os psicólogos podem ajudar pessoas em
situações de estresse pós-traumático e consideramos muito boa a
idéia do Dr. Camargo. Estamos conversando sobre a estruturação de
um convênio entre o IML e o IPUSP.
Dei estes exemplos para ilustrar a diversidade de áreas em que a
psicologia pode atuar. Certamente, o leque de oportunidades que se
oferece hoje aos alunos é maior do que se ofereciam quando ingressei
como aluna do curso de graduação em 1970 e a tendência é ampliar
mais. Mas as bases já estavam estabelecidas naquela época e é a
partir desta sustentação sólida que ocorre a inovação e a ampliação de
oportunidades.
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Além da sua atividade de extensão integrada com a formação de
recursos humanos, destaco a importância das pesquisas que são
realizadas no Instituto de Psicologia, tanto pesquisas aplicadas quanto
pesquisas básicas. A Psicologia da USP ocupa hoje o primeiro lugar
no Ranking Ibero-Americano de psicologia que avalia 902 instituições
de 30 países, 28 da América Latina mais Espanha e Portugal. Nós
participamos da construção do conhecimento científico de ponta, em
redes, envolvendo parceiros nacionais e internacionais. Incentivamos o
intercâmbio de estudantes de graduação e pós-graduação, o que é
facilitado pelas redes de pesquisa dos docentes e pelos convênios
firmados. Temos discutido o tema da internacionalização com o Prof.
Adnei Melges de Andrade, Pró-Reitor de Relações Internacionais, e
com o Prof. Vahan Agopyan, Pró-Reitor de Pós-Graduação. O número
de intercâmbios aumentou muito com a criação de uma Comissão de
Convênios, que é coordenada pela Profa. Maria Inês. É uma
preocupação nossa que o conhecimento de ponta produzido no IP
chegue à sala de aula e que nossos alunos não fiquem restritos
apenas ao conhecimento dos manuais e livros textos. Empenhamo-nos
também para que os alunos participem do processo de construção de
conhecimento e que sejam tocados pelo gosto da investigação
científica. Além das aulas teóricas nossos alunos têm disciplinas com
parte prática que envolve observação e experimentação. Têm
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oportunidade de prosseguir a atividade de pesquisa iniciada nas
disciplinas obrigatórias em disciplinas optativas de Treino de Pesquisa.
Incorporando a prática da pesquisa na sua formação acreditamos que
eles serão melhores profissionais. Tenho conversado com o Prof. Zago
sobe a importância que damos para a formação científica dos nossos
alunos.
O Instituto de Psicologia é reconhecido pela pluralidade do
conhecimento que abriga. Esta é uma marca da Universidade de São
Paulo em geral e também do nosso Instituto. Cito aqui um texto que foi
publicado na Folha de São Paulo intitulado “O caminho”, de autoria do
nosso colega da filosofia, Vladimir Safatle. Diz ele,
“as universidades brasileiras são das poucas no mundo a oferecer,
atualmente, formação realmente plural. Nossos estudantes recebem
uma visão não estereotipada de psicanálise, psicologia cognitivocomportamental, etologia, psicologia analítica, discussão crítica sobre
práticas asilares, entre outros assuntos. Prova da maturidade de um
campo de pesquisas capaz de não ver a multiplicidade de suas vozes
como um problema a ser apagado o mais rápido possível. É isto que
ensinamos de melhor para os nossos alunos.”
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Concordo com nosso colega que aquilo que a universidade tem
de melhor é a sua capacidade de inovação e de resolver problemas. É
o que garante à Universidade de São Paulo o papel de liderança no
ensino, na pesquisa e na extensão.
Inauguração dos Laboratórios Didáticos
Estamos inaugurando hoje os Laboratórios Didáticos das áreas
básicas do Curso de Graduação em Psicologia, onde os alunos
realizarão a parte prática das disciplinas básicas de Análise
Experimental do Comportamento, Psicofisiologia Sensorial, Motivação
e Emoção, Etologia e Comportamento Animal. O projeto foi iniciado há
duas gestões. A construção foi subvencionada pela Reitoria e
coordenada pela Coordenadoria de Espaço Físico. Quero deixar
registrado o empenho da Profa. Maria Helena Patto, Diretora que me
antecedeu, na obtenção da verba para a construção dos Laboratórios
Didáticos. Agora, o projeto está concluído e faremos logo mais sua
inauguração. Conseguimos cumprir os prazos combinados com o Prof.
Rodas e o Prof. Massola, entregamos o Bloco 17, local onde os
laboratórios estavam temporariamente instalados, e desejamos êxito
na reurbanização da “barracolândia”. O Bloco 17 foi um dos 19
barracões que foram importantes para a Universidade quando, na
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década de 60, a USP trouxe Unidades que estavam fora do campus
para dentro da Cidade Universitária.
A história dos laboratórios didáticos das disciplinas básicas
começa num porão do Palacete da Alameda Glete, passa pelo Bloco
10, onde hoje fica um dos prédios da FEA, continua no Bloco 17,
espaço onde deverá ser construído o Centro de Difusão Internacional,
como parte do Projeto de Requalificação dos Barracões, e agora
ganha reconhecimento através de instalações definitivas e integradas
no espaço da psicologia. Essa história, que começa no porão, nos
ensina que importantes descobertas científicas podem ser feitas com
muito pensamento, com recursos relativamente modestos e muito
entusiasmo de docentes, técnicos de apoio e alunos. Vejo aqui hoje o
Sr. Flaviano, técnico aposentado, que faz parte da história tão criativa
dos nossos laboratórios didáticos.
Para lhes dar uma idéia do Porão da Glete vou recorrer a um
texto que foi escrito pela profa. Raquel Kerbauy intitulado O cientista
que ensinava, em homenagem a Fred Keller.
“Éramos alunos de
graduação (...) encantados com experimentação e com teorias,
descobrindo as muitas faces e controvérsias da Psicologia (...).”
Reunindo-nos periodicamente numa das salas (...), lá onde estava a já
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velha caixa de Skinner denominada afetuosamente de “Ermelinda”,
discutíamos sobre possíveis projetos, que hoje, olhando para trás, não
me parecem tão ingênuos ou desprovidos de relevância. O rato branco
com seu jeito sempre explorador era nosso objeto de interesse: nós
também nos sentíamos exploradores.
Em retrospecto, vejo que o porão da Glete e os laboratórios do
Bloco
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foram
exemplares
em
inventividade
e
inteligência;
professores, alunos e técnicos criavam a partir do nada.
Raquel destacou-se com Maria Amélia, Carolina e Keller por
divulgar no Brasil a metodologia de ensino conhecida como Sistema
Personalizado de Instrução. Mário Guidi encontrava os meios de
montar todos os equipamentos. No laboratório era possível por em
prática princípios da Análise Experimental do Comportamento, usando
contingências e relações funcionais como instrumentos para o estudo
de
interações
organismo-ambiente.
Aprendemos
muito
sobre
processos básicos de aprendizagem por condicionamento operante,
estabelecimento
de
controle
por
estímulos,
discriminação
e
generalização, controle por esquemas de reforçamento simples e
complexos.
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Aprendermos muito com as práticas de observação do
comportamento de auto-limpeza de moscas domésticas idealizadas
pelo prof. Fernando Ribeiro, reconhecendo a complexidade por trás da
aparente simplicidade do comportamento das humildes moscas.
Animais adultos ou recém-eclodidos, antes que tivessem tido a
oportunidade de realizar o padrão completo, foram submetidos a
amputações
variadas
e
a
diversas
condições
de
equilíbrio.
Comparações eram feitas com animais intactos e os resultados
suscitavam reflexões sobre estereotipia e plasticidade.
Aprendemos
muito
também
com
as
observações
do
comportamento de aranhas sob supervisão do prof. César Ades.
Lembro que eu me enganei diante de duas teias de Nephila cruentata
achando que eram de espécies diferentes. O prof. César me explicou
com muita paciência e bom humor que se tratava da mesma espécie
Nephila cruentata. Esta aranha constrói uma teia circular até uma
determinada fase do seu desenvolvimento e, daí em diante, passa a
construir uma teia semi-circular com um refúgio superior de formato
tubular. Esta observação propiciou oportunidades de reflexão sobre
questões de ontogênese e filogênese.
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Com Arno Engelmann os alunos realizavam estudos sobre
estados subjetivos e movimentos expressivos. Arno teve também a
idéia de encorajar os alunos a replicar experimentos decisivos do
estudo da percepção humana. Eles tinham que arranjar os locais e
fazer os equipamentos. E funcionava. Arno orientava tudo isso,
paralelamente aos seus importantes estudos teóricos e suas
igualmente exemplares investigações empíricas.
E o que fazia Arno, fazia também Dora Fix Ventura em
Psicologia Sensorial, conseguindo montar exercícios de alta precisão
em cubículos improvisados, criando, de novo a partir do zero, as
condições para suas próprias pesquisas que levaram, a ela e a seus
alunos, a descobertas tão interessantes.
Permitam-me repetir: é possível fazer descobertas importantes
com recursos menos fartos do que os que têm os países mais ricos. A
origem dos laboratórios didáticos do Instituto de Psicologia é um belo
exemplo.
Trouxe alguns exemplos entre tantos outros, mas é claro que não
posso passar a outro assunto sem homenagear o Professor Walter
Hugo. Foi ele a principal força criadora do que aconteceu na Alameda
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Glete e no Bloco 10, e antes disso, em sua própria casa. Seus
experimentos com a formiga Paratrechina fulva estavam à frente do
seu tempo e ainda hoje seus resultados são um importante desafio
teórico.
A inauguração dos laboratórios didáticos trouxe-me essas
recordações creio que preciosas para todos nós. Falei de alguns
momentos do passado mais remoto; foi preciso escolher, sacrificando
várias outras passagens importantes. E não falei do que veio depois
com os trabalhos de todos os professores e técnicos que estão aqui
hoje; meu discurso não teria fim. Na hora de escrever, tive que coibir
meu desejo de fazer referências concretas às realizações do IP nas
últimas décadas. Vocês sabem que eu adoro falar de nossas
conquistas, tanto é assim que me especializei nos relatórios da
CAPES. E agora, vendo-os aqui, tenho novamente que reprimir a
tentação de fazer as referências nominais a cada um dos
Departamentos. Mas é claro que não dá, o discurso não teria fim. Fica
para a festa dos 50 anos. Só que quem fizer o discurso dos 50 anos do
IP vai ter uma equação sem solução, pois as referências terão de ser
muito numerosas.
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O convite que Vocês fizeram a gentileza de atender anuncia que
minha fala seria sobre o futuro. Era um anúncio de um discurso que
ainda não fora escrito. Título anunciado, comecei a escrever.
Hesitantemente, fui entoando elogios às novas instalações, à
qualidade da construção, ao conforto dos espaços e outras facilidades
do prédio etc. Fui alinhavando alusões ao progresso, à superioridade
do novo sobre o antigo, à modernidade, e assim por diante. Percebi
logo que era tudo bobagem, só clichês.
Frustrada, sabem o que eu fiz? Apaguei o texto, e fui até lá, aos
laboratórios. Numa hora morta, em silêncio, fui lá, sozinha, pedir a
eles, aos laboratórios, que me ensinassem o que dizer sobre o futuro.
Aguardei algum tempo, como uma consulente à espera do oráculo,
mas nada.
Dei-me conta de que o futuro está vazio. Ele é um livro antes de
ser escrito, uma aula antes de ser dada, uma descoberta antes de ser
feita, é como meu discurso antes de ser escrito. Em contraponto, o que
me veio à mente foram as lembranças do passado, algumas das quais
contei a Vocês. O passado está cheio, repleto das nossas realizações
e das daqueles que nos antecederam. Por mais felizes que estejamos
com os novos laboratórios, eles estão lá, neste momento, vazios e
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silenciosos, sem nenhuma história, nenhum conteúdo. Não há nada a
dizer sobre eles, pois ainda não têm valor. Foi assim que entendi a
resposta silenciosa.
Desisti de esperar, e já ia saindo quando ouvi algo. Eles me
disseram, finalmente, que o futuro cabe a nós e aos que nos
sucederem. Eles vão funcionar, mas pedem inovação e inteligência.
Contaram-me que esperam de nós e dos que vierem depois a mesma
audácia e a mesma determinação dos que estavam na minha
memória. Entendi, saí de lá e perambulei um pouco pelo Instituto, na
quietude daquela hora. Em toda parte, ouvi o eco daquele recado. Não
são só os laboratórios; o Instituto todo espera que o futuro seja
construído com a audácia e a determinação dos que o inventaram.
Lançamento do Livro dos 40 anos do IPUSP
Além da inauguração dos Laboratórios Didáticos, estamos
lançando hoje o Livro dos 40 Anos do IPUSP e o site do Centro de
Memória. O livro foi organizado pelo Prof. Paulo de Salles Oliveira,
Cynthia Maninni e por mim, com um grande número de colaboradores.
Conta a história a partir da experiência de pessoas que viveram o
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início do curso de psicologia na faculdade de filosofia e a criação do
instituto. Inclui capítulos da Profa. Ecléa Bosi e do Prof. Arrigo Angelini,
que tivemos oportunidade de ouvir aqui hoje, e também da Profa. Elza
Granja, que levou a nossa Biblioteca ao patamar de excelência que
tem hoje. O livro apresenta também dados e reflexões acerca do que
hoje realizamos no ensino, na pesquisa e na extensão universitária, e
projetos de nossas pretensões futuras, firmando laços com centros de
excelência acadêmica, que estão além das nossas fronteiras.
Lançamento do Site do Centro de Memória
Estamos lançando também hoje o Site do Centro de Memória do
Instituto de Psicologia, que está sob responsabilidade de uma
Comissão integrada pelo Prof. César Ades, pela Profa. Ecléa Bosi e
pela Angélica Sabadini, com apoio de uma equipe técnica, e que visa
divulgar a história da Psicologia na USP. O site aumentará a
visibilidade do acervo e das atividades do Centro de Memória sediado
na Biblioteca Dante Moreira Leite. Por exemplo, o Livro dos 40 Anos
do IP estará disponível no site em versão digital. Todos são
convidados a navegar pelo site www.usp.br/centrodememoriaip, que
está sendo projetado na tela.
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Agora podemos navegar um pouco juntos pelo site para
conhecer o trabalho que foi desenvolvido e a partir daí podem surgir
idéias de novos projetos. Começo destacando o desenho do Palacete
da Glete, que é uma colaboração do Prof. Carlos Ribeiro Vilela.
Nossos agradecimentos ao Prof. Vilela.
Abaixo do Palacete esquemático da Glete aparece o item
COLABORE, em que a comunidade é convidada a ajudar a construir o
site, contribuindo com sugestões e materiais para as diversas seções,
bem como com projetos para os Arquivos Históricos, ajudando a
fortalecer a memória da Psicologia.
Em Eventos encontramos um link para a comemoração dos 30
anos do IPUSP. Vemos vários de Vocês 10 anos mais jovens.
Em Arquivos Históricos encontramos arquivos de Carolina Bori,
de Dante Moreira Leite, da Figueira da Glete e de Fred S. Keller.
Cumprimento a Comissão pelo notável trabalho de compilação
realizado. Tenho certeza que muitas pessoas irão navegar pelo site e
que Vocês receberão cumprimentos e idéias sobre novos projetos. Eu
mesma já pensei em alguns Arquivos: Annita de Castilho e Marcondes
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Cabral, Rachel Léa Rosenberg, Ligia Assumpção Amaral, Maria
Amélia Matos.
Deixo para cada um o convite para navegar com calma pelo site
e para colaborar com o fortalecimento da memória da Psicologia na
USP.
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