i UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA FLÁVIA LAMBERTI PIVOTO CIRURGIA BARIÁTRICA: CONSTRUÇÃO DE MATERIAL EDUCATIVO À PACIENTES E FAMILIARES FLORIANÓPOLIS (SC) 2014 UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA FLÁVIA LAMBERTI PIVOTO CIRURGIA BARIÁTRICA: CONSTRUÇÃO DE MATERIAL EDUCATIVO À PACIENTES E FAMILIARES Monografia apresentada ao Curso de Especialização em Linhas de Cuidado em Enfermagem – Enfermagem nas Doenças Crônicas não Transmissíveis do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina como requisito parcial para a obtenção do título de Especialista. Profa. Orientadora: Drª Luciara Fabiane Sebold FLORIANÓPOLIS (SC) 2014 FOLHA DE APROVAÇÃO O trabalho intitulado CIRURGIA BARIÁTRICA: CONSTRUÇÃO DE MATERIAL EDUCATIVO À PACIENTES E FAMILIARES de autoria da aluna FLÁVIA LAMBERTI PIVOTO foi examinado e avaliado pela banca avaliadora, sendo considerado APROVADO no Curso de Especialização em Linhas de Cuidado em Enfermagem – Enfermagem nas Doenças Crônicas não Transmissíveis _____________________________________ Profa. Dra. Luciara Fabiane Sebold Orientadora da Monografia _____________________________________ Profa. Dra. Vânia Marli Schubert Backes Coordenadora do Curso _____________________________________ Profa. Dra. Flávia Regina Souza Ramos Coordenadora de Monografia FLORIANÓPOLIS (SC) 2014 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................. 06 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.................................................................................... 10 3 MÉTODO............................................................................................................................ 12 3.1 TIPO DE ESTUDO..................................................................................................... 12 3.1.1 Metodologia Convergente-Assistencial .................................................................... 12 3.2 CONTEXTO DE ESTUDO ........................................................................................ 14 3.3 PARTICIPANTES DA PESQUISA ............................................................................ 15 3.4 QUESTÕES ÉTICAS DA PESQUISA ....................................................................... 15 3.5 TÉCNICA DE PRODUÇÃO DE DADOS ..................................................................... 15 4 RESULTADO E ANÁLISE.............................................................................................. 17 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................................ 21 REFERÊNCIAS.................................................................................................................. 22 ANEXOS ....................................................................................................................... 25 RESUMO A obesidade é uma doença multifatorial que acomete de forma crescente a população mundial, resultando em prejuízos à saúde. O tratamento cirúrgico é uma opção de tratamento com indicação precisa, para os pacientes que não responderam positivamente ao tratamento clínico e, que vem num crescente com o decorrer dos anos em nosso país. Como enfermeira de um Programa de Cirurgia Bariátrica, em conjunto com os demais componentes da equipe interdisciplinar objetivou-se a construção de um material didático educativo à pacientes e seus familiares atendidos em um Programa de Cirurgia bariátrica. Trata-se da construção de uma Tecnologia Convergente-Assistencial, do tipo Tecnologia de Processos de Comunicação. Adotou-se o referencial teórico da metodologia da problematização e o referencial metodológico da pesquisa convergente-assistencial. O contexto de desenvolvimento foi ambulatório do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, junto ao Programa de Cirurgia Bariátrica, e participaram da construção os profissionais que constituem a equipe interdisciplinar desse Programa. Adotou-se a técnica do grupo de convergência, com a realização de quatro encontros, no período de dezembro de 2013 a janeiro de 2014, que resultaram na construção e publicação institucional de um folder educativo informativo aos pacientes atendidos no programa e seus familiares, contendo informações sobre os objetivos da cirurgia bariátrica; mudanças nos hábitos de vida diários necessários à realização do procedimento, visando garantir o sucesso do tratamento da obesidade; fluxograma de avaliações e acompanhamentos pré-operatórios e; pós-cirúrgico. A presente produção serve de instrumento de apoio às orientações dos profissionais e, de instrumento informativo e educativo aos pacientes e familiares. Palavras-chave: Obesidade; Hábitos de vida; Educação em Saúde. 1 1 INTRODUÇÃO A obesidade é uma doença multifatorial que acomete de forma crescente a população mundial, resultando em prejuízos à saúde. Segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM) é caracterizada pelo acúmulo de gordura no corpo, com a oferta calórica superior ao gasto corporal (SBCBM, 2006). De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a obesidade atinge 600 milhões de pessoas no mundo e no Brasil em 2008, a prevalência era de 16,5% para homens e 22,1% para mulheres (WHO, 2012). É considerada a causa morte de 2,8 milhões de pessoas ao ano e a estimativa é de piora para os próximos anos, acrescentado que em todas as regiões do mundo a prevalência da obesidade praticamente duplicou entre os anos de 1980 e 2008, de 5% para 10% entre o público masculino e de 8% para 14% entre as mulheres (WHO, 2012). Entre os prejuízos à saúde ligados à obesidade está a diabetes mellitus tipo 2, a qual tem um risco de incidência três vezes maior se comparado aos não obesos, a hipertensão arterial sistêmica; a dislipidemia; a esteatose hepática; a infertilidade; as doenças cardíacas, isquêmicas, articulares, respiratórias; os transtornos psiquiátricos (SBCBM, 2006; LIMA; SAMPAIO, 2007; WHO, 2012). Sendo que, na obesidade mórbida ou classe III, definida por IMC maior ou igual a 40 Kg/m², a incidência de comorbidades e o risco de morbimortalidade é maior (PORTO et al, 2002; WHO, 2012). De modo que, o aumento na incidência da obesidade tem reflexo direto na prevalência das comorbidades associadas e impacto significativo no bem-estar psicológico, longevidade e qualidade de vida de seus portadores (KOLOTKIN, 2001). Em contra partida, estudos apontam para uma relação direta entre diminuição de peso e a eliminação das comorbidades (SOUTO; MEINHARDT; STEIN, 2004; BRILMANN; OLIVEIRA; THIERS, 2007; VASCONCELOS; COSTA NETO, 2008). O tratamento cirúrgico é uma opção, com indicação precisa, para os pacientes cuja obesidade ocasiona importantes prejuízos à saúde e que não respondeu positivamente ao tratamento clínico, por pelo menos dois anos, traduzido em dieta, medicações e atividade física (SEGAL; FANDINO, 2002; BRASIL, 2007). A indicação cirúrgica está condicionada a critérios estabelecidos, salvo as excepcionalidades, a saber: IMC, acima de 40 Kg/m², acima de 35 Kg/m² se associado à comorbidades ou acima de 30 Kg/m² em caso de indicação por comorbidade grave; idade entre 18 e 65 anos, as demais faixas etárias sobre avaliação individual; e tempo de tratamento clínica da doença superior a dois anos. São consideradas contraindicações à cirurgia casos de limitação cognitiva, ausência de suporte familiar, dependência ativa de substâncias e transtorno psiquiátrico atual não controlado (SEGAL; FANDINO, 2002; SBCBM, 2006; BRASIL, 2007; CFM, 2010). O número de cirurgias bariátricas realizadas no Brasil vem num crescente com o decorrer dos anos, segundo a SBCBM em 2003 foram realizadas 16 mil cirurgias e em 2010 o número chegou em 60 mil (SBCBM, 2006). Entre os benefícios da intervenção cirúrgica estão a perda de peso, a melhora das comorbidades associadas, a diminuição do risco de mortalidade, o aumento da longevidade e a melhora da qualidade de vida (NEGRÃO; BIANCHI, 2006). Entre as complicações pós-operatórias mais comuns estão as infecções, pneumonia, tromboembolismo, deiscência de suturas, fístulas, obstrução intestinal e hérnia incisional (AOURN, 2004; SBCBM, 2006). No país estão aprovadas quatro modalidades diferentes de cirurgia bariátrica, cabendo ao cirurgião recomendar o mais apropriado, a saber: Bypass gástrico (gastroplastia com desvio intestinal em “Y de Roux”) que corresponde a 75% das cirurgias realizadas em nosso país; Banda gástrica ajustável; Gastrectomia vertical; e Duodenal switch, além da terapia com o uso do balão intragástrico. Os mecanismos de funcionamento das diferentes técnicas cirúrgicas são diferenciados em restritivos, disabsortivos e técnicas mistas e, a abordagem cirúrgica poderá ser aberta ou videolaparoscópica (AOURN, 2004; SBCBM, 2006). Desde 2007, o Ministério da Saúde publicou a portaria que define as Unidades de Assistência de Alta Complexidade ao Paciente Portador de Obesidade Grave (BRASIL, 2007), estabelecendo critérios ao credenciamento das instituições, entre os quais a constituição de uma equipe interdisciplinar. Já que, por se trata de uma doença multifatorial, cuja etiologia resulta da interação de fatores biológicos, ambientais, psíquicos e estilo de vida, o tratamento da obesidade requer uma abordagem interdisciplinar e atenção direcionada (FELIX; SOARES; NOBREGA, 2012). Em 2008 o Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) foi habilitado como Unidades de Assistência de Alta Complexidade ao Paciente Portador de Obesidade Grave (DOU, 2008). Os pacientes com indicação de cirurgia bariátrica são incluídos no Programa de Cirurgia Bariátrica da instituição, que tem por objetivo a redução da morbimortalidade relacionada à obesidade, melhorar a qualidade de vida dos pacientes com obesidade mórbida e reduzir os custos com tratamentos de comorbidades. Desde novembro de 2008 até dezembro de 2011 foram realizadas 143 cirurgias bariátricas no HCPA (STEYER; LUCENA, 2012). No período de janeiro de 2010 a dezembro de 2011 foram encaminhados ao programa para avaliação da indicação cirúrgica 467 pacientes, com índice de massa corpórea médio de 47,8 ± 7,7 kg/m2, sendo 370 do sexo feminino. Entre as comorbidades mais prevalentes, corroborando o descrito na literatura, foram identificadas a hipertensão arterial sistêmica, presente em 75,2%; o diabetes mellitus tipo 2 em 28,5% e transtornos mentais em 37,7% dos ingressantes no programa no período descrito de 2 anos (PIVOTO et al, 2012). Atualmente a previsão anual de cirurgias bariátricas no HCPA é de 54 e, o período de tempo médio entre o ingresso no programa e a liberação para a realização da cirurgia é de 18 meses. A atuação profissional como enfermeira do referido Programa de Cirurgia Bariátrica possibilitou a vivência e a percepção de diferentes situações que envolvem os pacientes que aguardam o procedimento cirúrgico, desde as dificuldades experienciadas para a mudança nos hábitos de vida diários, como a reeducação alimentar, a realização de atividades físicas conforme tolerância, o tratamento de comorbidades; a angústia pelo dia da cirurgia, na qual muitos depositam grande expectativa de melhora de vida, o que, algumas vezes, gera frustações no pósoperatório, já que esse exige igualmente esforço individual; até os relatos de melhora na qualidade de vida com as mudanças de hábitos ainda no pré-operatório ou a satisfação pela redução do peso e a resolução de comorbidades associadas à obesidade após a cirurgia. Além disso, foi possível identificar como principal dúvida dos pacientes, fonte de questionamentos aos profissionais, o fluxo de avaliações, exames e participação no grupo pré-operatório necessários à realização da cirurgia; o que foi ratificado em discussão com os demais profissionais componentes do programa, de que reiteradas vezes durante as consultas faz-se necessário explicar novamente o fluxograma de avaliações do programa. Assim, respondendo a proposta do Curso de Especialização em Linhas de Cuidado em Enfermagem – Enfermagem nas Doenças Crônicas não Transmissíveis, de que a elaboração da monografia de conclusão do curso resultasse na produção de uma Tecnologia ConvergenteAssistencial, optou-se em conjunto com os demais profissionais constituintes do Programa de Cirurgia Bariátrica pela construção de uma Tecnologia de Processos de Comunicação (TRENTINI; PAIM, 2004; PRADO et al, 2009). Para tal, buscou-se responder a seguinte questão de pesquisa: como elaborar um material didático educativo à pacientes e seus familiares atendidos no Programa de Cirurgia Bariátrica? Desse modo, objetivou-se a Construir de um material didático educativo à pacientes e seus familiares atendidos em um Programa de Cirurgia bariátrica. 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A presenta-se a seguir o referencial teórico que norteou o construção da presente tecnologia, a Metodologia da Problematização (MP), a qual tem como princípios o fato de partir da realidade com a finalidade de compreendê-la e de construir conhecimento capaz de transformá-la. Utiliza-se do que já se sabe sobre a realidade como subsídio para encontrar novas relações e soluções, valorizando a descoberta, a participação na ação grupal, a autonomia e a iniciativa (BORDENAVE, 1998). A MP enquadra-se na perspectiva de educação transformadora, consiste em uma metodologia complexa, que demanda esforços dos envolvidos, e perfaz cinco etapas adaptadas do Arco de Maguerez, a saber: observação da realidade e definição do problema; pontos-chave; teorização; hipóteses de solução e aplicação à realidade (BERBEL; GAMBOA, 2012; BORDNAVE; PEREIRA, 1994; COLOMBO; BERBEL, 2007). Como os métodos construtivistas, a MP, em geral, e o Método do Arco de Maguerez, em particular, partilham a mesma sequência epistemológica, com três importantes processos sociais: o processo da pesquisa, o processo do planejamento e o processo da solução de problemas. Tais processos partem de uma situação que provoca questionamentos e, em resposta a estes se configura um quadro conceitual que permite a análise teórica, formulam-se hipóteses orientadoras, colhem-se dados relevantes e chega-se a uma síntese ou solução que envolve algum tipo de transformação da realidade (BORDENAVE, 1998). Dentre as características da MP a reflexão metódica e informada cientificamente; a instrução e conscientização dos participantes, acerca de seus deveres e direitos, na sociedade; a educação como prática social e não individual ou individualizante; o estímulo ao raciocínio; o desenvolvimento de habilidades intelectuais e a aquisição de conhecimentos; a mobilização do potencial social, político e ético dos profissionais em formação; proporciona amplas condições de relação teoria-prática e estimula o trabalho conjunto no contexto onde os fatos ocorrem; provoca algum tipo de alteração em todos os sujeitos, mesmo durante o processo e; possibilita a aplicação das hipóteses de solução (BORDENAVE, 1998). Por fim, é importante destacar que, na MP, não há controle total dos resultados, em relação aos conhecimentos adquiridos pelos participantes. Eles podem ser diferentes para cada um, no sentido de qualidade e quantidade, dependendo do arsenal que é buscado para responder ao problema estudado. O que se pode afirmar, contudo, é que o conhecimento a ser alcançado ultrapassa os aspectos puramente técnico-científicos, uma vez que se trabalha com as possíveis causas e determinantes da situação problematizada. 3 MÉTODO Expõe-se a seguir a trajetória metodológica a ser adotada, no intuito de responder o objetivo proposto. Inicialmente, expõem-se o tipo de estudo e a metodologia utilizada para o seu desenvolvimento; a caracterização do local de pesquisa; os sujeitos participantes; as questões éticas envolvidas na pesquisa; seguidos pelos procedimentos adotados para a produção e análise dos dados. 3.1 TIPO DE ESTUDO Trata-se da construção de uma Tecnologia Convergente-Assistencial, com seu trajeto metodológico ancorado na Metodologia Convergente-Assistencial, resultando na produção de uma Tecnologia de Processos de Comunicação. A Metodologia Convergente-Assistencial caracteriza-se essencialmente pela convergência entre pesquisa, assistência e participação dos sujeitos envolvidos na prática concomitante ao processo de construção de conhecimento (TRENTINI; PAIM, 2004). Uma Tecnologia Convergente-Assistencial é aquela resultante de pesquisas realizadas no contexto assistencial e que visam a resolução de problemas ou a introdução de inovações nesse mesmo cenário prático (TRENTINI; PAIM, 2004). Já a tipologia Tecnologia de Processos de Comunicação, faz referência a instrumentos utilizados por profissionais para promover a informação da terapêutica aos pacientes (PRADO et al, 2009). 3.1.1 Metodologia Convergente-Assistencial A metodologia convergente-assistencial é uma modalidade qualitativa, caracterizada como pesquisa de campo ou social, caracterizada pela união da pesquisa à prática profissional, ao propor a reflexão e a produção de conhecimentos norteadores da prática com teorização e investigação dos fenômenos emergentes da assistência, no contexto onde ela acontece. Assim, as questões de pesquisa são frutos de experienciações vivenciadas no contexto da prática e os resultados do estudo destinam-se à solução de problemas, introdução de inovações, entre outras melhorias, no local do estudo (TRENTINI; PAIM, 2004; TRENTINI; BELTRAME, 2006). A investigação convergente-assistencial estrutura-se, de acordo com Trentini e Paim (2004) seguindo as fases de concepção, instrumentação, perscrutação, análise e interpretação. Na etapa de concepção, procede-se o estabelecimento da área de interesse que, pormenorizada em seus aspectos teóricos e práticos e considerando o interesse dos profissionais envolvidos, resulta no tema de pesquisa, a partir do qual o pesquisador estabelece a questão norteadora do estudo e os objetivos necessários à problemática e a elaboração da sustentação teórica, introdução e justificativa do estudo. Na fase de instrumentação, são adotadas as decisões metodológicas referentes ao espaço de pesquisa, participantes e métodos de coleta e análise dos dados. Na etapa subsequente, de perscrutação, são estabelecidas e adotadas as estratégias de obtenção de dados, seguida da fase de análise, iniciada ainda na coleta dos dados, com a apreensão – organização e codificação – das informações. Finalizada com a fase de interpretação, relacionada aos resultados da investigação, nos processos de síntese, com análise subjetiva das associações e variações dos dados; de teorização, conferindo fundamentação teórica à interpretação das informações relacionadas na síntese e; de recontextualização, atribuindo significação aos resultados, com a explicitação de seus reflexos na assistência (TRENTINI; PAIM, 2004). Ainda, no intuito de enfatizar as escolhas metodológicas para o desenvolvimento do processo investigatório, destacam-se peculiaridades da metodologia convergente-assistencial para o estabelecimento dos procedimentos metodológicos. O campo de pesquisa é o espaço onde o problema foi identificado e almejam-se mudanças, estando relacionado com o desenvolvimento das atividades profissionais (TRENTINI; PAIM, 2004). Referente aos sujeitos da pesquisa, nesta modalidade, não são delimitados critérios para a sua seleção, sendo priorizada uma representatividade que confira profundidade e diversidade de informações. Os sujeitos são aqueles envolvidos no contexto tanto da pesquisa como da prática assistencial, salientando que a contribuição dos participantes é ativa, sugerindo, criticando e validando os resultados (TRENTINI; PAIM, 2004). O contexto de desenvolvimento da prática profissional representa o contexto de pesquisa, no qual as informações para a pesquisa emergem. E a coleta e a análise dos dados necessitam ser concomitantes à prática assistencial, de modo a promover a integração entre pensar e fazer e resultar em reais alternativas de solução ou inovação dos problemas cotidianos, não sendo estipulados métodos específicos, chegando a reunir diferentes métodos, técnicas e estratégias para obter, analisar e interpretar as informações, desde que conduzidas de modo compatível aos pressupostos da metodologia (TRENTINI; PAIM, 2004). A pesquisa convergente-assistencial possibilita a reflexão da prática, seu aperfeiçoamento e o desenvolvimento de inovações, conferindo cientificidade à atuação assistencial e integração entre pesquisa e prática; prioriza a função primordial da pesquisa, de resultar em melhorias para o espaço e os sujeitos do estudo e; destaca a relevância da participação e construção conjunta (PIVOTO et al, 2013). 3.2 CONTEXTO DE ESTUDO A construção foi desenvolvida no ambulatório, junto ao Programa de Cirurgia Bariátrica, do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). A instituição está situada na capital do estado do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, foi fundado em 1970, é uma empresa pública de direito privado, vinculado à rede de hospitais universitários do Ministério da Educação e academicamente à Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) (BRASIL, 1970). Atualmente, tem capacidade operacional instalada de 845 leitos, distribuídos em unidades de internação, de internação ambulatorial, de centro cirúrgico, de tratamento intensivo, de emergência, de apoio e de pesquisa clínica (HCPA/UFRGS, 2013). O Programa de Cirurgia Bariátrica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre foi habilitado como Unidades de Assistência de Alta Complexidade ao Paciente Portador de Obesidade Grave em 2008 (DOU, 2008). Os atendimentos pré e pós-operatórios ocorrem no ambulatório do HCPA por equipe interdisciplinar constituída de médicos (cirurgião digestivo, endocrinologista, nutrólogo, anestesiologista, cardiologista, pneumologista e psiquiatra), enfermeiras, psicólogas, nutricionistas, fisioterapeutas e educadora física. Além das consultas e exames, o Programa de Cirurgia Bariátrica disponibiliza Grupos Pré-operatórios desde 2010 e Pós-cirúrgicos desde março de 2012. Os pacientes são referenciados pela rede de atenção primária de todas as regiões do estado do Rio Grande do Sul, as avaliações iniciais, de indicação cirúrgica, são realizadas pelo médico cirurgião do aparelho digestivo e por uma das enfermeiras integrante do programa, que durante a consulta de enfermagem realiza a aplicação do protocolo cadastral. Após a inclusão no programa, o paciente é encaminhado para os demais profissionais da equipe. No que diz respeito a avaliação dos pacientes candidatos à cirurgia bariátrica pelos demais profissionais supra citados, obrigatoriamente todos são avaliados quanto a indicação cirúrgica no pré-operatório, além do cirurgião do aparelho digestivo e da enfermeira, por nutricionista, psicóloga, psiquiatra, anestesista, pneumologista e educadora física; o encaminhamento às demais especialidades decorre da condição clínica do paciente. Além disso, todos participam do grupo pré-operatório, estruturado em cinco encontros e constituído por no máximo 15 pacientes, nos quais os profissionais envolvidos no programa realizam orientações educacionais e esclarecem dúvidas. No pós-cirúrgico os pacientes continuam em acompanhamento pela mesma equipe e participam do grupo de pós-operatório. 3.3 PARTICIPANTES DA PESQUISA No que diz respeito, aos participantes da construção da tecnologia, foram convidados a participar da produção todos os profissionais que constituem a equipe interdisciplinar do Programa de Cirurgia Bariátrica e, envolvidos no atendimento aos pacientes candidatos à cirurgia bariátrica e/ou em pós-operatório. O material didático educativo destina-se aos pacientes e familiares atendidos no programa. 3.4 QUESTÕES ÉTICAS DA PESQUISA Os participantes da construção do material didático educativo foram convidados a problematizar a prática assistencial, sendo esclarecidos de que o processo seria relatado e, solicitada e concedida autorização para tal. O estudo não foi submetido à Comitê de Ética em Pesquisa, pois não se trata de uma pesquisa investigativa, não foram utilizados dados relativos aos sujeitos ou descrições sobre as situações assistenciais, apenas relatada a produção de uma tecnologia. 3.5 TÉCNICA DE PRODUÇÃO DE DADOS A técnica adotada para construção do material educativo e informativo foi a de grupo de convergência, técnica proposta por Trentini e Gonçalves (2000), que propõe a integração dos envolvidos na prática assistencial, num processo que visa à construção participativa de conhecimentos direcionados à prática profissional e à introdução de tecnologias. A formação do grupo de convergência perfez todo o processo de produção, visando à discussão, construção e análise do trabalho em desenvolvimento. Os encontros aconteceram em quatro segundas-feiras, entre os meses de dezembro de 2013 e janeiro de 2014, totalizando quatro encontros, com duração de uma hora cada e realizados no próprio local de realização do estudo, após o atendimento aos pacientes, quando todos os dos profissionais que atuam no Programada de Cirurgia Bariátrica estavam reunidos na mesma área física do ambulatório. Os encontros do grupo de convergência aconteceram em quatro segundas-feiras, entre os meses de dezembro de 2013 e janeiro de 2014, totalizando quatro encontros, com duração de uma hora cada e realizados no próprio local de realização do estudo, após o atendimento aos pacientes, quando todos os profissionais que atuam no Programada de Cirurgia Bariátrica estavam reunidos na mesma área física do ambulatório. Participaram do grupo de convergência os profissionais que atuam no Programada de Cirurgia Bariátrica que, após o convite para discussão da prática, optaram livre e esclarecidamente, por contribuir com a produção dos dados, totalizando uma amostra de 10 profissionais, sendo dois cirurgiões digestivos, duas enfermeiras, uma nutricionista, uma psicóloga, uma educadora física, duas pneumologistas e um psiquiatra; destacando que todos participaram dos quatro encontros. 4 RESULTADO E ANÁLISE O processo de produção dos dados visou à elaboração de um material educativo e informativo direcionado aos pacientes e seus familiares atendidos em um Programa de Cirurgia Bariátrica. O material elaborado contempla informações sobre os objetivos da cirurgia bariátrica; mudanças nos hábitos de vida diários necessários à realização do procedimento, visando garantir o sucesso do tratamento da obesidade; fluxograma de avaliações e acompanhamentos préoperatórios e; acompanhamento pós-cirúrgico. No primeiro encontro, procedeu-se a apresentação da proposta de estudo; discussão e problematização da prática assistencial e; planejamento da construção. Inicialmente apresentouse o objetivo do encontro, a saber: problematizar a prática e construir uma proposta de melhoria para o desenvolvimento das atividades profissionais; na sequência, novamente foi esclarecido, e solicitado autorização, para o relato do desenvolvimento da proposta ser apresentado como Trabalho de Conclusão do Curso de Especialização em Linhas de Cuidado em Enfermagem – Enfermagem nas Doenças Crônicas não Transmissíveis, que propunha o desenvolvimento de uma Tecnologia Convergente-Assistencial, sendo concedida autorização por todos os participantes. A partir da problematização da prática foram apontadas como dificuldades: a alta demanda de pacientes candidatos à cirurgia bariátrica não ser compatível à oferta, o que acarreta em uma lista de espera longa e que gera angustia aos pacientes e aos profissionais; a quantidade de pacientes a serem atendidos é superior a capacidade operacional da equipe de profissionais, sendo constatado que muitas vezes os pacientes procuram atendimento para esclarecimentos sobre o funcionamento do programa e avaliações pendentes no pré-operatório. Como ponto positivo, foi comentado o comprometimento e a integração da equipe interdisciplinar do programa. A constatação da demanda ser superior à oferta de cirurgias bariátricas no programa é corroborada pelo apresentado por Pivoto et al (2012), de que no período de janeiro de 2010 a dezembro de 2011 foram encaminhados ao programa para avaliação da indicação cirúrgica 467 pacientes, sendo que no mesmo período foram realizadas 109 procedimentos cirúrgicos. Por fim, o grupo optou por elaborar um material informativo e educativo aos pacientes e seus familiares atendidos no programa que, auxiliasse na orientação aos pacientes e no esclarecimento das principais dúvidas apresentadas durante as consultas. Desse modo, foi acordado que cada participante realizaria apontamentos de possíveis itens para a composição do material, a ser apresentado no próximo encontro. Na instituição de desenvolvimento do estudo, os materiais educativos, sejam eles manuais ou folders, são submetidos à avaliação do Conselho Editorial e, após aprovação são redesenhados pela equipe de designer e publicados pela gráfica institucional, sendo disponibilizados para distribuição. No segundo encontro foram apresentadas as propostas dos participantes para constituição do material educativo, realizada a sistematização das ideias e eleitos os itens que constituíram o folder, a saber: informações sobre os objetivos da cirurgia bariátrica; mudanças necessárias nos hábitos de vida diários; fluxograma de avaliações e acompanhamentos pré-operatórios e; acompanhamento pós-cirúrgico. Ainda, foi iniciada a construção teórica e, acordado que os participantes trariam para o próximo encontro propostas de conteúdos para os itens estabelecidos, a serem incluídos no material educativo em construção. No terceiro encontro foram incluídas ao material as propostas de conteúdo teórico e informativo apresentadas pelos participantes, sendo discutido e adaptado o conteúdo do folder até que o grupo considerou-o concluído e acordou a montagem de um layout inicial para validação no próximo encontro. No quarto encontro apresentou-se o layout inicial do material educativo (Ilustração 1), um folder com o título de “Cirurgia Bariátrica: orientações para pacientes e familiares”, sendo validado pelo grupo, que estipulou como próximo passo o encaminhamento do material para avaliação do Conselho Editorial e posterior publicação, visando sua utilização o mais breve possível. Por fim, foi realizada uma avaliação dos encontros, os quais foram considerados positivos e produtivos, por possibilitar a construção de melhorias à prática profissional e sua discussão. Além disso, o grupo pretende manter a realização de reuniões regulares para o planejamento de novas estratégias a partir dessa experiência exitosa. O folder foi publicado institucionalmente em abril de 2014 e está sendo utilizado com ferramenta educativa e de orientação pelos profissionais do Programa de Cirurgia Bariátrica (ANEXO 1). Ilustração 1 – Folder “Cirurgia Bariátrica: orientações para pacientes e familiares”. Programa de Cirurgia Bariátrica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Porto Alegre, jan. 2014. No processo de formação e desenvolvimento do grupo foi possível observar a integração entre os profissionais e o comprometimento da equipe com o funcionamento do programa e o atendimento aos pacientes. A proposta foi prontamente aceita e a construção aconteceu de forma coletiva e criativa, os participantes demonstraram empenho e interesse em produzir melhorias para as atividades práticas. Com a troca de ideias e a problematização da prática os profissionais passaram a refletir sobre novas possibilidades e perceberam a efetividade da construção participativa. Ao transpormos o desenvolvimento das atividades do grupo às etapas do Arco de Maguerez propostas por Bordenave (1998), podemos relacionar a primeira etapa de observação da realidade e definição do problema, com o primeiro encontro, no qual se procedeu a problematização da prática e a definição da tecnologia a ser desenvolvida. A segunda etapa de levantamento dos pontos-chave, com o estabelecimento dos itens que iriam constituir o material. A terceira etapa de teorização, com o trabalho de desenvolvimento do conteúdo que seria incluído no folder em construção. A quarta e a quinta etapa de hipóteses de solução e aplicação à realidade podem ser traduzidas no quinto encontro em que o material foi revisado e adaptado à realidade. 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS O referencial teórico adotado possibilitou identificar o poder criativo e construtivo da metodologia problematizadora, motivo pelo qual se optou por definir a tecnologia a ser produzida em conjunto com os participantes, o que conferiu ao material elaborado uma característica de construção participativa e coletiva. O referencial metodológico apresentou consonância com o teórico, por propor a construção coletiva e a participação ativa, possibilitando o alcance do objetivo da proposta. A Metodologia Convergente-Assistencial manifesta potencial único para intervenções na prática profissional e, a produção de uma tecnologia convergente assistencial serviu de comprovação de que essa representa estratégia efetiva para o desenvolvimento de estudos comprometidos com o retorno prático a que se devem prestar as pesquisas. A presente produção detém o papel de instrumento de apoio às orientações profissionais do Programa de Cirurgia Bariátrica e, de instrumento informativo e educativo aos pacientes atendidos e seus familiares. Além disso, acredita-se que a presente produção, embora direcionada a um micro-espaço determinado, possa constituir-se no recorte de um processo maior, servindo de inspiração a produções futuras. Por fim, infere-se que cabe a avaliação do potencial informativo e educativo do material elaborado, junto ao público para o qual foi direcionado. REFERÊNCIAS ASSOCIATION OF PERIOPERATIVE REGISTRED NURSES (AORN). Bariatric Surgery Guideline. AOURN J, v. 79, n.5, p.1026-52, 2004. BERBEL, N.A.N.; GAMBOA, S.A.S.; A metodologia da problematização com o Arco de Maguerez: uma perspectiva teórica e epistemológica. Filosofia e Educação (Online). v.3, n.2, p.264-286, 2012. BORDENAVE, J.D.; PEREIRA, A. M. Estratégias de ensino aprendizagem. 14. ed. Petrópolis: Vozes, 1994. BORDENAVE, J.D. Prefácio. In BERBEL, N. A. N. Metodologia da Problematização: Experiências com questões de ensino superior. Londrina: EDUEL, 1998. BRASIL. Lei n. 5.604, de 2 de setembro de 1970. Autoriza o Poder Executivo criar a empresa pública “Hospital de Clínicas de Porto Alegre” e dá outras providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, 2 set. 1970. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção a Saúde. Portaria SAS/MS 492/2007. Normas de credenciamento/habilitação das unidades de alta complexidade ao paciente portador de obesidade grave; 2007. BRILMANN, M.; OLIVEIRA, M.S.; THIERS, V.O. 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